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História Madness - Watch Me Rise


Escrita por: Lightside

Notas do Autor


✿ Título do capítulo: Observe-me Subir.

Eu resumiria esse capítulo como: TRETAS & RECONCILIAÇÕES :B

Sem mais encheção de linguiça, boa leitura :)

Capítulo 14 - Watch Me Rise


Fanfic / Fanfiction Madness - Watch Me Rise

C H A P T E R XI:

 W H A T     M E     R I S E

 

A vida não tem que ser perfeita. Só tem que ser vivida."

 

— Dexter


— A máfia Fugaku? — Mikoto gritou exasperada dando vários golpes com força no peito do marido. — Você jurou que nosso filho não seria seu substituto.


O homem piscou algumas vezes surpreso pela ira da esposa. Ele segurou os pulsos dela e fez com que seus corpos mantivessem um contato muito próximo. As respirações estavam aceleradas; os olhos da bela morena estavam a ponto de explodir em lágrimas, ainda que a mesma tentasse conter inutilmente.


— Você tem que entender que…  

A Uchiha fez um gesto com a mão de pare e encarou o esposo bem no fundo de seus olhos escuros cheios de amargura, raiva e frieza.


— Não posso compreender porque você não me diz nada. 


Ele a puxou para que repousasse sua cabeça em seu peito e escutasse seu coração bater.


— Por favor Miko, fique longe de tudo isso… — ele suplicou, ainda que sua expressão não demonstrasse alguma emoção, seus olhos agora ganharam mais vida. Eles expressavam seu medo.


— Depois de todo inferno que enfrentamos, eu pensei que no dia do nosso casamento, o seu juramento e as promessas de estar ao meu lado fossem verdadeiras.  — ela falou com mágoa se afastando do marido. — No fim das contas eram apenas palavras… 


— Eu mudei minha vida por sua causa! — começou Fugaku extremamente irritado com aquelas acusações sem fundamento de sua esposa. E por Deus, como doía ouvir aquelas palavras, ainda mais vindo da pessoa que mais se ama. Mikoto estava completamente equivocada. Ela foi a única pessoa que ele acertou durante sua vida. E a ingratidão por parte da mesma o deixou mais e mais furioso. — Por sua causa,eu seria capaz de matar... De dar minha vida pela sua! Então, fale o que está errado. Me diga o que devo fazer Miko? — O tom frio em sua voz fez com que a mulher estremecesse.

 
Aquilo era demais para ela.

— Não sei. — ela balançou a cabeça negativamente parecendo bastante ressentida com as palavras dele. — Não posso.

— Não pode? — o Uchiha perguntou sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. — Você não entende, não é? Não faz ideia do que perdi por sua causa!

Aquelas palavras afetaram-na profundamente. Ela arfou e sentiu sua vista escurecer ao esticar e dar-lhe um tapa no rosto.

O homem levou a mão à face estupefato. O choque da reação da mulher acalmou sua raiva.


— Enquanto você não enxergar o perdão Fugaku, nunca terá paz. — ela disse com voz esganiçada tremendo de nervoso — Nunca!

 
Mikoto cobriu a boca antes de sair correndo. Ela precisava pensar; precisava se afastar dele para poder compreender o que havia feito.

[...]


Apesar de Naruto ser bastante ciumento e protetor em relação a seus pertences, o rapaz não tinha nenhum cuidado com o que ele mesmo fazia com suas coisas. Seu quarto era uma verdadeira bagunça. Parecia que o furacão Catrina havia passado pelo cômodo deixando tudo espalhado pelo chão. Sapatos estavam misturados a pilhas de roupas sujas, enquanto o cesto ficava vazio no canto. Sua escrivaninha estava coberta de papéis, livros e revistas em quadrinhos, e em algum lugar havia um notebook perdido.
Aquilo não o incomodava. Já tinha se habituado com a ideia de que nada na sua vida fosse organizado e bem cuidado. Se sentia protegido em meio ao caos que o rodeava; cercado pelas coisas que só ele controlava.

Uma sucessão de pancadas interrompeu o cochilo do garoto. Caminhou mal-humorado até a porta e ao abri-la, deparou-se com seu pai.

Minato entrou no quarto tropeçando nas coisas que estavam no chão. Resmungando, ele simplesmente as chutava para longe de seu caminho.

— Onde estão as chaves? — falou irritado.

Naruto esfregou os olhos e entrou na defensiva com a ideia de alguém invadir seu espaço.

— Quê?

— As chaves do seu carro. — O patriarca Uzumaki repetiu, vasculhando sobre a escrivaninha, empurrando furiosamente a bagunça e tirando do chão metade do que estava lá.


— Pra que merda quer minhas chaves? Por acaso bateu seu Aston Martin? — questionou Naruto com sarcasmo.

— Apenas me entregue! — ordenou Minato. Ao abrir a primeira gaveta, o homem retirou o celular e o único cartão de crédito que não havia sido confiscado e o enfiou no próprio bolso, antes de largar a carteira e voltar a procurar as chaves.

O jovem Uzumaki sentiu o sangue ferver.


— Que acha que está fazendo?

— Eu juro que tentei ser seu amigo... Deixei muita coisa passar, acreditando que fosse apenas uma fase. Pensei que ao mandá-lo para o templo budista do seu avô, você entenderia o recado. Mas, parece que não funcionou! — respondeu o pai entredentes. — No entanto meu filho, você voltou e começou o ciclo novamente. As brigas, as respostas malcriadas, os revides e o desrespeito. Não posso mais aceitar isso!

— Mas o que eu fiz dessa vez? — esbravejou o rapaz esmurrando a parede.

— Eu sei que saiu no braço de novo com um de seus colegas de equipe. — gritou o pai em plenos pulmões perdendo a paciência com filho. — Você nunca vai mudar Naruto? Quando vai crescer? Hein? Você está prestes a completar dezoito anos e fica agindo como um moleque de dez anos!

O herdeiro Uzumaki nada disse e continuou a observar Minato em sua busca.

— Onde estão as suas chaves Naruto William Uzumaki?

O jovem suspirou e inspirou fundo.

— Você não vai tocar na minha chave!

O sir Uzumaki o encarou com olhar firme e disse severamente:

— Você está de castigo! Não irá a lugar nenhum, exceto à escola. Ficará lá, sem tentar escapar. Fará suas lições e trabalhos na biblioteca, prestará atenção ao que lhe dizem e manterá suas mãos longe das pessoas. E quando o último sinal tocar, voltará direto para casa. Você me entendeu? Nada de Sasuke,Ino e futebol pra você.

— O que? Tá maluco? Amanhã é o grande jogo!

— Você não me diz o que pode ou não fazer. Eu lhe digo!

Naruto cerrou o punho.

— Então, vai me fazer perder a única chance de frequentar uma das melhores universidades do país e de quebra perder a chance de realizar meu sonho? — explodiu garoto.

— Foi você quem provocou isso meu filho.

O rapaz estreitou os olhos enquanto seu pai deixava a escrivaninha de lado e se dirigiu à cômoda.


— Só estou vivendo a vida que você me deu! — esmurrou novamente a parede com mais força.

