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História Os três clãs - Deixa te disso


Escrita por: Ninicky

Notas do Autor


Desculpem a minha demora. Eu já tinha parte escrita há um bom tempo atrás mas não gosto de publicar capítulos muito pequenos. Quem lê capítulos pequenos fica com aquela sensação que mal começou a ler e já está terminando.Então aqui está ele, completo e pronto xD. Espero que gostem xD
Boa leitura ^^

Capítulo 13 - Deixa te disso


 

Kyungsoo

Omma, sentado a meu lado, ocupava o seu tempo a preparar infusões e chás medicinais que guardava num dos nossos cestos até que o tempo húmido e frio baixasse as defesas de todo um povo trabalhador. Sempre o vi sair para ajudar na saúde de quem quer que precisasse. Cada frasco era identificado com uma cor diferente. Eu não saberia distinguir nem assim, mas ele sempre soube se organizar desse jeito.

Segurava as pernas contra o peito ao observa-lo. Não sabia o que fazer, se ir dar um passeio, ficar pela nossa tenda, ou ocupar-me em alguma tarefa. O meu cérebro trabalhava freneticamente, pensando em tudo o que tivesse relacionado com as provas dos pretendentes. Mais concretamente em Jongin. Queria distanciar-me disso mas me vi incapaz.

- Pareces impaciente. – O meu Omma fez questão de comentar.

- Só não sei o que fazer. – Respondi-lhe. Segurei um dos seus frascos na mão e observei o seu conteúdo verde musgo.

- Isso é um medicamento que ajuda a cicatrizar feridas. – Informou espontaneamente.

- Gostava de entender um pouco mais disso. Sinto que vai fazer falta. Queria ser útil também.

- Faz sempre falta pessoas que entendam alguma coisa de medicamentos. Não há muitos de nós que saibam trabalhar com as propriedades das ervas e flores. No entanto é algo indispensável na nossa vida. Mas parece-me que esse interesse súbito não tem nada a ver com a curiosidade e sim com a falta do que fazer. Estou certo?

- Não exactamente, Omma. – Gesticulei com as mãos. – É um sim, meio não. Porque realmente interesso-me por isso. Não é em vão que sempre estou a observar-te quando estás a fazer algo. Mas sim, hoje estou aqui porque preciso ocupar a cabeça.

- Senta aqui, ao meu lado. – Chamou-me, batendo com a mão no chão perto de si. – Ajuda-me a moer estas folhas, enquanto me contas o que tanto te atormenta. Embora eu já desconfie.

- Às vezes preferia ser um Omega normal, do povo. – Comecei, enquanto pegava nas ferramentas para moer as folhas de uma erva curativa que Omma me tinha passado para a mão. – Sinto o coração na garganta desde que soube que teria o meu pretendente escolhido através de provas.

- Isso tudo por causa do primeiro jovem que aqui veio? – Questionou inocentemente. – Ele foi o mais simpático e sério com qual falamos.

- Sim, Jongin é um Alfa incrível. – Assenti, sem tirar os olhos do meu trabalho. – Mas não é apenas isso. Eu sei, é a tradição, mas também acho muito sádico o que eles têm de se submeter para chegar até mim. Não podia simplesmente escolher por aquele que achei ser o ideal?

- Sabes… - Omma suspirou. – Eu compreendo-te melhor do que ninguém, e acho injusto que não possas escolher por ti mesmo com quem queres ficar ao lado. Se fosses um Alfa seria diferente. Mas como és um Omega, o Alfa de fora é que ficará com todos os cargos difíceis. E estas provas não servem apenas para ver qual o melhor futuro líder, mas a sua persistência. Porque acredito que quem vencerá será aquele que mais quer ficar contigo.

- Omma… - Olhei para si com olhos entristecidos. – E se acontecer algum azar a esse alguém?

- Tens de confiar nele, Kyungsoo. Eu vejo nos teus olhos que queres muito que Jongin vença. E compreendo. Compreendo perfeitamente que ele tenha sido aquele que conseguiu abanar esse teu coraçãozinho.

- Eu não sei o que sinto, mas sei que de todos foi o mais sincero comigo. – Remexi a pulseira que Jongin me dera. – Ele deixava-me confortável.

