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História Our Castle - Yoongi's B-Day (2)


Escrita por: paansy

Notas do Autor


Cheguei~. Eu tava planejando esse capítulo pra ontem, já que foi dia dos pais e como esse tem muito sugamon, eu queria ter postado, no entanto, foi corrido o fim de semana e eu só consegui escrever/postar hoje. PERDOEM OS ERROS, SE TIVER, eu passei o dia todo escrevendo, eu betei, mas PODE SER que algum errinho tenha escapado. VAMOS FALAR DO CAPÍTULO.

Cortei mais uma vez e vocês não se doam comigo ): deu 5k e eu achei melhor parar porque SEMPRE acho que a leitura fica cansativa se passa dos 3k, eu amo capítulos enormes, mas existe gente que não. E, para agradar todos, acho que 5k é um limite bom. Mais detalhes da festa só no próximo + umas surpresas aí

ESSE CAPÍTULO É CHEIO DE EU RIMANDO, MEU AMIGO RIMANDO......... SÓ COISA BONITA. Eu não vou enrolar aqui, vou deixar pra falar as coisas mais relevantes no fim e por isso LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Espero que gostem desse capítulo. ♥

Capítulo 27 - Yoongi's B-Day (2)


No carro de Namjoon, o garotinho fez questão que colocassem o CD que havia ganho mais cedo e os dois mais velhos só assentiram, deixaram tocar. Jaebum não era tão fã de rap, mas sabia que o marido gostava um pouco e convivendo com Namjoon há algum tempo, passou a dar play na playlist de rap que ele tinha feito no Spotify.

Foram o caminho todo ouvindo Kanye West, entrando em um clima bom. Yoongi estava tão feliz que sorria mesmo não sendo seu hábito fazer aquilo com tanta frequência. Se sentia bem e aquele aniversário estava sendo melhor que o esperado. Não havia ganho presentes caros, mas estava tendo o que queria em geral: atenção. Seu pai estava realizando seu desejo de ir em uma batalha de rap, Jennie Kim lhe presenteou e os irmãos fizeram suas vontades o dia todo.

Até o esquisito do namorado do seu pai estava lhe agradando com cupcakes de seu sabor favorito.

Os três conversavam sobre a música, sobre o dia e Yoongi estava prestes a contar sobre Jennie.

— Ela disse que posso levá-la à sorveteria no sábado. — Comentou e Jaebum teve que abaixar o volume para ouvir melhor. — Mas eu não sei... não sei o que dizer.

— Você vai. — Im disse certo e o garotinho respirou fundo. Às vezes sentia como se aquele policial de vinte e quatro anos fosse seu irmão mais velho. — É a oportunidade que você vem querendo, uma oportunidade de mostrar pra ela que você vale a pena.

— Jaebum, porfavor, ele tem treze anos. — Namjoon brigou com o melhor amigo. — Se você quer ir, então vá, filho. Se não... tudo bem. Isso não vai te transformar em alguém menos merecedor.

Yoongi assentiu e ficou quieto, olhando pela janela, vendo que estavam se aproximando do centro comercial de Seocho, onde tinham lojas, casas de shows e algumas boates. Yoongi não ia ali com frequência, muito menos à noite. Estava encantado com as luzes da cidade, aquela visão que nunca havia tido.

— É ali? — Namjoon apontou para um lugar que havia muita gente entrando. Era uma espécie de praça pública, mas que tinha dias específicos que acontecia eventos underground.

— É. — Disse animado, desatando o cinto para poder se encaixar entre os bancos e ver melhor o lugar com muitas pessoas. — Vamos só assistir?

— Seu pai vai batalhar. — O segundo mais velho disse sorrindo para o amigo que riu fraco. — Hyung, você tem que inspirar seu filho. Ele nunca te viu batalhando e nem eu.

— Isso porque eu não sou mais rapper. — Murmurou e aquelas palavras eram dolorosas. Era seu sonho, seu sonho arquivado dentro de uma caixinha. — Batalha você, Jaebum.

— Eu não. Se eu for batalhar, eu vou humilhar. — Murmurou e Yoongi riu.

Sabia que o policial era horrível rimando. Um dia ele participou da brincadeira que tinham de rimar e foi o primeiro a perder, perdeu para Jungkook.

Namjoon estacionou o carro em uma vaga externa e saiu do carro junto com os outros dois, acionando o alarme e logo respirando fundo. O beat tocando ao fundo... ele se sentia estranhamente em casa. Yoongi começou a andar na frente, deixando os mais velhos para trás, estando curioso demais para esperar. As batalhas que já participou e viu, eram dos garotos mais velhos do colégio e eram amadores. Aqueles ali, que iam para aquela batalha, eram os rappers das ruas de Seul, muito mais velhos. Ele queria isso. Quem sabe isso o ajudaria para criar mais linhas para Cypher...

