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História Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 6


Escrita por: Pequenarosa

Notas do Autor


Este livro é vinculado com "O trono do Sol" e "O trono da Lua". E para entender essa história melhor, ambas também devem ser lidas! Deixarei o link nas notas finais. Boa leitura 😘

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 6

- Que lugar lindo! - digo para mim mesma e continuo olhando cada pedaço daquele local, completamente vislumbrada.- é tão luxuoso que dá até medo de tocar. - encaro um vaso de flores completamente adornado com lindos desenhos que com certeza foram feitos manualmente. Observo cada detalhe como se fosse algo que eu deveria analisar. Defeito de todo artista…
Entretanto, meus devaneios logo foram interrompidos com uma voz masculina adentrando na sala de estar. Ando em direção ao cômodo e me deparo com um homem um tanto familiar. Ele era moreno e tinhas incríveis olhos verdes que se assemelhavam a esmeraldas. Logo me recordei de seus rosto em meus esboços, seus traços sempre foram sutis, mas pessoalmente era bastante expressivo.
Ouço o Tio de Kloe conversar com ela e vejo a cumplicidade entre os dois. Ela o enchia de perguntas e ele somente ria por sua impaciência.
Enquanto isso, me assento no sofá oposto ao que Amberlly acabara de sentar. Esse o qual Kloe também estava. Porém, as duas não se aproximam muito uma da outra.
   - Isso é realmente uma cena emocionante... - O senhor que descobri recentemente ser Aldin, exclama.
   - Vem cá, já pode começar a falar? Eu estou começando a sentir fome.- Kloe se pronuncia.
   - Ainda não, faltam mais pessoas... 
   - Tem mais gente? - Amberlly perguntou estupefata.. - Mas eu só vi a Londres e a Canadá em todas as minhas visões.
   - Dá pra você parar de nos chamar pelo país em que nascemos? Nós temos nome, Estados Unidos. - A mulher de cabelos acinzentados replica ávidamente. Ambas prontas para um discussão
   - Não comecem! - Esbravejei sem a menor paciência. - Já não basta todo o caminho do aeroporto até aqui com vocês duas? - A acinzentada e a ruiva passaram o trajeto todo soltando farpas e provocações entre si. As duas não conseguiam ficar sequer um minuto sem discutir. Arrumavam contenda com tudo… desde uma bolsa no porta malas ao lugar perto da janela.
Quando finalmente se pôde ter silêncio dessas duas, outro barulho na porta se fez presente. E o senhor Aldin abriu passagem para a origem desse "barulho". Eram três homens bastante bonitos que de imediato ficaram a postos em nossa direção. Um era asiático, o outro parecia o Hércules com sua estatura alta e físico fascinante. Mas, havia um que tinha chamado mais a minha atenção. Eu não esqueceria daquele rosto e nem daqueles olhos…
   - Mateo, Nilus e Vincent... - Ouço Kloe murmurar.- Ah meu deus, eu preciso voltar no meu psicólogo...
   - Você conhece eles, Kloe? - pergunto, mas não deixo de encarar o homem que estava a minha frente. Eu o fitava sem parar de ouvir sua voz em minha mente. Mas, não era "aquelas vozes". Era a voz da lembrança…. "Nos veremos de novo, princesa. Em breve."
   - Eu os vi... em um sonho mas... eles não eram assim...
    Amberlly também aparentava conhecê-los. Bom, pelo menos um deles… Mateo. Ela comenta algo sobre monstros que a atacaram recentemente e ele confirma suas suspeitas.
- Eu devia conhecê-los também... Suponho. - Digo com minha cabeça doendo tentando entender toda aquela confusão. Como elas sabiam quem eles eram e eu não?!
   - Eu sou Vincent, seu guardião. - O homem misterioso da galeria finalmente se apresenta. E sem deixar de me fitar por um segundo. Seu olhar era pura curiosidade. E o meu de temor.
   - Guardião? - A asiática pergunta por mim, já que não consegui prestar tanta atenção para a frase "seu guardião".
   - Não só ela, minha pequena Kloe, mas todas vocês. Este é Nilus, seu guardião.- O tio de Kloe anuncia. - E este é Mateo... Seu guardião, Amberlly.