- Ainda bem que pelo menos alguém dos pretendentes te interessa. – Sorriu-me Omma. – Concentra toda a tua boa energia nele. Pode ser que ele sinta o mesmo e dê tudo por tudo para conseguir vencer.

- Eu acredito que sinta… - Senti os músculos da minha face contorcerem num sorriso involuntário. Mal podia esperar que a semana terminasse juntamente com todas aquelas provas, da qual eu participaria na última. Se Jongin aguentasse até ai, esperava que se recordasse das minhas palavras.

O que importa não é ter, é proteger.

Se ele se lembrasse disso, o meu fio de esperança se transformaria numa corda bem mais firme e segura.

 

 

 

Luhan

Appa reclamava sobre algo que passava na TV e Omma parecia ansioso para que o nosso líder chegasse. Enroscado numa manta, mantive-me sentado à janela a observar as pessoas lá fora. Era fim-de-semana, mas não tinha qualquer vontade de sair para passear, embora ficar em casa fosse um pesadelo quase tão grande como por um pé na rua.

Não sentia muitos enjoos, mas também não tinha fome. Só sentia uma enorme dor de cabeça e os olhos pesados, mas dormir era uma miragem para mim. Pelo menos descansadamente.

Bocejei, aborrecido. Luxing ria animadamente, enquanto rabiscava algumas coisas numa folha de papel e insistia em mostrar ao Omma. Não vinha mais me chatear com pedidos de brincadeira ou de atenção. Se afastara de mim como o diabo foge da cruz, e parecia ter medo de me dirigir a palavra. Me senti um pouco mal por provocar aquilo ao meu irmão, mas também agradecia por não precisar de fingir ter paciência para o aguentar, quando tudo o que mais queria era sossego.

A campainha tocou ainda nem eram onze da manhã. Me enterrei mais no cobertor, embora não estivesse frio. Era onde me sentia mais confortável naquele momento. Appa levantou-se para ir abrir, e Luxing saltou para o colo de Omma, que o carregou até ao hall de entrada.

Espreitei por cima do ombro e vi Junmyeon entrar, ao lado de Sehun, o Alfa que provavelmente ficaria a partilhar a casa connosco. Revirei os olhos e voltei a observar a rua lá fora.

Um choro irritante e manhoso de bebé ecoou pelo apartamento. Jaehyun devia estar acordado, no colo de seu Omma, Yixing. Desejei que se calasse, mas um bebé não para de chorar apenas porque se deseja.

- Bom dia. – Junmyeon proferiu. Provavelmente cumprimentando-nos. – Peço desculpa por chegarmos tão cedo.

- Não tem mal. – Omma falou.

- Luhan, não vens falar? – Appa questionou-me, mas não movi um músculo que fosse além da mão, que levantei num curto cumprimento.

O burburinho prolongou-se eu desliguei-me do que se falava na sala. Sei que discutiam sobre a melhor maneira de acolher Sehun, e de como o ajudar a se integrar. Vozes e vozes que ecoavam na minha cabeça sem sentido.

Sentia-me deprimido e sem vontade para fazer nada. Não tinha forças para obrigar o meu corpo a mexer mas também não tinha capacidades de desligar a mente e cair num sono sem sonhos por um longo período.

Sentia-me numa dormência, não corporal, mas mental. Tudo parecia acontecer mais lento do que a realidade. Não gostava daquela sensação. Preferia quando me sentia irritado. Sentia-me mais vivo do que naquele momento.

Estava perdido nos meus pensamentos quando Sehun decidiu aparecer e bloquear a minha visão para o exterior. Algo dentro de mim gritava “medo”, “perigo”, mas mais uma vez os meus membros não responderam aos impulsos cerebrais e não me movi. Fiquei a olhar para si, enquanto os seus lábios moviam-se e eu não dava qualquer atenção às suas palavras.

Suspirei, e desviei o olhar dos seus olhos que me observavam afincadamente. Era desconcertante. Mas por mais que o evitasse, não podia ser para sempre.

Fez movimentos com as mãos em frente do meu rosto, tentando captar a minha atenção. Era chato. Muito chato.

- Porque não me respondes? Ficaste sem língua? – Insistiu, e não fui capaz de ignorar por mais tempo. Até porque tê-lo ali à minha frente, bem próximo, não era algo com que podia lidar simplesmente fingindo não sentir a sua presença!