— Conversou com o Jae sobre aquele assunto da adoção? — Perguntou enquanto andavam por entre as pessoas, entrando finalmente dentro daquela praça.

Jaebum suspirou e enfiou as mãos dentro da calça jeans, perdendo um pouco da animação.

— Sim, a gente conversou. Ele ficou um pouco desapontado... mas, hyung, eu não tenho muito o que fazer. Ele nem foi ao serviço militar ainda, como poderíamos criar uma criança? — Perguntou ao mais velho que entortou os lábios e assentiu.

Felizmente ele havia ido ao serviço militar assim que completou dezoito anos, antes de começar a se preparar para ser policial. E, coincidentemente, conheceu Im assim que ele entrou na polícia de Seul, e o mais novo estava entrando também, depois de ter completado seu serviço militar.

— Jin também não... — Murmurou pensativo e o outro policial o olhou, assustado. — A mãe dele disse algo sobre isso, mas não conversamos sobre.

— Isso é ruim. — Murmurou e Namjoon assentiu. Era um assunto importante que havia de conversar com o namorado. — Yoongi, garoto, não se perca da gente.

— Estou bem. — O menino disse, olhando para trás por um tempo e sorrindo. Parecia realmente um mini rapper. — Quero chegar mais perto.

E eles iam seguindo a criança, como se ele já soubesse como exatamente andar naquele lugar, se sentindo em casa no meio de tanta gente enquanto o beat tocava tão forte.

— Eu acho que você deve batalhar. — Jaebum insistiu para o melhor amigo que ajeitou melhor o capuz na cabeça e enfiou as mãos nos bolsos do casaco. — Sério, mostra pro seu filho como você é legal. Yoongi não é uma criança como Jungkook, você precisa fazer aquele garoto sentir orgulho de você.

— Eu não faço isso há muito tempo... — Murmurou incerto e recebeu um afago no ombro.

— Mas você fez isso por toda sua vida, não tem como esquecer ou desaprender. — Disse e o mais velho riu fraco. — Vai pegando um lugar legal com ele, eu vou comprar umas cervejas e um refrigerante para o menor idade.

Kim assentiu e Jaebum foi para outro lugar, se despistando do amigo enquanto Namjoon continuou andando com Yoongi até estarem bem perto da roda de batalha onde dois caras batalhavam no microfone, a plateia delirando a cada rima pesada e dura, dita.

Namjoon estava em casa e Yoongi sentia que aquela era a sua casa também.

*

Seokjin vestiu uma camisa bege de gola alta e seu jeans claro, estava tão bonito que até sua cunhada o elogiou com um “agora entendi o porquê de meu irmão ter se apaixonado por você“.

Depois de ajudar as crianças a se arrumarem, estavam indo para o restaurante. Senhor Cha deixou a chave com eles e disse que pela manhã queria tudo limpo e arrumado, ou então, ele, Lalisa e Bambam poderiam caçar empregos novos na casa de festa ali perto, já que eram tão festeiros. – Palavras do próprio Senhor Cha.

— Você pisou no meu pé de propósito, hyung. — Jungkook resmungou assim que entraram no carro e foi colocado no colo de sua tia para dar mais espaço.

— Eu? — Hoseok se ofendeu após ouvir a porta se fechando, Jimin indo na janela. — Eu nem encostei em você.

— Eu vou falar tudo pro papai, que quando ele sai, você me bate. — O tom alto da voz do garotinho, fez todos olharem para trás.

Seokjin mal havia sentado e colocado Taehyung em suas coxas e já tinha que virar para trás, observando a guerra fria entre os filhos de Namjoon. Suspirou.

Difícil...

— Parem com isso ou eu falo para o pai de vocês que estão mal educados e ele vai colocar os dois no castigo. — Sook repreendeu os sobrinhos, instaurando a paz no carro novamente.

Jimin respirou fundo e sorriu para Jungkook, como se sinalizasse que estava tudo bem. Até estendeu o polegar para cima, sinalizando que estava tudo ok. O mais novo repetiu o ato. Hoseok revirou os olhos e cruzou os braços.

— Porfavor, não se matem aí no banco traseiro. Eu não tenho carteira e seria triste ser preso acusado de dirigir sem carteira e tráfico de crianças. — O drama fez todo mundo rir, mas ele estava falando sério. — Fora que Jaebum me mataria se apreendessem esse carro.