— Você não pode me culpar por isso. — retrucou o pai abrindo a gaveta de cima e retirando um molho de chaves de dentro, diante do olhar incrédulo de seu único filho.

— Eu o culpo sim. — retrucou o garoto com evidente mágoa em sua fala. — Sei sou um monstro pra você não é, afinal você me culpa pela morte dela.

— Não é verdade. — sussurrou o mais velho. — Eu realmente me preocupo com você meu filho…

O tempo pareceu parar por um momento enquanto aquelas palavras pairavam no ar entre os dois. Aquilo era golpe baixo, Naruto quase se sentiu culpado ao perceber a dor nos olhos azuis celestes de seu pai. Doía muito mencionar e pensar em Tsunade.

— Quer saber... Vá em frente e tire o futebol de mim. Faça isso. Eu já perdi tudo na minha vida por sua causa! — o mais novo explodiu ignorando a expressão perdida de Minato.

— Naruto por favor... — suplicou o magnata Uzumaki.

— Devolva minhas chaves!

Minato o ignorou e Naruto perdeu completamente a sensatez quando seu pai lhe deu as costas.

— Se não devolver as chaves, chamarei a polícia. — ameaçou.

O patriarca virou-se rapidamente que até o assustou.

Ele riu escárnio.

— Não faria isso por causa de um carro?

— Pode apostar. — Naruto falou convicto surpreendendo o mais velho. — E você faria o mesmo se isso fosse tudo o que lhe restasse.

Aquela centelha de mágoa rapidamente reacendeu, mas logo se dissipou. Minato atirou as chaves contra o peito do filho.

— Fique com a merda do seu carro e vá jogar seu precioso futebol. Mas vou logo avisando, fico com cartão de crédito. — retrucou cerrando o punho.

Naruto gargalhou sem vontade.

— Não preciso do seu dinheiro.

O pai sorriu secamente.

— Veremos meu filho.

[...]


Dentro do escritório de seu pai, Sasuke buscou rapidamente algo para escrever. Ele encontrou na gaveta a Biblía antiga de Mikoto e arrancou uma página para usar de rascunho. 


Ouviu batidas, então disse:
— Entre.


— Querido, você vai ver o jogo do Naruto amanhã? — perguntou Rin parada ao lado da porta. — Não acredito que rasgou a Bíblia! 


O mais novo rolou os olhos. 


— Isso está velho e desgastado. — seu instinto sarcástico se fez presente. — Apenas estou dando uma utilidade para essas folhas. Além do mais, as reuniões da Akatsuki estão longe do culto… E vocês estão longe de serem santos. E tenho certeza que ninguém está interessando em ler isso.


— Eu leio. Seu pai lê e sua mãe também.


— Como eu disse, vocês estão longe de serem santos. — ele riu. — Relaxa, tia. Não rasquei nenhuma página escrita, apenas aquela que dizia '' Bíblia Sagrada. '' 


— Isso não deixa de ser errado. — retrucou a mulher observando o rapaz fazer cálculos de porcentagem. — Aqui está um inferno.


O jovem olhou para a mulher surpreso. A mais velha foi até a janela e abriu.


— Você disse um palavão.


— '' Inferno '' meu caro gafanhoto, não é um insulto. — explicou a Uchiha pacientemente,se sentando na poltrona de couro ao lado do sobrinho.


— Claro que é. — retrucou, parando de escrever.


Rin discordou balançando a cabeça.


— Está na Bíblia, Sasuke. Se passasse mais tempo lendo esse livro e não rasgasse as páginas dele, talvez você soubesse disso. — esclareceu, ainda que sua voz soasse gentil, seus olhos demonstravam severidade.

— Voltando a sua pergunta inicial,estou cheio de relatórios para escrever. Talvez eu apareça no final só pra ver o resultado. — respondeu já saindo do cômodo, pouco se importando com o olhar ultrajado e talvez alarmado de sua tia em suas costas.

 
Subiu as escadas para o segundo andar caminhando pelo longo corredor, até a última porta branca no final. Seu quarto. O único lugar, além da gigante biblioteca, em toda aquela casa enorme em que ele se sentia à vontade. Entrou no cômodo, às luzes ascenderam-se e desabou então de costas na cama de casal confortável, fitando o teto.

Novamente, lembranças de seu passado terrível veio em sua cabeça como um filme de terror.

Seu estômago implorava por comida. Sua fome era uma coisa vivia e com raiva, gritava junto ao interior de sua pele; transformando ele num selvagem. E naquele instante, nem se lembrava o que era boas maneiras e toda a etiqueta que teve que aprender.

Olhe pra mim Bichano. – Anna ordenara.

Seu estômago revirava. Sasuke limpou as lágrimas de seu rosto e olhou para ela assustado.

Anna sentou-se em uma cadeira. Sua cabeça estava inclinada para o lado direito, e parecia que a mulher estava a pensar em algo. O garoto cogitava a ideia seja o que fosse, esperava que a mafiosa não o causasse mais humilhação.

Ela pegou um pedaço de carne de seu prato e cortou, lentamente, enfiou em sua boca, o tempo todo olhando para o garoto.Cada lágrima que brotava nos ônix, Sasuke limpava rapidamente com a costa da mão.

O moreno engoliu em seco. Inclinada, Anna segurou o delicioso pedaço de carne encostando de leve nos lábios do menino Uchiha. Com o alívio quase sem pudor, ele abriu a boca mas ela puxou para fora.


Novamente, a mais velha lhe ofereceu.

Cada vez que o garoto chegava mais perto, ela se afastava. Por instinto, o Uchiha jogou seus braços ao redor da mão direita da mulher, envolvendo sua boca em torno dedos dela para pegar o pedaço de carne feito um lobo faminto. Os dedos eram finos e estavam com gosto salgado contra sua língua, mas o menor conseguiu arrancar o bendito pedaço. A russa se moveu rapidamente, encontrando a língua de Sasuke e beliscou violentamente enquanto a outra mão cavaram os dedos no pescoço dele. Anna apertou fazendo-o abrir a boca e cuspir o pedaço de volta. A carne caiu entre seus lábios para o chão e ele uivou em torno dos dedos dela, se lamentando pela perda. Imediatamente, ela soltou sua língua e puxou alguns fios dos cabelos negros dele em repreensão.

Você Bichano é muito orgulhoso e mimado demais… Eu tenho sido totalmente gentil e você vai aprender a me respeitar. Seja por bem ou por mal. – então, se levantou  jogando o rosto do garoto no chão, para fechar a porta com força.

Durante o período em que esteve no cativeiro de Anna, o rapaz tinha aprendido a ser guiado pelo instinto e a fome. O instinto havia lhe ensinado a confiar mais em si. Já a fome, tinha despertado algo que sempre esteve submerso em seu coração. 


O Uchiha educou-se a ansiar pela vingança, liberdade e poder. Compreendeu que, ao querer a dor, significava que ainda estava vivo. E ela o transformou num sobrevivente, um alguém que tinha renascido das cinzas.


Soltou um suspiro cansado.

