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História Madness - In Bloom


Escrita por: Lightside

Notas do Autor


✿ Título do capítulo : Florescendo.

Avisos e afins nas notas finais.

Boa leitura (:

Capítulo 12 - In Bloom


Fanfic / Fanfiction Madness - In Bloom

C H A P T E R IX:

I  N      B  L  O  O  M

 

'' Os impérios não são destruídos pela força exterior,

eles são destruídos pela fraqueza de dentro."

Smallville.

 


Sakura abriu os olhos e notou que havia apenas uma lâmpada fraca no canto e a sombra de alguém sentado em silêncio. Assustada, ela contraiu os músculos com muito esforço.


— Aí. — gemeu sentindo o corpo todo formigar de dor. 


Seus dedos e seu olhar seguiram o padrão do dano. Ela colocou a mão nas suas costelas e sentiu as ataduras em torno de seu corpo. O braço esquerdo estava em uma tipoia no pescoço, seu nariz estava coberto por algum tipo de fita. Tocou a face sentindo o inchaço e piscar parecia uma tarefa difícil. 


— Tente não se mover. — disse a voz acima do sussurro.


Ele se inclinou para a luz. O impulso inicial foi para ela se mover, mas a dor não lhe permitiu. 
A aparência de Sasuke desarmou-a por completo. Ele parecia ter ido e voltado do inferno assim como ela.

O Uchiha se levantou da cadeira e a observou.

— Gatinha não tenha medo, vai ficar tudo bem... — ele disse mais para si do que para ela. Era o que ele estava tentando, se auto convencer.

Sakura não estava com medo.

— Seu rosto está machucado mas você não fraturou nada. — Sasuke informou ela.

As palavras dele não fizeram a menor diferença. O que importava é que estava viva. Fechou os olhos agradecendo a Deus. Nunca foi religiosa, no entanto sentia que de alguma forma devia fazer isso.

Quando o moreno se levantou ela abriu os olhos para assisti-lo vir em sua direção.

— Onde estou? — Sakura quase não reconheceu sua própria voz. Ela estava rouca e grave, tão seca e quebradiça tanto quanto sua garganta.

— Em algum lugar diferente. — Sasuke respondeu tão vagamente, típico de sua personalidade. Assim, sentou-se em linha reta com as costas contra a cabeceira da cama ao lado dela.

O silêncio dominava o ambiente.


Sakura arregalou os olhos ao perceber o sangue. Os cabelos do rapaz tinha sangue endurecido, assim como o resto do corpo. Desviou o olhar para observar o local no intuito de bloquear as malditas lembranças que tentavam insuportavelmente ser revividas em sua mente. Ela olhou ao redor ninguém achou a riqueza e opulência escondida naquele lugar. 


O que mais lhe chamou a atenção foi o tapete de cores primárias vivas e fortes, repleto de desenhos de animais. Provavelmente deveria ser importado da Turquia. Havia uma enorme estante com vários livros, no centro uma lareira de mármore da Itália, e um grande espaço que parecia ser uma academia. Um lado do quarto foi feito inteiramente de vidro reforçado, com uma porta corrediça escondida levando para um terraço.


Com os olhos arregalados, a rosada levou suas mãos em sua boca. Sasuke parecia se divertir com a expressão maravilhada dela.

— C-Como? Isso aqui parece um palácio! — ela examinava o local em seus mínimos detalhes. Vagou em transe, tocando seus dedos na cama que era de pluma de ganso e os lençóis de algodão egípcio.


O Uchiha riu e se aproximou ainda mais.


— Ah! Eu não te disse que te traria em meu refúgio secreto?! — o moreno disse com lábios entortados.

A rosada recordou de Sasuke ter mencionado algo parecido quando estavam saindo do estúdio. 

— Meu refúgio é uma biblioteca qualquer ou minha cama mesmo. — Sakura riu divertida. — Isso é como se fosse sua casa na árvore?

— QUÊ? — ele exclamando para logo em seguida gargalhar com gosto. — Digamos que sim. E como eu te disse antes Gatinha, você é a primeira e a única que trago aqui.


Ruborizando, Sakura não conseguia suportar quando Sasuke estava por perto. Havia sempre confusão entre o que ela deveria fazer e o que ela queria fazer. 


 — Porque nunca trouxe Ino ou Naruto pra cá? — ela o questionou de forma descontraída. 

— Bom, digamos que Ino transformaria isso aqui num clube de fofocas com direito a spa e chá. — Sasuke fez uma careta. — Naruto … você sabe… 

Os dois riram.


O clima entre eles estava tão agradável. Quando finalmente o choque de realidade clareou suas mentes, voltaram a encaram um ao outro. 

— Eu sinto muito Gatinha... — o moreno sussurrou. Sasuke fechou os olhos para sentir o toque gentil dos dedos de Sakura em sua bochecha.

Os olhos verdes ardiam. Sem perceber, as lágrimas começaram a escorrer de seu rosto inchado para o pescoço como poças d'água. 


— O-Obrigada Sasuke... Se não fosse por você...E-EU... — ela não conseguia terminar a frase, a dor em seu peito asfixiava-a.


O moreno abriu os olhos, limpou a garganta e disse claramente :

— Eu os fiz pagar.

