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História Os Super-heróis Que O Mundo Esqueceu - Rose


Escrita por: JJWriter

Notas do Autor


Olá pessoal! Esse é, como vocês podem ver, o segundo capítulo dessa fanfic. Espero que estejam gostando, pois tenho seis personagens com histórias de vida detalhadas preparadas para revelar, e duas grandes batalhas para acontecer, talvez contando com mais super-heróis que os quatro que falei na sinopse. Esperem só para ver o que vai acontecer! Espero que gostem. Já comecei a escrever o terceiro capítulo, começa com uma cena engraçadinha do Adrian com a Natalie, já em Paris. Vou postar essa semana ainda.

Capítulo 2 - Rose


2025, subúrbio de Paris, França.

Chloe

Música tocava alto e luzes vermelhas enchiam o cômodo, piscando e andando para lá e para cá, agitadas. Os clientes bebiam e faziam a festa, como faziam todos os dias. Chloe estava fantasiada de policial, passando pelas mesas com uma bandeja.

- E aí, gostosa? – disse um homem bêbado, passando a mão nela. Ela sorriu maliciosamente para ele, entregando as taças de bebida na mesa. Ele continuou dando em cima dela, e ela dando corda, claro, porque era seu trabalho naquela boate de strip-tease. Ela fazia isso com todos os homens, todos os dias.

Três mulheres seminuas desfilavam e dançavam pole dance nas barras do palco. Chloe havia acabado de fazer a mesma coisa, mas agora era seu turno de servir as mesas.

Ela chegou em uma mesa perto da porta quando uma mulher miúda entrou, e paralisou na entrada. Chloe virou para ver, e a mulher era mais jovem do que parecia por suas roupas de vovozinha decadente. Chloe sabia disso porque conhecia a garota. Era Sabrina.

Sabrina estava parada à porta, chocada. Chloe também se espantou, mas disfarçou melhor.

- Chloe? – disse Sabrina.

- Oi, Sabrina! Veio procurar emprego? – disse Chloe, irônica, indo até ela.

- Eu não, credo! - disse Sabrina, surpresa com a fala de Chloe. Sabrina não esperava por nada disso.

- Então o que é que você está fazendo aqui, querida? – disse Chloe, num tom de pena fingida.

- Eu vim... te ver. – disse Sabrina, ainda chocada. – ouvi falar que você estava trabalhando aqui, e não acreditei.

- Foi o bastante pra você? Me ver aqui? – disse Chloe, apoiando o braço em uma das mesas.

- Por que está falando assim comigo?

- Olha, eu tô no meu ambiente de trabalho, então eu não posso ficar batendo papo com você. – disse Chloe, inclinando a cabeça do jeitinho que fazia quando as duas eram mais novas, quando conviviam todos os dias na escola, quando Chloe era rica e achava que nunca precisaria trabalhar, muito menos como stripper.

- O que aconteceu com você, Chloe? – disse Sabrina, quase sussurrando, balançando a cabeça lentamente, perplexa. Chloe fingiu que não ouviu.

- Com licença, Sabrina, tenho coisas a fazer, então, me deixa continuar o meu trabalho. – disse Chloe, e deu as costas para a antiga amiga. Mas sua postura era confiante demais para o lixo que se sentia por dentro.

 

2025, Cherbourg, França, aniversário de Marinette.

Marinette e Alya

Depois que Marinette ajeitou o colchão para Alya dormir, as duas se deitaram de pijamas para conversar.

- Como vão as coisas em Paris? – disse Marinette.

- Não muito bem, na verdade. Justo agora que você está tentando se mudar para lá eu estou querendo sair.

- Sério? Por quê?

- Está muito difícil de me manter lá. Financeiramente, sabe? Estou pensando em ir morar com meus pais na Itália. – disse Alya, abraçando uma almofada cor-de-rosa. – Não estou conseguindo dar conta do trabalho e da faculdade. Ainda não me formei. – disse ela olhando para baixo, com um pouco de vergonha.

- E se a gente morar juntas? – Alya levantou o olhar para Marinette. – a gente pode achar um lugar barato pra alugar, cada uma trabalha um pouco e dividimos o aluguel. Quer dizer... Isso se você não se importar com... – agora era Marinette que estava sem graça.

- Com o quê? – perguntou Alya, curiosa. Marinette hesitou, mas acabou falando.

- Com uma choradinha de bebê de vez em quando... – disse Marinette baixinho.