Logo aquele Hyundai Creta tava andando, enfrentando o pouco trânsito que havia até chegarem em seu destino. O rádio foi até ligado, mas a sinfonia de vozes das crianças misturada em um “appa, olha isso” de Taehyung que apontava para a janela enquanto via as luzes dos comércios. O loiro já tinha percebido o quanto seu garotinho gostava de luzes.

O carro parou em uma vaga pública do lado do restaurante, não querendo dar muito na cara que estavam ali assim que os rapazes chegassem. Era para ser uma surpresa até o último segundo. Youngjae desceu primeiro e ajudou as crianças a descerem em segurança enquanto o Kim mais velho colocava seu filho mais novo no chão. Adoravelmente estava vestido com um pijama de Pikachu que Sook havia trago. Seus pés estavam no chão, mas estavam vestidos com um converse high vermelho. Esse foi Namjoon quem lhe presenteou.

Jungkook e Jimin foram os primeiros a entrar correndo, puxando Hoseok pela mão, esperando que o mais velho entrasse em suas brincadeiras de criança. Logo, os adultos também passaram pela porta, tendo uma surpresa, estava quase tudo decorado. Bambam ainda estava enchendo bola, parecendo perder o fôlego a cada assoprada, mas continuava vivo.

Ou quase.

— Eu disse que viríamos ajudar! — O mais velho reclamou, levando Taehyung consigo até perto do amigo que ofegou ao parar de encher a bexiga. — Vocês já fizeram quase tudo!

— Lali ainda está brigando com a comida, acho melhor ajudar ela. — Comentou risonho e o cozinheiro riu. Sua melhor amiga era realmente atrapalhada. — Pode deixar o Tae que eu vigio.

— MonsterT — Se abaixou na altura do garotinho que estava quase com o rosto escondido pela touca com as orelhinhas do Pikachu, ouvindo uma gargalhada pelo apelido. — O papai vai cozinhar, você vai ser um bom garoto e se comportar com o tio Bam?

— Sim. — Respondeu animado, recebendo um sorriso grande do pai que tocou a pontinha de seu nariz com o dedo.

Seokjin confiou o filho a Kunpimook e saiu em direção à cozinha enquanto ouvia Youngjae chamando Hoseok, Jimin e Jungkook para ajudarem a afastar o excesso de mesas, deixando um espaço mais amplo no salão.

O loiro estava prestes a entrar na cozinha quando sentiu uma mão delicada se fechar em seu pulso, chamando a atenção.

— Eu posso ajudar? — Sook perguntou tímida, recebendo um aceno rápido do cunhado que sorriu gentil. — Eu nunca fui muito boa na cozinha, mas acho que você pode me ajudar com isso.

— Claro, Sook-ssi. — Respondeu carinhoso, ambos entrando na cozinha. — Se não para quê existem cunhados?

A mulher riu e assentiu.

Era bom ter Kim Seokjin em sua família.

*

Namjoon já tinha bebido três latas de cerveja e ainda parecia bem, e estava bem realmente. Jaebum estava em sua segunda ainda e mais gritava do que bebia, se aproveitando do clima do local enquanto dois homens rimavam duro para saber quem ia continuar na batalha de freestyle.

Yoongi prestava atenção em tudo, até movia o corpo levemente com a batida, anotando mentalmente o que era rima boa e o que era só bobeira. Muitos palavrões, mas pouco conteúdo. Pareciam iniciantes.

Namjoon e Yoongi puxavam papo um com o outro de vez em quando, apenas comentando do beat e julgando o que era bom no meio de tanta gente. O garoto tava se sentindo animado, era sua primeira visita a uma batalha de verdade e estava sendo bom, apesar de não ter visto nada de extraordinário ainda.

— E essa vitória vai para Dok2. — O juiz apontou para o rapaz de trancinhas brancas que sorria para a multidão que parecia já o conhecer. — E na próxima rodada irá enfrentar ele, o vencedor invicto desde o ano passado: ZICO.

Yoongi sorriu. Aquele nome ele conhecia bem! Já virou noite vendo vídeo daquele cara no YouTube, era uma lenda do rap de Seul.

— Conhece ele? — Im perguntou ao mais novo que estava sorridente demais e só assentiu. — Bom, não importa quão bom ele seja, seu pai pode derrotá-lo.

— Ele é o melhor de Seul, Jaebum hyung. — Yoongi disse suspirando, rindo nasal. — O cara não perde.

— Sempre tem um belo dia. — Namjoon entrou no assunto, os olhos focados à frente.

Deu mais um gole em sua cerveja e viu um homem mais baixo que si, de touca, capuz de moletom, calça de moletom e uma corrente grossa de ouro. Riu e negou. Coçou o queixo e ficou observando, o beat voltando a tocar, a palavra sendo deixada nas mãos de quem ganhou a última rodada...

