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História Our sin. - Don't Worry.


Escrita por: Ryzz_77

Notas do Autor


Eae Klerinha ~
Olha só quem apareceu depois de trinta anos?? Euzinha kk foi mal.
Confesso que estava para desistir dessa fic mas...uma pessoinha comentou no último capítulo (nada muito longo nem muito sentimental mas...) Eu fiquei muito soft e tive que trazer mais caps kkkk é isso ~~
Os comentários me animam pra caramba, cara, vocês não tem nem noção. Contudo, eles estão sumindo... Mas né, bola pra frente, é nois.

Boa leitura :)))

Capítulo 2 - Don't Worry.


Fanfic / Fanfiction Our sin. - Don't Worry.

Don't Worry

Encaro Taehyung pasma.

Jiyoong permanecia no chão e, para a minha surpresa, um sorriso sarcástico pendia dos seus lábios. Antes que eu tivesse a chance de avaliar a situação, Tae avança para o ruivo, estava pronto para arrebentar o rosto do outro, então, apavorada com a ideia de Taehyung acabar na cadeia por culpa de uma briguinha de rua, levanto do banco e me ponho a sua frente. Contudo, o moreno não parou de caminhar, fazendo com que eu batesse o corpo em seu peitoral e cambaleasse um pouco para trás. Recupero o equilíbrio rapidamente e estendo as mãos para segurar o seu corpo, tentando o fazer parar de caminhar em direção ao Jiyoong.

Seu olhar ia diretamente para o ruivo ainda no chão. Aperto os lábios em uma linha fina, assustada. Nunca havia visto sequer uma sombra da raiva que transparecia no rosto de Taehyung, ele nunca havia nem mesmo brincado com a ideia de matar alguém. O que diabos estava acontecendo com ele?

– Taehyung, pare! Pare agora! Olhe para mim. – Peço puxando seu rosto para baixo, para que encarasse o meu. Precisava tirar o ruivo da sua mira e duvidava muito que ele encostasse um dedo em mim com a intenção de me machucar.

Os olhos castanhos do moreno me enxergaram e ele parou, seu rosto suavizou levemente e ele deu um passo para trás. Soltei o ar, aliviada. Pelo menos ele não iria para a cadeia...hoje.

– Byul Samantha. – Jiyoong pronunciou meu nome devagar, como se o provasse nos lábios. Seu sorriso não era mais amigável, agora, tinha um grande pesar de sarcasmo. – Ela cresceu bastante, não acha?

Não viro para encarar o outro, fico olhando Taehyung, tentando firmemente o empurrar em direção ao carro atrás dele. Estava com sérias dificuldares. A porta do motorista estava aberta, como se ele houvesse saltado do veículo, cego a qualquer outra coisa, para correr em nossa direção.

– Lembra de quando ela chorava quando se machucava, Taehyung? – Jiyoong pergunta, sua voz ficando lenta como se aguardasse a imaginação de Tae formar a imagem. – Lembra como chamava seu nome em meio as lágrimas? Será que ela ainda faria isso?

Os olhos de Taehyung adquiriram o ódio novamente e ele tentou avançar para o ruivo, seguro em seu peitoral e o empurro com força, o fazendo dar passos cegos para trás, em busca de equilíbrio.

– Vamos para casa, Tae, agora! – Quase grito a sua frente, ele me olha e seus lábios se apertam em uma linha fina, nervoso, ele estava tentando se acalmar. – Eu quero ir para casa.

Não desvio o olhar do seu, esperando que ele esqueça a raiva e tome o seu controle novamente.

– Ela sabe sobre os seus amigos? – O ruivo soou a última palavra como um xingamento.

– Cale a boca, Jiyoong! –Taehyung quase grita por cima da voz do ruivo, ele segura meu pulso e me puxa para trás de si. – Eu sei onde você está agora e eu vou manter os olhos em você, desgraçado. É bom você não pisar fora da linha, vadia de BlackMelt, pois acredite em mim, não deixarei outra chance daquelas passar novamente.

Tae deu as costas a ele e me puxou a passos rápidos, quase corri para acompanhar o ritmo de suas pernas longas. Entro no carro o mais depressa que pude e ele dá a partida, fechamos as portas, o moreno acelera cantando pneu.