Ele era um monstro que ninguém pensou em procurar durante o dia. Isso era um erro muito comum. Muitas vezes, as pessoas acreditavam que elas ficavam mais seguras à luz do dia pensando que eles só saiam à noite. Mas a segurança — assim como à luz — é uma grande fachada. Por baixo, o mundo inteiro está mergulhado em trevas.

Sasuke sabia disso. Ele sabia que a única maneira de realmente estar mais seguro era aceitar o escuro; caminhar no mesmo com os olhos abertos, para ser uma parte dele. Para manter seus inimigos mais perto. Foi o que ele fez. Manteve-os tão perto, de modo que ele não podia discernir onde eles terminavam ou começavam. Por que não há segurança, haviam monstros à espreita por toda parte.


Não acreditava na existência de qualquer ser superior; embora ele soubesse muito sobre a religião, pois seus pais são católicos. Mas em seu âmago,refletia a possibilidade de existir pós-vida e acreditava piamente na filosofia onde a pessoa colhe o que planta nesse mundo. Sorriu ao concluir que já estava condenado. Iria para o inferno feliz, depois que Anna estivesse a sete palmos da terra. Além disso, se Deus ou Deuses realmente existem, nenhum deles se importavam com o que ele tinha passado,caso contrário, teriam lhe poupado dessa vida desgraçada. E na ausência de um julgamento final que punia a todos, ele precisava saber, ter certeza de que sua sequestradora pagaria todos os seus pecados aqui,no planeta azul.

Sentou-se na cama passando as mãos pelo cabelo negro, deixando os fios levemente mais bagunçados. Suas íris pousaram sob a mesinha de cabeceira ao lado da cama. Havia um abajur moderno sob ela, além de dois porta retratos. Foi nas imagens que Sasuke prestou atenção.

Na primeira foto, via-se ele, Ino e Naruto, nessa mesma ordem, ainda crianças. A loira estava ao lado de Naruto, o braço dado, piscando para a foto. O Uzumaki por sua vez, se mantinha emburrado por ter que tirar a foto, e enquanto ele mantinha-se indiferente.

Rolou os olhos. 


Aqueles bastardos… — pensou quase esboçando um sorriso. Seus melhores amigos. Irmãos por escolha e não por sangue, mas que não deixam de ser menos importante por isso. Sua verdadeira família.

Pousou então os olhos na outra imagem, e essa se viu obrigado a tomar o porta retrato nas mãos, observando a fotografia mais atentamente. Essa foto tinha sido tirada cinco anos antes de todo aquele inferno acontecer. E além dele e dos dois fieis amigos, encontrava-se também seu irmão mais velho.

Na segunda foto, via-se Ino, ele,  Itachi e Naruto, nessa mesma ordem.


A loira estava em suas costas fazendo o sinal de "chifre" em sua cabeça e mostrava a língua. Novamente, ele se mantinha indiferente, Itachi apoiava a cabeça em seu ombro e fazia o sinal de "beleza". Naruto estava no chão com as pernas cruzadas, a boca cheia, e segurava um pacote de batata chips.

Itachi e Ino eram os únicos que chegava próximo de um sorriso realmente empolgante.

De repente, irritou-se. 

A vida era mesmo uma grande e terrível merda!

 Não é sua culpa. Não é sua culpa. Não é sua culpa! — ele repetia olhando para imagem do irmão sorrindo.

Talvez precisasse mentir para si mesmo também.

Largou o retrato na cama, desabando de costas novamente no colchão. Fechou os olhos e a mente vagou para o passado.


Sasuke.


Bruder (irmão)! — gritou o menor correndo ao encontro do irmão mais velho que o esperada na entrada da escola. — Como é bom te ver.


O Uchiha agachou apenas para que o caçula subisse em suas costas.


Como foi seu primeiro dia de aula? 


Chato.  — respondera Sasuke de seis anos laçando o pescoço do irmão com seus bracinhos. Então, o mais velho ergueu e começou a caminhar.


Explique. — questionou Itachi virando a cabeça na direção do garotinho, parecendo bastante interessado.


A professora fez aquelas apresentações sem sentido, sabe… Falar o nome, a idade e o que quer ser quando crescer. — monótono, o menino de orbes negras parecia tranquilo. Ele só se sentia assim quando estava na presença de Itachi, por que ele era a única pessoa que o entendia.


E o que você quer ser, irmãozinho? — o mais velho parou de andar, apenas para fitar o irmão.


Eu ainda não sei. — respondeu Sasuke, e fechou os olhos apenas para sentir a brisa bater em sua pele. — Acho que é uma responsabilidade muito grande para se colocar nos ombros de uma criança de seis anos.


Itachi sorriu orgulhoso. Seu irmão era uma criança muito inteligente e madura para idade dele. E ele não sentia que estava conversando com um menininho de seis anos, mas com um rapazinho.


E você bruder (irmão)? Você já sabe o que quer ser? — menino perguntara.


O Uchiha mais velho parecia pensativo.


Eu acho que você poderia ser juiz. — começou o caçula. — Bruder (irmão)… Você é justo e sempre procura fazer o melhor para as pessoas. Com sua inteligência e bondade, tenho certeza que você conseguirá tocar o coração das pessoas e tornar o mundo um lugar melhor. Não falo isso da boca pra fora. Você é especial… E eu te admiro muito! Quer saber o que eu quero ser quando crescer? Eu quero ser uma pessoa como você… Um alguém que eu possa sentir orgulho todos os dias ao acordar.


As palavras do mais novo conseguiram atingir o coração do mais velho. Seu peito estava apertado, e uma sensação boa e quente acolhia seu interior. O jovem de onze anos deixou algumas lágrimas escorrerem de seu rosto e abraçou o irmão com força. Para Itachi, Sasuke era uma existência que, como um irmão mais velho, ele tinha que proteger e amar incondicionalmente.


Ei, não importa o que aconteça… Eu sou seu irmão mais velho e vou protege-lo. — lamuriou o adolescente. — Isso é uma promessa. Sempre estaremos juntos!

 
A dor em seu peito e a saudade que sentia do irmão mais velho foi preenchida por uma certa garota de cabelos róseos. E se amaldiçoou por fantasiar e ansiar Sakura.


V-Você tem que dormir na cadeira? — Sakura perguntara parecendo incomodada. Suas íris verdes e redondas fitavam o Uchiha com curiosidade.

 
Sério?

Babaca! — replicara a garota com sorriso, acomodando-se no peito do rapaz.

O cheiro; a temperatura corporal, o timbre da sua voz, a maciez dos cabelos róseos e a textura da pele… exatamente tudo nela era atrativo para Sasuke.

O beijo roubado. A finalidade era apenas calar aquela garota barulhenta e irritante, porém algo dentro dele ansiava por aqueles lábios. Tinham um sabor doce e suave. Algo que desde a primeira que os provou sabia que desejaria mais, assim como sabia que não tardaria a acontecer.

Mais será possível? – uma voz irritada se fez presente em seus pensamentos.

Sentou num pulo na cama, franzindo o cenho. Como aquela irritante se atrevia a invadir seus pensamentos? 


Respirou fundo.

— Gatinha. 

[…]


Lá estava Konan no meio da multidão que ansiava o início da corrida.

