História Our Monsters (Interativa) - Capitulo 5 Despertar.

Capitulo 5 – Despertar.

Sem sonhos. Uma noite inteira sem nenhum sonho. Na verdade, não foi sem sonhos, nós sempre temos sonhos, mesmo quando não lembramos deles. E são mais de um. Eu sei como funcionam os sonhos e o porquê de não lembrarmos deles no outro dia, mas eu tenho mais a fazer do que ficar ensinando vocês. O Google existe pra isso pô! Mas resumindo, se você acordar relaxado e sem nenhuma lembrança de nenhum sonho, isso quer dizer que você dormiu o bastante. E isso foi o que aconteceu essa noite, dormi muito bem, mesmo com as esquisitices de ontem.

Eu abro os olhos e fico comtemplando o teto do quarto por uns minutos enquanto penso no que aconteceu ontem. Apenas uma palavra vem a minha mente: Magia. Mas isso não é possível, não é real, mas porque eu tenho essa sensação de nostalgia e felicidade? É como se eu tivesse voltando para casa depois de muito tempo e encontrado meus familiares, porém, eu não me lembro direito do meu tempo vivendo aqui e muito menos de pessoas que desaparecem do nada. Acho melhor perguntar para a Ash, parece que ela sabe muito a respeito desse mundo, se bem que ela pareceu bem assustada com aquele lobo que trouxe a Lara. A Lara!

Eu me levanto da cama e olho para a esquerda, minha irmã está dormindo calmamente na outra cama. Eu pego o meu celular na cabeceira e vejo as horas. São 10:20 da manhã, será que ela dormiu tudo isso? Será que não acordou nenhuma vez? Acho difícil isso, mas ela meia que sofreu ontem com todos aqueles cortes. Eu levanto da cama e vou até ela, passo dedo pelas cicatrizes já sumidas nos braços e pelo enorme “X” que ousa ficar. O que foi aquela coisa azul que a Kat deu para a Lara?

-Ai!

Eu vou até a janela que está localizada entre as duas camas e logo acima do pequeno armário. Abro a velha janela enferrujada para ver de quem foi esse grito e depois de uma procura rápida, noto uma garota sentada em um banco de madeira do lado de nossa casa e outra de bunda no chão. Essa é a Ash, e parece que ela é tão desastrada quanto eu, se não for mais.

-Ash, você está bem? – Annie pergunta enquanto se levanta do banco – Essa queda foi feia...

-Tô bem sim, isso já é normal. -ela sai do chão com um “ai” – Tenho a água para amortecer.

Água? Tudo bem que choveu ontem, mas não tem água alguma agora, já evaporou á eras! Mas a Annie não pareceu confusa com isso, apenas concordou com a cabeça e disse:

-Sorte sua, eu imagino o que será que tenho. Alguma habilidade? Ou será que eu sou uma usuária?

Usuária? Só se for de crack porque essa conversa tá de louco!

-Eu sou uma usuária, na verdade sou uma criatu...

Nessa hora eu deixo cair um livro do Harry Potter (as relíquias da morte pra ser exato) cair da janela. É da Kat, ela deve ter colocado aqui para ler a noite, só que eu meio que dormi na cama dela. Elas olham pra cima e eu rapidamente me abaixo para não ser visto. Sabe como é né, podem me chamar de fofoqueiro, bisbilhoteiro, tarado. Uma vez fui fazer um trabalho na casa de uma amiga minha, ela tinha acabado de acordar, então foi se arrumar para o trabalho, digamos que eu bisbilhotei demais e ela brigou comigo, mas Deus, foi a visão do paraíso. (“acho que vou tirar essa última parte do capitulo, pode dar briga- By: Autor”).

-Meu livro! -a Annie vai rapidamente até o livro caído, tira do chão e começa a remover a poeira e sujeira. -Caramba Daniel! Para de bisbilhotar igual você fez com aquela garota!

Depois de uns 3 minutos, continuamos nessa mesma posição, eu deitado no chão ao estilo Call of Duty e ela olhando para a janela cheia de tétano.

-Acho que não foi ele não. -A Ash falou para Kat puxando-a para o banco.- Talvez nós tenhamos deixado aberto a janela depois que o colocamos no cama.

-Não, eu não teria deixado uma janela aberta com os dois lá dentro.

-Então ele ou ela abriu de noite?

-Bem... -Kat finalmente sentou- Ele é um sonambulo, então deve ter aberto a noite...

-Sério? -Ash gargalhou com vontade. – coitado, como será que é comer enquanto dorme? Depois eu pergunto para ele.

-Ele nunca comeu, mas já usou o banheiro e até tomou banho!

Ash riu mais um pouco. Caramba, dessa eu me salvei, mas será mesmo que o rumo da conversa que tinha que ter mudado com coisas sobre mim?