- Estás a bloquear a minha visão. – Respondi claramente, mas não à sua questão.

- Ah! Pelo menos consegui tirar daí umas palavras. Está tudo bem contigo Luhan? – Perguntou-me, com uma expressão preocupada, que não soube identificar se fingida ou não.

- E isso importa? – Inquiri, lembrando da conversa passada que tinhamos tido no trem.

- Se não importasse não me dava ao trabalho de perguntar.

Reparei que o barulho tinha acalmado, provavelmente tinham ido para a cozinha comer ou beber algo, mas Sehun ficara ali, comigo… Quando podia perfeitamente estar a conviver com os restantes.

- Não estou com cabeça para conversas… - Expliquei, não escondendo o meu cansaço ao proclamar que preferia a minha solidão.

- Pelo menos não estás a fugir de mim, já é um ponto positivo. – Sehun sentou-se no braço do cadeirão onde eu estava, desobstruindo a minha visão da rua e talvez tentando ver a coisa pela minha perspectiva. – Pareces mais abatido do que ontem. Aconteceu alguma coisa recentemente?

Tirando que Omma voltara a firmar que eu não tinha qualquer motivo para agir como estava a agir e que a minha situação era algo comum, nada… Mas era o suficiente para me moer o juízo. As suas palavras soavam-me duras e frias. Como se a minha felicidade não importasse. Fosse esse pensamento errado ou não, o jeito que estavam a lidar com o que me acontecera não era de todo o correcto. Não na minha perspectiva. Estávamos humanizados, a viver junto de humanos. Comportamentos de selvajaria não deviam ser considerados normais…

- Nada. Mais do mesmo. – A sua grande mão pousou sobre os meus cabelos descoloridos, e eu encolhi-me ao seu toque. Qualquer aproximação Alfa deixava o meu coração descontrolado e o meu corpo em alerta. Mas não comentei. Sehun não parecia ter más intenções.

- E está tudo bem com vocês? – Perguntou. Talvez referindo-se a mim e a criatura dentro de mim.

- Se achares que bem é ter enjoos e insónias, então “estamos”. – Falei o “estamos” com um certo tom de ironia.

- Gostava de perceber o que te aconteceu. Não pareces nada feliz para alguém que vai ter um bebé… És marcado? Não pareces.

- Porque não sou. E porque tudo o que menos queria era ter um bebé agora! – Exaltei-me, mas rapidamente voltei ao meu casulo, enroscando-me mais no cobertor.

- Hum. Faz sentido. Entraste no cio este ano?

- Não. – Sehun olhou para mim, espantado. – Eu fiz 17 anos…

- O quê? Eu achei que fosses da minha idade. Só não digo mais novo, porque o cio começa aos 16… Wow…

Permaneci silencioso. Na verdade percebia essa confusão. O meu aspecto era meio infantil. Tinha um rosto de boneco, uma pele branquinha, de cabelos falsamente aloirados e um corpo magrinho, embora de curvas singelas e cintura fina.

Talvez agora não tivesse mais esse aspecto angelical e antes umas olheiras fundas, um cabelo desgrenhado e um mínimo inchaço abdominal.

- Luhan, espero que não te incomodes por eu ficar com a tua família. Não tenho palavras para agradecer o gesto, e espero que possas falar comigo mais vezes, sem estar sempre na defensiva.

- Eu não estou…

- Estás a fazê-lo outra vez. – Sorriu, e tive vergonha da minha atitude uma vez na vida.

- Estava melhor quando estava sozinho… - Resmunguei, revirando os olhos e escondendo-me por completo no tecido grosso e peludo.

- Até podias estar… Mas não é saudável. Sai daí. As pessoas querem te ver. – Senti o cobertor ser puxado com uma rapidez que nem ao menos me deu tempo de segurar para impedir que me fosse retirado.

- NÃOOOO! Deixa-me estar em paz! – Reclamei, encolhendo-me sobre mim próprio.

- Se é o que queres… Mas isto. – Ergueu o cobertor. – Isto vem comigo.