Ouvir aquelas palavras de Sasuke foi um conforto satisfatório, ao mesmo tempo, se culpava por ele carregar aquele fardo nas costas.


O Uchiha soube ler as expressões dela tão facilmente. Era tão óbvio interpreta-la. Sakura sempre foi um livro aberto como Kushina costuma dizer.

— Eu nunca matei ninguém que não merecesse.  — um sorriso surgiu no canto da boca dele ao dizer aquelas palavras com prazer.

Sakura questionou mentalmente a resposta dada pelo Uchiha, mas temia pela argumentação. Então resolveu deixar pra lá. 
Naquele momento ela necessitava de alguém. Não queria sentir aquele sentimento de solidão.  

— Sasuke... — ela o chamou, olhando diretamente em seus olhos.

— O que? — perguntou. Suas orbes negras continuaram a olha-la com curiosidade.


Mas que garota boba você é Haruno Sakura. - pensou enquanto abaixava o rosto para conter a vergonha.

— Você pode segurar a minha mão? — sussurrou, se sentindo oca por dentro.

Ele franziu a testa, mas assentiu com um sorriso gentil. 


— Qual é o motivo de me chamar de Gatinha? Eu realmente acho isso brega.

Delicadamente os dedos dele tocaram a mandíbula dela. Parecia hesitante, pensativo e desconfiava que estava causando qualquer dor ou desconforto para a rosada, quando era exatamente o contrário.


— Você sabia que antes da tragédia e as injustiças cometidas pela Igreja Católica na idade média, os gatos eram venerados como uma divindade? No antigo Egito por exemplo, a imagem desse felino era representado na figura da Deusa Bastet; a deusa gata mulher, que protegia a felicidade das pessoas. Já na Índia, eles eram considerados o símbolo da inteligência. 


Suas orbes olhavam para Sasuke com profundidade e devoção. Os dedos dele dançavam em seus lábios  tão delicadamente e tão intimamente. Pareciam dois amantes. 


Novamente ele esboçou um sorriso e apertou a mão dela. O calor da mão do moreno irradiava-a por dentro. Sakura se sentia tão protegida.


O Uchiha riu, então prosseguiu: 


— O que eu quero dizer que nenhum outro animal foi tão divinizado e associado ao mistério e à mulher. E você Sakura, tem as características que representa exatamente esse bichano. Curiosidade; inteligência, manha, delicadeza, selvajaria, força e o instinto de proteção para com aqueles que lhe são de sua estima. E na minha opinião, eles são a melhor obra de arte que Deus poderia ter criado. Foda-se. Não me importo se você acha brega ou não. O que realmente importa é que eu gosto de chama-la assim.


Sakura sempre soube apesar de Sasuke ser uma pessoa de poucas palavras,  quando o mesmo resolvia falar, suas palavras resumiam numa imensidade de reflexão.


O gato, assim como ela, é quem escolhe a sua pessoa especial. E por mais que tentasse não se apaixonar pelo rapaz  à sua frente, ele com toda a sagacidade de uma raposa, estava conquistando um espaço em seu coração. Aquela resposta a fez vibrar da cabeça aos pés e sentir-se incrível.


— E você, é garota mais gata que já conheci em toda a minha vida… — falou o Uchiha com sinceridade.


Ela levantou o rosto. Corou ao notar que as palavras dele como sempre, haviam duplo sentido. 


O moreno sorriu gentilmente, abaixou o rosto disfarçando a vergonha que estava sentindo no momento. 
Lentamente, retirou sua mão da dela. O calor entre eles foi rapidamente dissipando, assim como as lágrimas do rosto dela. 


Independente do tempo que durasse esse momento, Sakura levaria consigo para sempre.

 

[…]

 


Esgotado fisicamente e psicologicamente, Avak estava rumo as escadas quando a campainha tocou. O mafioso desarmou o alarme e abriu a porta, dando de cara com um dos seus subordinados na varanda. O frio outono nortista deu lugar a um inverno particularmente gelado.

— E ai, o que tá pegando? 

 

— Boa noite sir. — disse cordialmente o jovem que aparentava estar na casa dos vinte. — дама (sra) está em casa? 

 

— Sala de jogos. — falou com certo divertimento.

 

— Entregue para ela. 

 

O loiro rolou os olhos, esticou a mão sem questionar o que se tratava pegando o envelope pardo, em seguida fechou a porta com força. 

 

— Quem era? — perguntou Kisame surgindo na sala.

 

— Maxmillian. — respondeu caminhando em direção ao escritório.


Ao entrar no cômodo, retirou um grande quadro Os girassóis da parede, expondo o cofre. Ele retirou molho do bolso da calça sarja marrom, enfiou uma pequena chave dourada na fechadura e digitou o código de segurança. O cofre abriu e nesse momento uma pasta preta escorregou e caiu no chão, espalhando vários documentos. Matveev se ajoelhou para recolhe-los, mas o nome Uchihas em um dos papéis logo chamou  a atenção do russo. Petrificado, um arrepio percorreu sua espinha quando viu as palavras Teste genético no cabeçalho do documento. 

Sua mente começou a trabalhar de modo incessante enquanto pensava no que fazer. O tempo estava passando e logo perderia sua oportunidade.

