História Os três lados do guerreiro - Pelo que lutamos

Aquele era o jantar ais estranho do qual Ichigo já tinha participado de um lado da essa estavam suas irmãs e Toshiro conversando animados e energéticos sobre os treinos enquanto aproveitavam o banquete, do outro estava Byakuya comendo em silencio discreto e que silencioso e sua irmã o imitava já o seu pai tentava puxar assunto com o antigo colega, mas recebeu um intenso tratamento de silencio.

Ichigo comia devagar, as regras de cortesia exigiam que ele fosse o ultimo a deixara mesa, mas o nervosismo e a indecisão o deixavam sem fome, ele acreditava que a reunião tinha sido um fiasco  e não sabia se devia ou não aceitar a oferta de trabalho. Em parte os capitães pareciam ser pessoas honradas, mas ele sabia pelo que havia apreendido com Urahara e com seu pai que eles podiam ir aos extremos pelos seus objetivos, fossem certos ou errados.

Nessa hora Rukia o cutucou e o chamou para ir para o lado de fora, ele sem entender a seguiu, lá no jardim da casa ninguém os ouviria. O jardim era um lugar incrivelmente lindo e refinado como o resto da casa, havia um enorme gramado com um lago ornamental decorado com rochas brancas onde haviam várias carpas e parecia que toda a paisagem refletia a luz da lua. Eles ficaram na varanda de frente para o jardim e lá ela começou a questiona-lo:

- Desembucha o que aconteceu?

- Que? Não aconteceu nada de...

- Kurosaki Ichigo! Não minta para mim! – ela ficou bastante brava de repente -  Já vi você lutar e ariscar a sua vida sem sentir um pingo de medo o que está acontecendo?

- Não é nada de... – nesse momento ele viu u olhar assassino na moça enquanto ela apertava o punho, ele subitamente mudou o discurso – é que eu estou preocupado com a minha família só isso tenha calma!

- Tudo bem então, pode me dizer o por quê?

- Olha Rukia – ele encostou as costas na parede antes de começara falar para se apoiar– eu nunca me importei de arriscar, lutar com alguém até a morte ou encarar uma tarefa impossível, para mim tá tudo bem afinal sou eu que pago o preço, mas...

- Não é a mesa coisa quando é com os outros, principalmente com quem a gente se importa não é?

- Bem por ai... Se fosse só eu nessa guerra eu ia agora lutar com o Aizen por mim tudo bem toparia qualquer missão, mas só de pensar que as meninas podem se envolver nessa história... O meu corpo treme todo só de pensar nisso e agora que a Karin está treinando para ser shinigami eu fico ainda mais preocupado e... Eu penso no que aconteceu com a Orihime e... – A voz dele ficava cada vez mais triste - Merda eu sou patético...

- Ei escuta aqui – ela se colocou na frente dele, pós as mãos em seus ombros e olhou no fundo dos seus olhos – Patético é a ultima coisa que você é! Você me salvou duas vezes e você mal me conhecia, você é gentil e por isso se preocupa com o resto das pessoas, isso não é fraqueza... Isso é parte da sua força! Você pode é incrivelmente forte sozinho, mas se quiser vencer os seus inimigos precisa nos deixar ajudar você...

Até aquele momento ele nunca tinha visto aquele lado da Rukia, ela estava ali se impondo na frente dele, forte e determinada com um olhar decidido, mas ao mesmo tempo o seu rosto era iluminado pela lua fazendo sua pele brilhar e seus olhos emanarem uma linda luz violeta, ele ficou estático com a cena, estava agora ele estava muito mais confiante com as palavras dela, só que havia algo mais que ele sentia, era algo que ela não havia pensado que suas palavras causariam. Ele ficou encantado pela beleza e força dela.

Ele então começou a falar pausadamente, não era o nervosismo que o atrapalhava, mas sim o fato que não sabia o que falar só que algo dentro de si o forçava a isso, sentia que ia explodir se não falasse algo:

- Rukia... eu...eu – Ele pegou nas mão dela e olhou no fundo dos seus olhos – Obrigado! Isso significa muito para mim... Você significa muito...