Senti vontade de lhe bater, de gritar, de lhe espancar, mas isso não mudaria nada. Simplesmente levantei-me irritado e caminhei a passos pesados até à cozinha, onde os adultos conversavam sobre as complicações e benefícios de uma boca a mais em casa entre outras ideias e Luxing que balançava as perninhas, sentado no colo do Appa, enquanto brincava com uma pelúcia de unicórnio.

Olhou na nossa direcção e mal viu a minha figura descuidada entrar no cómodo, sorriu. Não estava pronto para lhe dar atenção, simplesmente troquei breves palavras com os convidados, peguei num copo de água e voltei para a sala, onde Sehun se mantinha disciplinadamente sentado por cima do meu cobertor, atento ao noticiário na televisão.

Sentei junto de si, mas na ponta extrema à que ele estava, em silêncio.

- Custou muito? – Perguntou ele sem desviar o olhar da grande tela. Curioso. Confuso.

- O suficiente para me teres deixado irritado. – Murmurei.

- Melhor irritado do que apático… - Murmurou de volta.

- Se vais mesmo ficar aqui… Nunca mais vou ter paz?

- Depende de como é a tua definição de “paz”… - Sehun encolheu os ombros. – Mas espero conseguir arrancar um pouco mais de ti. Estou curioso em muitos sentidos…

 

 

 

Jongin

Depois de um longo tempo sobre a ondulação marítima, num balançar que não se sabia ser embalador ou enjoativo, as pequenas canoas atracaram na areia clara de uma pequena ilha, não tão pequena assim. Havia uma longa extensão de praia antes de a vegetação começar a engolir aquele espaço perdido.

Saímos dos nossos barcos assim que nos foi ordenado, aterrando ainda na beira da água, molhando os pés e parte das calças claras que usava.

Não estava muito vento, nem muito calor. Um tempo agradável presenteava a nossa chegada. Cada um pegou na sua pequena bagagem e seguiu os superiores que nos acompanhavam e avaliavam cada paço que dávamos.

Numa fila ordenada, nos embrenhamos na densa vegetação de palmeiras e ervas rasteiras que cresciam na areia fina.

Não andamos muito, ou encontraríamos o outro lado da ilha. Mas o que andamos, num trilho que mostrava que já haviam ali estado antes, chegamos a um descampado, de terreno regular, onde facilmente se montaria um acampamento. Estava claro para todos que ficaríamos por ali mesmo.

- Podem pousar as coisas. – Gritaram do começo da fila. Deixei a minha bagagem no chão e alonguei os músculos rígidos da viagem.

Não queria conversar com ninguém. Não tinha inimigos mas também não tinha empatia com qualquer um dos restantes opositores. Sentei-me na areia mas rapidamente me arrependi de o ter feito.

- O jovem está confortável? - Perguntou um dos que parecia mais forte de todos os que nos guiavam. Olhei para ele, mas não respondi. – Isto não é um espectáculo… Espero que aproveite os últimos minutos de descanso porque vou aproveitar o momento para explicar o primeiro teste! – Urrou.

Esperei ansiosamente, sem saber se devia levantar ou permanecer quieto até que ele terminasse o discurso. Optei por ficar no mesmo lugar, aguardando.

- Aproximem-se. Aproximem-se. – Anunciou e rapidamente formamos um círculo quase perfeito. – Para celebrar o começo das provas que levaram até à mão de Kyungsoo o primogénito Omega no nosso grande Alfa, começo por anunciar a primeira prova. Em outras palavras, apenas o aquecimento...

A tensão pairava pelo ar e parecia que todos prendiam a respiração. Sabíamos que o pior estava apenas a começar.

Os outros homens, encarregados de nos vigiar e guiar, movimentavam-se de lá para cá, arrumando em volta de um largo círculo, tochas apagadas, ornamentadas de gravuras feitas à mão, provavelmente por algum ancião.

- Hoje, damos início a mais um ritual antigo, de selecção não só à mão do filho Omega do líder, mas também ao seu cargo. Um evento importante, em que apenas o melhor entre os melhores pode vencer.

Engoli em seco.

- Neste espaço ficaremos por sete dias, seis noites. Por sete dias e seis noites cada um de vocês provará o que vale. Cada um de vocês lutará. E alguns cairão. Hoje, até ao pôr-do-sol, vocês terão uma tarefa. Uma única tarefa que mostrará quem é o mais forte, determinado e resistente. Hoje, até ao pôr-do-sol, vocês terão de construir o vosso próprio abrigo. Um por concorrente. Não há parceria. Não há cooperação. Cada um terá de arranjar os seus materiais, ferramentas e construir.

