1. Spirit Fanfics >
  2. Os Super-heróis Que O Mundo Esqueceu >
  3. Agente 3

História Os Super-heróis Que O Mundo Esqueceu - Agente 3


Escrita por: JJWriter

Notas do Autor


Gente, mil desculpas pela demora! Dessa vez foi uma demora absurda!
É que agora meu tempo para escrever está sendo limitado devido às minhas notas na escola, e tive um dia inteiro de castigo que prejudicou muito também. Foi mal gnt.
Mas depois de muito custo, muito tempo e muita inspiração, aí está o capítulo 7! Espero que tenha valido a pena a espera.
PS.: lembram da primeira cena do primeiro capítulo, onde chega alguém para ajudar o Mestre? Lembram que logo depois eu escrevi algo do tipo "alguns dias antes" e comecei a história? Então, agora chegamos naquele dia.

Capítulo 7 - Agente 3


O Guardião observava seu Miraculous em seu pulso, pensando nos dias que estavam por vir, e em sua missão de colocar os super-heróis de volta à ativa. O tempo estava passando, e havia pessoas perigosas evoluindo. Por enquanto a única ameaça à população era Tormenta, uma mulher muito mais louca do que as pessoas pensam. Ele via isso em suas meditações. Não apenas meditava para o equilíbrio, reflexão e paz espiritual; também era seu modo de acessar suas visões, que conseguiam alcançar muitos tempos e espaços escondidos. Assim fazia para conseguir respostas.

Ele postava-se de frente à janela, sentindo a luz e a brisa entrando de convidadas em seu quarto de meditação, quando alguém bateu na porta.

- Entre. – disse ele, sem se mexer.

Ele ouviu a porta se abrir. Só então o Mestre se virou calmamente para vê-la. Era exatamente quem ele estava esperando.

- Olá... Mestre – disse ela, sem saber exatamente como se dirigir a ele.

- Imagino que a senhorita não está aqui para uma sessão de acupuntura. – disse ele, com um pequeno sorriso.

- Não. – ela fechou a porta atrás de si, sem dar as costas para o Mestre. – Eu vim porque eu aceitei a missão. – disse ela, pondo certeza em cada palavra. Ele sorriu.

- Perfeitamente. Então, vamos lá. Temos muito a fazer para reunir toda a equipe novamente. – disse ele, se sentando no tapete que ficava no centro da sala. – Venha, sente-se. Tenho muito a explicar.

Ela se aproximou e sentou-se de frente a ele no tapete. Havia um bule e duas xícaras entre os dois.

- Por enquanto, para o caso de precisarmos nos comunicar fora desta casa, você será chamada de Agente 3.

A Agente 3 confirmou com a cabeça, convicta.

 

Adrian

Alguma música clássica estava tocando no restaurante cinco estrelas em que Adrian almoçava com Natalie, alguma música qualquer em que ninguém prestava atenção, muito menos Adrian.

- Nem quando estamos visitando a mesma cidade ao mesmo tempo meu pai pode almoçar comigo? – disse Adrian, mexendo na comida com o garfo, apoiando a cabeça na mão.

- Seu pai está tendo sua primeira reunião com o chefe da empresa Commercial Studios. – disse Natalie, que já havia comido muito antes de Adrian, estava apenas sentada na mesma mesa que ele. O que fez o garoto pensar que seu pai provavelmente disse a ela para não tirar os olhos dele.

- Entendi. Ocupado. – disse ele, olhando para o prato.

- Coma alguma coisa, Adrian, não fique só mexendo no prato.

- Estou sem fome. Depois como alguma coisa qualquer em qualquer lugar, não tenho nada para fazer aqui em Paris mesmo.

- Claro que tem. Fiz uma agenda para você. – disse Natalie, ligando seu tablet. – depois que você almoçar, visitaremos uma exposição no museu do Louvre; depois uma peça de teatro das quatro às seis horas na Torre Eiffel; um concerto de piano do Ludovico Einaudi, um compositor italiano famoso; e um filme no cinema, que você pode escolher.

- Ah, nossa, obrigado pela liberdade. – disse Adrian, se irritando. – Natalie, eu não quero... – ele começou a dizer, sem paciência, mas resolveu respirar fundo e dizer de forma menos grossa. – Se importa se eu nem sempre seguir o que está na minha agenda?

