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História OUAT - New Brooke - Two


Escrita por: Night-Grouder

Notas do Autor


Depois de muito tempo, estou de volta, espero que gostem.

Capítulo 2 - Two


Alguns dias depois Chloe acordou preocupada, ficou sentada na cama olhando o chão pensativa, sua mãe bateu na porta de seu quarto e abriu a porta devagar.

        — Ah, já esta acordada. — Sorriu para a garota, que retribuiu o gesto — O café está pronto, seu pai teve que sair para o trabalho e eu estou indo para preparar as provas.

        — Tudo bem mãe.

A mulher se despediu e saiu do quarto, dando privacidade para a garota.

Chloe se levantou e foi em direção ao banheiro se arrumar para a escola. Ela estava nervosa, já perdeu as contas de quanto tempo se passou desde que chegaram e o mais torturante era não poder contar com a ajuda de ninguém para ajudar os outros. Era difícil ser a única a se lembrar da Floresta Encantada.

 

A garota andou pelo castelo segurando seu vestido azul e branco para não tropeçar.

Estava andando pelos corredores do castelo quando viu uma porta levemente aberta e parou na frente da entrada olhando dentro do quarto.

Evil estava sorrindo enquanto fazia uma xicara flutuar a sua frente, parecia realmente feliz, coisa que Chloe não via todo dia. Quando o garoto olhou na sua direção sua expressão mudou de alegria para raiva.

A xicara caiu e rachou, Evil fez um movimento com a mão e fez a porta bater, causando um susto na menina.

 

Emma chegou à escola e foi direto para o seu armário, encontrando sua amiga Lucy e o irmão mais novo dela, Jonas.

Antes que ela pudesse cumprimentá-los o garoto de cabelos pretos e olhos azuis apontou uma régua para ela.

        — Mãos para o alto, princesa. — Falou olhando a garota.

Chloe levantou as mãos sorrindo.

        — Já disse que não sou nenhuma princesa.

Ele a olhou desconfiado e depois abaixou a régua.

        — Tudo bem, por enquanto está liberada.

        — Desculpe. — Lucy a olhou — Não devia ter deixado ele assistir Piratas do Caribe ontem.

        — Já estou acostumada. — Chloe sorriu.

        — Eu vou deixá-lo na sala, quer vir?

        — Eu só vou pegar o livro, já alcanço vocês.

Lucy se despediu e puxou Jonas para a sala dele.

        — Espera. — Ele olhou por cima do ombro — E se ela estiver escondendo ouro ali? — Tentou voltar, mas sua irmã não deixou.

        — Talvez seu cérebro esteja lá também. — Falou empurrando ele.

Chloe abriu o armário, mas não pegou nada de lá.

        — É estranho, não é? — Uma voz, que infelizmente era familiar para ela, perguntou.

Chloe virou o rosto e viu Evil encostados nos armários olhando Lucy e Jonas se afastando.

        — Graças à mãe deles os dois não foram afetados totalmente, mas eu dei meu jeito. — Sorriu.

        — O que você quer? — Perguntou claramente sem paciência.

Evil finalmente a olhou e sorriu como se gostasse do comportamento da garota.

        — É raiva que estou ouvindo? — Perguntou sorrindo em deboche — Achei que sua família fosse calma e receptiva.

        — Não quando se trata da sua.

Ele ficou calado por um tempo, olhando o chão do corredor.

        — Fica longe do Hunter. — Disse calmo sem olha-la.

        — Ele te pertence agora? — Sorriu.

Evil não respondeu, Chloe continuou sorrindo sabendo que tinha tocado em um ponto delicado, ele a olhou e a calma havia sumido dando lugar à raiva.

        — Chegue perto dele de novo, ou chame-o de Hunter mais uma vez, que eu te mostro o que aconteceu com os que não estão aqui.

Chloe o olhou surpresa.

        — É melhor eu ir pra sala, não quero deixar sua mãe esperando. — Esbarrou no ombro dela e saiu andando.

        — Não pode nos prender aqui para sempre. — Ela se virou olhando as costas dele — Nossos pais já escaparam uma vez, posso fazer isso.

Evil apenas olhou sobre os ombros.

        — Levou vinte e oito anos para eles saírem. — Falou — Quanto tempo você vai levar? Cinquenta e seis? — Riu e voltou a andar.