-Bem, tem certeza de que não quer fazer o teste agora? – Falou uma Ash com lágrimas no rosto. -Você pode acabar com sua ansiedade agora.

-Não, obrigada, mas eu prefiro fazer com eles, será melhor assim, o choque será menor, eu acho...

Como eu não tô aguentando essa conversa de menina doida (deve ser sobre uma novela) eu resolvo ir embora comer, afinal, e tô com uma fome de matar. Mas antes, eu vejo a temperatura da Lara. Está febril, porém ela não está suando tanto quanto ontem e ainda tem um sorriso no rosto, o que é provável que o sono dela está sendo bom, diferente do meu da qual nem lembro. Depois eu volto para ver se ela melhorou, mas agora, tenho outras coisas importantes para fazer, tipo forrar o estômago.

Eu saio correndo do quarto virando para a direita e descendo a escada em três pulos. O pior ocorre no último pulo, quando eu caio e torço meu pé direito, agachando-me assim para o mesmo lado, mas nessa hora, tudo fica em câmera lenta, eu me vejo agachando e olho para trás vendo assim uma figura humana estranha e desconhecida. Em um giro que começou com meu agachamento, eu me levanto e pego uma vassoura vermelha ao pé da escada girando-a em minhas mãos e parando a pouco centímetros do rosto do intruso.

-Quem é você e o que está fazendo aqui? -eu pergunto com um tom de ameaça.

Ele é mais alto do que eu uns 6 ou 8 centímetros. É branco, cabelos cinzas bagunçados, olhos verdes. Está usando uma camisa preta com o alfabeto, jeans e um tênis all-stars. Usa piercings nas orelhas e no lábio inferior, um colar que chega na altura do peito e tem um bigode verde.

Ele me olha, toma um longo gole de seu leite (na minha caneca!) e depois diz:

-Parece que os reflexos continuam iguais hein Asacadas? -como ele conhece o meu NickName de games? – Ash, Kat, a bela adormecida macho acordou!

-Como você conhece o meu nickname?

-Sério que você não se lembra de mim? -ele bota a mão na cabeça -Isso é um saco! Eu sou o Mike.

Mike? Aquele na qual a Ash tava gritando pelo nome na floresta encantada? Encantada? De onde eu tirei isso?

-Daniel, abaixa isso agora! – as duas entram pela sala -como é que você acorda e já vai atacando nossos amigos?

-Desculpe Kat, mas é que quando se tem um estranho na sua casa tomando leite na sua caneca, meio que se tem de tomar medidas né? -eu abaixei a vassoura e estendi a minha mão. -Desculpe cara, mas é que eu sinceramente não lembro de você. Desculpe.

-Tudo bem, é por causa do feitiço. -ele segura minha mão e logo em seguida a solta -Caramba, mas que mão fria é essa Dani? Você não tem sangue não?

Eu olho para a minha mão, parece perfeitamente normal.

-Dani, por acaso você derrubou isso? -Annie mostra seu livro detonado.

-Não. – falo rapidamente sem olhar para ela e viro em direção a Mike. – O que vocês estavam fazendo ontem na floresta encantada?

-Encantada? Fala logo mágica. -ele se senta no sofá ao seu lado, ainda com o leite em mãos. -Estávamos atrás de uns Mantos Negros estranhos...

-Mike, eles não acordaram ainda. Pelo menos não por inteiro. -Ash fala puxando uma das cadeiras da mesa e sentando também. -e como pôde ver, eles nem se lembram direito.

-Eu me lembro de você, pelo menos um pouco. -Kat fala do nada apontando para Mike. E ela ainda é a única em pé. Eu me sentei no chão e estou encostado na porta e virado para os três. -Eu me lembro de você jogando videogame com Dani.

Depois dessa afirmação, me lembro de um garoto usando um boné com a bandeira da Inglaterra jogando videogame. Ele levanta as mãos depois de vencer e vejo uma pulseira verde com um rosto nele. Foi uma lembrança rápida, mas mesmo assim pude ver o Mike, me lembro que jogávamos muito, sem contar que gostávamos de ficar escalando algumas árvores e competindo para ver quem era o melhor. Reflexo era uma das competições. Estranho, a floresta está no meio dessa lembrança também. Também me lembro de uma frase “Perto de Mike, não ouse descansar, pesadelos inimagináveis podem irradiar de um simples sonho, de um simples sono”, e por algum motivo, eu vejo ele numa versão mais jovem contando para um grupo de 4 pessoas, sendo que no meio delas tem uma Ash com medo pedindo pra parar e uma Lara de olhos arregalados pedindo pra contar mais.

-Ai! -eu digo pois minha cabeça começou a doer.

-Dani, está bem? – Kat pergunta, eu olho pra frente e vejo todos estão olhando para mim. Será que eu gritei?

-Sim, sim. Foi apenas uma dor de cabeça.

-Não estou falando disso. -Kat falou com um ar de preocupação.