- Q – Que isso... – agora a garota de pele alva ficou com o rosto todo vermelho e começou a mexer no cabelo – é que você é importante para...

- Espero não estar atrapalhando os dois – Nessa hora Ichigo e Rukia viram que quem os interrompeu não era ninguém menos que Kuchiki Byakuya, os dois ficaram roxos de medo e vergonha quando o ouviram em seu tom frio e ameaçador, ele deu uma boa olhada nos dois e normalizou sua voz – Rukia devemos voltar para casa, foi uma noite agradável Kurosaki, mas ambos temos deveres e responsabilidades a cumprir, esperarei sua resposta...

- Eu aceito! – Ele o interrompeu decidido.

-... Ótimo, nos vemos amanha no salão de reuniões dos capitães pela tarde, você recebera sua posse e seu equipamento assim como suas ordens.

Aquela era a terceira vez que o governador era surpreendido na noite... E ele tinha que admitir que não foram surpresas ruins.

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 - Qual seria o motivo disso? – Ulquiorra perguntou.

- Preciso de ajuda para treinar, se não ficarei despreparada para a batalha que se aproxima – Halibel respondeu sacando a espada.

- Mas porque precisa da minha ajuda especificamente? Pelo que eu saiba você tem varias subordinadas do nível fraccion.

- Sim, mas eu preciso ter um combate sem me segurar meus ataques para poder praticar da maneira certa.

- Entendo... Você não se importa em me ferir por isso fica mais fácil de usar seu poder, compreensível.

- Não é isso! É que você tem como treinar comigo sem o perigo de se machucar gravemente e pode acompanhar o meu ritmo, não vou tentar te matar nem nada do tipo!

-...

- E então o que diz vai me ajudar?

-... – ele continuava em silencio.

- Está tudo bem com você Ulquiorra?

- Estou esperando o seu ataque...

- Então saque sua espada!

- Se necessário o farei.

- Hunf... – Ela bufou, estava claramente incomodada com aquela situação, mas decidiu não complicar ainda mais a situação.

Os dois estavam em cima da gigantesca cúpula de Las Noches a dez metros de distancia um do outro. O vento do deserto e as sombras daquela noite eterna noite já eram elementos comuns aos dois, ela se preparou e partiu para o ataque. Ela deu um salto para cima e girou pelo menos três vezes para pegar impulso e desferir um golpe poderoso.

Nessa hora o arrancar sacou a sua espada num movimento veloz rebatendo o golpe de Halibel, com o impacto ela perdeu todo o impulso e ao voltar para o chão recuou alguns passos, ela percebeu de alguns segundos que ele não tomaria a iniciativa no ataque então ela novamente fez um moimento.

Ela avançava rapidamente fazendo vários golpes em sequencia enquanto o outro somente dava pequenos pulos para trás sempre no ultimo instante evitando os golpes completamente. Ele na verdade estava se aproveitando de um defeito que a espada da moça tinha em sua forma selada, ela tinha uma lamina mais curta que as demais fazendo com que ela fosse quase ineficaz contra oponentes a uma média ou longa distancia.

A guerreira sabia que podia muito bem acerta-lo com um cero ou uma rajada de energia da sua espada, só que ambos estavam evitando causar dano à estrutura da fortaleza. Usando um sonido ela tomou impulso e aproximou dele estando a alguns centímetros um do outro, perto demais para usarem as espadas, mas perfeito para usar os punhos.

Após acertar um soco poderoso no estomago do oponente que o fez perder todo o equilíbrio ela deu uma joelhada em sua cara, agora ele soltou a espada e deu uns passos para trás com a tontura e a falta de equilíbrio. Ulquiorra tinha que reconhecer que a força física da amazona era excepcional, com toda aquela força e velocidade ela conseguia um poder de ataque gigantesco. Se ele fosse um fraccion seu crânio teria se partido em dois com o ultimo golpe.