 

Depois do que aconteceu na porta do quarto de Evil a princesa decidiu sair um pouco e passear pelos jardins do castelo. Ela estava intrigada, não pela reação de Evil, ele sempre ficava assim perto dela, como se ela tivesse feito alguma coisa errada.

Sua mãe dizia que era estresse, que ter o Senhor das Trevas como professor o deixava de cabeça cheia, mas era mais que isso.

Enquanto caminhava entre as varias flores que haviam por ali ela ouviu um canto. Correu na direção do som e encontrou um passarinho azul em um galho baixo perto de uma fonte.

Chloe esticou o dedo, a pequena ave pousou nele e voltou a cantar.

        — Dizem que trás sorte encontrar um pássaro azul. — Ouviu a voz de sua mãe atrás de si, virou-se e viu a mulher sorrir.

Chloe sorriu para o animal. O pássaro acabou voando, deu duas voltas ao redor de sua mãe e foi floresta dentro.

        — O que faz aqui fora?

        — Eu não sei. — Disse mexendo na água da fonte com os dedos — Acho que precisava vir aqui.

        — Alguma coisa está te preocupando? — Pergunta sua mãe.

A garota não respondeu, apenas continuou agitando os dedos na água.

 

Por mais que tentasse Chloe não conseguia se concentrar no que sua mãe dizia, as palavras de Evil não saiam de sua cabeça.

        — Chegue perto dele de novo, ou chame-o de Hunter mais uma vez, que eu te mostro o que aconteceu com os que não estão aqui.

Havia sido uma ameaça? Do que ele estava falando?

Chloe sabia que faltavam pessoas que ela tinha certeza de que haviam sido afetadas pela maldição, mas não encontrou ninguém.

Seria ótimo ver mais rostos conhecidos, e seria ótimo ter seu irmão mais velho, Neal, aqui para ajudá-la, mas ele aparentemente não estava em lugar nenhum de Storybrooke.

Quando a aula de química começou Chloe se sentou no lugar de sempre, Evil não fazia essa aula, uma das únicas horas na escola que não esbarrava nele, Scoth entrou na sala sorrindo e veio até ela.

        — Oi. — Chloe sorriu — Pronto para terminar isso?

Scoth a olhou confuso.

        — Evil disse que você pediu pra trocar de parceiro. — Falou causando espanto na garota — Disse que você já falou com o professor.

Chloe sentiu que o chão havia sumido de baixo de seus pés, como Evil conseguiu fazer isso? Quando olhou na direção da porta ela pensou ter visto ele parado do lado de fora, mas quando um aluno passou na sua frente ele havia sumido.

        — Chloe? — Scoth chamou, atraindo a atenção dela — Você está bem?

Ela pensou um pouco antes de responder.

        — Sim. — Sorriu — Eu tinha esquecido que falei com ele.

O garoto na sua frente sorriu e tirou um caderno da mochila, colocando-o sobre a mesa dela.

        — Tudo o que eu fiz até agora, espero que ajude você e seu novo parceiro.

Chloe agradeceu e logo em seguida Scoth se despediu saindo da sala.

Ela não entendeu atitude do garoto, eles não iriam mais fazer juntos, mas precisava sair da aula? O que Evil estava aprontando?

Um garoto ruivo sentou ao seu lado e sorriu, Chloe retribuiu.

        — Oi, eu sou Hector, Hector South.

        — Chloe Nolan.

Mesmo preocupada Chloe ajudou Hector a entender tudo que já fizeram até agora, ele aprendeu rápido, ela até gostou dele.

 

A princesa ainda estava perto da fonte do castelo, sua mãe havia saído depois dela dizer que estava bem e que só precisava de um tempo sozinha.

Mas em pouco tempo sua irmã estava indo para perto dela.

        — Está tudo bem? — Emma perguntou.

        — Sim, só estou pensando.

        — Posso saber em que?

        — Como era? — Perguntou.

        — Como era o que?

        — Storybrooke. Como era lá?

        — Achei que sua mãe já tivesse contado isso.

        — Ela contou, mas... — Parou e escolheu as palavras — Como era pra você? Como era ser a Salvadora? Era um fardo muito pesado?

        — O mais pesado de todos. — Emma respondeu — Mas toda vez que eu pensava em desistir eu me lembrava pelo que eu estava lutando e me erguia de novo.

        — Será que algum dia eu vou ser tão importante quanto você?

        — Por que está perguntando isso?