   Sinto a tensão se apossar do lugar e logo Amberlly muda para o bar do quarto enquanto Kloe se põe a falar.
   - Certo, o que a enfez... Amberlly quer dizer é...O que diabos tudo isso significa?
   - Terei o maior prazer em explicar tudo, minhas queridas. - Aldin responde simplesmente.
   - Existe uma antiga profecia… Que fala sobre três princesas, que pertencem a um lugar muito distante daqui. Este lugar se chama Méeridian.- Aldin dizia nostalgicamente.- Méeridian é um reino na segunda dimensão… Reino este que é o verdadeiro lugar de onde vocês, minhas caras crianças, vieram. 
   - Profecia? - O questiono. Isso está parecendo aqueles contos de fadas… ou de terror.
   - "Em busca de sua vingança ele retornará.
       O devorador de mundos expandirá sua fúria e o universo assolará.
       O poder de detê-lo nas mãos das princesas de luz estará.
       O sol, A lua e as Estrelas juntos devem permanecer.
        Para que a paz, enfim volte a florescer."
O Homem mais velho faz uma pausa apor um comentário sarcástico da Riva e retorna onde parou.
   - Cada uma de vocês, antes de serem obrigadas a sair de Méeridian, ganharam um colar… Colar este que seria a sua ligação com o verdadeiro lugar de onde pertencem. Kloe, por favor. - Aldin explica e pede o cordão da asiática. Logo, eu e a ruiva retiramos o nosso também. E o senhor ao nosso lado dá continuidade. - Sol, Lua, Estrela. A profecia é sobre vocês, Méeridian é sua casa, e as três estão destinadas a salvá-la. 
   - Salvar? Salvar de quê? - Amberlly indaga.
   - Há 22 anos, o reino fora tomado por um impiedoso feiticeiro das trevas… Seu nome é Aldrag. - Seus pais verdadeiros fizeram o impossível para salva-las, já que apenas vocês podem tirar Méeridian das garras de Aldrag - vejo o nervosismo compartilhado entre mim e as meninas conforme Aldin fala mais sobre nossas origens. Entretanto, acho que o senhor mais velho se enganou com "seus verdadeiros pais". Somente Amberlly e Kloe eram adotadas. Não poderia nascer em Méeridian.- Esses rapazes aqui… Foram designados para mantê-las a salvo. - Ele apontou para os três guardiões.- Eles, melhor do que eu, podem dizer como a vida em Méeridian se tornara cada vez mais difícil com o passar dos anos. Os poucos habitantes que restavam se refugiaram em uma montanha, selada com o poder dos  pais de vocês… E foi lá que Mateo, Nilus e Vincent passaram a maior parte das suas vidas, presos em uma montanha para se protegerem dos bestantes de Aldrag. - Encaro Vincent novamente e não posso acreditar no que acabara de ouvir. O homem a minha frente não aparentava em nada como um guerreiro. Parecia mais um playboyzinho metido a besta. - Vocês estão destinadas. Suas almas e seus corações devem permanecer unidos. Só assim conseguiram realizar a profecia.
   - Ok, calma, calma…Isso quer dizer que nós já temos um futuro pronto?- Kloe pergunta com uma bebida em suas maos acompanhando a ruiva no porre.
   - Não inteiramente, mas todas tem uma missão e precisam cumpri-la. Eu e os três guardiões estivemos de olho em vocês por toda a vida, cuidando para que estivessem vivas para atingir a idade em que a profecia faria o trabalho de unir vocês e agora, nosso dever é instrui-las para que salvem nosso reino.
"Estivemos de olho em vocês por toda a vida".
"Esse é seu guardião".
"Princesas de Méeridian".
"Profecia".
"Seus pais verdadeiros".
Quase dava para ouvir meus pensamentos em auto e bom som, já que o cômodo se tornara completamente silencioso após o término das "explicações" . Amberlly e Kloe estavam como eu, sem saber o que fazer. Sem nem entender o quê. Até que Mateo se interpõe.
   - Aldin, acredito que seja melhor darmos um tempo a elas.
   - Tem razão. Por favor, não saíam do quarto, ainda temos o que conversar. - O tio da asiática avisa e Kloe se retira rapidamente do local para ir ao banheiro. Acho que a bebida não caiu muito bem…