A curiosidade superou a razão e ele pegou o documento com os resultados dos testes.
O único nome que aparecia ali era de Sasuke, mas o resultado era conclusivo e indicava uma combinação de DNA mitocondrial. Na borda do papel havia alguns rabiscos de Anna : combinação parcial confirmada. 

 

— Cacete! — exclamou.


Rapidamente ele enfiou a papelada de volta na pasta juntamente com o envelope no cofre, trancando-o antes de ir para sala de estar.

 

[…]


Sasuke circulou a cama e fez seu caminho para o lado esquerdo. Ele se inclinou para a mesa de cabeceira e abriu o topo da gaveta.

— Isso é para dor. — informou, levantando a seringa.

— O-O que é isso? — ela perguntou temendo a agulha.

— Eu já te disse. — tornou a repetir.

— E se eu não quiser? — indagou em um tom desafiante.

— Tenho certeza que você vai me pedir mais depois que isso fizer o efeito. — respondeu de modo divertido.

— Vai me fazer dormir? Eu não quero dormir.

— Não. — respondeu prontamente.

Sakura teve a ligeira impressão de que ele estava mentindo.

— Isso faz com que a dor fique mais fácil de se aguentar. — reafirmou  dirigindo à ela um sorriso, a fim de encoraja-la.

— E você? — de repente se sentia ansiosa.

— Eu o que ? — ele perguntou suavemente arqueando a sobrancelha e entortando o lábio.

— Vai me deixar aqui sozinha? — a rosada falou com incerteza. Não queria admitir que se sentia vulnerável. 


O Uchiha continuou a encara-la sem dizer nada. Parecida pensativo.

O longo silêncio fez com que ela se perguntasse, talvez estivesse lhe incomodando. 


— Se você quiser, eu fico. — inesperadamente, Sasuke tornou a falar. O timbre da sua voz era serena, seus olhos negros cheios de emoção que Sakura não conseguia colocar em palavras, mas de algum modo estavam distantes. Seus olhos acompanharam o movimento do balançar da cabeça como se ele estivesse se convencendo de alguma coisa. Mas o que?

Como forma de agradecimento, ela pulou em seus braços e grunhiu sentindo dor devido o esforço que fez. 
Ouviu Sasuke lhe dizer que ela era muito manhosa, enquanto ele apertava gentilmente sua cintura com uma mão. Com a outra, acariciava seus cabelos rosados.


If you feel like letting go (hold on). — Sasuke cantarolou na tentativa de acalmar a garota. — When you think you're had too much of this life, well, hang on. 


O rapaz sabia que ela precisava dele. E a Haruno por sua vez, enterrou seu rosto na curva do pescoço dele. Uma particularidade que amava nele. Mesmo com aquele sangue em seu corpo, ele exalava o perfume Samourai que tanto lhe fascina.


Everybody hurts. — continuou, balançando seu corpo num ritmo lento e Sakura o acompanhava o movimento de olhos fechados, apenas se apegando a belíssima voz de Sasuke que lhe confortava por inteiro. — You're not alone.


O moreno desfez o abraço; puxou o lençol de seda azul marinho suavemente. Notou que a rosada usava uma camisola verde piscina logo acima de seu quadril. 


Ela engoliu em seco. Suas pernas estavam cobertas de hematomas, alguns deles em forma de sola de sapato.


— Olhe pra mim Gatinha. — ordenou. 


Instintivamente, seus olhos se encontraram e rapidamente, ele aplicou o remédio nela. Sakura só pode sentir uma leve picada. Momentos depois, suas pálpebras estavam pesadas. Sentia como se estivesse voando em queda livre em algum horizonte.


De olhos fechados, a garota deixou algumas lágrimas escorrerem de seu rosto e ele não conseguia desviar o olhar. 


Lágrimas sempre foram algo incompreensível para Sasuke. O rapaz gostava de observar e provar. Verdade seja dita: elas o fizeram forte. 
Essas respostas e reações, já foram algum dia parte dele, para melhor ou pior. Principalmente para pior, ele admitiu com um sorriso amargo.


Delicadamente, seus dedos hábeis acariciavam os cabelos rosados da garota adormecida. Involuntariamente mordeu o lábio inferior. Sabia que precisava de um banho urgentemente e mesmo assim continuava a admirar a garota  à sua frente, velando pelo sono dela.


 Sasuke passou seu braço em volta da cintura da Haruno e a puxou para mais perto de si. Como resposta, a rosada suspirou, inclinando a cabeça para trás, seu rosto estava virado para o tecido de sua T-shirt.

Ela queria que ele a beijasse?

Sasuke não perdeu tempo em descobrir. Seus lábios foram ao encontro dos dela tocando-os com leveza. 
Novamente, Sakura suspirou abrindo seus lábios lentamente, ainda dormindo. 


Encorajado, o Uchiha provocou a boca da mesma com a ponta de sua língua. Ela provou o gosto quente e o amargo da cerveja Budweiser.  
Ele deu à ela o que tanto queria quando sua língua aventurou-se na boca dela. Sentia a rosada tão voraz. Ela chupava o lábio inferior do rapaz de forma descuidada, avidamente, ainda dormindo.


Sasuke se afastou e Sakura choramingou o procurando cegamente.

 
 O moreno abafou uma risada.