-Estamos falando de você, que do nada começou a falar de mim. - Disse Mike, que agora tinha acabado seu leite.

-De você? Como assim falei de você? - Perguntei confuso.

-Sim, você não se lembra? Você começou a falar de vocês e depois botou as mãos na cabeça e gritou “ai”. -disse Kat ainda mais preocupada.

-Eu disse isso? Lembro não...na verdade eu me lembrei de nós dois jogando videogame e depois minha cabeça doeu, mas eu não disse nada.

- Disse sim. Você começou a falar do que se lembrava de mim e começou a contar uma de nossas aventuras. – disse um Mike sonhador.

-Que aventura?

-Uma de quando estávamos caçando uma velha harpia.

-Normal. -falei com um sarcasmo na voz.

-Na verdade não. Elas não costumam muito ficar em áreas montanhosas.

-Era bonita?

-Como? – Annie perguntou como se não tivesse entendido minha pergunta.

-Harpias não são bem um exemplo de beleza. -disse Mike com um sorriso no rosto. – Era uma velha que nem voar direito conseguia.

-Deus, parece que nem do que eu nem me lembro tenho coisas boas para contar.

-Mas a sobrinha dela... -Mike fez um assobio rápido.

-O que tem ela? -Ash perguntou com um interesse.

-Era muito bonita, e o Asacadas aqui -ele apontou para mim. - até se ofereceu para ajudá-la por causa de sua asa machucada. Garoto, você tinha sorte, principalmente por causa de suas esculturas.

-Escultu... -falei confuso. Eu não consigo desenhar nem um boneco de palito direito.

-Mas isso não importa agora, depois vocês relembram suas histórias. -havia uma certa irritação na voz de Kat – Mas temos coisas importantes a ser ditas, do tipo Magia e porque nós não nos lembramos de nada.

-Magia? Como assim? -perguntei para a Kat com uma leve suspeita de que ela sabia de algo.

-Irmãozinho, não sei se sabe, mas magia exist... -ela estava falando com o mesmo tom que se com crianças de maternal na hora de ensinar o alfabeto.

-Eu sei sim. Também sei que somos magos ou algo do tipo e que provavelmente temos poderes ou algo do gênero.

Ela me olhou meio abobalhada, a Ash soltou uma risadinha e Mike disse “É isso aí garoto! ”.

-Desde de quando sabe? -perguntou ainda meio sem acreditar.

-Eu teria de ser burro se eu não notasse. Por exemplo, no momento em que chegamos e arrumamos os quartos, eu encontro uma invenção da mamãe com os dizeres “antirroubo”, sendo que ninguém pode ver, exceto uma velha cega. -eu aponto para o fone em meu pescoço e eles me olham se entender. -Depois, minha irmã que era um tanto ruim com os seus sentidos começa a sentir coisas e ouvir gritos de uma garota a pelo menos 1 km de distância, sendo que essa irmã afirma ter ouvido os gritos vindo da terra e espalhando-se como se fosse água. Eu sigo essa doida até uma montanha cujo o interior deveria ser cheio de pedra, mas encontro o contrário, lá tem fauna e flora, sem contar os biomas e animais todos juntos e confusos, encontrei até um lobo-guará ao lado de um canguru. Depois encontramos a garota responsável pelos gritos e ao seu lado haviam pessoas de vestes negras. Eu e Lara a ajudamos, sendo que eu faço uma pessoa sumir com uma paulada na cabeça, o que eu jugo que talvez sejam poderes de Teleporte. Um lobo enorme traz minha irmã em um estado de inconsciência e cheia de machucados feios e que por “milagre” minha outra irmã faz com que eles sejam sarados em questão de segundos por um liquido azul.

Depois de uns segundos de silêncio, Annie finalmente diz:

-E a parte de Magos?

-Oi?

-Você falou sobre sermos magos e termos poderes.

-Atá, isso! Sabe nossos sobrenomes, aquele que temos em comum?

-Sim, Magi.

-Nunca pesquisou nada acerca disso? -ela só faz um baixo “não” como se estivesse envergonhada. – Tem duas coisas que achei: uma diz sobre Magia e outros sobre Magos.

-Como assim?

-Calma mero mortal, deixe-me saborear este momento. -eram poucas as chances de eu saber algo que a Annie não sabia, normalmente ela é mais esperta do que eu. Não só ela, também tem a Lara. – Dizem que “Magia” é um derivado de “Magi”, que significa “saber, conhecer”. O outro significado vem de “Mago”, uma palavra derivada do babilônio “Magi” que significa algo como “observador de estrelas”.

-Isso não quer dizer nada. Apenas que nossos nomes têm algo a ver com estudos. -ela falou em um tom que aposto que nem ela se convenceu disso.

-Como nada? Todos nós sabemos o que significa Magia e Mago! Sem contar que moramos do lado de uma montanha mágica! E eles até saíram de lá! Apontei para os convidados em nossa frente. A briga tinha ficado um pouco alta demais.