Enquanto íamos pegando a estrada principal, eu o olhei. O garoto estava usando um casaco preto com detalhes prateados, a calça preta e uma blusa com um aspecto metálico. Tinha uma maquiagem leve no rosto, os cabelos desarrumados e um corte na maçã, próximo demais de seu olho que...sangrava.

– Onde se machucou? – Pergunto tirando a mochila das costas, abro o zíper e puxo um pacote de lenços quase no final, tiro um papelzinho e me estico para limpar o sangue. Ele desvia o rosto do meu toque e o movimento me foi como um soco no estômago. – Onde se machucou? – Pergunto mais alto, com mais autoridade, procurando não soar afetada pelo seu ato.

Ele para o carro de repente, meu corpo vai para frente e quase bato a cabeça no painel do carro. Bato a mão no painel para manter o equilíbrio, o olho incrédula.

– Você falou onde morava para ele? – Sua voz soa baixa e eu resolvo entrar no jogo, não respondo. Começo a guardar o pacote de lenços na mochila, mas ele bate a mão aberta em minha apostila e um barulho alto ecoa pelo carro. Percebo que os nós de seus dedos estavam vermelhos, machucados. – VOCÊ FALOU ONDE MORAVA PARA ELE, SAMANTHA? – Seu grito me atordoa, ele nunca havia gritado comigo.

Eu o encaro, ele respirava ofegante. Seu maxilar trincado, o músculo da bochecha se movendo vez ou outra, mostrando sua raiva. Eu não tinha medo dele, não fazia sentido temer, pois mesmo com toda a sua mudança de personalidade, sei que ele nunca levantaria um dedo para me machucar. Aperto o lenço em minha mão, o ódio me subindo ao rosto, deixando tudo vermelho por onde passava. Eu ainda tinha a coragem de me preocupar com cada machucado dele, mesmo que chegasse tarde em casa, mesmo que bebesse como um alcoólatra, mesmo que houvesse passado por essa mudança radical. Eu sou uma estúpida.

– Que te importa? Não quer que ele venha para me contar a verdade sobre você? É isso? Está com medo de ser desmascarado, Taehyung? – Quase grito para ele.

– O meu maior medo é que aquele bastardo entre em minha casa e mate a única família que me sobrou! – Ele fala no mesmo tom que eu, mas seus olhos mostravam o quanto ele sentia pavor de perder a pessoa que o acolheu quando ninguém mais fez, bem, a única que sobrara.

Aquele garoto ruivo era tão perigoso assim? Nós convivemos com ele por toda a nossa infância! Lembro da mudança radical de humor de Jiyoong e decido não duvidar de Tae, ele parecia alterado demais para isso ser apenas uma suspeita sem base.

– Não contei nada para ele. – falo em um tom baixo, sento melhor no banco e ponho o cinto de segurança, fito a janela querendo correr para bem longe de Taehyung, não queria mais discutir, não queria mais ver o quanto o meu Taehyung estava diferente, talvez nem existisse mais. Estava magoada.

Ouvi ele suspirar profundamente e se mover no assento, ele parecia cansado. Estávamos parados em um acostamento, carros passavam vez ou outra pelo viaduto, ignorando a nossa existência. O sol começava a descer e a escuridão da noite dava seus primeiros sinais. Ficamos em silêncio por alguns minutos.

– Machuquei em uma briga. – Sua voz soou baixo e rouca. – Um homem bêbado que fez.

Ele contou e eu liguei os pontos, viro o rosto para o olhar e encontro a sua atenção em mim, me analisando de cima a baixo, procurando algo e, aparentemente, não encontrando. Ele estende a mão e pega o lenço que eu tinha na minha, passando em seu rosto, sentia que ele queria se desculpar da sua maneira tão individual de fazê-lo.

Taehyung sabia quando estava errado, mas sempre foi orgulhoso demais para pedir desculpas diretamente. Um defeito que sempre me irritou muito quando era menor, agora, já havia me acostumando com o fato e... até compreendido. Aquilo fazia parte dele, uma parte que eu também havia aprendido a amar. Para descobrir que ele se sentia culpado, era só prestar atenção nas entrelinhas, então, começaria a ver as suas formas de pedir desculpas.