— Sasuke…  — ela sussurrou com um suspiro doloroso.

O coração dele imediatamente acelerou três vezes. O sangue correu pelas suas veias tão de pressa. Estaria ela a sonhar com ele? Ou, Sakura sabia que ele tinha lhe beijado e a vontade dela  era recíproca, por isso não tinha coragem o suficiente e fingia que estava dormindo?

— Gatinha? — ele chamou por ela nervosamente.

— Huuum... — resmungou em resposta.

Havia uma sugestão de um sorriso nos lábios dele. Sasuke queria beija-la novamente, mas ele não fez. 


[…]

 


Pôsteres e placas antigas, objetos colecionáveis, mesinhas como nas velhas cantinas italianas, quadro de pinturas famosas da época do Renascimento italiano - esses são alguns dos detalhes que compõem a decoração da pizzaria Rossetti que ambientava ser um local aconchegante e familiar, digno dos anos trinta.


Mikoto sorriu ao avistar o proprietário com avental sujo de farinha e molho e o mesmo saiu de traz do balcão para recebe-la.


Dolcezza (doçura). — falou o homem gorducho abraçando a Uchiha desajeitadamente. — Mais bela do que nunca.


— Imagina. — Mikoto deu algumas palmadas nas costas do pizzaiolo e tratou de apresentar sua cunhada. 


O dono do estabelecimento beijou a palma da mão da Uchiha que sorriu gentilmente. 


— Encantado.


— Rin, este é Rossetti um grande amigo.


O pizzaiolo riu e fez uma recepção calorosa as Uchiha que foram acomodadas em uma mesa para duas pessoas com disposição para janela.


— A pizza daqui é a melhor. Ela sai quentinha do forno a lenha. — falou Mikoto pegando o cardápio. — O que vai querer? 


— Caprese.


— Pode ser uma meia caprese e meia margherita? — sugeriu e Rin concordou optando pelo vinho Luigi Bosca Malbec.


Mikoto acenou chamando a bela garçonete de cabelos pintados de azuis que tinha  em sua cabeça uma tiara com enfeite de uma rosa branca no lado esquerdo e seus olhos cor âmbar tão gentis captaram a figura da Uchiha.


— Madrinha. — disse a garota abraçando rapidamente Mikoto que apertou em seus braços.


— Minha querida Konan como está? — perguntou a Uchiha.


— Bem. — respondeu e cumprimentou rapidamente Rin.


— Desde quando entrou em Cambridge nunca mais foi nos visitar. — Mikoto falou em tom de tristeza teatral do qual a jovem de 22 anos conhecia muito bem.


— Estou na fase de entrega da monografia. Quando der vou visita-los! — falou tirando do bolso um pequeno bloquinho e uma caneta para anotar os pedidos. — Então o que vão querer?


— Uma pizza meia caprese e margherita. — informou a Uchiha admirando a garota que era como se fosse sua filha.


— Certo. E a bebida? 


— Luigi Bosca Malbec 750ml.


— Uma pizza meia caprese e margherita e de bebida uma garrafa de Luigi Bosca Malbec. —  Konan repetiu conferindo os pedidos, Mikoto e Rin assentiram com a cabeça e a garota sorriu saindo da mesa para deixar o pedido na cozinha.


— Então foi por ela que os  Rothstein se aliaram a Bratva e declararam guerra a Akatsuki? — perguntou a cunhada recordando-se brevemente do ocorrido.


Mikoto rolou os olhos achando exagerada as palavras de Rin.


— Não exatamente. Quer dizer, Konan foi um dos motivos mas não o motivo central. — desviou o olhar para a entrada do restaurante onde avistou Yahiko e Nagato serem recepcionados pelo dono do estabelecimento. — Eu a conheci por um acaso. 


Os olhos castanho-claros foram em direção de Konan que estava de costas atendendo uma mesa a alguns metros de distância, e imediatamente Mikoto fora consumida pelas memórias do dia em que seu destino cruzara com o da jovem que era objeto de sua admiração.

 

Arizona, agosto de 1994.


A pequena Konan que possuía seus sete anos corria pelo deserto de Sonora que estava com a temperatura de 38 graus. Ela protegia os olhos com a mão ao mesmo tempo que sentia o sol queimando seu corpo enquanto acelerava os passos; o ar frio se misturava com sua pele suada e sem perceber colidiu com algo em seu caminho.


Caindo no chão, mal conseguia compreender o que via contra  à luz ofuscante. 


 '' Céus, está muito sujinha menininha. ''


A visão se tornou mais clara quando a pessoa se ajoelhou junto com a sombrinha azul marinho e olhou para ela : era a imagem da pura beleza e compaixão; de puro amor. Até aquela ocasião Konan jamais vira um anjo, mas algo dentro dela dizia aquela mulher seria sua salvadora - seu anjo da guarda.


'' A senhora é o anjo que mamãe disse que me levaria para o paraíso? '' — indagou a criança parecendo admirar Mikoto que tirara do bolso de seu vestido um pequeno lenço branco e limpara seu nariz.  — '' Sabe, o paraíso é o melhor lugar que alguém pode imaginar. Mamãe disse que lá as pessoas não machucam uma às outras. Lá existe paz e é um lugar muito bonito.''