****************

Dou duas leves batidas na porta do escritório de Aldin e abro a fechadura com sua permissão. Depois daquela longa conversa sobre nossas origens, tive muitas dúvidas com aquelas explicações. Tinha coisas que não batiam… coisas ainda sem sentido.
- Desculpe atrapalhar, senhor Aldin.- digo acanhada ao perceber uma pilha de papéis que estavam a sua frente.
- Oh, não ligue para isso. São apenas coisas que preciso cuidar. Mas diga o que lhe aflinge, princesa.- O velho senhor diz solícito.
- Há algo que não faz sentido para mim. Na verdade, acho até que o senhor se enganou...
- Hahaha. Criança, por que me chama de senhor? Para quê tanta formalidade? A senhorita que é a princesa aqui.
- Certo…Você.- falo como em treinamento.- Você falou sobre termos nascido em Méeridian e sobre "verdadeiros pais". Bom, acredito que o senh…ham você se equivocou. Só Amberlly e Kloe são adotadas. Eu sou filha legítima de Ana e Joseph Kanwey e nasci em Londres. Seria impossível eu ter vindo de outro lugar.
- Eles nunca contaram pra você? - Aldin perde totalmente seu ar humorado para ter seu senho franzido. Como quem está entendendo tanto quanto eu. Que seria nada. - Sinto que não deveria ser a pessoa a lhe dizer isso, minha criança. Mas sua verdadeira mãe se chama Yannel Rous e não Ana Kanwey.- ele faz uma breve pausa e retorna a falar. - Sua mãe não teve escolha. Para sua proteção e para o bem do povo de Méeridian, você Princesa Estrela, deveria viver em um lugar seguro. Então, resolvemos deixar não somente você, mas também Sol e Lua com famílias que saberíamos que as protegeriam.- Aldin retira os óculos de leitura da sua face e me fita pesaroso. - O mais importante era que estivessem vivas. Seja onde é com quem for.
Tentei ao máximo tentar imaginar minha vida sem Ana e Joseph. Sem aquelas risadas estrondosas de papai e sem os biscoitos da tarde da mamãe. Sem Daniel…
Meu Deus! Daniel não é meu irmão. Ele com certeza não sabe disso. Como poderia saber? Nossos pais esconderam a verdade de nós dois durante anos.
- Então, você quer me dizer que minha mãe e meu pai sabiam desde o início da minha história e nunca falaram nada? - O interroguei nervosa.
- Foi uma promessa que eles tiveram que cumprir. Era a única condição. Quanto menos você soubesse, mais o destino faria sua parte para unir as princesas e concluir a profecia sem nenhuma interferência. Era Necessário, Estrela.
- Lucy. Me chame de Lucy. Não de Estrela e muito menos de princesa. É Lucy Kanwey!- levanto e me viro para a saída da porta já cansada de todas aquelas revelações. Mas retrocedo, ao lembrar de algo.
- Meus pais… eles sofreram um acidente de carro. Gostaria de saber se ainda estão vivos…- fico esperançosa só de pensar que talvez, só talvez, meus pais ainda estejam vivos. Diante de toda essa loucura tudo é possível.
- Lamento, senhorita Lucy. Infelizmente não pudemos impedir a perseguição dos bestantes de Aldrag. Tentamos ao máximo salvá-los, mas já era tarde demais. Quando seus pais adotivos saíram de carro, logo foram seguidos por esses monstros. E bom, Acho que foram tão persistentes por achar que você estaria dentro. Mas não estava...Em algum momento Joseph fez uma manobra arriscada para despistá-los, mas ao invés disso acarretou um grave acidente. Bom, o resto vocé já sabe.-Aldin olha seus óculos com elevada atenção e ouço pesar em sua voz.- Sinto muito pela sua perda, mas não deve desprezar suas origens Princesa Estrela.
- Deixa eu ver se entendi. Meus pais não sofreram um simples acidente por causa da neve. Ele foram perseguidos por monstros…- dou voltas no cômodo parecendo uma louca tentando raciocinar.- Então, se nada desses bestantes e dessa loucura de Méeridian tivesse acontecido, meus pais ainda estariam vivos!
- Princesa, você não Está compreendendo a situação….
- É Lucy! E o que eu não estou entendo é o que ainda estou fazendo aqui! Me diga, e agora, quem será o próximo? Meu irmão? Peço perdão, mas eu não vou permitir. Não quero mais fazer parte disso!
- Lucy, por favor não faça isso! A salvação e um povo está em suas mãos.- ouço o senhor Aldin suplicar.
- A do meu irmão também. - Replico e saio desvairamente do escritório. Ao sair dou de cara com Vincent. Ele aparentava saber o que estava acontecendo pois impedia de qualquer jeito a minha passagem para a saída do quarto de hotel.
- Não faça isso.- Ele pediu suplicante.
- Não vê? Já estou fazendo. - piso com força em seu pé e o acerto em cheio com o punho fechado na sua cara. Corro para o elevador e aperto no botão desejado.- Daniel precisa de mim.

Notas Finais




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