- Seu pai foi bem claro comigo ao dizer que devo ser mais rígida com seus horários e compromissos, depois do que aconteceu na praça. – disse ela. Adrian bufou.

- Por favor, Natalie! Eu estou cansado disso. Não é nem porque tem algum lugar que eu quero ir, eu só quero ter a liberdade de poder ficar sem fazer nada. Não quero ir a todos esses lugares, talvez eu queira ir a um ou outro, mas isso é muita coisa e eu sinceramente não estou com ânimo pra isso. Sério. Só estou pedindo uma folga, isso é pedir demais?

Natalie suspirou pensativa. Adrian parecia realmente cansado, embora não tenha feito nada de cansativo na noite anterior.

- Tudo bem. Pode recusar o que você quiser. – disse Natalie.

- Obrigado. – disse Adrian, sem sorrir, ainda com a cabeça apoiada na mão.

- Mas não pode inventar novos lugares para ir. Sinto muito, mas tenho que evitar que aconteça algo como o que aconteceu na praça aquele dia.

- Eu sei me comportar, eu acabei naquela confusão por acidente. Não tive nada a ver com aquela briga, só tentei impedir que elas saíssem arrancando os cabelos uma da outra.

- Eu sei. Mas seu pai não vê dessa maneira. – disse Natalie.

- E isso importa? Ele só fala comigo pra me dar bronca. – disse Adrian, novamente irritado.

- Adrian, eu sei que seu pai é rígido e ausente, mas ele é apenas um homem muito ocupado e preocupado com você, que é filho dele, e isso significa algo.

- Eu sei que significa. – disse ele, bufando. – só seria bom se ele demonstrasse de vez em quando.

Adrian olhou para o prato cheio de comida na mesa e abandonou o garfo.

- Quero ir para o hotel.

Os dois saíram e encontraram Adam, o motorista, esperando na frente do carro. Eles entraram e partiram para o hotel.

O quarto estava vazio e silencioso. Adrian estava deitado na cama, de sapatos e tudo. Deitou assim que chegou.

Ele encarava o teto branco do quarto mal iluminado pela luz do sol que entrava pelas venezianas da janela. Natalie entrou e abriu as janelas, clareando o quarto, e saiu, deixando-o sozinho, claramente como queria.

Queria e não queria. Não quereria se não estivesse se sentindo tão vazio. Mas não era a primeira vez. Sempre havia algo, seja seu pai ou sua vida sem significado, ou as duas coisas, que o trazia para baixo. Haviam intervalos de diversão, com pequenos prazeres de todo homem, felicidades passageiras, por mais fortes que fossem. Na verdade, ele agora suspeitava que não se sentia realmente muito feliz há muito tempo. Isso tornava tudo ainda pior. Era como se o mundo em que ele vivesse tivesse sido construído por outra pessoa, uma pessoa que não o entende, um mundo com paredes bastante restritas, mesmo que às vezes parecessem invisíveis, mesmo que às vezes parecesse que ele controlava a própria vida. Na verdade não chegava nem mesmo a ser um mundo, era mais um quarto. Apenas um quarto. Espaçoso, bonito à primeira vista, confortável e convidativo; mas ainda assim, um quarto fechado. Nada mudava, não importava aonde ele fosse. Londres, Amsterdã, Shangai, Paris; nada mudava, era sempre o mesmo quarto fechado e sem janelas. Eventos raros como o da festa na praça ou o da pequena aula de violão com aquele mendigo era o que vislumbrava quando espiava pela fechadura da porta, que se mantinha sempre fechada. Ele queria abrir aquela porta. Ele queria derrubar aquela porta, quebrá-la em vários pedaços, sair correndo por ela e nunca mais voltar.

Mas havia algo que o prendia ali dentro. Seu pai.

Seria mil vezes mais fácil abandonar aquele lugar se não fosse seu pai. Mas algo dentro dele gritava para que mesmo assim o fizesse. Gritava para ignorar o fato de seu pai ser a única pessoa de sua família que restava, e fazer o que ele, Adrian, queria fazer. Mas esse era um fato que não podia ser ignorado.

Esses eram pensamentos frequentes em sua cabeça. Mas agora, depois de tanta repetição de crises como essa e euforias também repetitivas, ele se sentia apenas cansado. Cansado de remoer a dor, cansado das obrigações sociais, cansado de ficar procurando algo para fazer o dia valer a pena.