A Uchiha pegou uma das mãos da criança e apertou levemente e sorriu.


'' Não sou um anjo minha querida, tão pouco conheço o paraíso; mas sua mãe está certa. O paraíso é um lugar maravilhoso e um dia um anjo virá lhe buscar. Por enquanto, você deve viver… — o lenço branco percorria a face de Konan que não conseguia parar de observar o belo rosto de Mikoto que embora negasse ser um anjo, para ela, a mulher à frente era melhor personificação da criatura bíblica. —'' Prometo com toda minha vida que irei protege-la.'' 


As lembranças se dissiparam com os cutuques de Rin em seu braço direito.


— E ai? — perguntou a cunhada de modo impaciente. 


— Fugaku foi convocado a uma reunião no Hotel Franconia no Arizona em uma conferência como um encontro sobre coordenação e estratégia para o contrabando. No meio da viagem nós a encontramos no deserto de Sonora e pensamos que Konan estivesse perdida e a levamos de volta para os Rothstein. Então no jantar tive o desprazer de descobrir que ela não estava perdida mas sim, tentava fugir daquele lugar a qual era usada como uma escrava.  — Mikoto sabia que havia abalado os alicerces de Rin que era extremamente sentimental, então prosseguiu com cautela. — Fiquei chocada com aquela cena. Ela estava toda machucada, provavelmente devia ter apanhado e mesmo assim, sustentava um sorriso no rosto como se aquilo não fosse nada demais.


— Os Rothstein não faziam ao menos questão de esconder a exploração infantil ? — a mulher começou a sentir uma pontada em seu estômago.


— Não. Mesmo que eles soubesse que Fugaku e a Akatsuki fossem contra o trabalho escravo, eles não se importavam… —enfatizou Mikoto fitando a cunhada calmamente. — Acho que naquela noite os Rothstein exibiram Konan numa tentativa de provocar Fugaku, ainda mais sabendo do histórico dele.


As mãos de Rin foram parar em sua boca. Ela parecia bastante chocada com o relato. 


— Louis Rothstein é o pai de Konan e o líder da Kosher Nostra…  E por ela ser a única filha, mesmo que bastarda, ele a queria para que servisse de progenitora de descendentes para a máfia judaica norte-americana. — explicou, Rin espichou rapidamente os olhos em direção à garçonete que servia na mesa 06 uma deliciosa torta de maçã. 


 — Deixa eu ver se entendi… A Kosher Nostra estava fazendo um acordo com a Akatsuki e a Bratva ao mesmo tempo sem que nenhum dos dois lados soubesse? E como você e a garota entram nessa guerra? — a cunhada estava ao mesmo tempo em que incrédula, horrorizada.


— Isso mesmo. Louis queria lucrar dos dois lados e por isso usou a rivalidade entre os italianos e russos ao seu favor… Ele queria que ambos se auto destruíssem sem que ele precisasse mover uma peça do seu tabuleiro. Depois daquela noite com acordo feito, Konan não saia da minha cabeça e eu sentia que precisava a todo custo libertar aquela criança!


— O que você fez Miko? — falou engolindo em seco.


— Eu contratei os serviços de Izuna. 


— Izuna? O primo por parte de mãe de Obito e Fugaku que é detetive particular? — questionou mrs Uchiha fitando Mikoto seriamente.


— Sim. E nós buscamos por Konan Hadassah Rothstein durante cinco anos mas Izuna acabou desistindo do caso e tive que agir por conta própria.


— Você…


— Eu fui atrás do meu primo Itama e disse que voltaria para minha família, entregaria todos planos da Akatsuki em troca da liberdade daquela menina.


Rin ficou em silêncio absorvendo cada palavra dita por Mikoto. Sentiu algo em seu peito apertar e o estômago embrulhar. 
Por esse motivo, odiava as coisas em sua família assim como sua cunhada; preferira não saber de nada pois estaria se alienando em seu pequeno mundo - ignorando a outra face de seu marido que por mais que não fizesse parte da máfia italiana não estava imune as atrocidades produzidas pela inteligência secreta em nome da paz dos norte americanos.


— Eu não nasci escrava mas sabia exatamente o que uma criança teria de enfrentar ao crescer. — confessou baixo.


Rin não sabia se estava fascinada ou chocada. Talvez as duas emoções tomassem contam do seu semblante preocupado. 
Uma vez Obito lhe dissera qualquer coisa sobre a morte de Mito ter a ver com a vida de Mikoto e por essa razão ela busca desesperadamente compensar a morte da sua falecida sogra. 


— Eu queria salva-la antes que aquilo se tornasse uma realidade. — a voz de Mikoto a libertou de seus pensamentos, fazendo-a focar novamente nas íris castanho-claros. — Quanto maior a idade que se tira uma pessoa dessa vida, menor a chance dela se adaptar ao mundo exterior.


Embora não fosse mãe, Rin compreendia esse instinto materno de Mikoto em relação a vida de Konan que nascera como escrava, sabia que se estivesse na mesma situação que a cunhada faria a mesma coisa. Afinal, era a vida de uma criança, um ser inocente que estava nas mãos daqueles que podem comprar até mesmo a liberdade de uma pessoa.


