História Our Cold Kiss (Kris Wu) - Our Cold Beauty

Então seria assim? A garota se revirou na cama olhando para baixo onde em um tapete fofinho e com uma coberta se deita a agente/assistente de Wu. O que ele tinha que precisava ter assistência 24 horas por dia? Não lhe importava afinal, o que importava é que ele tinha deixado a mulher de guarda no quarto porque como ele havia dito “não estava desistindo do quarto que era por direito dele”. Isto era tão perturbador que deste jeito ela simplesmente acabaria sonhando com ele, ou melhor tendo um belo de um pesadelo horripilante.  Ah, que dia! Estava morrendo de sede, mas sabia que se saísse daquele cômodo estava tudo completamente perdido. Aquela mulherzinha lhe trancaria para fora e reivindicaria o quarto de vez para o seu protegido e não havia nada que pudesse irritá-la mais do que isto. Virou-se de barriga para baixo e lentamente se moveu até a ponta do colchão para olhar novamente para baixo. A senhora Sook imediatamente abriu os olhos como se estivesse na droga de um filme de terror e a encarou.

— Ahhh! — Ruby berrou se agarrando a sua coberta. — O que pensa que está fazendo?

— Te vigiando! — O tom de voz dela realmente era assustador, definitivamente ela pertencia a quem pertencia. Tratou de se endireitar encostando a cabeça ao travesseiro. Não importa o que acontecesse, não sairia dali.

— O que pensa se eu te pagar uma graninha para você sair daqui? Pode ficar tranquila que depois eu digo ao tal Wu que eu a assustei e consegui botá-la para correr, que você não tem culpa.

— Longe de questão, eu sou fiel ao senhor Wu

— Aish, para que isto? Vocês fizeram algum pacto de sangue ou algo assim?

— Talvez.

— O que? — A garota de cabelos azuis se sentou na cama com a boca aberta. Sabia que havia algo bizarro sobre aquele homem. — Realmente um pacto? — Questionou novamente mas recebeu uma grande gargalhada espalhafatosa em resposta. Bufou cruzando os braços na frente do peito. — Como pode brincar com coisas sérias assim?

— A senhorita tem cada ideia, é tão engraçada. Tenho uma boa noite de sono, já vou dormir. Amanhã é um longo, longo dia. Deveria fazer o mesmo pelo seu bem. Bom descanso!

— Por que dormir agora? Não quer conversar? Eu de fato não estou acostumada a dormir sozinha sabe, porque eu sempre estou com as meninas do grupo. É como se fossemos grudadas. Podemos formar uma sociedade, eu te deixo dormir na cama e você promete que não vai me colocar para fora na primeira oportunidade.

— Senhorita Ruby!

— O que? Ah, eu estou com tanta sede que sinto que minha boca está virando um deserto, mais um pouco e eu posso morrer de desidratação. Será que por acaso poderia buscar um copo de água para mim?

— Eu recebi ordens expressas para não sair daqui em hipótese alguma mesmo que este quarto pegue fogo.

— Que tipo de loucura é esta?

— Vá dormir senhorita ou a pele do seu rosto estará terrível amanhã. Confie em mim!

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— Onde está ele? — Cruzando as pernas em sua cadeira embaixo de um grande guarda sol, Ruby foleava uma revista vendo o último artigo a seu respeito.

“ Cantora Ruby, fará seu primeiro papel na tevê ao lado do popular Kris Wu”

— Ele está chegando. — Sorriu fracamente Chanyeol, embora por dentro estivesse administrando sua raiva, odiava quando os artistas começavam com seus estrelismos achando que eram tão importantes que poderiam chegar a qualquer momento aos compromissos. Abanou-se um momento, fazia um calor terrível, logo sua camisa social estava com marcas grandes de umidade. Há que desgosto, pensou consigo. — A equipe de gravação está preparada? — Questionou a um homem baixinho que assentiu com a cabeça tomando nota de uma grande lista de coisas que tinha em seu comando.

— Pode ver os comentários na internet sobre mim Chanyeol? — Ruby retirou seus óculos jogando de lado a revista.

— Oh... Isso. Uun... Que tal fazermos isto mais tarde?

— Quero vê-lo agora! Meu celular simplesmente desapareceu misteriosamente esta manhã. Estou seriamente desconfiando daquela senhora Sook. Aliás, me peça um novo, por gentileza. O mesmo modelo, certo? — Sorriu e ele puxou um pouco a gravata que usava tentando respirar direito.

— Oh, eu tenho que resolver algo com o diretor, já volto querida.