Ele estava apenas deitado olhando para o teto, que era tão vazio quanto tudo, tão sem sentimento quanto nada. Tão sem esperança quanto o garoto que o encarava.

 

Marinette

- Já dei mamadeira pra ele, então por enquanto não vai sentir fome. A ração do Tetris já está no pote, então não precisa se preocupar. Só mantenha as janelas fechadas para ele não pular. – disse Marinette para a senhora Dubois, a síndica do prédio, que se ofereceu para cuidar de Thommy e Tetris no dia anterior e nesse.

- Tudo bem, mas se esse cachorro aprontar mais alguma coisa, é a última vez que cuido dele. – disse ela. Ela era uma mulher um pouco acima do peso, de uns cinquenta ou sessenta anos de idade, que parecia bem responsável. Era a única pessoa que Marinette encontrou para cuidar de seu filho e seu cachorro enquanto Alya finalizava as coisas de seu trabalho.

- Não se preocupe, amanhã Alya vai estar livre para ficar com eles. Além do mais, talvez eu nem precise sair de casa. – disse Marinette. Ela então se virou para Thommy, no colo da mulher, e deu um beijo em sua cabeça. – tchau filho, a mamãe volta mais tarde, tá bem?

- Aaomnaa mamãe. – disse ele, olhando para ela com seus olhos acinzentados.

- Aawwn, ele é tão fofo! – disse a senhora Dubois. – ele já fez um ano?

- Não, ele só tem seis meses. Enfim, tenho que ir. Tchau senhora Dubois, muito obrigada. Tchau Tetris, mamãe volta mais tarde pra você também. – disse Marinette saindo.

- De nada! Bom trabalho! – disse a senhora Dubois.

- Obrigada, até mais tarde. – disse Marinette, fechando a porta.

Marinette estava indo para a empresa onde trabalhava, a empresa de Vivienne Courier. A secretária ruiva ainda não havia ligado para Marinette, mas ela queria ir lá novamente para conhecer melhor a empresa. Chegando lá, dirigiu-se imediatamente ao balcão.

- Com licença, a Madame Courier está?

- Não, por quê? Quem é você? – disse a secretária do salão de entrada. Não era a ruiva, ela ficava no andar de Vivienne.

- Uma funcionária contratada recentemente. Já que ela não está, onde ficam as pessoas que cuidam de festas?

- Qual o seu nome?

- Marinette Dupain-Cheng.

A secretária digitou no computador e encontrou os dados de Marinette.

- Sala três, segundo andar.

- Lá tem...?

- Seus colegas de trabalho.

- Ok, obrigada. – disse Marinette. Ela saiu e foi para o elevador, e apertou o botão de número 2.

Ao chegar, se deparou com um corredor vazio, parecido com o da Madame Courier, não tão bem decorado e limpo, mas não era nada mal para um ambiente de trabalho comum.

- Carter, espera, você esqueceu os balões! – disse uma garota morena saindo de uma das portas. – ah, ele já foi! Não acredito que vou ter que ir até lá! – ela se aproximou do elevador, de onde Marinette havia acabado de sair, com uma caixa cheia de balões azuis. – Oi, bom dia. – disse ela mecanicamente para Marinette.

- Bom dia... – respondeu Marinette. A garota entrou no elevador e as portas se fecharam.

Marinette passou por todas as portas, lendo todas as placas. Quando chegou na sala de onde a garota dos balões havia acabado de sair, viu a placa de número 3. Logo abaixo estava escrito em letras menores: escritório de organização prática de festas. Marinette bateu na porta entreaberta, dando uma olhada no que era possível ver lá dentro.

- Olá, posso entrar? – disse ela, vendo uma escrivaninha escondida embaixo de caixas cheias de balões, roupas, fitas, tecidos que Marinette não identificou para que serviam e muitos papéis. Estava tudo uma bagunça lá dentro. – alguém aí? – perguntou ela, sem ouvir resposta. Marinette abriu a porta, e pôde ver a obra completa do caos daquele escritório.

Havia duas escrivaninhas mergulhadas embaixo de vários materiais e artigos de festas, painéis lotados de bilhetes e lembretes nas paredes, três cadeiras com uma pilha de fantasias, quatro pacotes de papelada da altura das escrivaninhas no chão, e um telefone que começou a tocar.