- Você tem um bebê?! – disse Alya, chocada. – Mas... Já? E solteira? Quem foi o canalha que te engravidou e te deixou sozinha com essa criança?

- Er... Bem... longa história. – disse Marinette.

- Eu não acredito nisso! É seu mesmo?

- É. – disse Marinette.

- E quem é o pai?

- Ele se chama Charles Finnigan.

- Tinha que ser inglês! – disse Alya, extravasando a raiva na almofada que estava segurando.

- Ei, não fala assim, a Gwen também é inglesa e é uma grande amiga minha.

- Onde ele está agora?

- Em Londres. – disse Marinette.

- E?

- Ele não volta. – Alya começou a xingá-lo. – pois é, eu sei.

- Vocês chegaram a se casar? Quem é esse cara, como vocês se conheceram, o que aconteceu? – disse Alya, pasma.

- Calma, uma coisa de cada vez. Primeiro, não, não nos casamos. Só namoramos por alguns meses e aí... Aconteceu, engravidei.

- E?

- E ele disse que o filho não é dele.

- Mas é, não é?

- É. – disse Marinette, se lembrando de como se sentiu na época. – mas ele negou de vez, e fugiu. Se mudou para outro lugar sem me avisar e me deixou aqui. – disse ela, já sendo contagiada pela raiva.

- Que filho da puta desgraçado! – disse Alya. - Esse cara é um lixo, onde você conheceu esse canalha, Marinette?

- Em uma floricultura... Ah, nem me lembra disso, Alya. – disse Marinette, se lembrando do que antes fora um dos melhores dias de sua vida, mas que agora se tornara uma lembrança de um amor arruinado. Ela abraçou seu travesseiro. – Foi romântico, foi bom, sabe? Todo o namoro, antes da gravidez. Nunca pensei que ele faria uma coisa dessas comigo. – seus olhos estavam começando a lacrimejar.

- Ah, amiga. – disse Alya, pegando na mão de Marinette, consolando-a. – pode desabafar. Fica à vontade. – Marinette começou a chorar em seu travesseiro. Alya consolava a amiga. – Não pensa nesse cara agora, hoje é seu aniversário. – disse Alya, depois de um tempinho. – Vamos falar de outra coisa.

- Tipo o quê? – disse Marinette, levantando a cabeça, chorosa.

- Tipo como seria legal morarmos juntas! Podemos mesmo fazer isso, seria muito legal. E sobre o... Ah, você não me falou o nome do seu filho. Ou filha.

- É menino. – disse Marinette, fungando e enxugando as lágrimas. – ele se chama Thomas, em homenagem ao meu pai. Sei que não é igual ao nome dele, mas é parecido o bastante. Não queria que fosse exatamente igual. Além do mais, Thomas é o nome perfeito para ele. E ele é a coisa mais linda do mundo. Tem seis meses de vida.

- Onde ele está agora? E onde esteve durante a festa toda? – perguntou Alya, feliz de ver a amiga começando a se alegrar.

- Minha mãe o deixou na casa dela com a babá.

- Ah, mas depois eu quero ver essa coisa fofa. Você tem que me mostrar, é obrigatório, sem discussão. Ele tem que conhecer a titia Alya. – disse Alya, fazendo Marinette rir.

- Só você pra me fazer rir logo depois de chorar. – disse Marinette, feliz por estar com a velha amiga novamente.

- Não por isso, amiga, não por isso.

 

Poucos dias depois

- Marinette, está pronta? – gritou Sabine, a mãe de Marinette, da porta da casa da filha. O caminhão de mudança estava pronto para ir. Não havia muito o que carregar, Marinette quis levar apenas o básico e deixar o restante na casa da mãe.

Marinette estava fechando o zíper do macacão verde de Thommy (era como todos o chamavam) em seu quarto junto com Gwen, quando ouviu sua mãe chamar. O bebê de Marinette era branquinho, dos cabelos escuros como os de Marinette, e olhos azuis, também como os da mãe.

- Já estou indo, mãe! – gritou Marinette de volta, pegando sua bolsa e a bolsa de Thommy.

- Pode deixar o Thommy comigo. – disse Gwen, pegando o bebê no colo.

- Cadê o Tetris? – perguntou Marinette, descendo as escadas, indo para a porta de entrada. Gwen desceu logo atrás.

