História Our Particular World - Chloe.

Entramos na camionete da Chloe (que aliás é meio louquinha) e assim que ela fechou sua porta já pôs uma música pra ouvirmos, eu não conhecia nenhuma das que tocava mas eram realmente muito boas.

-Então…- começou ela -  Max, você deve estar me achando meio louca por ter convidado uma estranha pra minha casa.

-Na verdade, sim. Mas ta tudo okay.

-Kkjj...   Que músicas você curte? Desculpa, não sei como puxar assunto.

-Kj não tenho certeza, acho que meio hippie, e você?

-Rock, ta em algum curso?

-Sim, fotografia.

-Ah, é pelo aquele tal de Jefferson, né? – Ela revira os olhos.

-É sim, ele é um ótimo profissional.

-E também muito lindo.

-Ta pode ser, mas ele é professor então... né.

-Mas isso não nos impede de olhar-diz rindo.

Continuamos a conversar sobre diversas coisas, ela é muito legal, acho que já viramos amigas. Depois que paramos com o carro na frente da sua casa ficamos lá dentro conversando um tempão, Chloe me contou todos os seus podres, e eu os meus.

-Ta, vamos entrar se não vai ficar muito tarde, e eu quero ter meu tempo pra esquecer A Freira.

Entramos na casa e subimos pro seu quarto, era meio escuro, com a bandeira nacional usada como cortina da maior das duas janelas que tinha no quarto cheio de luzinhas, era meio bagunçado mas tem seu estilo. Ela pegou o notebook e botou o filme pra carregar, enquanto isso fomos na cozinho fazer um brigadeiro. Na casa de Chloe tinha um monte de doce que eu não conhecia “privilegio de ter uma mãe dona de um restaurante” disse ela quando comentei.

Depois de um tempo jogando conversa fora fomos pro quarto dela olhar o bendito filme.

Ela ficou agarrada em mim por quase todo o filme, eu levei os sustos e fiquei com medo em umas partes, mesmo já tendo olhado o filme, que é muito bom. No fim ela me olhou e disse:

-Ei, você se importaria de dormir aqui?

-Ã.… pode ser, mas a gente mal se conhece...

-Olha, o tanto de coisa que a gente conversou hoje pra mim já basta, eu sei que correria o risco de eu ser uma psicopata, mas eu não sou, e eu sei que se eu fosse eu não diria “ei eu sou uma psicopata, tudo bom? ” mas c entendeu, e eu to com um pouquinho de medo, só um pouquinho.

-Sim...  ta, pode ser, mas onde eu vou dormir?

-Comigo ué.

Fiquei meio assim, mas aceitei igual, ela parecia sincera quando disse que não era psicopata... ok... mandei uma mensagem pra Kate dizendo que ia dormir fora e pra que ela ficasse de boas.

Eu e Chloe fomos no banheiro escovar os dentes. Eu to com a boca cheia de espuma quando nós nos olhamos e caímos na gaitada, pq? Não faço a mínima ideia, só rimos muito até meu pâncreas doer.

-Cara, pq caralhos a gente tem pâncreas??- pergunta ela.

-Pior que não sei, deve ser pra não podermos rir até a morte.

-Faz sentido, morrer de rir, literalmente, deve ser uma morte legal.

-Deve – eu digo rindo.

Nos deitamos no cama dela (que é muito confortável) e quase imediatamente no sono

Acordei de manhã meio zonza.... Cara... onde eu estou? Quem sou? e o que faço aqui?? Conforme o tempo vai passando começo a me lembrar de ontem e percebo alguém de conchinha comigo, olho pro lado e vejo um emaranhado de cabelos azuis, rio, que situação engraçada... conheci uma menina ontem (tirando aquele dia do ônibus) e hoje estou dormindo com ela (sem malicia) hm.... fico olhando ela dormir e acabo pegando no sono de novo.

Depois de um tempo acordo no mesmo tempo que a Chloe.

-Bom dia- Diz ela sonolenta, ainda abraçada comigo.

Ficamos conversando e do nada ela fica de pé na cama, me dando um belo de um susto.

-AAHHH meu, chega dessa fadiga do cacete. Vamo Max!!!! Põe uma música pra gente se animaaar- diz ela já dançando, mesmo sem música alguma. Rido vou até o rádio que ela apontou quando perguntei. Dei play no aparelho aumentando o som (pedido de Chloe).

Ela dança loucamente em cima da cama e me puxa pra ela, eu como sempre desengonçada dancei com ela, dancei não, me mexi.

-Caramba Max, você consegue fazer melhor que isso- Ela desce da cama e pega um cigarro em sua escrivaninha, quer dizer, não era cigarro, era maconha mesmo.

-Vamos, experimenta, você precisa de histórias empolgantes nessa sua vida. – diz ela.

Quer saber? Pq não? Traguei aquele pedacinho de papel com erva dentro, só pra experimentar, era bem bom até.

-ISSOO!!!!!!!!! – Grita ela.

Passo aquele trocinho pra ela e ficamos assim por quase duas horas, nós já estávamos bem doidonas quando a Clhoe teve a brilhante ideia de brincar de verdade ou desafio.

-Mas só tem nó duas- digo rindo.

-Ah droga é verdade... mas igual vamo brincar de desafios?

Ela me manda fazer um monte de coisa difícil, e eu tonta e sem criatividade só dou fáceis.

-Ei Max, duvido você me dar um selinho- diz Chloe sorrindo maliciosamente.

Será que ela ta falando sério? Chloe percebe que fiquei meio assim, e acho que já começou a duvidar que eu cumpriria o desafio mas pensei como antes, “Pq não?” me aproximei e dei o tal selinho nela.

-Uuuuuu, pensei que você não daria – diz rindo surpresa.

Dou de ombros rindo com ela.

-As aparências enganam Srt. Price.