— Mesmo que isso resultasse num massacre, não me importava mais porque precisava salvar aquela criança de qualquer maneira… Prometi que a protegeria com minha vida e precisava cumprir a promessa, pois esperança era tudo que Konan poderia se agarrar.


— E você se aliou a Bratva? 


— Quase entreguei o dossiê do Sindicato Nacional do Crime, mas Yahiko perspicaz como sempre; notou meu interesse repentino nos assuntos que se dizia respeito ao crime organizado, então ele descobriu meu plano… — — a cunhada assentiu e a Uchiha continuou : — Como não tinha revelado nada a Bratva, Yahiko decidiu encobrir a verdade de Fugaku e me ajudar a resgatar Konan.


— Como conseguiram acha-la? Ela ainda estava sob a posse dos Rothstein?


— Foi então naquela noite de 11 de novembro de 1998,os gangsters judeus americanos cooperaram com a Akatsuki e por fim, Fugaku pagou pela liberdade de centenas de jovens presos sob o cárcere privado de Louis.


— Como eles estão hoje em dia?


— Espalhados pelo mundo.Tivemos notícias de alguns que não conseguiram sobre viver no mundo real e acabaram retornando para prostituição. 


Alguns metros das Uchiha encontrava-se membros da organização criminosa italiana.


— Quem é esse cara? Novo recruta? — indagou Yahiko avaliando o rapaz de cabelos brancos e olhos acinzentados semicerrados,  como se estivesse sempre de soslaio; seu rosto sustentava ostentava uma expressão ameaçadora que parecia abordar Konan de uma maneira que o incomodava.


— Esse é o Yuura, mais conhecido como Squint. — informou Antonelli bebericando o vinho. — É mais um dos soldati (soldado). 


Os olhos castanhos do Conselheiro não conseguiam desviar dos jovens à frente. Algo em seu interior dizia que era melhor ficar atento a Squint.


— A quem quer enganar Yahiko?  — provocou o primo. — Quando vai fazer algo a respeito ao seu cuore (coração) ?


Di che cazzo stai parlando (por que diabos você está falando isso) ?


— Seus olhos estão vidrados na sua protegida. — Nagato abafou uma risada.


— Não começa… —  resmungou Demarco afrouxando a gravata.


— Ela é de maior e… a propósito, está uma bella ragazza (bela garota).


— Eu a tirei dos Rothstein para que tivesse sua própria liberdade e não para acorrenta-la a Akatsuki. — aquela dura contestação fez com que sentisse um terrível gosto amargo na boca. — Eu só desejo que ela seja feliz.


— Imbecille in amore (imbecil apaixonado). — murmurou Antonelli mordendo um pedaço de pizza.


— Primo, se me der licença vou ao banheiro. — falou Demarco jogando o guardanapo na mesa e Nagato apenas assentiu com a cabeça.


Konan foi rapidamente ao banheiro atender uma chamada de telefone.


— De novo Mia? — esbravejou. — Você acha que eu lá tenho cara de banco pra ficar te emprestando dinheiro todo mês para o aluguel?


A voz do outro lado da linha suplicava para garota.


— Escuta, esse é último mês que pago, entendeu? — a voz de Konan soou como uma advertência clara. — Agora deixa me trabalhar, por que meu dinheiro não dá em árvore. 


Assim que a jovem encerrou a ligação, deu uma rápida olhada em seu reflexo no espelho e bufou por ter manchas de farinha pela bochecha direita. 

 
Ai que vergonha, eu fui atender Yahiko assim?
 


Lavou o rosto e checou mais uma vez sua aparência e sorriu. Quando girou a maçaneta, Konan deu de cara com o mesmo rapaz que lhe irritava os nervos. Os acinzentados fixaram nela de uma maneira desconfortável.


— O banheiro masculino é a sua esquerda. — falou alarmada. A tensão fez com que seus músculos doessem; suas mãos suavam à medida que ele a olhava tão profundamente. 


O olhar a fez se lembrar da sua miserável infância. Um calafrio percorreu sua espinha quando sentiu a respiração dele tão próxima a sua face.


— O que você acha de nos divertirmos um pouco depois do seu expediente? — a voz de Squint soava perversidade ao misto de diversão.


— Na rua Madison tem um bordel muito bonito, tenho certeza que elas irão lhe receber muito bem. — replicou Konan. — Se me der licença tenho que trabalhar.


— Sabia que gosto de garotas difíceis. — triplicou, puxando a mão dela com força.


— Me solte ou posso fazer algo que vai se arrepender. — a Uchiha o ameaçou.


— Você? — Squint debochou, parecendo se divertir com as reações da jovem de cabelos azuis. 


Como um animal ameaçado, Konan agiu rapidamente socando a face do homem com força. Ela viu os olhos acinzentados faiscarem de raiva e um filete de sangue escorrer pelo canto direito da boca dele.


— Sua v… 


Nesse instante, Demarco prendeu Squint contra a parede com uma glock 37 apontada em sua testa.


— Fique longe dela ou vou estourar seus miolos bem aqui. — a voz de Yahiko era severa e seu semblante assumiu uma expressão ameaçadora da qual a Uchiha nunca vira.


— Já entendi Doutor. — Yuura respondeu contra gosto.


Demarco deu um passo para trás e Squint retornou o olhar para a face da moça antes de sair do corredor. Konan o encarava com seriedade sustentando o olhar enraivecido dele.