— Mas...

— É rapidinho, eu já... — Ele simplesmente desapareceu de suas vistas correndo. O que estava acontecendo ali?

— Você... Isso, você! — Apontou para um homem que levava uma câmera de filmagem e que parecia um pouco desacreditado quando ela havia lhe dirigido a palavras. Não era uma coisa que celebridades comumente faziam. — Venha aqui! Será que poderia me emprestar seu celular? — Ela juntou suas pequenas mãozinhas piscando os olhos brilhantes.

— Oh claro... Se puder tirar uma foto comigo depois...

— Sem problemas! — Ela esticou a mão recolhendo o celular e fazendo uma pose para foto. Click! — Logo te devolvo, certo?  O que temos aqui, o que temos aqui? — Deslizou o dedo pela tela do aparelho entrando em um site. — Oh, o que?

“ Ela não é bonita o suficiente!”

Este era exatamente o título do artigo que estampava uma grande foto horrenda que tinham tirado de si em algum péssimo momento, seu rosto parecia ter sido amassado por um caminhão, e fazia uma grande careta mostrando um queixo dublo como se estivesse com raiva e do outro lado perfeitamente intocado... Ele!

“ Ao ser questionado em entrevista sobre se poderia se apaixonar por sua co-star em seu mais novo mini dorama, Kris Wu disse: — Ela não é bonita o suficiente!” Logo abaixo havia um vídeo onde ele dizia exatamente estas palavras e logo a seguir soltava uma grande risada mostrando todos os dentes brancos de sua boca como se aquilo fosse a coisa mais divertida de se fazer.

“ Também foi dito que Ruby não está mais escalada para ser a protagonista do dorama e sim sua antagonista. “ Sobre isto Kris Wu também comentou: — Estou satisfeito com a decisão dos produtores, eles sabem o que fazem, se decidiram que Ruby será a vilã, então assim vai ser.”

A sessão de comentário era a pior parte.

“ Ela deveria fazer uma plástica. ”

“ Ruby realmente combina com uma vilã, afinal quem suporta ela? Pobre Oppa. ”

“ Oppa, você está tão certo kkkkk. ”

Começou a dar dislike em todos os comentários estúpidos que riam da situação ou que concordavam com aquela barbárie.

— O que? — Sussurrou mais para si mesma do que para qualquer coisa e se levantou. Ao longe pode ver Chanyeol conversando com o diretor do dorama e depois com um sorriso olhando para ela, um sorriso que rapidamente morreu em seu rosto e logo ele fez uma patética cara de surpresa como se ela pudesse a qualquer momento tacar seu salto alto em sua cabeça, e de fato estava com a mão nele, mas algo sobre as câmeras ao redor de si a fez parar o que foi tomado com um grande suspiro de alivio por parte do outro. Entregou o celular ao dono e apanhou o script de cima de uma mesinha de vidro e se pôs a lê-lo. Como antes não tinha se dado conta de que tinham lhe dado todas as falas da antagonista? Eles tinham sido muito espertos retirando os nomes dos personagens e substituindo por seus verdadeiros nomes. — Está tudo bem. Tente relaxar! — Repetiu várias vezes para si. Quem era a garota? Quem era a protagonista então? Viu uma garota extremamente magra cruzar pelo caminho em direção ao diretor. Ela parecia ter 15 anos, pensou com desgosto. Só poderia ser ela. Deveria ter na verdade 30 anos e mais de 200 plásticas no rosto, conhecia bem estes tipos. Moveu-se até o grupinho e assim que os alcançou sorriu o que fez Chanyeol se tornar pálido como uma folha de papel.

— Olá querida, fiquei sabendo que será a protagonista? Sabe achei a personagem muito chata e decidi ficar com a vilã, você sabe, é necessário ter muito talento para ser a vilã o que eu obviamente tenho de sobra.