- Aqui. – disse Alya, na calçada perto do caminhão estacionado, em frente à casa de Marinette. Ela segurava Tetris no colo, que parecia prestes a cair no sono. Louis estava ajudando a colocar as últimas coisas no caminhão.

- Nossa, como você conseguiu deixar ele calminho assim? – disse Marinette, saindo da casa, indo de encontro à amiga.

- Ah, eu levo jeito com cachorros. – disse Alya, dando de ombros.

- Está com as passagens de trem, filha? – disse Sabine, depois de checar se tudo estava dentro do caminhão.

- Sim, estão na minha bolsa. – disse Marinette. – temos que ir em meia hora, então é melhor já despacharmos o caminhão.

- Já passou o endereço do apartamento pro caminhoneiro? – perguntou Sabine.

- Sim, mãe. Já está tudo pronto. – disse Marinette, checando se tinha tudo que precisava na bolsa, e fez o mesmo com a bolsa de Thommy. Felizmente seu filho estava bem sonolento no colo de Gwen, depois de tomar uma mamadeira inteira. – ainda bem que todas as pequenas criaturinhas que dão trabalho estão dormindo. – disse Marinette, se referindo ao Thommy e ao Tetris. Alya e Gwen deram uma risadinha.

- Ainda bem que vamos morar juntas, Marinette, porque eu duvido que você daria conta de um bebê e de um cachorro sozinha. – disse Alya.

- Eu dou conta sim, tá? Só que é bem mais fácil com alguém pra me ajudar. É como deveria ser né, geralmente não se passa por isso sozinho. – disse ela, fechando as duas bolsas. – E a Sophie, não pôde vir?

- Ah, não sei, não falei com ela antes de vir. – disse Gwen.

- O caminhão acabou de ir. – disse Louis, se aproximando das garotas. – e eu sei porque a Sophie não veio. Ela me mandou uma mensagem dizendo que está totalmente atolada no trabalho e que se não entregar todos os documentos que faltavam pra um cara lá ela vai ser demitida.

- Essa Sophie... – disse Marinette.

- Eu sempre falo pra ela não deixar essas burocracias pra depois. – disse Gwen, com Thommy já dormindo em seu colo.

- Marinette, é melhor irmos, senão vocês vão perder o trem. – disse Sabine.

- Ok, mãe. Vamos, então. – disse Marinette. – Mas não cabem todos no carro, alguém vai ter que ficar.

- Eu fico, não tem problema. – disse Louis. Os dois se abraçaram para se despedir. – Tchau, Marinette Dospães-Cheng. Nos vemos por aí.

- Tchau, Louis de Marte. – disse Marinette. Era um trocadilho bem ruim, mas é o melhor que pôde fazer com o sobrenome Martin. Eles se chamavam assim há muito tempo. – depois vai lá me visitar.

- Ah, nós dois vamos. – disse Gwen.

- Com certeza. – disse Louis. – Tchau, Alya, prazer em te conhecer.

- O prazer é meu. – disse Alya, acenando com a cabeça, ainda com Tetris no colo.

Louis se despediu de Gwen e Sabine e foi andando até sua casa. As garotas entraram no carro da mãe de Marinette. Sabine foi dirigindo, Marinette ao seu lado, Alya e Gwen atrás e Thommy em sua cadeirinha. Tetris foi no colo de Alya, quase dormindo. Elas chegaram à estação, se despediram, e Alya e Marinette embarcaram no trem com Thomas e Tetris em direção a Paris.

 

2025, universidade, Paris, França.

Nino

Nino caminhava pela universidade, sem nada para fazer. Ele não estava com vontade de ir para a aula, não estava conseguindo prestar atenção em nada que envolvesse cálculos ou robôs. Estava começando a se arrepender de ter entrado no curso de Matemática Industrial.

Ele observava o interior das salas, caminhando com as mãos nos bolsos, entre o tédio e o desânimo. Até que ele viu uma mulher vestida de um jeito meio colorido demais para uma pessoa normal. Nino parou para observar melhor. Ela estava na sala de química, analisando algo em um microscópio. Estava bem animada. Seus cabelos loiros estavam presos em algo que parecia um pompom cor-de-rosa, usava um óculos de grau azul brilhante com glitter, uma blusa com todas as cores do arco-íris e uma saia amarela por baixo do jaleco branco. Ele chegou mais perto da janela da sala onde ela estava. Foi então que a reconheceu: era Rose. Nino ficou chocado. Não esperava que ela fizesse química.