— Você está bem? — a voz gentil de Yahiko fez que a Uchiha saísse do transe.


O mafioso jogou a arma no chão, em seguida a abraçou.


Konan continuou estática. Por mais que tentasse emitir som, o medo não lhe permitia.


— Sinto muito Beija-flor. — ele sussurrou, apertando-a em seus braços. 


— Aquelas aulas de auto defesa ainda estão de pé, Yahiko? — respondeu rouca não reconhecendo sua voz.


— Claro! — ele exclamou desfazendo do abraço apenas para fita-la. 

 

[…]


Havia uma razão para Sakura não querer dormir. Não queria sonhar. Seu pesadelo estava ganhando vida novamente só que agora dentro de seus sonhos. A dor em seu ombro ajudou a não se mexer. Isso criou uma dor incomoda, que sentia como se fosse partir seu osso.

Lembrou de ser pressionada quando os homens haviam rasgado seu vestido e as vozes estavam abafadas. Os toques insuportáveis que eles lhe proporcionavam, fazendo com que ela se sentisse suja e humilhada. Além das surras que teve que suportar.

Contra a força da droga, Sakura forçou seus olhos  abrirem. Com muito esforço engoliu golfadas de ar que seus pulmões exigiam rapidamente.


Acordou chorando. 


A jovem podia ouvir o barulho do chuveiro e foi repugnante como o alívio passou por ela sabendo que o Uchiha estava por perto. Obrigou-se a deitar novamente, para encontrar uma posição menos agravante para seu ombro ferido. Não se sentia confortável sem os braços do moreno arrogante em volta dela. Não conseguia dormir sem o mesmo estar próximo.


Eu estou segura. Sasuke está aqui. Eu estou aqui.  - pensou engolindo em seco.

— Gatinha? — Sasuke a chamou.

— Foi tão real… Era como se eles... — disse entre as lágrimas. Ela procurou conforto e proteção no braços do Uchiha que sentou-se ao seu lado para lhe acolher.

— Ei! Eles não podem te machucar. É pra isso que eu estou aqui! — o moreno lhe respondeu. As palavras dele eram reconfortantes para ela. Com o braço direito, Sakura puxou para que seus corpos ficassem juntos. Ouviu novamente o coração dele bater; acalmando-a, livrando do horror que sentia.

— O seu cheiro é tão bom. — sussurrou a rosada fracamente, inalando o cheiro de sabão. Os dedos compridos de Sasuke vasculhavam os cabelos de Sakura que estavam suados.

— Eu esperei você dormir… Não demorou muito.

A rosada estava acostumada aos comentários sarcásticos por parte dele. Esperava uma resposta mais inconveniente do tipo : minha Gatinha, que nariz grande você tem

Mas as coisas eram diferentes agora.

— V-Você tem que dormir na cadeira? — ela o olhou curiosa enquanto o rapaz colocava alguns fios róseos atrás de sua orelha.

— Sério? — a voz dele soou zombeteira mas sem a aspereza de sempre.

Sakura percebeu que Sasuke estava lhe provocando e sorriu ao dizer :


— Babaca!

— Você sempre tem uma réplica. — o moreno riu segurando a cintura dela um pouco mais firme. — É que de repente, as coisas voltaram a ser como antes. Bom… Você continua sendo você.

Novamente ele riu, e fez com que despertasse em Sakura o desejo de rir também, mas ela não tinha motivos para rir de si mesma, pelo menos por enquanto. Então suspirou satisfeita.

Foi estranho o tipo de humor mórbido que só poderia existir entre eles, no mesmo tempo e espaço. Tentaram segura-lo, no entanto desapareceu tão rápido como havia chegado. 


De novo, o silêncio reinou sobre o ambiente. 


Abraçados e sabendo que havia um milhão de coisas que precisavam ser ditas, explicadas ou solicitadas.

Suor floresceu através do corpo dela, mas ainda assim, a rosada não poderia deixá-lo ir. Não queria se mover. Não quando os lábios de Sasuke descansavam perto de sua testa e não enquanto seu corpo másculo estava em volta do seu, oferecendo a sensação de segurança e existencialismo que Sakura tanto ansiou por toda sua vida. Mas no final, era perigoso demais ficar.
Ela sentia coisas demais por Sasuke ; seus sentimentos eram claros demais. 


Uma parte dela tinha medo. Medo que se deixasse confiar nele; sua segurança, seu conforto, sua vida e seu coração, acabariam em pedaços. Mas a outra parte, que correspondia ao seu coração não queria deixá-lo. Estava convencida de que ele era importante, por que de alguma forma irracional e irrevogável, estava completamente apaixonada pelo mesmo.

Olhou diretamente nos profundos e enigmáticos ônix ; eles pareciam querer expressar tanto ao mesmo tempo… Nada.

— O que está pensando? — ele perguntou em seu tom cuidadosamente velado. — Diga-me.

— Nada. — ela sorriu fracamente.

 

[…]



O clima estava pesado durante o jantar naquela noite. Avak parecia desconfortável, então Anna colocou a mão em sua perna e fez um carinho.Ao término, alguns membros da Bratva se enfurnaram na sala de jogos.