-Como assim saímos de lá? -perguntou Mike com um falso tom de ofendido – O que prova que realmente saímos de lá? De que moramos lá e não na cidade?

-A prova? Vocês são a prova! Vocês não são humanos!

Annie pareceu confusa. Ash e Mike se entreolharam.

-Dani, como assim não somos humanos? Eu pareço uma humana!

-Bom disfarce. Eu aposto que o que vocês são ou se tornam não afetam suas aparências.

-Dani, eles são humanos! Não consegue ver? -Annie estava apontando para os dois.

-Foi como eu disse: Bom disfarce. Não consegue sentir isso?

-Isso o que?

-Sei lá, “aura” talvez. Eu consigo sentir uma sensação saindo deles. Uma diferente da outra. A de Ash é calma e tranquila, como se fossem ondas do mar. Já o de Mike, é um pouco sombria e violenta, e é fraca, como se estivesse presa e tentasse sair.

Nossos amigos se olharam de novo.

-Realmente Dani, eu não achei que você poderia fazer isso. Nem os maiores magos conseguem fazer isso. -disse Ash com um ar de orgulho.

-Então somos magos? -perguntei com entusiasmo.

-Claro, não foi você que disse isso?

-Então tá. Annie, vamos criar uma guilda e mudar de nomes.

-Como assim? -ela parecia estar um pouco confusa desde que eu disse que sabia que tinha magia.

-Somos magos, temos de fazer uma guilda para podermos trabalhar. E mudar de nome pois eu acho que seja meio estranho um mago com o nome de Daniel. Eu quero trocar pra Grey. Vou trocar Lara por Natsu, e aquele miau de merda por Happy, ou Bad, depende do humor dele na hora. E você -apontei para Kat- pode ficar com o nome daquela velha cujo nome sempre esquerdo e que não me importo.

-Só que, Dani, eu não acho que vocês estejam preparados pra isso. Na verdade, vocês só acordaram ontem a noite. Talvez precise de um treino.

-Sério Ash? – eu me levantei, abri a porta e sai correndo, parando alguns metros depois e começando a comtemplar o céu de um começo de manhã. -então vou me preparar.

Depois de uns 2 minutos comigo parado lá fora e eles me olhando, até que ouvi Annie perguntar o que eu estava fazendo.

-Estou esperando Edwiges vir com minha permissão para entrar no castelo.

-Seu idiota, venha já pra cá!

Eu provavelmente iria passar mais um tempo ali enchendo o saco dela , só que algo estranho aconteceu, pois quando ela terminou de falar, eu voltei correndo para perto de dela, o que é muito estranho pois eu nunca faço isso e ainda, era como se elas se mexessem sozinhas. E não fui só eu que também ficou surpreso, pois, minha irmã estava de boca aberta.

-Então -eu falei ainda tentando entender o que aconteceu -vocês dois são magos?

-O quê? Não, sou um habilidoso. -Disse Mike com orgulho.

-E eu uma usuária. -Ash também estava com orgulho.

-Eu imagino que vocês queiram me explicar o que é isso, certo?

-Você não disse nada a ele Annie? -falou Mike.

-Não, eu queria que nós três -ela apontou para mim, para ela e depois para o quarto em que estava Lara. - Entendêssemos todos juntos.

-Nossa, que lindo. Pena que eu não me importo. Mike, bota tudo pra fora.

-Bem, eu mesmo não entendo direito, e olha que eu sei de coisa pra caramba!

Duvido muito que ele saiba de muita coisa.

-Então explica essa parte de “usuários” e “habilidosos”.

-Isso é simples. São conhecidos como usuários pessoas com poderes mágicos. Habilidosos são as pessoas com habilidades especiais.

-Só isso?

-Bem, de certa forma, sim.

-E como assim habilidades especiais? É tipo colocar o pé atrás da cabeça ou espirrar com os olhos abertos? Porque se for isso, eu sou habilidoso pra caramba!

-Que? Não, na verdade são coisas mais incríveis do que isso.

-Se bem que isso também é muito legal. -Ash falou com admiração.

-E quais são seus poderes então? -perguntei. A Annie continua em pé olhando para nós e calada.

-Bem, eu controlo sonhos. E a Ash aqui pode controlar água dentre outros.

-Como assim dentro outros?

-Digamos que ela tem vários outros poderes.

-E nós, você sabe os nossos poderes?

-Claro que sim, você ficou aqui até os seus nove anos!

-E quais são?

-Digamos que você é um artista, que sempre se recupera e está sempre pronto pra outra, mesmo que não gostem disso.

-Qual é Mike, fala logo!

-Mas você não gosta de spoiler. -ele disse calmamente.

-E daí? Fala logo! -depois se uns minutos de insistência minha e negação dele, eu resolvo perguntar sobre outros. -Tá, mas, e os poderes de Lara?