- Rose? – disse Nino, abrindo a porta. Ela olhou para ele, sem parecer reconhecê-lo. – sou eu, Nino. Da época de escola, lembra?

- Aaah! Nino! É mesmo, nem te reconheci! – disse Rose, com sua voz aguda e animada de sempre. – tudo bem com você? Como vão as coisas? Tá fazendo curso de quê? Tá em que ano? Terminando o curso, né? Eu estou no último ano de química. E você? – disse ela, sem nem uma pausa para respirar.

- Ah... matemática industrial. – disse ele, seu cérebro ainda registrando o tanto de perguntas. Ela começou a trocar as lentes do microscópio.

- Sério? Nossa, nunca ouvi falar nisso! O que se aprende em matemática industrial? – disse Rose, em sua felicidade excessiva, procurando a lente certa na mesa.

- Ahn, como eu explico isso de forma simples... nós mexemos com robôs, aprendemos como montar, como funcionam...

- Nossa, que legal! Isso é muito legal! É tipo robótica, né? Não sabia que gostava disso. Nossa, isso são tatuagens? Caramba! Fez só nos braços? Eu tenho uma tia que adora esse tipo de coisa. Se não me engano ela é tatuadora. Não tenho certeza, na verdade. Nunca perguntei. – disse Rose, distraída, encaixando uma lente nova no microscópio. Nino já estava arrependido de ter entrado na sala.

- Ah, legal. – disse ele, sem se preocupar em responder as perguntas, sabendo que ela provavelmente já esqueceu o que perguntara, de tanto tagarelar.

- Opa, peguei a lente errada! É essa aqui, sua tonta. – disse ela, pegando uma lente um pouco mais grossa. – essa substância é tão pequena quanto...

- Então, eu acho que é melhor eu ir, tenho aula daqui a pouco. – interrompeu Nino, antes que ela começasse um falatório chato sobre química.

- Tudo bem, foi bom conversar com você! Pode voltar aqui quando quiser, eu estou aqui fazendo pesquisas todos os dias! – disse ela, olhando para ele e logo em seguida voltando a observar o microscópio, analisando sabe-se lá o quê.

- Talvez eu venha. – não ia coisa nenhuma. – Até mais.

- Até mais! – disse Rose, dando um tchauzinho. Nino fechou a porta, aliviado de conseguir se livrar dela.

 

2025, metrô de Paris, França.

Emma

Emma estava em pé no metrô lotado, indo para o hotel onde estava hospedada. Não era grande coisa, mas não precisava de muito luxo, bastava uma cama e ela já estava feliz.

Ela estava com seus pensamentos longe, pensando na família, que provavelmente nem sabe de sua existência. Mas vão saber em breve, pois, por sorte, assim que chegou a Paris Emma encontrou a oportunidade perfeita para encontrá-los, pouco depois de sua decepção ao pensar que tinha vindo ao lugar errado. Só quando ela chegou à França que descobriu que Gabriel e Adrian Agreste haviam se mudado para Londres. Mas os dois estarão em Paris em menos de duas semanas para a festa executiva, e ela também.

É a única oportunidade que Emma tem para falar com seu pai. Ela estava feliz, mas também muito nervosa. O que diria a ele? Oi, eu sou a filha da Lílian Agreste, ela estava grávida quando foi para o Tibete, e você é meu pai. Assim, na cara dura? Não é fácil dizer uma coisa dessas. E se ele não acreditar? E se ele me rejeitar? O que eu vou fazer, voltar para a China? Ela se perguntava sem parar.

Só havia uma pessoa que importava de verdade para ela na China. Era Chen Zhou, um homem que, teoricamente, é amigo dela. Mas ele representava muito mais do que isso para ela, ele era como um irmão mais velho para Emma. Era sua família. Continuava sendo, ela não o abandonou, mas precisava conhecer seu pai e seu irmão na França, era algo que ela vinha se preparando para fazer sua vida toda. Voltar sozinha e derrotada da missão de sua vida seria arrasador.

Mas mesmo com medo do que pode acontecer, ela tinha que tentar. Emma sentia que o dia dessa festa será um dia decisivo em sua vida. 


Notas Finais


Pessoal, se preparem que essa festa é de gala, e vai ter mais personagens nessa festa do que vocês imaginam.
A propósito, no próximo capítulo nossos super-heróis podem começar a se reunir. O próximo capítulo vai sair ainda essa semana.


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