— Claro querida, claro que você tem. — A garota soltou um sorriso sínico bastante falso e voltou sua atenção para o homem corpulento que era o diretor. — Estou tão curiosa para conhecer. Kris Wu. Ele me telefonou noite passada me felicitando pelo papel, acredito que vamos ter um maravilhoso relacionamento. Tudo pelo amor aos personagens não é mesmo? — A garota pareceu extremamente animada com a possibilidade, ela realmente estava se deleitando com a ideia de estar ao lado de Kris e ela pelo visto realmente achava que ia fisgá-lo. Ruby deu pequenas tocidinhas tentando conter uma risada que prendia em sua garganta.  — O que foi meu bem? Você está bem? — Piscou os olhos para ela, mas balançando uma mão ela simplesmente começou a se distanciar agora soltando uma grande gargalhada enquanto apertava a própria barriga. Quase fez xixi nas calças até ver Wifan. Era como se houvesse uma espécie de aura estranha enquanto ele se movia, uma aura densa e escura como se fizesse o dia instantaneamente se tornar noite. Por onde passava as pessoas simplesmente paravam para olha-lo como se fosse o grande senhor de alguma coisa, o que definitivamente ele não era. Certamente ele tinha pernas extremamente compridas, ombros largos onde alguém gostaria de se pendurar por horas, um rosto atraente com lábios cheios e convidativos, grandes cílios e talvez um queixo e um pomo de adão que atraíssem línguas curiosas, mas ele era certamente a pessoa mais detestável sobre a Terra. Pensou. Deu passos em direção a ele. Queria espernear e gritar contra ele. Parou instantaneamente. Esta não era uma boa ideia. Estava ali justamente para recuperar sua imagem que por acaso ele havia destruído. A pequena criatura as suas costas passou por ela rapidamente trompando em seu ombro e se direcionando a ele como uma harpia.  Podia ver a carinha fofa que ela fazia para ele enquanto segurava suas mãos juntas. Ridículo!

— Oppa, você está finalmente aqui. Estava tão ansiosa para conhece-lo pessoalmente.

— Realmente? — Seu tom e suas expressões faciais eram de claro desinteresse o que fez Ruby se regozijar por dentro. Ela teria o que merecia.

— Oppa! — Ruby sorriu e acenou para ele. Seus olhos castanho escuros se arregalaram a olhando como se houvessem pisado em seu pé e não pedido desculpas. As câmeras se moveram instantaneamente até eles, quando ela simplesmente se colocou nas pontas dos pés sussurrando ao seu ouvido: — Você vai pagar pelas suas palavras! — Ela se afastou ainda sorrindo o que o fez apertar os olhos e mexer seu nariz virando o rosto para os lados e colocando as mãos nos bolsos. Havia um pequeno sorriso disfarçado também no canto de seus lábios.  Se tinha algo que Ruby queria ela conseguia, e agora o que queria era aquele maldito presunçoso se arrastando aos seus pés. Isto também faria parte do pacote, recuperar sua imagem.

Rodou um tanto de cenas, tendo que repeti-las uma centena de vezes porque se sentia tão irritada que mal conseguia lembrar corretamente suas falas o que parecia fazer divertir muito a novada e deixar Chanyeol completamente perdido correndo até ela oferecendo o mais diferente tipo de coisas como chazinhos, biscoitos, água mineral, travesseiros... Uma massagem. Quem diabos gostaria de uma massagem de Chanyeol? Por que ele continuava com aquela cara preocupada para si? De fato, tinha tido um caso com ele por um curto espaço de tempo, mas isto havia sido até mesmo antes de debutar e parecia que ele realmente não tinha superado, mas por mais difícil que fosse admitir isto, ele é que havia terminado, porque simplesmente pelo visto tinha conhecido uma atriz muito popular na época e ela era simplesmente... Ninguém. Ele tinha lhe dito que o motivo do término é que não queria atrapalha-la logo quando ela estava prestes a começar carreira, que ela deveria se dedicar mais a isto, pois via muito potência nela. Uma droga de uma bajulação mentirosa, pois lembrava muito bem dos rumores sobre ele e a tal atriz espalhados por toda internet no dia seguinte. Maldito Chanyeol! Era pouco que ele fosse como seu capacho hoje em dia, mas ele simplesmente podia lhe dar um tempo as vezes.

Moveu seu corpo cansado até o banheiro dando pequenas batidinhas de água em suas bochechas. Fazia um calor tormentoso. Abriu os três primeiros botões da camisa e jogou ali algumas gotículas de água abotoou-os novamente e se moveu para fora. Viu Kris passar direto sem lhe ver rumo ao banheiro masculino que ficava logo ao lado e que também era usado como vestiário pelos homens. Precisava ter uma pequena conversinha com ele. Tentando fazer o menor barulho com seus scarpans rosa e olhando para os dois lados para ver se vinha alguém adentrou o cômodo fechando a porta em seguida.