O Kim não se achava, mas sabia que podia fazer melhor porque simplesmente, podia mesmo. Cresceu rimando e mesmo não sendo o que queria ser, ainda têm aquela essência de rapper por mais que tente negar veemente. Jaebum riu ao notar a concentração do amigo, se afastando um pouco para tirar uma foto em seu celular, capturando a imagem distraída de Namjoon e Yoongi, lado e lado, enquanto assistiam com atenção a batalha que estava sendo iniciada.

• Jaebum: Olhem isso... não são adoráveis?

Mandou a foto no grupo que grupo do kakao que Youngjae tinha feito para os três: ele, o marido e Seokjin, discutirem sobre o aniversário de Yoongi.

• Jin: Eles são tão lindos... aish. Me sinto mais apaixonado a cada instante.

• Jae: Jin hyung, você parece uma mãe babona!

— Youngjae? — O policial mais velho perguntou, mudando o foco do olhar, encarando o melhor amigo que assentiu e guardou o celular no bolso. — Algo de importante?

O mais alto estava realmente preocupado. Depois que viu a mãe do namorado o humilhar daquela forma, não gostava muito de deixa-lo sozinho, uma vez que a mulher ainda estava hospedada na casa se Sung-Hee e já haviam se trombado algumas vezes pelo prédio.

Não foi nada agradável.

— Não, hyung. Era só ele falando sobre cozinhar com Seokjin-ssi e essas coisas. — Respirou fundo e Namjoon fez o mesmo, mais relaxado. — Ele faz meu chat de Twitter.

O mais velho riu e colocou ambas as mãos nos ombros do filho, o trazendo para perto, com medo que a multidão o machucasse de alguma forma. Nem isso tirou a concentração de Yoongi.

— Jin hyung faz a mesma coisa. Esses dias ele fez um bolo de chocolate e me mandou foto, porém quem estava com meu celular era Hoseok... — Lembrou do dia e Jaebum riu. Já imaginava a cena. — As crianças me abandonaram sozinho, tomando banho, e foram pra casa ao lado.

Im se sentia tão feliz por finalmente poder ter aqueles assuntos com seu melhor amigo. Antes conversavam de tudo, menos relacionamento. Claro que, o de cabelos castanhos lhe dava muitos conselhos, mas ainda assim, o assunto era meio evitado.

Agora não ligavam de parecer dois homens velhos, casados onde só falam de família, maridos e férias de verão para algum canto que dê pra curtir em família.

Bom, Jaebum ainda não tinha filhos, mas ele considerava Youngjae sua família, e onde o marido quisesse ir, ele iria junto.

Aqui! — Escutaram Yoongi gritar e levantar o braço, sinalizando para o juiz que detinha um microfone em mãos. — Meu pai é rapper.

— O quê? — Namjoon perguntou confuso, olhando para o filho e para frente, vendo que o encaravam.

Estava tão entretido com o assunto de Jaebum que nem notou que a batalha havia acabado e por fim, ZICO, assim como sempre fazia, desafio qualquer um a tentar tirar sua invencibilidade.

Yoongi sorriu para o pai e o olhou fixamente. Queria mesmo vê-lo batalhando e mesmo que perdesse, ainda seria legal vê-lo lá.

— Filho... eu não acho que seja apropriado. — O policial comentou baixo para o garoto que revirou os olhos. — Por que você não vai?

— Eu tenho muito o que aprender antes de batalhar, por que você não me ensina? — Instigou e o mais velho negou, rindo fraco.

Aquele truque baixo... Yoongi sabia exatamente como atiçar o lado rapper do pai porque era igual ao seu. Não eram pai e filho de sangue, mas eram pai e filho afinal de contas e se conheceram em uma batalha de rap e seria em uma batalha que se conheceriam de novo.

Agust D conhecendo seu veterano, Rap Monster.

— Qual é, hyung? Prometo pegar leve. — O outro rapper disse ao microfone, se referindo a Namjoon em um tom debochado.

Jaebum afagou o ombro do mais alto e pegou a lata de cerveja dele, indicando o espaço à frente. Namjoon riu fraco e negou. Se sentia estranhamente animado, não rimava sério há anos, mas se sentia pronto pra qualquer coisa e aquele tom debochado só o deu mais vontade de ir lá na frente.

— Desafio aceito. — O policial disse alto, causando histeria na plateia que gritava e batia palmas.

Ajeitou o capuz em sua cabeça, quase tampando seus olhos enquanto ia para frente do oponente, Zico, que o media cuidadosamente com os olhos.