 
Aquele submundo dos duelos era fantástico. As corridas na Fleet Street ganharam fama e cresceram junto com os riscos –  e todos os participantes sabem que podem ter seus carros, tesouros sobre rodas, apreendidos a qualquer momento, bastando o flagrante. Muitos competidores já enfrentaram a prisão, mas o elemento da clandestinidade adiciona emoção às competições.


A garota de cabelos azuis estava extasiada. Seus olhos brilhavam. Aquilo sem dúvidas era diferente de tudo que já tinha visto ou frequentado. O cheiro de álcool, cigarro, gasolina e perigo eram inebriantes. 


Havia carros estacionados em todos os lugares; pessoas transitando, o som potente tocava Lose Yourself do rapper estadunidense Eminem. Os homens em sua maioria estavam com alguma garrafa de Budweiser e discutiam calorosamente a lista dos competidores. Já as mulheres, elas dançavam sensualmente. Suas roupas eram curtas, acentuando as curvas.


Sua atenção estava nos carros na pista improvisada. As janelas do Toyota Supra vermelho de Milazzo estavam abertas, e o amigo, diferente do seu oponente, parecia totalmente descontraído.


Além dos crimes, o GTA, um dos jogos mais aclamados da atualidade, havia despertado em Deidara uma paixão por velocidade e adrenalina. Desde os 15 anos, cresceu a ponto de motiva-lo a desafiar a polícia e organizar campeonatos clandestinos de corrida de rua.


— O que você faz aqui? 


A garota deu um pulo no lugar com a voz súbita que soou atrás de si. Virou-se dando de cara com Yahiko.


— Vim acompanhar o Dei. — respondeu prontamente com um sorriso amistoso.


— Devia não ter vindo, Beija-flor. — Konan ouviu a voz do Demarco soprada em seu ouvido, um tremor passou pelo corpo dela. Quando ela se deu conta das palavras dele, virou abruptamente para trás, mas o mais velho não estava lá. Então voltou sua atenção para a pista.


Yahiko postou a frente dos carros, os corredores aceleraram os motores levando a euforia de todos.


— Vão. — anunciou. Uma única palavra e ambos os carros passaram por ele a jato.

 
Deidara acelerou ainda mais, alcançado rapidamente o adversário na curva, passando a linha tênue do carro rival, quando voltou a pista, o hacker já disparava com folga.


Era impressionante a velocidade, a troca de marcha. Tudo era alucinante quando se dirigia daquela maneira. 


Noob (iniciante). — murmurou o loiro para si, acelerando mais fundo.


Milazzo puxou o freio de mão e virou o volante. Sorriu cínico ao ver o carro do adversário fazer a curva e vir acelerando em sua direção.


Faltavam apenas duas curvas. 


A primeira passou feito a velocidade da luz; tão depressa, num piscar de olhos. Então na última volta, sorriu de lado desacelerando um pouco, pois aquela corrida estava sendo fácil demais.


Konan estava tão deslumbrada ao observar o Supra, as pessoas agitadas, o cheiro do pneu, que só percebeu que Izuna estava a sua frente quando ele lhe ofereceu alguma bebida de teor alcóolico.


— Então prima, também está fascina por esse mundo? — comentou com um sorriso.


— Sim! — exclamou ela, recusando a bebida. — Muito legal da sua parte em permitir isso aqui já que você faz parte da cavalaria dos mocinhos.


O homem riu.


— Bem e mal é apenas uma perspectiva de um ponto de vista. 


Quando Deidara chegou no terraço, as pessoas gritavam descontroladamente seu nome. Ao sair do veículo, foi tomado pelas mãos que queriam prestigiá-lo. 


Bufou. Por mais vaidoso que fosse, naquele momento não estava afim de alimentar seu ego.


— Dei. — Konan o chamou.


O rapaz se aproximou. Ao lado da amiga estava Izuna e Yahiko.


— Seu irresponsável. — explodiu Demarco dando alguns croques na cabeça do vencedor. — Por que a trouxe pra cá? Isso aqui não serve pra Konan e…


— Pode parar! — a Uchiha o interrompeu se pondo entre os mafiosos. — Não sou uma criança. 


A Uchiha não gostava da ideia de vê-lo ditar o que ela devia ou não fazer.


— Ei Dei, que tal a gente dar um rolê.  — sugeriu o namorado não querendo ficar na briga dos dois. 


Izuna estava di-vi-no. 


A jaqueta marrom e blusa justa juntamente com a calça jeans escura da Banana Republic deixavam-o mais atraente. O moreno tinha feições bem esculpidas, tudo metricamente quase proporcional. Os cabelos negros preso em um rabo de cavalo baixo contrastavam perfeitamente com a pele translúcida. 


As íris do loiro encaravam o detetive da cabeça aos pés.


Rapidamente, a boca habilidosa do Uchiha tinham tomado a de Deidara e as línguas bailavam em um mesmo ritmo quente, muito quente.


Konan apenas corou e Yahiko parecia estar mais interessado em fitar o nada.


— Bom, agora que você já está bem acompanhada não preciso ficar de sua babá. — falou o amigo zombando, então rodeou a cintura do namorado, maneou um aceno e largou os amigos para trás.


— Ei! Você disse que eu poderia dirigir seu carro! — gritou a Uchiha em pleno os pulmões, sentindo-se traída por ter sido abandonada pelo amigo.

[…]

The Next Day:


O jogo era o assunto do dia na cidade de York.

— Testuda aquela não é a sua mãe? — perguntou a loira, enquanto guardava seu estojo de maquiagem em sua bolsa.

Ao ver mrs Haruno acenando da arquibancada para ela, por um momento, envergonhou-se. Porém Ino fez um comentário agradável:

— Que bom que sua mãe foi gentil e guardou lugares para nós.

Kushina e Temari estavam em uma situação engraçada: ambas colocaram suas bolsas em um canto, sentaram-se em outro lugar e possivelmente, com toda a educação elas diziam que os lugares estavam reservados.

Finalmente as garotas conseguiram chegar onde as Haruno estavam. Muito simpática e brincalhona, Kushina cumprimentou Ino.

— MINHA FILHA O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? — ela soltou um gritinho abafado pela mão.

— Mamãe a senhora sabe como sou desastrada...Cai da escada. Mas estou bem. — mentiu com sorriso divertido entre os lábios.

— Como foi isso? — quis saber Temari, arqueando a sobrancelha loira parecendo desconfiada.

— Minha cadelinha entrou na frente e Sakura não percebeu a presença dela, então, acabou que as duas rolaram escada a baixo. — explicou Ino de forma convincente.

— Sakura você é um perigo! Desde criança, sempre foi assim. — murmurou Kushina beijando a testa da filha.

A Yamanaka aproveitou aquele momento para mandar uma mensagem para Sasuke, reclamando de seu atraso.

— Ué? Cade o papai? — perguntou a rosada se ajeitando em seu lugar ao lado de sua mãe e Ino.

— Trabalhando minha filha. — respondeu Kushina com pesar e de forma desanimada. — Mesmo ele não estando aqui, em seu coração,  está torcendo igualmente como nós!

— Não tenho dúvidas. — respondeu a filha com um sorriso.

— Acho que o jogo vai começar! — anunciou Temari olhando os jogadores entrarem no campo.