        — É que... — Respirou fundo — Eu vejo o Evil tendo aulas de magia com o Senhor Das Trevas, a Lucy e o Jonas aprendendo a serem piratas com o Killian...

        — Me lembre de bater nele depois. — Emma interrompeu e as duas riram.

        — Você já é a Salvadora. — Continuou — E meu irmão é um grande príncipe. Qual é minha função aqui?

        — Às vezes não fica tão claro. — Emma a olhou — Você vai descobrir um dia, e vai ver que valeu a pena esperar.

Chloe sorriu com o que sua irmã disse.

        — Vem, vamos ver se conseguimos parar as aulas que o Gancho está dando para nossos filhos antes que eles pensem em saquear todos do reino. — Disse fazendo as duas rirem.

 

        — Então Hector, o que seu pai faz? — Lucy perguntou comendo uma batata frita.

Eles já tinham acabado a aula e ido para o intervalo, Chloe convidou Hector para sentar com ela e Jonas.

        — Ele trabalha na delegacia.

        — Nossos pais também. — Jonas o olhou desconfiado — Não é nenhum espião né?

Hector olhou sem entender.

        — Não liga pra ele. — Lucy disse rápido — Acha que é um pirata e que todos estão conspirando contra ele.

Jonas continuou olhando de uma maneira desconfiada para Hector e comeu seu lanche devagar, sem quebrar o contato visual.

Chloe não estava prestando atenção no que os amigos diziam, ela estava olhando Evil, ele e Scoth conversavam do outro lado do refeitório.

Teve um momento da conversa em que Evil colocou a mão em seu colar e falou algo para Scoth, depois soltou.

        — E sua mãe Emma? — Ouviu Hector perguntar. Ela o olhou e viu o olhar de todos sobre si.

        — Minha mãe é a professora Mary. — Respondeu e voltou a comer.

        — E a de vocês? — Olhou Lucy e Jonas.

Os dois se olharam antes de Lucy responder.

        — Nossa mãe nos abandonou quando éramos crianças.

        — Nem lembramos como era seu rosto. Só que ela nos abandonou por qualquer outra coisa.

Chloe os olhou surpresa, essa era a historia que a maldição deu a Emma? E agora que eles dois falaram, ela realmente não achou sua irmã por lugar nenhum desde que chegaram.

Olhou de volta para Evil, ele e Scoth estavam saindo.

        — Eu... Eu preciso ir ao banheiro.

Levantou e andou atrás dos dois.

Os seguiu até o corredor, estava vazio, só havia eles três.

        — Onde está Emma? — Gritou fazendo Evil parar de andar.

        — O que? — Perguntou como se não a conhecesse.

        — Onde está Emma? Por que ela não veio?

Ele se virou para o amigo, que os olhava sem entender.

        — Hunter. — Atraiu o olhar dele — Eu acho que esqueci meu caderno na sala da professora Mary, será que você poderia pegar ele pra mim?

        — Claro. — Falou sorrindo — Eu já volto.

Scoth saiu andando como se não tivesse acontecido nada no corredor.

        — O que você quer? — Evil a olhou.

        — Por que a Emma não está aqui? — Perguntou.

        — Pra que quer saber?

        — Lucy e Jonas disseram que a mãe os abandonou quando eram crianças. — Contou a Evil, que olhou sem o menor interesse — Emma jamais faria isso, e eu não a vi desde que chegamos.

        — A Salvadora não pode ser afetada pela maldição, ela é forte demais pra isso agora. — Respondeu — Emma não veio e embora tivesse jeitos de apagar a memoria dela, eu achei melhor assim. — Colocou as mãos nos bolsos.

        — Como você pôde? — Perguntou — Deixar eles dois achando que a mãe não os ama?

Evil sorriu.

        — É isso que a maldição faz, tira tudo que faz todos felizes. E agradeça por seu pai não estar em coma.

Saiu andando antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.

        — Por quê? — Perguntou alto — O que nós fizemos para você nos odiar tanto?

        — Nasceram. — Respondeu de costas.

Pouco tempo depois Hunter apareceu e entregou o caderno a Evil, eles saíram andando e deixaram Chloe no corredor, que aos poucos foi enchendo.

Agora mais do nunca ela sabia que tinha que achar um jeito de trazer todos de volta, ela precisava quebrar a maldição.


Notas Finais


Comentem se gostarem, quem sabe não acelera o próximo.


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