Riu quando notou pelo moletom que estava batalhando com um policial. Patético. O beat virou e quem começava era o dono daquela rodada, apenas o beat de Wild Boy do MGK começou a tocar. Namjoon havia recebido um microfone e já estava envolvido naquela sensação de estar em uma batalha de novo, já formando algumas rimas na mente, as usaria assim que possível.

ZICO levou o microfone até os lábios e abriu um sorriso ao obter o olhar atento do outro.

Hyung, tu trazer teu filho não me intimida, veio aprender com o papai como ser um merda na vida. — Começou e houve muitos urros da plateia enquanto Namjoon ria fraco e passava a mão no rosto. Odiava quando falavam de seus filhos. — Tua vida é o ao contrário, não dá pra ter certeza. Tu que é o policial, mas tu que tá com a mente presa. — Aproveitou para se aproximar do mais velho, tocando o moletom de Namjoon, onde indicava seu nome e tipo sanguíneo.

Jaebum estava abraçando os ombros de Yoongi enquanto prestavam atenção naquela batalha que mal tinha se iniciado e já tinha tirado inúmeros gritos da plateia ensandecida. O garoto via a expressão facial do pai, sabia que ele estava concentrado e nem reagiu quando ZICO o tocou, ficou imóvel, apenas rindo baixo às vezes. Apenas esperando sua oportunidade...

Morre e nasce de novo, aí talvez me ganhe. — Retomou, se afastando. — Se seu filho quer ser o homem da casa, manda aprender com a mãe. — Aquilo doeu até em Im que fez uma careta e viu Namjoon encarar o rapper a frente, pouco ligando de o capuz escorregar um pouco por seus cabelos.

Seus filhos não precisavam de mãe porra nenhuma, ele era o suficiente. Se sentiu mais instigado ainda.

Tu é um merda na rima, tuas linhas são escrotas. — Sorriu enquanto apontava para o mais velho, rimando diretamente enquanto o olhava. — Olha esse sotaque, tira meu ovo da boca. — Deu uma risadinha e ganhou gritos de quem estava assistindo.

Namjoon mal podia acreditar... zoar seu sotaque? Sério? Riu e negou.

Tu quer pagar de mais velho, história resolvida, que mais vivência que eu? Nem com um replay da tua vida. — Mais gritos e mais uma vez se aproximou perigosamente do policial que nem se movimentou, apenas encarou de aquele homem mais baixo. — Quer ensinar teu filho a batalhar, mas tua casa cai. Ensina pro teu filho como faz pra ele trocar de pai. — E terminou sua rima, falando tão perto do rosto de Namjoon, que seria quase perigoso se não tivessem sido apartados pelo juiz.

ZICO entregou seu microfone a agitou os braços para cima, incitando a plateia a gritar, reagir e ele não precisava fazer isso, porque eles já faziam isso. Namjoon suspirou e ajeitou novamente o capuz do moletom.

Sua vez.

Dessa vez o beat virou e tocava D.G.I.F.U do Chris Brown.

Ayo, Rap Monster aqui pra dizer que tu pode se benzer, trouxe meu filho pra ele ver que mesmo parado, o pai dele ainda pisa em você. — Começou e já ganhou gritos e dessa vez Yoongi e Jaebum gritaram junto, entrando na sensação causada pela rima rouca e lenta que Namjoon havia feito. — Minha rima é presa? — Riu, provocando o outro que o encarava sério. — Não sabia que estava te incomodando, desculpa aí, princesa... minha vida segue invicta, tenho família, uma rotina. Policial, três filhos, independente; Kim Namjoon pra presidente. — Bateu continência para o público que parecia mais agitado.

Piscou diretamente para Yoongi que tinha um sorriso que mal cabia em sua boca, batendo palma, sentindo aquele sentimento bom de orgulho lhe cobrir.

Era seu pai ali. Seu pai estava batalhando com ZICO. Nunca pensou em presenciar isso! Jaebum, no entanto, estava se certificando de filmar aquilo só pra mostrar pra todos que não era invenção. Namjoon estava mesmo rimando em freestyle em uma batalha.

Agora me diz aí o que tu faz pra sobreviver?! — Perguntou ao se aproximar do mais baixo, lhe estendendo o microfone, porém nada foi respondido. O policial deu os ombros e voltou. — Porra nenhuma, se acostuma... peso morto que nem você, não sobrevive, já afunda. — Levou a mão até o capuz, o puxando para baixo, deixando seu rosto à mostra, os cabelos castanhos bagunçados. — O que acontece aqui? — Perguntou e logo após apontou o microfone pra plateia.