O uniforme dos Foxes era constituído por uma camisa branca com faixas azuis, e o emblema do time era uma enorme raposa furiosa em volta do fogo. Calção branco e meias azuis. Já do time adversário, era composto por uma camisa e calção grená, e o emblema do time era um corvo com as asas abertas, e meias brancas.

O jogo estava começando e o time da escola, como sempre, entrou acompanhado das torcedoras oficiais. Aquele era um costume que lembrava muito o tempo de escola de Temari com todas aquelas garotas vestidas de azul, usando saias super curtas.

— Gente isso é um uniforme? E que coreografias ridículas são aquelas? — a Yamanaka fez uma careta de desgosto. — Na minha época, as líderes de torcida costumava ser mais elegantes e com categoria. Mas também o que poderia se esperar quando a capitã é a mula da Shion.

— Você já foi líder de torcida? — perguntou Sakura curiosa.

— Isso faz uns três anos atrás. — respondeu a loira nostálgica, enrolando a ponta de seus cabelos loiros. — Eu fui escolhida para ser capitã três anos seguidos. Então aquela aparvalhada ali — apontou para Shion que girava o bastão de um lado para o outro. — reclamou para o profê Assuma que eu não estava dando oportunidade para outras garotas serem capitãs. Então você imagina o fim que levou...

— Mas que garota insuportável! — reclamou a rosada.

— Por isso que ela é "amiga" da Karin?! — Ino fez sinal de aspas com os dedos.

— Meninas fiquem quietas que o jogo vai começar. — Kushina estava atenta a cada movimento de Gaara. — Vai coração!

O rapaz não queria olhar para a arquibancada com vergonha dos apelidos e gritos histéricos por parte de sua mãe.

Aquele era um jogo de escola que valia bolsas para o time vencedor estudar em Cambridge. Com a premiação para o time e os destaques do campeonato. O Haruno estava concorrendo ao posto de artilheiro da temporada,pois sua posição era de atacante.

Ambos times se cumprimentaram; depois ficaram postos em uma fila ouvindo o discurso do diretor Uzumaki e dos patrocinadores e por fim, tocou o hino. Assim que terminou, os jogadores ficaram postos em seus lugares até o juiz anunciar a partida.

O jogo já havia iniciado e a torcida alvoroçada parecia que era um jogo intencional. Os pais, os amigos e os próprios alunos das escolas estavam lá para torcer pelos seus respectivos times. E com toda aquela platéia, muitas pessoas da cidade de York fizeram daquele jogo um entretenimento para toda a família. Até mesmo o grandioso empresário Uzumaki Minato encontrava-se na arquibancada sentado ao lado de sua sobrinha e seus assessores, prestigiando o evento.

Mesmo Minato sendo contra o grande sonho de seu único filho em abdicar as empresas Uzumakis em nome do futebol, ele sentia muito orgulho do filho. Naruto era o capitão do time; um líder nato, e o mesmo tinha conquistado muitas vitórias. E assim, atraindo muito alunos de outras escolas para Konoha School.

NARUTO... — Karin suspirava apaixonadamente pelo primo.


Ali ao lado do tio, ela não precisava ficar fingindo para ninguém. Fingir que não sente ciúmes do primo.

— Vai bebê! — gritava Kushina de pé, chamando a atenção de todas as pessoas.


Quem não gostava daquela situação era Sakura. Sua timidez era impressionante, e a garota ficou vermelha e constrangida pela atitude de sua mãe. Ao ver aquela situação Temari começou a rir.

— Você já devia estar acostumada. Sabe que na minha formatura do colegial ela fez coisa bem pior. — a irmã mais velha tentou acalmar a irmã caçula com aquelas palavras. — Essa é nossa mãe. Ela não tem vergonha ou medo de demonstrar o que sente.

— Vai Naruto! O jogo é teu! — gritou Ino dando alguns pulos. — GOOOL!!!!

O Uzumaki dançou rapidamente "Watch Me" e os garotos do time vieram ergue-lo.

— Parece que não é só a mamãe que esta bancando a tiete. — disse a Haruno se referindo a Yamanaka.

— Não! Não! Não! — gritou Kushina e Ino em uníssono.

E assim encerrou o primeiro tempo, 1x0 para o time da casa.

No vestiário, os garotos discutiam as táticas, os erros cometidos e novas estratégias para vencer o jogo. Já na arquibancada, os pais e alunos aguardavam ansiosos. Alguns permaneceram por ali mesmo, pois haviam trago duas refeições. Outros, como no caso das Haruno e Yamanaka saíram dali e foram para o mercado mais próximo.

— Naruto joga realmente muito bem. — elogiou Temari.

— Aquele ali nasceu com dom. — respondeu Ino contente pelo amigo. E acrescentou: — Gaara também. Ele leva jeito com esportes.

— Verdade. — concordou Kushina. — Meu bebê sempre foi talentoso. — falou ela suspirando orgulhosa.

— Lee esta dando um duro, coitado. — reconheceu Sakura se lembrando do amigo que estava se esforçando ao máximo para não decepcionar Naruto e o time.

— É mesmo. Olha que ele só começou a treinar mês passado. — a loira respondeu animada. — Sobrancelhudo sempre foi determinado e esforçado. Sempre dando o seu melhor para fazer qualquer coisa.

O tempo passou e todos retornaram para seus lugares. O segundo tempo havia iniciado.

— Ô moleque de cabelo branco, não deixe que eles marquem o pênalti. — a mrs Haruno estava vermelha e eufórica de tanto gritar.

Suigetsu pode ouvir Kushina se referir à ele e deu um sorrisinho. Ele driblou o rapaz do time adversário com sucesso e passou a bola para o Haruno que marcou o gol.

— É gol... É gol... É GOOOOL do Gaara!!! — todas gritam juntas.

— Aquele ali é o meu bebê!!! — berrava Kushina.

Os garotos do Foxes vieram em cima do ruivo comemorar o gol. Gaara corou com aquela torcida e rapidamente suas íris verdes foram direcionadas na direção de Ino que exibia seu melhor sorriso.

Por estar com vantagem, os Foxes marcaram bobeira e os Ravens marcaram um gol. Lee murmurou alguns palavrões e chutou a bola no ar, parando no território de seu time.

Kiba estava do outro lado da arquibancada comemorando com os Ravens, o gol feito pelo artilheiro do time.

— Olha só que criancice. — reclamou a Yamanaka apontando na direção do Inuzuka. — Um dia essa rivalidade entre ele e Naruto vai ter que acabar.

— Porque ele são rivais? — perguntou Sakura.

— É um motivo tão bobo. — a loira riu ao se lembrar da briga entre os garotos. — Tudo começou na terceira série quando Naruto ganhou o papel no teatro por interpretar Peter Pan e Kiba ganhou como o Capitão Gancho. Ele não se conformava por ter que maltratar os meninos perdidos e o resto dos animais marinhos. Sabe, o Kiba é vegetariano. Qualquer ação contra animais é admissível para ele. — Sakura assentiu com a cabeça prestando atenção na loira. — Na sétima série eles brigaram de novo. Só que dessa vez foi Naruto quem começou. Parece que ele foi desafiado a transar com a Tamaki, a ex do Kiba.