-Digamos que é chocante o modo como aquela esquentadinha usa os seus poderes. -ele riu.

-Isso tá enigmático demais. -Disse Annie. – E eu?

-Eu nunca entendi direito seu poder, eu só via Avatar.

-Isso não me ajudou em nada.

-Na verdade Annie, eu falei até demais. -e deu outra risada.

Parece que ele tá gostando muito disso. Eu realmente acho que ele nos deu as respostas, só tenho que entender isso. Ele disse que via “Avatar”, não disse onde ou quando. Também disse que não entendia o poder dela, então é provável que tenha algo a ver com o filme. Será que ela fica azul?

-E a magia? Como ela funciona? -Kat perguntou um pouco aflita. Porque será?

-A Magia? Bem... -Mike abriu a boca e depois de uns segundos aberta, ele bota as mãos na cabeça e diz: - Caramba, como é que eu não sei disso?!

-Eu também não sei... -Ash diz triste.

-Por essa eu não esperava, não era você que tinha poderes e era o espertalhão? Hein Mike? Joga na cara agora! -eu me levanto e começo a cutucar a barriga e a cara dele.

-Me deixa! E eu nunca disse isso! -ele agarra minha cabeça e começa a bate-la na parede. – E agora pirralho, diz algo!

-Me larga! -eu tento me empurrar e me soltar, só que com tentativas falhas, eu até penso em dar um golpe baixo numa área baixa, só que ele me solta repentinamente e me diz:

-Nossa Daniel, lembra que eu disse que você era frio?

-Não. -falei com sinceridade.

-Pois você é tão frio quanto o coração de uma garota.

Enquanto eu penso nisso, eu noto que estamos todos calados e pensando nisso, então eu resolvo pegar meu celular e botar uma música boa pra tocar, talvez algo do tipo “A Muriçoca” que serve só pra aumentar a moral mesmo, só que eu noto um volume no meu bolso frontal esquerdo (eu boto o celular no direito) em uma forma similar a um cilindro. Eu o retiro do bolso e noto que é um canivete suíço dourado. Bem bonito e cheio de trecos pra mexer, o problema é, onde consegui isso?

-O que é isso? -Mike pergunta e arranca de minha mão – Caraca Dani, você é um Hunter?!

-Como assim? -eu tento pegar das mãos dele, porém ele é rápido – O que é um “Hunter”?

-Caçadores. -diz Ash -Basicamente. Eles são um tipo de organização do governo que é destinada a caçar os piores animais, ou até os piores tipos de pessoas e criaturas.

-Mas não é só isso não Ash. Também são caçadores de tesouros e mais um monte de coisas.

-E o que isso tem a ver comigo?

-Simples, é porque os Hunters têm uma licença, principalmente os profissionais. -explicou Mike que agora segurava o objeto acima da cabeça. – Suas licenças são objetos mágicos com o seu logo. Deixa só eu achar aqui... achei!

Ele abaixou o canivete e nos mostrou que na lateral tinha um desenho. Era dois “X”, um do lado do outro, o desenho estava entalhado no ouro.

-Quanto maior a magia contida no objeto, maior o nível do Hunter. Bem, às vezes, pois uma vez encontrei um cara tosco com a Excalibur e nem Hunter oficial era. Se bem que tem o nível da preciosidade de Ranks...

-Como assim? O que tem o Rank?

-Bem, os usuários e os habilidosos usam um tipo de Rank para dizer quem é mais forte e tal. São 5 ao todo, começando do menos até o mais valioso. Começa com Bronze, Prata, Ouro, Safira e por último Diamante.

-E também se usa isso para classificar pessoas né?

-Verdade Dani, realmente se usa pra pessoas. Me pergunto em que Rank estou. Será que sou pelo menos um 7? -Disse uma Ash pensativa.

-Talvez. Bem, para pessoas e criaturas semi-humanas que saibam usar magia, tem isso, porém, cada Rank tem 3 níveis. Alguma criatura pode chegar até o Nível 15 no Rank Diamante.

-Pera, então se cada Rank tem 3 níveis, como que no último tem 15? -Perguntou Annie.

-Porque se acumula de certa forma. O Rank Bronze vai até o 3° Nível. Se passar dele, você se torna Rank Prata. Se você contar verá que o máximo é 15.

-Verdade mana, parece que você pulou o 4° ano. -ela me olhou de cara feia.

-Mas, onde você arranjou isso? -Mike me questiona.

-Não sei. Sinceramente, não me recordava dele até agora. Não sei onde consegui, só sei que é meu. Parece que foi um tipo de presente... -eu pego o objeto da mão de Mike e começo a subir as escadas. – Talvez meu pai saiba de algo.

-Ele não está. Papai foi embora, ele disse que o congresso ou sei lá quem precisava dele. -me viro e olho para Annie.

-Como assim Kat? Ele chegou ontem e tava morto de cansaço.