Enquanto ele se recompunha e pegava sua espada do chão a Espada começou a falar com ele:

- Ulquiorra se você só ficar na defensiva isso não será um treino... E você também precisa treinar ou não vai conseguir aumentar seu poder.

- Minha força já atende todas as minhas necessidades, estou aqui pois se você ficar mais fraca não conseguira cumprir as ordens do mestre Aizen – falou tirando a poeira do uniforme.

- Sim, mas você precisa melhorar se quiser proteger o que...

- Não tenho nada que desejo preservar, não tenho esse objetivo.

- Mas deve ter algo que seja importante para você, sua posição, ideais, poder ou algo do tipo, afinal você deve tem um motivo para estar aqui.

- Não, não tenho nada do tipo...

- Então... Porque se juntou a Aizen? – Halibel estava confusa todos os Arrancars com quem falou tiveram seus motivos para se juntar ao exercito de Las Noches.

- Ele disse que e daria um propósito, um objetivo...

- E... Você coseguiu?

- Não.

Aquela conversa tinha tomado outro rumo completamente diferente, os arrancas viviam juntos na fortaleza há anos já, alguns mais do que outros, mas agora ela havia percebido uma coisa eles mal conheciam um ao outro. Ela nunca havia imaginado que o colega era alguém tão sozinho e desolado,  sem sonhos ou objetivos em sua vida, sempre soube que ele era do tipo frio e sério, mas nunca tinha imaginado algo assim.

Talvez aquela conversa tivesse chegado ao estado muito mais pessoal e profundo se uma figura não tivesse os interrompido, era o ex-capitão Ichimaru Gin, os Espadas não tinham nenhum apreço por ele, mas o toleravam mais que Aizen que se colocava no patamar de um deus. Ele então calmo como sempre começou a falar com eles:

- Vejo que estão se divertindo aqui em cima, atrapalho?

- Não Ichimaru, há algum problema? – Ulquiorra respondeu.

- Bem sim e não veja só, uma das nossas patrulhas foi atingida com uma pedra enquanto faziam uma ronda de rotina.

- Uma pedra? Por que alguém atacaria nos atacaria com isso? - dessa vez quem perguntou foi a loira.

- Bem vejam só, a pedra na verdade caiu perto deles e ela caiu de um ângulo tão estranho que parece que foi um acidente mesmo, só que qualquer um que consiga jogar uma pedra dessa distancia vale apena dar uma olhada não é?

- Deve ter sido trazida por uma tempestade de areia, esse tipo de coisa é normal.

- Seria se a rocha não fosse do tamanho de uma pessoa, mas se não quiserem investigar tudo bem, ninguém vai dar a mínima, nem informei o Aizen sobre isso... Há menos que comecem a chover pedras...

- Tudo bem- eles logo concordaram- pra onde é?

- Disseram que veio de lá – ele apontou para o horizonte.

- Já vamos só irei reunir as minhas fraccions.

- Ótimo ai vamos todos juntos!

- Você vai também vai Gin – ela falou, mas logo percebeu que ele estava esperando ela dizer mais alguma coisa – “Senhor Ichimaru“.

- A que pena, achei que você ia dizer que ia gostar que eu fosse junto, só que na verdade preciso ir no mundo humano comprar mais chá, acabou na ultima reunião.

- É você que compra o chá? Achei que fosse algum servo.

- Eu compro o chá, as listas de pessoal, arrumo os reportes das tropas, faço a manutenção nos computadores e estou tentando intalar uma conexão com a internet.

- Inter o que?

- Vocês vão ver depois, até vou ensino usar direito, gosto de fazer algo para matar o tempo... afinal sinto falta do trabalho de escritório.

Eles perceberam naquela hora que Gin ainda mantinha alguns costumes da sua vida na Soul Society e que diferente do mestre daquele lugar mostrava alguma simpatia pelo resto dos soldados, talvez fosse um dos seres com mais humanidade ali.