Fica aqui.

O que acontece aqui?

Fica aqui.

Saeng, você é fraco pra caralho e hoje eu vou te destruir. — Apoiou a mão no ombro do mais novo que o encarou antes de se afastar. Namjoon riu. — Esse rap que você faz é por hobby, quem disse que tu manda bem, te ama muito ou odeia o hip-hop. — Negou e ZICO riu.

Não conhecia aquele cara e de fato não queria conhecer, mas não podia negar que estava se divertindo com aquela batalha. Yoongi riu junto e teve que tirar o celular do bolso para tirar algumas fotos. Quando contasse que seu pai era um rapper bom, poderia provar.

E iria esfregar na cara de todo mundo que era filho de Rap Monster.

Falou do meu sotaque, que papo escroto, para de gozar com o pau dos outros. — E sem nenhum pudor, estirou o dedo médio pro rapper que riu, aproveitando o beat para balançar o corpo pra lá e pra cá. — Tu sabe que se eu fosse de Seul, tu ia até embora da Coréia do Sul, o meu talento te persegue, norte a norte, sul a sul.

Jaebum ria a cada xingamento que ouvia, era hilário ver o melhor amigo xingando porque sempre era tão centrado e educado por causa dos filhos, mas ali estava tão à vontade que parecia até ter esquecido que Yoongi estava ali, o observando, delirando com cada rima que o pai mandava. Sabia que ZICO não teria chances para com aquilo.

Subestimou a pessoa errada!

Não preciso ajudar meu filho a batalhar, ele aprendeu desde cedo a lutar... Filho de Rap Monster, Agust D, seu futuro destruidor, pode anotar. — Yoongi até parou de tirar fotos para olhar o pai rimando com tanta vontade, o citando. ZICO também olhou para o garotinho e acabou rindo. Era um moleque que nem deveria saber como fazer um freestyle, achava. Erroneamente. — Rapmon vai te dando aula de improvisação, abre espaço, meu irmão, porque Z I C O acabou de ser derrubado no chão. — E com aquilo, a batalha foi finalizada.

O policial fez questão de soletrar o nome do outro que nem o encarava mais. Já sabia que havia perdido. Talvez não subestimasse tanto Namjoon da próxima vez que batalhassem. O beat se calou, o microfone foi recolhido e a multidão estava gritando por uma próxima rodada, mas o júri apenas negou ao ver os dois oponentes se cumprimentando com uma curvatura corporal antes se darem um abraço rápido, mostrando que aquilo não havia passado de diversão.

E era isso mesmo.

Namjoon não ligava se ia ganhar ou perder, só de estar ali, só de ter rimado por algum tempo em uma batalha, lhe satisfazia. Estava suando, agitado e ofegante. A vitória realmente foi cedida para si; agora ele era o ganhador da batalha.

ZICO, o invicto por um ano, havia perdido para um cara de sotaque. Achava isso engraçado e trágico. Seu ego estava ferido, mas reconhecia o talento do policial.

Yoongi não tirava os olhos do pai, sorrindo orgulhoso, estranhamente inspirado.

Agora mais do que nunca queria orgulhar Namjoon ao escrever Cypher.

*

— Jungkook-ah! — Jinyoung gritou assim que o garotinho, correndo de Jimin, acabou trombando com o mais velho.

Bateu a cabeça na barriga de Park e caiu sentado. O garoto tinha acabado de chegar e já era recebido com um baque forte na barriga.

— Hyung. — Resmungou levantando-se, massageando a cabeça. — Por que você ficou na frente?

— Eu? — Apontou para si mesmo, abismado. — Você que bateu essa cabeça grande na minha barriga.

— Vocês podem parar de correr antes que acabem quebrando um dente? — Youngjae apareceu e Jungkook assentiu assim como Jimin, que estava quietinho desde que o menino de cabelos grandes caiu. — Oi! Você é amigo do Yoongi?

— Sim senhor. Me chamo Park Jinyoung. — Curvou o corpo para o moreno a frente que sorriu doce com a educação do menino. — Você é o padrasto dos meninos?

Choi riu e negou, indicando o loiro que estava correndo pra arrumar as comidas ao mesmo tempo que tentava ajudar Sook a espalhar algumas fotos pelo local.

— É aquele ali. — Disse e o garoto grunhiu em compreensão, prendendo as mãos nas alças da mochila que carregava. — Vem, as amigas de Yoongi chegaram também.

— Jennie Kim está aqui, hyung. — Jimin comentou animado, pulando ao lado do mais velho que bagunçou seu cabelo. Mania. — Ela trouxe Jisoo noona.