-Eu sei, mas foi o que ele disse. Ele ficou dormindo no carro enquanto nossa avó o levava.

-Mas ela é cega!

-Eu sei, por isso mesmo que fiquei aflita.

-E quando eles foram?

-Ontem a noite, logo depois de você e Lara saírem. Ele mandou um abraço e um beijo.

De repente eu me lembro de ontem. Algo estranho, eu estou correndo atrás de minha irmã louca e depois tropeço, olho pra trás e noto uma presença sombria, ela me diz “Quando voltar com as garotas, pergunte para a Annie Karter sobre a Catarina. ”

-Mana, quem é Catarina?

-Ca-Catarina? -ela gagueja e olha para a gaveta do armário da cozinha. -Ninguém importante não, quero dizer, nada importante não, quero dizer...

-Kat, tá tudo bem? -Ash pergunta com preocupação.

-Tudo, tudo ótimo. Bem, talvez eu esteja um pouco louca, mas tudo bem.

-Mais do que eu?

-Sim, mais do que você Dani.

-Duvido.

-É mesmo? Então me diga sua loucura!

-Vejo um fone de ouvido que ninguém vê, sem contar que falo coisas sem sentido, me esqueço de coisas do nada e também recebo presentes de sombras com vozes altas.

-Como assim? – ela pergunta já duvidando de sua própria loucura.

Eu conto para todos a minha experiência com o Darksider e eles encaram como se fosse apenas um novo filme prestes a ser lançado.

-Mas isso é fácil Asacadas, talvez seja um amigo que você não vê a eras, talvez seja um espirito. Talvez seja umbracinese.

-Também pensei nisso, mas não pode ser. E ele também era um ser vivo.

-Umbracinese, o que é isso? -Pergunta Ash.

-Controle de Sombras. Um poder cinético, na qual você controla as sombras ao seu bel prazer. -respondo rapidamente.

-E como você sabe que era um ser vivo?

-Pois ele emanava algo como “aura”. Sem contar que eu quase podia ver seu coração e sangue pulsando. Agora mesmo eu posso sentir isso emanando de vocês.

Eles fizeram caretas e me olharam como se eu fosse louco.

-Como assim sangue?

-Vocês não veem isso? Eu consigo ver um pouco as suas veias e artérias. De uma delas sai uma coisa vermelha, de outra sai uma coisa prateada. Comecei a ver isso depois de chegarmos.

-Foi logo após você abrir o “olho”.

-O que é isso Mike?

-Como você disse que começou a sentir isso logo depois de vir pra cá, quer dizer que começou a ver logo depois de abrir seu “olho”, que significa ver a magia e coisas mágicas.

-Então quer dizer que isso pode ser um poder? -pergunto com entusiasmo.

-Talvez. Pode ser um poder de controle de sangue, ou quem sabe você pode ser uma criatura mágica. Um ser mágico.

-Que tipo de ser mágico?

-Não sei Annie. Talvez um vampiro.

Nesse momento o clima fica meio pesado, até que eu rio um pouco e todos me olham.

-Dani, porque você está rindo? Isso é sério! -Disse Kat.

-Sério? Isso não é nada sério! Estão me comparando a um vampiro! Até a banguela da minha vó tem mais chances de ser um vampiro do que eu! -Eu enxugo uma lágrima. – Mike, você já encontrou um vampiro?

-Bem, sim, mas ele era um velho e estava no sótão da casa de uns bruxos. O nome do lugar era A Toca.

-E como ele era?

-Bem, era pálido, tinha dentes pontudos e odiava a luz.

-Isso todo mundo sabe. Não tem algo de novo da qual o Crepúsculo não tenha falado?

-Ele sentia cheiro de sangue. – ele fez uma cara de concentração. – E não brilha no sol.

-Ótimo, nem eu. Mas eu também não sinto cheiro de sangue, nem vejo ele.

-Mas o que você acabou de dizer...

-Annie, eu meio que posso ver algo dentro de vocês, não é sangue, é algo como... como “vida”.

Ash e Mike se entreolharam.

-Não sei de nada sobre isso. E você Mike?

-Também não Ash. Mas sempre tem poderes surgindo certo? Ele poderia ser de uma raça rara, mas aposto que é humano. O que nos resta uma magia nova. Talvez uma habilidade, mas como ele disse que vê a “vida”, duvido que seja uma habilidade.

-Então não tem ideia do que seja? -Eu pergunto.

-Não, desculpe Asacadas, mas talvez precisemos de alguém mais velho.

-Verdade, mas quem? Nossa vó vai demorar pra voltar. -disse Kat.

-Então teremos de recorrer a Catarina. Kat, quem é ela e cadê ela?

-Porque você está tão interessado nessa tal de Catarina? -Annie me pergunta.

-Porque foi o que o Sombra da Noite que me disse isso. – eu viro pra ela. - eu nunca vi esse filme, mas parece legal, tem até o Johnny Deep.

