Eu nunca deveria ter começado a jogar o jogo naquele dia, aquilo foi meu erro, pois aquilo viciava.
*Flashback ON*
A seta rapidamente se moveu para a palavra sim, eu e meus amigos estávamos assustados e minha mão tremia, cogitei em retirar o dedo dali mas era proibido nas regras, engoli em seco e tomei coragem para perguntar:
-Vocês são em quantos?
A seta apontou para o 1, que bom que era pouco
-Quer dizer seu nome?
Novamente e rapidamente a seta moveu para as letras:L-E-O
Seria Leo de Leonardo ou só leo?
-Você tem quantos anos?
Ele indicou 18 anos, um ano mais velho que eu, deveria ter acabado de tirar a carteira de motorista ou entrar na faculdade, tao novo, senti uma tristeza repentina por uma morte de uma pessoa que não conhecia
-Você é do bem?
Ele foi para o Sim, possivelmente ele mentia para ganhar a nossa confiança, afinal espíritos fazem isto:
-Conhece alguém daqui?
Novamente sim, fiquei assustada, nenhum de nos já tinha falado sobre algum Leo:
-Quem?Liza, Carolina,Eduardo,Scott, Ruby, ou Guilherme
Calmamente a seta escreveu:C-A-R-O-L-I-N-A
Olhei para a Carol ela estava branca, sem cor, parecendo que iria desmaiar ou gritar a qualquer momento
-V-Você morreu aqui?
A seta foi pro sim, mas de repente as velas apagaram, estava escuro agora, ouvimos as janelas baterem e a seta tentando sair do tabuleiro, conseguimos manter ela dentro do tabuleiro, mas as janelas abriram e ouvi Carol gritar, o vento que entrava era frio e forte e ascendemos outra vela mas a mesma se apagou, para a gente pelo menos ver o tabuleiro ligamos a lanterna do celular
A seta estava indo rapidamente nos 4 cantos do tabuleiro, ou seja era um espirito mal, o que não era bom, ele queria possuir nos ou ate mesmo nos matar:
-Você fez tudo isso?
"Sim"
Eu estava tremendo ate que Guilherme falou com voz de medo:
-V-vamos terminar isso por favor
-Depende do Leo, se ele quiser que a gente saia a gente pode sair, mas mesmo saindo não zoem ele ou falem em ironia
-Ok-Todos falaram menos Scott que estava quieto
-Podemos sair?
"Não"
De repente Scott tirou o dedo da seta
-SCOTT O QUE TU FEZ?
-Eu não acredito nisso, vocês estão mexendo certo?
-Não
-Ah, claro deve ser um espirito, como se isso existisse né Ruby
-Scott respeite o Leo
Eu falei:
-Ele pode sair?
"Sim"
Scott saiu zombando o espírito presente e falando de Deus, e isso foi o erro dele, eu sabia, algo iria acontecer, Leo não deixaria isso impune, então Scott caiu no chão, ele virou para nos e seus olhos estavam negros e chorando sangue, ele falou:
-Vocês nunca deveriam ter jogado esse jogo
Só que não era meu amigo, era Leo falando, a voz grossa saindo pela garganta de meu amigo
-Leo é você?
-Sim
-O que tu quer com a gente?
-Vingança
-Contra quem?
-Carolina
-Porquê?
-Assassinato
-Ela te matou?
-Sim
Eu estava vidrada nele, ate que os olhos de meu amigo voltaram ao normal e ele caiu no chão, não podíamos ajuda-lo sem tirar o dedo da seta, eu voltei a olhar o tabuleiro, não estava com medo dele e muito menos do que Carol poderia ter feito para matar alguem eu estava em uma especie de transe , Carol olhava para o tabuleiro, ela estava vidrada também, prestes a chorar, o vento que soprava na janela era frio e eu estava tremendo por isso, eu ouvia um zumbido de fundo e algumas batidas na porta, o medo começou a me assombrar, eu não queria morrer:
-Podemos resolver isso de outro jeito?
"Sim"
-Qual?
"M-O-R-T-E"
-De quem?
"C-A-R-O-L"
-Mas eu posso morrer no lugar dela por exemplo?
"Sim"
-Podemos sair?
"Good bye"
Soltamos a seta e corremos até Scott, ele tinha desmaiado, e o sangue tinha secado, passamos um pano com agua e limpamos ele, pegamos ele e colocamos em uma cama lá em cima, amanha ele iria acordar, descemos e se olhamos, estávamos tremendo, Carol estava chorando
-Carol, você conhecia ele?
-S-sim
-Como ele morreu?-Perguntei calma para não assustar ainda mais minha amiga, Liza estava acalmando Carol também
-E-estávamos aqui e decidimos ir a c-cidade de carro, o-ouve um acidente e e-ele m-morreu, a c-culpa f-foi minha.
Eu abracei ela
-Eu te perdôo Carol, não foi por querer, sei que não sou Leo, mas espero que eu baste
Ela me abraçou
-Obrigada
Sequei as lagrimas dela e esperei ela parar de chorar, depois de tudo isso decidimos guardar o tabuleiro e irmos dormir, estávamos assustados com tudo, e conversar sobre isso não iria ajudar, preparamos Miojo e comemos, não estávamos no clima de preparar um prato, lavamos os pratos e subimos, o quarto que eu e as garotas estavamos era pequeno com cor azul bebe nas paredes e 1 cama e um beliche, era simples e tinha cheiro de mofo com um cheiro de perfume de Baunilha, coloquei meu pijama e escovei os dentes, deitei na parte de baixo do beliche, Liza dormiu em cima e Carol na cama sozinha, deitei e coloquei a cabeça no travesseiro macio, tentei dormir, mas só pensava no tabuleiro e em Leo, aquilo se tornou viciante, eu queria falar mais com ele, esperei todo mundo dormir para eu pegar o tabuleiro e perguntar algo para Leo, pé ante pé peguei o tabuleiro e coloquei o dedo na seta, perguntado baixinho para não acordar ninguém, eu não poderia jogar sozinha, era proibido, mas eu tinha, e eu achava que Leo não me machucaria, eu confiava nele e não sabia o porque, eu tinha acabado de falar com ele pela primeira vez, mas falar com ele era bom, era como se só ele me entendesse, então eu falei com a voz rouca:
-Leo, você está ai?
E eu esperava muito que estivesse
Continua
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