— Esses garotos só sabem pensar em sexo?! — a rosada irritou-se.

— SILÊNCIO GAROTAS! — reclamou Kushina prestando atenção no jogo.

— É GOOOL do Tubarão! — gritou Ino.

— Tubarão? — indagou Temari. 


Kushina olhou para a Yamanaka com curiosidade.

— É que ele tem os dentes cerrados. — respondeu a loira.

Suigetsu se ajoelhou no chão e beijou sua camisa. Gaara e resto dos garotos vieram comemorar erguendo o loiro platinado.

— Aê! Tu-TUBARÃO!! — todos gritavam e jogavam Suigetsu para o alto. — TU-TUBARÃO!

— Chupa essa aí Kiba!!! — gritava Naruto segurando a taça em suas mãos e olhava na direção de Minato satisfeito.

Eles gritavam e erguiam o loiro:

— Rei! Rei! Rei! O Uzumaki é o nosso REI!

— Ei! Espera!!! — gritou Gaara. — os garotos colocaram Suigetsu no chão e ergueram o ruivo. — Passou… Passou… Passou um avião, e nele tá escrito que os Foxes são campeões!

— Cambridge QUE NOS AGUARDE! POR QUE OS FOXES VIERAM PRA ARREBENTAR! — Naruto comemorou. — VALEU GENTE!!!

E assim o público vibrou com o placar do jogo: 3x1. O time da casa conseguiu vencer. Todos estavam contentes, exceto o time perdedor.


O capitão fez um belo discurso. Agradeceu a escola pela oportunidade, aos colegas pelo trabalho em equipe, e a todos que acreditaram nele.
Minato estufou o peito como leão imponente. Ele realmente estava orgulhoso pelo resultado adquirido pelo filho.

Karin também sorria radiante. Ela mais do que ninguém sempre acreditou em seu potencial.

[...]


— Testuda tenho uma boa notícia. Sasuke acabou de me avisar que meu primo Chouji e seu sócio vão abrir um bar na sexta a noite e eles estão precisando só de mais uma garçonete.

— Isso é maravilhoso! — disse a Haruno animada. — Só tem um problema.

— Qual? — perguntou a loira.

— Meus pais. Você sabe... — disse a garota quase desistindo da ideia.

— Olha isso é temporariamente certo? E também, é uma forma de você ajudar com as despesas de casa. Tenho certeza que se você conversar direitinho vai dar tudo certo. — encorajou a amiga. —Qualquer coisa, eu também posso dar um álibi.

— Obrigada Porquinha! — falou abraçando a loira bem forte.


— Haruno. — uma voz feminina chamou por Sakura.


— O que você quer, Karin? — inquiriu Ino respondendo pela amiga.


— Não falei com você. — respondeu a ruiva grosseiramente, pouco se importando com feição furiosa da Yamanaka que estava prestes a voar em cima de si.


— Posso falar com você? Não vai demorar nem cinco minutos. — continuou a Uzumaki fixando suas orbes rubis na face espantada da Haruno.


— Ela não…


— Tudo bem. — interrompeu a amiga erguendo a mão em sinal de paz. 


Ino não havia gostado nada. Rapidamente ela cruzou os braços e fechou o semblante.


— Eu vou procurar Gaara.


Assim que a Yamanaka saiu, Sakura voltou a sentar-se em um dos bancos na arquibancada e Karin apenas ficou parada ao seu lado.


— Então? — Sakura foi a primeira a perguntar.


— Sobre o que eu disse… — resmungou, seus olhos estavam fixos no campo. A Haruno notou o desconforto da garota. — Não desejo que passe fome.


Ao ouvir a declaração, os olhos verdes da jovem de cabelos cor de rosa arregalam de imediato, custando acreditar no que tinha escutado.


— Está se desculpando? — a rosada ergueu a cabeça, fitando o rosto da colega de classe que dava de ombros. — Quer dizer, desde quando se importa com minha opinião?


— Desde nunca. — ela olha a Haruno de soslaio e cruza os braços. — Só acho que exagerei um pouco nas minhas palavras. 


Sakura assente, mordendo o lábio.


— O que houve? Sabia que está mais deplorável do que nunca. — o sarcasmo em sua voz era evidente. 


A rosada decide não se ofender. Afinal, Karin merece crédito por dizer o que pensa. Ver o comentário dela como ofensa seria perda de tempo. Além do mais, ela ainda está aqui, tentando a seu modo se redimir pelas besteiras que havia dito. Isso era um progresso, visto que, a Uzumaki nunca fez algo assim…


— Eu cai da escada. 


— Garota, você consegue sair perfeitamente no braço com quem quer que seja sem ter um arranhão… e agora está um trapo ao tropeçar nos próprios pés? — ela ri e Sakura apenas rola os olhos e dá um sorriso. — Você é inacreditável, Suburbana.


— Sabia que ainda posso dar uma coça em você mesmo estando com um braço quebrado. — provocou, erguendo a mão. — Trégua?


O modo como a ruiva ergue a sobrancelha faz com que Sakura se lembre do diretor Uzumaki. Ela pensa, e então dá de ombros de novo.


— Trégua. — Karin segura a mão da outra.


Alguns metros dali Sugetsu assistia a cena das duas garotas com um sorriso.


— Até ela tem sentimentos…


— Sui, vamos. — Naruto o chamou.


O loiro platinado limpou rapidamente o suor em sua testa com a toalha e foi ao encontro do amigo.

[…]


Ino veio correndo, saltando nos braços de Gaara. Os corpos dos jovens colidiram e o Haruno quase perdeu o equilíbrio quando ela enterrou o rosto em seu peito. Ele a abraçou firme, enquanto a Yamanaka o olhava com verdadeira admiração.


— Parabéns! — beijos foram distribuídos pela face do rapaz que ria. — Você é tão incrível.


— Olha lá, essa frase é minha. — falou num tom brincalhão. — Pare de roubar minhas falas, viu?


Sorrindo orgulhosa, Ino selou seus lábios nos do rapaz. 


O beijo a desorienta. Não havia nenhuma parte dela que não estivesse queimando com o toque intenso, por ele. Sem querer, ele solta um gemido. Ela interpreta o gemido como um sinal para beijá-lo com mais vontade. Mas o celular no bolso do moletom de Gaara começa a tocar. A loira continua disposta a ignorar tudo e a todos, mas o seu namorado por ser certinho, consegue manter um pouco mais de compostura. Com toda delicadeza, o ruivo para de beijá-la e a coloca no chão. Seu sorriso está radiante, fazendo com que a garota se derreta ainda mais.


— Vai ter que ajudar a ficar com as mãos longe de você. — ela diz apaixonada, ainda que houvesse diversão em sua voz.


Gaara ri.


— Não sei, não. — então, retorna a ligação de Temari.

[…]


Sakura estava sentada na arquibancada esperando por sua mãe e irmã que foram em busca de seu irmão gêmeo. Alguém se aproximou dela enquanto estava ali parada. A voz soava familiar, mas não sabia dizer de quem era.


— Está perdida?