Marinette ficou uns instantes parada, olhando estarrecida para toda aquela bagunça, sem saber o que fazer, e se devia mesmo fazer alguma coisa ou simplesmente sair correndo; e era exatamente essa última opção que sua consciência lhe dizia para fazer. Mas Marinette decidiu atender o telefone.

- Joenne, eu esqueci os balões! Você pode trazer eles aqui pra mim? Por favor! Falta menos de duas horas pra festa começar! – disse uma voz meio aguda de um homem.

- Ahn... Por acaso você é o Carter? – disse Marinette.

- Quem tá falando? – perguntou ele, provavelmente estranhando a voz dela.

- Eu sou nova na empresa, acabei de chegar aqui, e vi uma moça saindo correndo com uma caixa de balões, deve ser essa Joenne.

- Novata? Opa, não estava sabendo disso! Como você chama? – disse ele, animado. Pelo jeito de falar, Marinette suspeitou que ele fosse gay.

- Marinette.

- Prazer! Eu sou Carter. É meio estranho se apresentar por telefone, mas daqui a algumas horas talvez a gente se encontre, se ainda estiver por aí.

- Ahn, então, eu não faço a menor ideia do que fazer aqui.

- Ah, coitada! Ninguém te explicou nada, né?

- Não. Mas de qualquer forma, não posso ficar aqui até essa festa acabar. E não adiantaria muito se eu ficasse.

- Tudo bem, vem amanhã de manhã que a gente te explica tudo! – disse ele.

- Mas amanhã é sábado.

- Pois é, aí que tem festa mesmo, né?

- É, é verdade. – disse Marinette. Ela ouviu alguém falando com ele do outro lado da linha.

- O que você está fazendo aí batendo papo? Temos menos de duas horas pra arrumar esse lugar! Desliga isso, criatura! – disse uma voz feminina perto de Carter.

- Joenne! Que bom que você chegou. Tava só falando com uma novata aqui rapidinho, já estou indo. – disse ele, um pouco afastado do microfone. Ele se aproximou novamente para falar com Marinette. – tenho que ir, amanhã a gente se fala. Até mais, novata! – disse ele, e então desligou.

- Até... – respondeu Marinette, pensando em por que ele perguntou o nome dela se ia ficar chamando-a de novata. Mas tudo bem, ele era simpático. Totalmente o oposto da secretária ruiva do décimo segundo andar.

 

Mestre Fu

- Então o que eu tenho que fazer é incentivar a memória deles a voltar naturalmente? O senhor acha que isso pode dar certo? – disse a Agente 3.

- Nem tudo vai voltar naturalmente. A maior parte das lembranças não vai. Mas não se preocupe com isso, tenho algo aqui que faz as pessoas reviverem suas memórias. – disse o Mestre.

- Então por que não só damos um jeito de todos virem aqui?

- Porque eles não acreditariam, não viriam, e provavelmente não iriam querer tomar o chá. – disse o Mestre, tomando um gole de sua xícara calmamente. Não era o mesmo chá de que estava falando, era apenas um chá comum.

- Então, deixa eu ver se eu entendi. Eu tenho que dar pistas sutis sobre o passado deles, de forma a estimular alguma lembrança perdida a voltar, para que eles acreditem que esse passado existe, e venham descobrir mais sobre o que aconteceu há nove anos atrás, quando as memórias de todo o mundo sobre os super-heróis foram apagadas?

- Exatamente.

- E então você os chama aqui e... E aí o quê?

- E aí começa o treinamento.

 

 


Notas Finais


Oiee pessoal
Não deu pra colocar uma cena da Rose e do Nino porque se eu fizesse isso, demoraria mais tempo ainda pra eu conseguir enviar. Mas no próximo capítulo provavelmente vai ter.

Inspirações:
- o trabalho de Marinette no capítulo anterior foi inspirado no filme O Diabo Veste Prada.
eu colocaria mais tópicos se eu lembrasse de outras coisas que me inspiraram, então acho que fica pra depois.

PS.: não achei uma imagem legal e não tive mto tempo pra procurar, queria postar isso o quanto antes.

Espero que tenham gostado do capítulo!
to morrendo de sono mds (informação desnecessária, mas foda-se) com esses pontos de exclamação até parece que eu to animada. Mas é só sono msm

Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo ou achado interessante.
Beijos e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...