-Como assim? -ela me olha confusa. -E porque ele falou dela?

-Há! Então é uma garota! -eu aponto pra ela.

-O nome é Catarina idiota! -ela vira em direção ao sofá e abre sua mochila rosa, pega o livro vermelho e deposita na mesa de centro da sala na qual notei apenas agora – Aqui, só... só não pire ok?

-Desde de quando tem essa mesa aqui? -pergunto.

-Desde a época em que vocês moravam aqui. -diz Mike. – Na verdade ela já está na época de aposentar. Tá velha e tem até um corte no meio. E foi você que fez.

Meu Deus, eu era um vândalo? Tem uma cicatriz enorme e bem no centro da mesa.

-E porque eu fiz isso?

-Aranha.

-Tá explicado.

Eu odeio aranhas. Posso ser fã do cabeça de teia, mas odeio esses seres de 4 olhos e 300 pernas. Sei lá, só acho elas esquisitas.

-Mas Annie, porque você está com esse livro?

-Porque ela é a Catarina, Ash. – Ela responde.

-Como assim? – eu estou começando a achar que ela está quase no meu nível de loucura.

-Espere um momento Dani, eu só tenho que achar a página... achei. -ela levanta e pega uma distância do livro como se ele fosse ataca-la.

Eu olho para as páginas que a Kat colocou e noto que estão em branco, o que é quase igual ao resto do livro. Mas não é totalmente branco, exceto por 3 palavras existentes nas duas folhas. Na folha da esquerda, na parte superior está escrito “Locutor”, na parte inferior direita, está escrito “Mandar”, já na folha da direita, possui apenas “Remetente” na parte superior central.

-E isso é o que, um tipo de zap zap?

-Eu também pensei em algo assim Dani, mas depois achei que era um tipo de espaço para colocar lembretes.

-E o que isso tem a ver com a garota? A Catarina?

-Catarina não é uma garota! Nem uma pessoa. Catarina é isso. -ela aponta para o livro.

-Como assim?

-Veja. -ela pega uma caneta preta e vai até o livro, se agacha e escreve “Voltei, está aí? ” na parte esquerda e depois aperta “Mandar”

-Porque você escreveu isso...

Logo minha pergunta é respondida, e pela surpresa de todos, a de Annie Karter também. A merda do livro responde com um “Não tenho pra onde ir, mas parece que você sim, demorou hein?! ”

-Viu? Descobri isso ontem. Você escreve algo no lado esquerdo, aperta mandar e logo depois, no lado direito você tem uma resposta pra sua pergunta. -ela fala com um pouco de estranheza na voz. – Isso não é nada normal.

-Na verdade é sim. Nós moramos ao lado de uma árvore falante. O nome dela é Washington. – Ash aponta para ela e para Mike e fala como se fosse algo corriqueiro. Vai que é né? Ainda mais por ser uma árvore com nome de pedreiro.

-Mas isso é o livro da minha mãe! E tem até a letra dela! -ela fala alterando um pouco a voz.

Depois disso, eu olho para o livro com I.A e noto que as respostas dela estão desaparecendo lentamente. E realmente é a letra da mamãe. Delicada e puxada, o S tem um círculo no final.

-Calma mana, se eu já quase me acostumei com isso, porque você não?

-Porque eu não sou você, Daniel!

-Nossa, essa doeu. Espera, por acaso você descobriu isso ontem de noite?

-Sim, porque?

-Nada não. -deve ter sido na hora que ela gritou enquanto eu estava saindo com a Lara.

-Bem, eu fiz umas perguntas à ela sobre magia. Ela parece saber muito.

-Espera um pouco, essa é um livro que responde quando se escreve, depois desaparece o que foi escrito e ainda por cima sabe sobre magia? – eu me ajoelho em frente ao livro e digo – Lorde Voldemort, aqui está um humilde servo pedindo para servi-lo, senhor. Por favor, me deixe ajuda-lo a acabar com o testa rachada.

-Idiota. - Kat me soca. -Porque fez isso? Levante!

-Ai! Porque me bateu? -eu me levanto enquanto acaricio a cabeça -Quem faz isso é a Lara.

-Você mereceu!

-Ela não vai dizer nada? -Pergunta Mike -Ela só fala com você?

-Eu acho que não. Na verdade, ela só deve responder quando se perguntar por escrito.

-Deve ser porque ela não tem orelhas. -fala Ash com simplicidade.

Cara, eu não tinha pensado nisso. Faz sentido, mesmo sendo algo tão simples e idiota. E parece que não fui só eu que não tinha notado, pois, Annie e Michael fazem uma cara de surpresa.

-Mas isso não é problema. Celulares não tem orelhas, mas mesmo assim te escutam. -eu pego a caneta da mão de Kat e ando em direção ao livro. – Se fizermos umas mudancinhas...