A Haruno se virou para o rapaz cuja a pele branca, os cabelos ruivos e meios escondidos sob o boné Nike. Seus olhos tão verdes e amendoados. Ele usava shorts jeans escuro e uma camiseta com emblema do Barcelona. Nos pés, calçava chinelos.


— Olá Akasuna. Não estou perdida. — respondeu educadamente. — Só estou esperando minha família.


— Sem formalidades. Pode me chamar de Sasori. — o ruivo disse numa tentativa de ser simpático. — O que aconteceu com seu braço.


— Eu cai. Sabe, sou um desastre ambulante.  — brincou a Haruno passando uma das mãos em sua bela cabeleira rosada.


— Não duvido. Você deve ter nascido com dois pés esquerdos.


Ela sorriu.


— Um sorriso. — ele disse contente tocando de leve a mão direita da garota. — Devia sorrir mais sabia? Você fica tão bonita.


O sorriso de Sakura desapareceu no momento em que ele a tocou, mas ele pareceu não ter percebido. Seus olhos desviaram do rapaz à frente para cima da arquibancada. E lá estava ele; Sasuke Aron Uchiha com aquela expressão séria. Os cabelos negros voavam de leve conforme a brisa. Os ônix a hipnotizava por completo. Sentia-se a mercê daquele garoto arrogante.


Um ódio mortal tomou conta dele. Sasuke estava procurando por Sakura em meio à multidão, mas seus olhos em vez disso, se concentraram em Akasuna Sasori. De maneira quase autoritária, ele seguiu na direção dos dois correndo o mais rápido possível. Alguém gritava atrás dele, mas não diminuiu o ritmo.


Ele não podia.


Sasori respira fundo e disse:


— Devo me preocupar com Uchiha? 


A Haruno ri.


— Em que sentido?


— Em qualquer sentido, acho. — sua voz saiu conspiratória. — Por que ele está vindo pra cá... Parece que ele não gostou muito de nos ver conversando.


O Uchiha saltou o alambrado e caiu de pé do outro lado momento que Sasori e Sakura perceberam toda a comoção. 


A Haruno estava confusa, já o Akasuna estreitou os olhos.


Sasuke nunca se importou com Sasori. Para falar a verdade, ele nunca notou sua presença. Mas agora era diferente. Ele estava conversando com Sakura, tocando nela e a fazendo sorrir de maneira tão natural.


Que sentimento seria aquele? Ele não entendia. Era como se estivesse ameaçado. E se não fizesse nada, aquele mesmo garoto tão comum, insignificante, a tiraria de si.


Desde então, passou a odiar e desprezar aquele garoto; o mesmo poderia ser dito sobre Akasuna Sasori em relação a Sasuke.


O ruivo deu alguns passos para trás, avaliando o Uchiha que estava de braços cruzados parado alguns degraus acima de Sakura que estava chocada demais para falar ou respirar.


Ela viu nos olhos do moreno o alto teor de raiva, e aquilo a assustou. Lembrou-se do temperamento explosivo do rapaz e tratou logo de engolir em seco e fazer algo, se não, Sasori sofreria a ira de Sasuke.

— Sasori eu preciso de um segundo com Sasuke, tudo bem?

O Uchiha sorri de lado com seu modo cínico e diz para o ruivo:

— Na verdade, ela vai demorar mais do que um segundo. 

— Não a trate como uma posse Uchiha. Ela é livre para falar com quem quiser.  — provocou o ruivo se aproximando da Haruno que prendeu a respiração por alguns segundos. — E estou fazendo um favor a ela por deixá-la bem longe de você.

O olhar de Sasuke é claro: cuide disso ou eu mesmo cuidarei. Ou talvez seja algo mais do tipo : seria um prazer cuidar disso.

No meio dos rapazes; Sakura sentia o nível de testosterona se tornar quase insuportável.


— Por favor Sasori... — a Haruno suplicou para o ruivo. — É sério, estou bem. Sasuke não me fará nada. Além do mais, ele já sentiu a fúria do meu punho no rosto dele. — concluiu com um sorriso vitorioso conseguindo afastar o ruivo dali, mas ao olhar rapidamente para o moreno percebeu o leve sorriso dele.


— Tsc...Tsc...Tsc... — murmurou balançando a cabeça em sinal de reprovação. — Eu salvo você Gatinha pra você se suicidar?

Ela respirou fundo.


A mudança de humor dele varia conforme as fases da lua. Era um bipolar nato. Apesar de estar perto, o garoto estava a alguns degraus acima dela. Ela se esforçou para chegar até ele.


Com seus ônix avaliadores, ele assistiu ela vir em sua direção.

Quando chegou no último degrau, a garota apoiou uma das mãos em sua coxa e a outra segurava o banco. Respirava irregularmente, estava verdadeiramente corada. Seus ossos começaram a doer pelo excesso de esforço que  fez.

— Você! — ela disse furiosa, tentando conter o fôlego. Não conseguia pensar numa palavra ruim o suficiente. — Primeiro, eu acordo e você não está lá? Segundo, porque não me acordou? E terceiro, porque você me levou pra outro lugar?

Os braços fortes de Sasuke a cercaram sustentando seu peso. Ele acariciava seu cabelo enquanto continuava a segurá-la.

Sakura lutou com a dor que irradiava para cada parte de seu corpo, mas especialmente seu ombro. Ela balançou a cabeça lentamente, e deixou o toque de Sasuke lhe confortar.

— Gatinha você tem uma mania irritante de fazer perguntas demais. — ele sussurrou no ouvido dela. — Eu recebi uma ligação do meu pai. Estava até agora terminando alguns relatórios… Pensei que não conseguiria terminar a tempo de ver Naruto ganhar o jogo.

Ela piscou aturdida, a respiração estava acelerada ainda... Um dos muitos afeitos que Sasuke causava em si. Porém, o coração que batia tão forte em seu peito, por um instante parou de bater.

— Tudo bem. — murmurou desculpando-o.

Sasuke pegou-a e carregou em seu colo.

Sakura se lembrava da noite passada quando ele tinha a pego no colo, e ela colocou seus braços em torno de seu pescoço e o admirava sob à luz do luar. Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu o Uchiha soltá-la de vagar.


Andaram o resto do caminho em silêncio,mas o rapaz deixou-a segurar sua mão. A mão dele era grande, áspera, forte e gelada contra pequena, macia e quente dela.

— Gatinha essa coisa entre nós tem que parar. Eu não gosto disso.

— Como assim? Que coisas? — sussurrou.

O rapaz balançou a cabeça, era um masoquista. Mas seus lábios ainda estavam perto dos dela, e seu olhar era tão sedutor. O corpo de Sakura se agitou ao ficar na ponta dos pés inclinando até ele. Ela colocou a mão no rosto dele e moreno piscou, sem se mover. Continuou lentamente, muito lentamente, como se estivesse com medo de assusta-la, cada segundo sentindo-se mais petrificado. E quando estavam o perto o bastante para seus olhos embalarem, ele abaixou as pálpebras e apertou seus lábios contra os dela.