Park olhou para si mesmo, vendo se sua roupa estava boa. Não teve muito tempo para se arrumar e por isso esperava que a garota gostasse de Hulk, porque ele estava vestindo uma camisa verde com o rosto do herói na frente.

— Você sabe que ela namora um amigo de Jiwon hyung? — Hoseok apareceu na frente do mais velho, sorrindo de lado. — Eu vi eles mais cedo dando um... — Fez um biquinho e depois estalou os lábios, como um selinho no vento.

Jinyoung franziu o cenho e fez uma cara brava para o mais novo que riu descarado e enfiou as mãos dentro dos bolsos frontais se sua bermuda preta.

— Aish, que criança irritante. — Resmungou e olhou para onde as meninas estavam, vendo Jisoo, Rosé e Jennie brincando com Taehyung. — Por que os mais novos ganham todas?

Todos os meninos olharam na direção que Park estava falando e viram o bebê receber carinho e beijinhos enquanto as meninas mimavam aquele pequeno projeto de Pikachu que estava todo dado aos carinhos que recebia.

— Omo! — Youngjae disse e obteve o olhar preocupado de Lalisa que estava ao seu lado, o ajudando a terminar de arrumar as bolas cheia de gás hélio. — Bummie disse que eles estão vindo.

Os olhos estavam fixos no celular, vendo a mensagem do marido que avisava que em dez minutos, estariam chegando. Estava quase tudo pronto, não tinha muito o que fazer ao todo. Mais alguns amigos de Yoongi foram chegando, estes do prédio, e aquele lugar que era acostumado a ser um restaurante familiar, virou um playground.

Seokjin recebeu a notícia do amigo e respirou nervoso. Estava tudo pronto, mas... o medo de Yoongi não gostar, era grande. Fizeram tudo simples, sabia que ele não gostaria de nada muito alarmante, mas também, o loiro se recusava a deixar aquela data em branco. Sook, ao seu lado, o abraçou de lado e sorriu. Haviam feito um bom trabalho juntos.

Eram bons cunhados, afinal de contas.

— Gente, o Yoongi já está vindo, então, porfavor, assim que ele passar por aquela porta, o recebam com muito amor. — O mais velho dali disse e todos pareceram animados com aquilo.

O cozinheiro pegou Taehyung no colo assim que viu ele coçar os olhinhos, parecendo começar a ficar cansado. O acomodou em seus braços e deitou a cabeça do garotinho em seu pescoço, fazendo as garotas murmurarem tristes. Estavam gostando de mimar aquele bebê. Jennie Kim não podia acreditar em quão fofos eram os irmãos de Yoongi.

O loiro sorriu para as meninas, mas logo seu sorriso sumiu. Ouviu o barulho de carro estacionando e todo seu corpo gelou. Eles haviam chego.

Finalmente.

*

Por todo o caminho estavam conversando sobre aquele dia, sobre a batalha. Conheceram alguns rappers que vieram cumprimentar Namjoon e no fim, Yoongi estava tão extasiado que não parava de falar por um segundo.

— Você parecia um rapper de verdade, pai. — Comentou e Namjoon riu, olhando para o filho pelo retrovisor. — Também nunca te ouvi xingar tanto...

Im deu uma risada tão alta, mas sem se desconcentrar do trânsito. Ele havia dito que o mais velho havia bebido muito e que por isso levaria o carro, pegando um trajeto suspeito, não indo para o apartamento deles, porém os dois outros estavam muito distraídos para perceber.

— Esqueça o que você ouviu, se eu ouvir você repetindo, vai ficar de castigo até completar trinta anos. — Ameaçou e o garoto revirou os olhos. Já tinha treze anos, não precisava daquele sermão. — Você quem tinha que ter ido lá.

— Batalhar com ZICO? — Abriu bem os olhos e negou rapidamente assim que viu o pai confirmar. — Ele é um dos melhores rappers de Seul. Duas empresas já tentaram comprar ele.

— Bem que ele tem uma cara de k-idol mesmo. — Jaebum murmurou. — Mas realmente, hyung, você humilhou o cara! Você é muito bom nisso, não devia ter parado.

O policial riu sozinho e olhou para suas pernas vestidas com um jeans preto, pensando novamente em seus motivos para ter largado o rap, as batalhas... seu sonho...

Virou pai, e esse era um dos maiores.

— Jaebum, onde está nos levando? — Perguntou ao finalmente olhar em volta, reconhecendo o lugar, mas não era sua vizinhança. — Eu que sou o bêbado? Tem certeza?

— Ya, eu sei muito bem onde estamos, ok? — Resmungou e o outro suspirou, o carro perdendo velocidade até finalmente estacionar em um lugar muito curioso.

