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História Our Love - Cinco


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Boa leitura 💜

Capítulo 5 - Cinco


PAULO

Entrei no quarto e dei um soco no colchão. Depois dei outro e mais outro, assim fiquei dando socos sem parar. Até que Mário veio até mim e sacudiu meu ombros, me fazendo parar.

(Mário) - Tá ficando louco?

- Não. Me larga!

(Mário) - O que te fizeram pra você ficar tão bravo?

- Jorge. Aquele cara, ele é irritante!

Mário soltou uma gargalhada e voltou a se deitar na cama. Fiz o mesmo deitando na minha. Segundos depois, Jaime saiu do banheiro e notou minha inquietação.

(Jaime) - O que ele tem?

(Mário) - Sei lá. Deve estar de tpm. Tá até agindo como aquelas menininhas que ficam reclamando das amigas.

Revirei os olhos e lhes mostrei o dedo do meio.

(Jaime) - Diz ai Guerra, quem foi?

(Mário) - O Jorge. Mas o motivo eu não sei.

- Olha, vão pro inferno. Mário vai procurar minha irmã. Jaime, vai dar uma atenção pra Margarida.

(Jaime) - Paulo, para de pensar na Alícia.

Arregalei os olhos e bufei. Tava tão na cara assim que eu estava pensando nela? E o pior era que aquilo era contra a minha vontade. Eu pensava em mil e uma coisas, mas do nada ela vinha em minha cabeça e ficava me perturbando.

- De onde você tirou isso? Se liga, gorducho.

(Jaime) - Tu acha que me engana? Com certeza o seu problema com o Jorge é o fato de ele estar investindo na Alícia e você não poder fazer o mesmo porque é um cara comprometido.

- Não. Deixa de ser otário! Alícia é apenas minha... amiga.

(Jaime) - E isso não te impede de gostar dela - Mário concordou com um gesto - Sem contar que ela é bem engraçada, inteligente, amigável, gata até demais. Eu pegaria de boa!

- Você o quê????

(Jaime) - Viu só. Se não sentisse nada por ela não teria se exaltado tanto quando eu disse isso. Admite logo Guerra, quando mais a gente esconde, pior é.

Não aguentava mais aquele papo chato. Quem o Jaime achava que era para me dar algum conselho? Nunca sequer tinha gostado de alguém e vivia em uma relação estranha com a Margarida, a qual todos sabíamos que não ia dar em nada por causa da falta de atitude dele. Tentei afastar esses pensamentos de minha cabeça e fui logo tomar um banho e trocar de roupas. Depois sai do quarto o mais rápido que pude. Eu não sabia pra onde ir, e não tinha quem procurar. Minha única opção não era uma das melhores, mas era tudo que eu tinha.

Bati na porta do quarto e logo Carmen me atendeu. Entrei sem cerimônia alguma e quando constatei que em seu dormitório só havia apenas nós dois, comecei a beija-lá.

Era um beijo quente e desesperado, o qual por incrível que pareça, ela não quis interromper. Logo já estávamos em cima de sua cama e íamos nos deitando aos poucos conforme o beijo se aprofundava.

- Espero que eu não esteja te incomodando - falei entre um beijo e outro.

(Carmen) - Não está xuxu. Aliás, eu precisava disso.

Voltamos a nos beijar e eu percebia o quanto aquilo estava ficando intenso. Se alguém nos pegasse daquele jeito, estaríamos fudidos, pensei.

Fazia tempos que eu e minha namorada não tínhamos momentos como aquele. Era até estranho agir daquela maneira, afinal ela nunca me permitia ser um pouco mais ousado. E por mais que ela me irritasse tanto, aquilo era bom. Porém, de repente me veio a cabeça a possibilidade de Jorge estar beijando Alícia da mesma forma em que eu beijava Carmen e aquilo começou a me atormentar. Tentei encerrar o beijo mais achei melhor continuar para tentar esquecer aquilo, mas no minuto seguinte a porta do quarto se abriu e fomos obrigados a parar mesmo.

(Alícia) - Me de...desculpem! Eu não sabia que estavam é... que estavam em um momento íntimo. Eu volto depois.

Suas bochechas vermelhas acompanhavam sua cara totalmente surpresa. Balancei a cabeça negando e logo vi Carmen revirar os olhos de raiva.

- Espera Alícia, pode ficar. O quarto é de vocês, quem precisa sair sou eu.

(Carmen) - Não amor. Você vai ficar mais!! Alícia quase nunca fica no quarto e não é hoje que ela vai querer ficar, não é Gusman?

Alícia franziu as sobrancelhas e fechou a porta do quarto. Em seguida foi até sua cama, tirou os sapatos e se sentou, dando um risada cínica para Carmen.

(Alícia) - Hoje eu vou ficar no quarto sim. Se vocês querer fazer o que quer que seja, façam bem longe daqui! - ela exclamou e senti um pouco de irritação em sua voz.

- Eu vou embora, é melhor. Vejo vocês depois, quem sabe.

Beijei a testa de Carmen e mandei uma piscada para Alícia que me devolveu um sorriso meio amarelo. Ao meu ver ela estava um pouco estranha, mas não teria como eu perguntar isso a ela, sendo que ela estava no quarto junto da minha namorada, que a propósito era muito ciumenta.

Já no corredor, sentia um vazio dentro de mim, ao mesmo tempo em que eu me sentia sujo por ter sido visto por Alícia naquela situação. Não que eu devesse, mas me importava demais com o que ela poderia pensar sobre mim. Apesar de nosso pouquíssimo tempo de convívio, era como se tivéssemos uma grande ligação e naquele momento parecia que tudo tinha sido encerrado.

Será que Jaime estava mesmo certo quando disse aquelas coisas? Será que teria a possibilidade de eu gostar de outra pessoa, mesmo não podendo fazer isso?

Sai de meus pensamentos toscos ao esbarrar em Jorge, que andava alegremente pelo corredor.

(Jorge) - Eai cara, tá no mundo da lua?

- Não, só to pensando em umas coisas. Nada demais. Como foi com Alícia? Teve algum progresso?

Ele então abriu um sorriso enorme.

(Jorge) - Alícia é tão bobinha. Muito fácil conquistar ela. Pode crer que já está aqui, na palma da minha mão.

Dito isso ele saiu andando e eu tive que conter a minha enorme vontade de socar a cara dele. 


Notas Finais


Muito obrigada por estarem acompanhando. O próximo capítulo já está pronto e dependendo da quantidade de comentários eu posso postar ele hoje a noite. 💙


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