Quando Matveev tentou seguir seu pai, Hiden o chamou para que fosse ao escritório. Receoso, ele parou diante da porta de mármore e ficou ouvindo os burburinhos, sem intrometer. Respirou fundo, então deu duas batidas.


— Entre. — ordenou uma voz firme, da qual reconheceu ser de seu irmão gêmeo.


— Sente. — falou Anna, puxando a cadeira para o marido.


Ao se sentar, o homem engoliu em seco percebendo a atmosfera intensa que se formava naquele local.


— Precisamos conversar sobre o que você viu no cofre. — começou Hidan com a voz afiada.


— Então, aquele dossiê se trata dos Uchihas, não é? 


O irmão confirmou com a cabeça.


Pelos vinte minutos seguintes, Anna discorreu sobre as guerras do submundo e todas as vidas que a Akatsuki haviam destruído em nome do poder; comentou sobre a evidente devastação depois que a poeira havia baixado após o seu resgate. Embora Avak não ficasse surpreso, aquelas palavras ainda o deixou preocupado.


— Você entende a gravidade da situação se mais pessoas souberem que aqueles vermes possuem o sangue real da Máfia? — perguntou a esposa e o homem assentiu rapidamente digerindo a informação. — Farei de tudo para abafar o caso, mas há chance de que a verdade venha à tona. E quando isso acontecer, todos nós estaremos em perigo. Principalmente nós três.


— Por que nós? — questionou Avak franzindo a testa. 


— Simples. Nós seríamos descartados sem dó em nem piedade. Aqueles lixos humanos, especialmente o que sobrevive, poderia ter tanto a Akatsuki e a Bratva em suas mãos.


O loiro ficou em silêncio tentando compreender a situação.


— Algo não faz sentido para mim. — falou, intercalando a visão entre o irmão e a esposa. — Por que Yahiko e Nagato mesmo sabendo a verdade arriscariam suas vidas mantendo esse segredo? Por que simplesmente não mataram Fugaku por traição? 


— Não temos como ter certeza. — Hidan disse gesticulando como se tentasse procurar uma palavra. — Talvez, pela fraqueza de laços de irmandade. Os italianos são movidos por isso… Emoção.


— Foi por isso que usou o fedelho como seu peão num tabuleiro de xadrez? — a voz de Avak foi firme e Anna sabia que a pergunta foi direcionada a ela.


— Claro. Crianças escravas terminam sempre no mesmo lugar. Quebram regras de conduta e matam pessoas como máquinas assassinas. Elas atravessam limites jamais cruzados por nenhum de nós. Inclusive vender a própria alma ao diabo. —  respondeu com um sorriso diabólico em seus lábios pintados de carmim.


Notas Finais


M Ú S I C A :

✿ Somewhere Only We Know - Keane ( SasuSaku)

https://www.youtube.com/watch?v=Oextk-If8HQ

✿ C U R I O S I D A D E S:

A música que o Sasuke canta para Sakura é Everybody Hurts da banda norte americana R . E . M.

Tradução do trecho :

Se você tiver vontade de desistir (Aguente)
Se você achar que teve demais desta vida
Bem, persista

Todo mundo sofre
Ninguém está sozinho.

caso queiram ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=5rOiW_xY-kc

✿ Deusa Bastet (equivalente a deusa Ártemis do panteão grego):

http://www.egitoantigo.net/bastet-deusa-egipcia.html

✿ Deserto de Sonora:

http://www.eldiariodelaenergia.com/wp-content/uploads/2017/07/floracer_desierto_Desierto_sonora.jpg

✿ Inspiração para a história da Konan foi baseada em fatos históricos (Sindicato do crime):

https://www.estilogangster.com.br/o-sindicato-nacional-do-crime-da-mafia-mito-o-verdade/#more-4164


COMENTÁRIOS DA AUTORA:

Pessoas perdoem pela demora, a verdade é que esse calor está me matando e com ele vai toda a minha vontade de viver qq- não reparem, sou a verdadeira drama queen :B

Fiquei totalmente animada com a inclusão da Konan no enredo e toda essa pesquisa histórica foi um prato cheio para apresentar pra vocês. <3

Explicando uma coisinha: tio Demarco (Yahiko) nunca olhou para Konan com segundas intenções. Ele sempre a viu como uma criança a qual sempre teve que proteger. Mas, porém, contudo, todavia, no entanto e entretanto haha quando ela completou seus 20 anos e saiu das barras da saia da tia Miko, ela passou a viver com Yahiko até conseguir um apto perto da faculdade. Bom, com a convivência ele deixou de vê-la como uma criança e passou a vê-la como uma mulher *-* e ela por sua vez, tem uma paixonite platônica por ele desde a infância o qual acha não ser correspondida.
Não sei se quero abordar esse ship aqui na fic, por ter casais demais haha, mais se caso vocês quiserem algo sobre eles, posso bolar algo legal.

Sobre o apelido da Sakura,gostaram da explicação? Quando eu reli esse capítulo não acreditei que tinha posto algo tão bobinho >:( Então foi bom resolver fazer essa reedição e buscar uma interpretação mais profunda e coerente que desse um sentido para GATINHA. Pq quem não gosta de se sentir especial e única para sua pessoa? *-----*

Xoxo.


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