O toque de seus lábios era tudo que os conectava, mas um fogo que Sakura nunca sentiu antes se espalhou por dentro dela, e soube que precisava de mais... de Sasuke. Seria muito pedir que ele precisasse dela da mesma maneira que a prendesse em seus braços, para retribuir o beijo com o outro ainda mais poderoso.

Telepatia ou não, foi o que ele fez. Seus braços fortes envolveram delicadamente a cintura dela. Ele a puxou para mais perto tomando o cuidado para não machucá-la.

Sakura sentiu seus corpos se encaixando perfeitamente; pernas entrelaçadas em pernas, quadris pressionados contra quadris, a respiração de ambos na mesma sintonia.

Sasuke pressionou suas costas contra o poste de luz, prendendo-a em si até que a rosada não conseguisse mais se mexer, até te-la exatamente onde ela desejava estar. Tudo isso sem interromper o toque apaixonado e avassalador de seus lábios nem uma vez.

Depois distribuiu beijos e chupões no pescoço, fazendo-a gemer e pender a cabeça para trás. O moreno entrelaçou o cabelo rosado em seus dedos. Voltou a atenção para os lábios de Sakura que ansiava por ele. Ele a beijava com tanta intensidade, sugando seu lábio inferior para depois pressionar a língua macia. Como resposta, ela abriu mais a boca; desesperada para deixá-lo entrar mais, sem medo de mostrar o quando o desejava.

A sensação mais deliciosa e mágica jorrava em seu coração.


Ele se afastou e a encarou, como se estivesse esperando ela dizer algo.

— Ainda acha que podemos ser amigos? — ele sorriu entortando os lábios para o lado, como a jovem sempre amou. — Se continuássemos eu não iria conseguir me controlar. A essa hora, você estaria na minha cama… Então, a única coisa viável é você ficar longe de mim.

Ela o ignorou e o beijou de novo. Deixando seus lábios se demorarem nos lábios dele. Encerraram o beijo pela falta de ar. 


Ambos se encaravam de forma intensa; onix contra esmeralda. Novamente, Sakura viu naquelas íris demonstração de tantos sentimentos. Mas dessa vez, ela pode perceber que havia um algo a mais. Um algo que brilhava os olhos dele.

— Eu não gosto de como estou me sentindo agora, depois de beijá-la. — falou com sinceridade, deixando a garota confusa, não apenas pelo o que ele disse como também pelo tom de sua voz que saiu: arrastada, mas muito verdadeira.

— E como você está se sentindo agora? — ela teve que perguntar. Não soube porque, mas precisava saber, e algo dentro dela gritava para que a resposta fosse satisfatória, ou então, ameaçava-se quebrar em mil pedaços.

Sasuke não respondeu de imediato, pareceu hesitante como se ele mesmo buscasse resposta a pergunta que ela lhe fizera. Sakura, que tinha a cintura envolvida por seus braços fortes, nunca pensou que se sentiria tão bem onde estava, nos braços dele e aquilo a incomodou desmedidamente.

Os olhos pareciam queimar um no outro. Ônix contra esmeralda. Ambos sempre determinados, sempre com aquele ar de eu posso tudo, sendo que apenas um tinha condições financeiras para de fato conseguir tudo o que queria.

— Eu posso sentir outras coisas além do ódio. — o Uchiha respondeu, seguido de um suspiro. Ele olhou levemente para o lado rapidamente, coisa sem significado ou motivo, antes de voltar a encará-la e com a voz ainda arrastada, naquele tom rouco que era sedutor demais para a pobre rosada em seus braços e completou: — Me sinto humano.

A garota engoliu em seco.

 

Então ouviu:
— Não se apaixone por mim, Gatinha.

Foi isso o que ele disse num sussurro em seu ouvido, antes de afastar-se o suficiente para olhá-la nos olhos e sorrir de lado; o sorrisinho arrogante dele. E então, se afastou por completo, indo em direção a sua moto.

Não se apaixone por mim Gatinha.


As palavras dele ecoavam na sua cabeça. Dando voltas e mais voltas…Sem parar. Ela o acompanhou com os olhos apenas. Seu coração batia forte, sentiu-se arfar levemente, e pensava que a qualquer momento suas pernas fossem ceder e iria ao chão, já que seus joelhos pareciam uma gelatina.

 Não se apaixone por mim, foi o que ele disse. Era, claramente um alerta, um conselho, quase uma regra. Mas, como ele podia dizer tal coisa de uma maneira sussurrante, com aquela voz rouca em seu ouvido, a seduzindo. Era como se ele estivesse dando uma ordem que seria quebrada, que ele sabia que seria quebrada. Uma regra que ele deu, mas como se já sabendo que ela seria em vão.


Notas Finais


✿ Músicas:

* FugaMiko - Yesterday - The Beatles:

https://www.youtube.com/watch?v=Ho2e0zvGEWE

* Sasuke - Be Yourself - Audioslave:

https://www.youtube.com/watch?v=WC5FdFlUcl0

* Deidara e cia - It's My Life - Bon Jovi:

https://www.youtube.com/watch?v=vx2u5uUu3DE

* GaaIno - Roses - The Chainsmokers feat Rozes:

https://www.youtube.com/watch?v=G5Mv2iV0wkU

* SasuSaku - I Hate Myself For Loving You - Joan Jett & The Blackhearts:

https://www.youtube.com/watch?v=HPkTGm4RtVM

✿ CURIOSIDADES:

A corrida clandestina do Deidara foi inspirada nesse documentário da Discovery Channel: Street Outlaws.

Fleet Street é uma rua em Londres batizada em homenagem ao rio Fleet. Foi a sede da imprensa britânica até à década de 1980. Mesmo depois do último grande representante da mídia, a Reuters, ter deixado a região em 2005, o nome da rua continua a ser usado como uma metonímia para a imprensa nacional britânica.

Meu caro '' gafanhoto'' - é uma referência ao Mestre Miyagi. Quem nunca assistiu Karate Kid só digo uma coisa: ASSISTA! *-*

✿ COMENTÁRIOS DA AUTORA:

O bom de estar reescrevendo a história é que se posso incluir e modificar a ordem cronológica dos fatos. Estou adorando isso… Espero que vocês também ;D

Quem esperava que eu fosse colocar a Karin fosse se desculpar? Tudo muito inusitado, certo. Mas não é, não. Quem leu a primeira versão existe um capítulo em especial que ela está digamos mais ''madura'' e ''gentil''.

Quanto Deidara, bom, ele é o alívio cômico da Akatsuki pelo fato de ser o membro da elite mais jovem. O fato é, resolvi desenvolve-lo um pouquinho por causa da inclusão da Konan. Mas, não quero me centrar muito neles pq já existem personagens demais nessa história e tenho medo de me perder u-u

Quanto as relações que de fato existiam no enredo anterior, nada mudou.

Quem está gostando de GaaIno?

Gaara é muito fofinho. *-* Eu sei que foge da personalidade original dele nos mangás e anime, no entanto, queria que ele fosse diferente do nosso Uchiha favorito e não carregasse essa áurea fria e indiferente, entendem? Além do mais, ele é o equilíbrio entre o Naruto e Sasuke <3

Mais tarde libero o capítulo especial do Itachi. Só aviso uma coisa: muitos corações vão ser partidos.

Xoxo.


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