Pensei que se fosse isso não fosse assim tão mau. Eu era pescador, sabia entrelaçar algas, arranjar madeira para construir barcos… Talvez conseguisse fazer um abrigo sem grandes dificuldades.

- E ao acender das tochas, declaro o começo da prova! – Todos os outros homens acenderam uma tocha e o círculo ficou completo, iluminado. Uma peça essencial na tradição. Levantei-me e preparei para partir à procura de recursos. – Agora!

Corri. Assim que foi proclamado o “agora”, corri com todas as minhas forças. Não nos tinham imposto limitações em materiais, técnicas ou ferramentas, embora tivesse de ser tudo criado por nós. Corri para a praia. Talvez encontrasse coisas no areal que me pudessem servir de algo.

Precisaria de madeira. Algo para atar. Alguma planta com a mesma elasticidade das cordas ou uma espécie de alga que ficasse presa nos barcos. Precisaria de misturar areia e argila com água, para criar uma estrutura mais firme e densa a partir da pasta que formaria.

Tinha todo um plano. E tinha apenas umas horas para o concluir. Certamente se ficasse incompleto ou insuficiente, acartaria com problemas na avaliação.

Não me ia deixar abalar pela falta de tempo. Correria contra ele. Nem que tivesse de sucumbir à exaustão.

Sabia que isto era mesmo apenas o começo…

 

 

 

Baekhyun

- Appa, não esqueci nada, não? – Perguntei uma última vez, checando se nada me tinha escapado. Não que tivesse muitas coisas, mas a vontade de ver a minha nova casa com Chanyeol ganhar aquele aspecto acolhedor deixava-me muito animado.

- Não. Já levaste tudo o que tinhas para levar. Nem parece que algum dia passou por cá filho meu que fosse. – Resmungou.

- Appa. Eu gosto muito de ti. E vou andar por perto. Só mudei de habitação, mas vamos nos encontrar no dia-a-dia.

- Eu sei Baekie… É conversa de Appa que não quer perder a sua cria… - Brincou ele, apertando-me uma bochecha. – Espero que tenhas juízo. Sei que gostas muito do Chanyeol mas não compliquem as coisas. Adaptem-se com calma à nova vida.

- Nós vamos.

- É… Eu nem vos conheço… Imagino a calma. – Ironizou mas de um jeito simpático. Abracei-o, beirando entre o feliz e o triste, e fui retribuído.

- O Appa é muito jovem. Não se deixe ficar aqui sozinho. Saia, conviva.

- Não te preocupes comigo agora. – Sorriu largamente. – Espero que tudo dê certo para vocês. E espero que se casem antes de terem um filho!

- Pois… Isso não prometo nada.

- Baekhyun! – Reclamou. – Ainda nem passou o ritual de entrada na fase adulta!

- Eu sei! Eu sei. O casamento fica para logo depois do ritual, como já tinha sugerido. Mas quanto ao seres vovô… Bem, isso é uma incógnita. Aguardaremos.

- O que eu hei de fazer contigo…

- Nos somos responsáveis. Não te preocupes. Tudo correrá bem. Virei visitar todas as semanas! – Relembrei.

- Eu sei que sim. Mas agora preciso de sair. Prometi ir ajudar a arranjar madeira para as fogueiras. Precisamos armazenar mais. E temos de aproveitar que o tempo está bem seco agora.

- Eu devia ir fazer algo útil também, mas por agora vou acabar de levar isto para casa e arrumar o espaço. Ainda está um pouco bagunçado e sujo.

- Vemo-nos no jantar, pequeno Baekie. – Appa bagunçou-me os cabelos. – Até logo.

- Até logo.

Segurei os poucos pertences que me faltavam e saí também. Tinha ficado de me encontrar com Chanyeol mais tarde, depois dele ter acabado a caça com os outros membros do nosso clã, e o tempo parecia escorrer por entre os dedos. E Minseok tinha pedido para ficar com o pequeno durante o almoço… Era muito para fazer, e apesar de ser cedo, começava a sentir o tempo apertar.

Próxima paragem. A minha casa…

 



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