— Agora você vai me... — Começou a proferir as palavras quando enfim olhou para frente. Kris Wu estava completamente despido da cintura para cima. Podia ver a linha sinuosa em seu abdômen cheio de quadradinhos que levava em um caminho desconhecido para... Fechou os olhos arfando. A pele era tão mais branca além do que as pessoas normalmente poderiam ver que era como se não fosse real, como se estivesse... morto. Em todo caso este era só um pequeno detalhe, pelo menos pensar sobre isto distraia a sua cabeça do.... Bateu a cabeça na porta se virando e sentindo a dor lenta iniciar. — Apenas coloque... O que diabos pensa que está fazendo? Realmente está tão interessado em mim que não pode se conter?

— O que está fazendo aqui? — Sua voz soou menos áspera do que ele costumava usar com ela, tinha um tom rouco quase disfarçado. Virou-se novamente e tirou as mãos da frente do rosto o que de fato não era uma grande ideia. Kris Wu tinha uma mão apoiada sobre a pia como se tentasse sustentar todo o peso de seu grande corpo e uma luz estranha escura estava sendo liberada de seu corpo.

— O que é isto? — Ela apontou para ele entreabrindo os lábios, quando o viu de repente adquirir uma estranha aparência. Seus cabelos agora eram brancos como a neve extremamente escorridos e caiam até um pouco além do final de suas costas largas como uma grande cascata. Seus olhos se tornaram cinzentos como se houvessem espessas nuvens neles predizendo uma tempestade iminente, seus lábios pareciam ainda mais vermelhos como se fosse sangue e trajava uma roupa militar antiga, o metal que tinha um aspecto envelhecido reluzia como se tivesse acabado de sair de algum destes doramas de guerra antigos. Foi apenas um flash, mas pode ver muito bem antes dele voltar a ter a aparência que conhecia. — Você... Você... — Apontou um dedo para ele se movendo para trás como se ele fosse uma espécie de demônio.

— O que?

— Como um demônio seus olhos... Seu cabelo... — Havia horror em seus olhos, o que realmente o irritou profundamente. Estava acostumado a estes olhares de alguns humanos tontos antes de sugar suas almas para dentro de seu corpo e deveria estar acostumado, mas não estava e nem nunca estaria. Sua verdadeira forma era quem ele realmente era, poderia dissimular por fora aparentando ser como todos os outros da estúpida raça humana, mas não era e nem nunca seria.

— Está louca? Eu não tenho paciência para isto agora.

— Eu realmente vi.

— Você não deveria ter dito isto! — De repente ele se soltou da pia onde se segurava e ficou ereto passando a caminhar até ela. Seus pés descalços tocavam o chão frio e ainda com esta aparência parecia sobretudo ainda mais sobrenatural. Ela pensou em gritar, porém estava tão assustada que a voz desapareceu de sua garganta. Sequer conseguia dar um passo, era como se ele a estivesse controlando para não fazer absolutamente nada. Ele estava fazendo isto? O desespero e o terror começaram a crescer em seu peito como se a estivesse sufocando. Agora ele estava a sua frente. Tudo estava perdido! Fechou os olhos e algo inesperado aconteceu. Seus braços a envolveram junto ao seu corpo. Ele estava tão quente que quase a queimava, instantaneamente percebeu que começaram a escorrer pequenas gotículas de suor de suas mãos. Seu peito era duro como uma pedra de mármore, constatou e podia agora sentir quase toda misera parte dele que se encostava a sua. Tornou a abrir os olhos e ele prendeu-os nos seus como se a hipnotizasse, pode ver a tempestade se iniciando e se tornando violenta querendo destruir a tudo e a todos, embora fosse terrível ainda assim não poderia deixar de olhar e achar aquilo absolutamente fascinante. A mão de Kris subiu tocando agora sua nuca e envolvendo os dedos em seu cabelo trazendo seu rosto para mais perto de si. Seus lábios se insinuaram quase roçando os seus quando ele simplesmente despencou para frente como uma pesada estátua. Foi como se houvesse tido um completo colapso, apagando completamente e levando seu corpo junto para o chão. Houve o baque! Suas costas bateram com força no chão a fazendo soltar um gemido de dor, o peso dele fez tudo se tornar pior, parecia que a estava esmagando. Sua consciência também durou pouco tempo como se estivesse em um feitiço apagou completamente indo para um sono profundo sem sonhos. Quando a morte abraça um humano é certo que ele possa apagar todas e quaisquer memórias sem grande preocupação, mas quando a morte lhe beija ele decidi pôr fim a qualquer rastro de vida em seu corpo. Era o completo destino do que nasceu para nunca se ir dentre todos, no entanto como é sabido ninguém se esquece da morte, pois ela não se esquece de ninguém.