Namjoon franziu as sobrancelhas e encarou fora da janela, vendo o lugar que era muito familiar aos seus olhos, mas parecia fechado. Jaebum tirou o cinto e sinalizou para os outros dois fazerem o mesmo.

— Venham logo. — Chamou antes de sair do carro.

Yoongi saiu primeiro que o pai, olhando em volta, não reconhecendo o lugar, mas sabia que estava perto de casa. Mas o que faziam ali? O lugar estava movimentado de gente passando para lá e cá, no entanto, o policial mais jovem os guiou para o restaurante à frente, o recito que parecia fechado, mas estava aberto. A porta foi empurrada e os dois outros foram seguindo, entrando finalmente no lugar.

Imediatamente um coro de “parabéns para você” começou e inicialmente o garoto não entendeu, olhou para o pai que parecia tão perdido quanto. Não conseguia focar o olhar em uma pessoa em especial, mas via algumas pessoas por ali.

— Venha cá, venha fazer um pedido, sugar boy. — A voz de Sook pareceu acordar Yoongi que abriu bem os olhos e olhou para o rosto bonito da mulher.

Ela sorria e tinha um bolo em mãos, havia algumas velas em cima e elas foram rapidamente apagadas depois do pedido do menino.

Segundo bolo, segundo pedido: quero ser um grande rapper. Tão grande como meu pai.

Todos bateram palmas e a primeira reação de Yoongi foi abraçar a tia, sendo retribuído prontamente. Namjoon tirou o bolo das mãos da irmã e voltou para a mesa, onde Seokjin indicou pra ele colocar. Havia um falatório confortável no local, todos indo falar com o menino aniversariante, o felicitar, porém o policial focou no namorado, sabia que aquela doideira tinha sido ideia dele.

— Foi você? — Perguntou se afastando um pouco do falatório, levando o loiro consigo.

Taehyung tinha mesmo adormecido nos braços do pai e por isso, o mais alto evitou falar em um tom que incomodasse a criança.

— Foi, mas eu não agi sozinho. Lalisa, Bam... — Antes de terminar, teve seus lábios pressionados aos do namorado com um carinho tão incomum, tão gostoso.

O rosto bonito do mais velho foi segurado pelas mãos do de cabelos castanhos, o mantendo perto enquanto se beijavam devagar, um ato até breve, apesar de lento.

— Obrigado. — Sussurrou sob os lábios do namorado que sorriu e assentiu. — Eu amo você, Kim Seokjin. — Disse no mesmo tom, como se fosse um segredo entre eles.

O mais baixo sorriu, sentindo aquele calor gostoso no peito, o coração batendo forte e rápido...

Não deu o primeiro passo, de fato, mas daria o segundo.

— Eu amo você, Kim Namjoon. — Disse de maneira firme, deixando mais um beijo na boca do namorado que sorriu apaixonado. — Eu te amo.

Repetiu só pra em caso de dúvidas; ele entender de uma vez.

Não ia mais guardar aquelas três palavras dentro de seu coração. E por mais que parecesse precipitado de uma forma, só... deixou o coração falar por si.

Amor não foi feito pra ser guardado dentro de um potinho, certo?


Notas Finais


DETALHE IMPORTANTE: EU fiz o rap do Namjoon, não é ctrl+c = ctrl+v de lugar nenhum, eu e minha irmã fizemos esse free com base no rap que o lindo do Giovanni (OBRIGADA, EU NÃO SEI O QUE EU FARIA SEM VOCÊ NESSE MOMENTO TÃO UNDERGROUND DA FANFIC) fez para o ZICO, e eu só fiz a resposta do Namjoonah. Eu disse que não ia rimar, mas meus planos aleatórios de juntar raps mesmo do rmon, não deu certo, então arregacei minhas manguinhas e fui botar a cara no freestyle. Espero que não tenha ficado tão ruim, eu não sou rapper, apenas gosto de rap. É nois.

Deixem seus comentários, o que acharam desse capítulo. Teve ily no fim, achei fofo porque oc se não terminar com namjin, não é fluffy namjin. Depois do próximo capítulo, entraremos realmente na fase "meio de oc", porque até então, é só começo mesmo. Obrigada por todos os reviews, vocês são insanos e eu sou muito agradecida por todos. Mesmo. OC tá tomando uma proporção enorme e eu sonho com o dia que será a fanfic mais famous de namjin (sonhar alto me faz querer continuar me superando, me deixem).

Um beijo na ponta do nariz, é nóis, até o próximo. Talk w/ me if u want: tt @sarcasmoflet ou por aqui mesmo. Tudo nosso.


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