-Dani, eu acho melhor não fazer isso... -Annie continuou em seu lugar, como se estivesse com medo de chegar mais perto.

-Calma irmã. Não tá vendo quem vai fazer a mudança? Seu incrível irmão!

-É disso que tenho medo. -não houve nenhuma ironia ou sarcasmo em sua voz, então levei isso como um elogio.

-E tá pronto. -eu digo depois de uns minutos.

-O que foi que você fez? -pergunta Ash com ansiedade.

-Fiz um microfone do lado esquerdo, e caixas de som do lado direito. Uma coisa para sermos ouvidos, e outra para ouvirmos.

-Sério? Pois esse seu desenho tá uma merda! Eu sabia que você era ruim, mas não tanto! Isso mais me parece um sorvete e teia de aranha.

-Caraca, Mike, você conseguiu me deixar pra baixo. Tô realmente feliz com isso. Agora, se me dão licença, vou chorar sozinho no meu quarto. -e virei em direção à escada, até que quando eu subo no primeiro degrau e sou puxado pelo colarinho da camisa.

-Deixa de besteira Daniel, só tô brincando. E você sabe muito bem que é verdade... -Mike faz uma careta, solta meu colarinho e começa a subir a escada. -Fogo...

-Como assim? – Vejo que ele começa a mexer a cabeça e o nariz, como se estivesse farejando algo.

-Tem algo pegando fogo... -e começa a subir as escadas correndo. Nós três seguimos ele.

-Espera aí Mike, como assim? – Escuto Annie dizer assim que chega por último ao quarto de Lara. – O que é isso? O que está acontecendo com ela?

Vejo preocupação no rosto dela e posso afirmar que havia na minha também. Ficamos nós quatro olhando para a Lara dormindo em sua cama em chamas. Não estou zoando, tinha uma chama fraca e laranja em cima de Lara e sua cama, mas ela não parecia estar sentindo, pelo contrário, parecia estar adorando a sensação enquanto dormia.

-Gente, ajude ela, LARA, ACORDA LARA! -Kat grita do corredor.

-Hã? Annie?... -ela acorda e começa a esfregar os olhos, aparentemente sem notar o fogo vivo que a cobria. Até que senta na cama e olha para os braços e grita – MEU DEUS! SOCORRO, ME AJUDEM!

-Fiquem aqui, eu vou pegar água! -Kat diz e sai correndo escada abaixo.

Eu vou correndo até Lara e a tiro da cama, que furiosamente fica com fogo vermelho. Quando eu a deito no chão ao meu lado, a cama volta a ficar com fogo laranja, e então noto que minha irmã está pegando fogo, noto que ela é a causa do mini incêndio.

-Ash, controle água, não é isso que você faz? -falo rapidamente em direção a ela., que parecia estar com problemas de sair do lugar.

-Verdade, só ... só cubram os olhos. – No mesmo lugar onde está, ela abre os braços em nossa direção. Seu braços, punhos e dedos começam a se dissolver, começam a ficar azul até que ficam transparente, parecia... parecia água! -Lá vai!

Começa a jorrar água dos braços dela em nossa direção como se fossem uma mangueira. Passados uns segundos, já com o fogo controlado, chega Annie com um balde d’agua em mãos.

-Saiam da frente! -Ash e Mike, que antes estavam no mesmo lugar como se tivessem Super Bond nos pés, saem do lugar antes ocupado pelos mesmos como se fossem robôs. -Já acabou? O que aconteceu?

-Aquela ali controla e cria água. -apontei para Ash, e depois me virei para uma Lara assustada que estava abraçada a mim no chão. -Está bem?

-Si-sim. O que aconteceu? Eu estava pegando fogo! E ela fez água sair das mãos! E você me segurou enquanto eu... -os olhos dela se arregalam. -Como você está? E suas mãos? E você?

-Estão bem! -Eu nem tinha pensado em mim na hora da adrenalina, mas notando agora, parece que está doendo pra cacete. Queimaduras são muito ruins. -Não tem nada da qual uma pomada da Avon não arrume.

-Deixa eu ver. -ela pega minhas mãos e depois olha pra mim. -Suas roupas estão todas chamuscadas, mas não vejo ferimentos feios e suas mãos estão perfeitas.

-Como? -não acreditando, eu olho para minhas mãos e noto que estão apenas com marcas. Olho para o meu peito (onde antes tinha uma camisa de 10 reais da feira) e vejo uma queimadura se arrumando e uma parte sem pele se regenerando.

Sem acreditar que isso é possível, olho para os outros que estão em pé na porta e noto que também estão surpresos com meu ato heroico e digno de Wolverine Imortal. Mas também noto que acabamos de presenciar 4 poderes. Olho para minhas mãos, para Lara, para Ash, Mike e depois para Kat e fico com um pressentimento de que vou me divertir muito com essas pessoas e seus poderes.