– Uma briga? Onde você estava? – Pergunto, ele encara meus olhos e para de limpar o corte, sua expressão era cuidadosa, como se eu fosse uma bomba prestes a explodir. Bem, talvez eu fosse.

– Em uma boate.

– Em uma boate!? – Quase grito, minha voz subindo algumas oitavas, como fazia quando estava surpresa e indignada ao mesmo tempo.– Taehyung! – Ele havia acabado de cortar o fio errado. Boom.

– Eu sei...eu esqueci, me desculpe, não vai acontecer novamente.

– Esse é o problema, Taehyung, com você, sempre acontece novamente! – Sentia a raiva a subir pelo pescoço novamente.

O celular do moreno toca e ele o pega, olha o visor e atende a ligação. O encaro pasma, e as minhas ligações? Ele havia simplesmente ignorado. Inacreditável.

– Só pode estar brincando comigo. – Murmuro, mais para mim mesma do que para o garoto que estava ocupado demais no telefone para ouvir.

Apuro os ouvidos, tentando ouvir a conversa, enquanto olhava em volta, procurando alguma pista de onde o garoto havia ido. Um cartão de boate, talvez alguma garrafa de bebida, cigarros, qualquer coisa.

– Não vou voltar, Jiyoong sabe algo importante agora. – Ele murmura, meus olhos passeavam pelo carro. Levo as mãos ao porta luvas. – Vou encontrá-los amanhã, vou precisar do Jeon.

Fico feliz de ouvir um sobrenome pelo menos, o gravo na mente.

Tentava ouvir mais da conversa quando o ar é expulso dos meus pulmões pela imagem de uma arma, um revólver preto com detalhes prateados, bem ali, no porta luvas de Tae. Aparentemente, eu havia feito um barulho muito alto, pois o moreno bate a porta do compartimento me deixando apenas com a lembrança do revólver em minha mente.

– Preciso desligar agora. – Só isso que ele diz antes de encerrar a ligação. – O que diabos pensa que está fazendo?

– O que eu estou fazendo!? – Mais uma vez minha voz sobe algumas oitavas – O que uma arma está fazendo no seu porta luvas!?

Ele me olha e os seus lábios se apertam em uma linha fina, uma mania que compartilhamos, percebi na hora errada. Quando ele voltou a acelerar entendi que não obteria respostas para aquilo.

Porém, Kim Taehyung não me deixaria mais sem respostas. Ele havia explodido a bomba, agora teria de lidar com os destroços.

√√••√√

"Encontrei uma arma no carro de Taehyung"

Digitava de dentro do meu quarto, a porta fechada, as luzes apagadas, para fingir que estava dormindo. Estava vestindo o meu pijama, calça comprida e uma blusa de Tae, que já era larga nele, fica ainda maior em mim.

A noite já reinava lá fora, não havíamos falado muita coisa após chegarmos em casa, nem mesmo jantei. Tinha receio de que meu estômago não aguentasse digerir nada com tanto nervosismo e preocupação que eu sentia. Tentei fazer perguntas para Taehyung, mas ele simplesmente me encarava, apertava os lábios em uma linha fina e não me respondia. Ele parecia se sentir culpado por não poder falar, como se estivesse me traindo, e estava. Se sentia esse tipo de incômodo, por que diabos não me respondia logo? 

Antes de construir todo aquele álibi, eu havia pesquisado o sobrenome "Jeon", mas como pensei, haviam milhares de "Jeon"s no mundo. Tentei combinar com algumas palavras chaves como "boates", "arma", "gangue" e até "drogas". Pesquisar isso começou a me deixar mais preocupada e, com nenhum resultado, desisti.  Claro que eu não encontraria nada, Taehyung não me deixaria presenciar uma conversa onde eu pudesse ouvir qualquer informação que o denunciasse. Idiota meticuloso.

Kalulu ~"

Uma arma?! Tem certeza?"

"Toda"

"Acho que ele está andando com alguns amigos não muito bons. Se meteu em uma briga em uma balada, tinha um corte no rosto."

Callili ~

"Será que ele está metido com tráfico de drogas?"

"Tenho minhas dúvidas."

"Também tenho um plano. Vou executá-lo amanhã, conto para vocês como foi depois."

Desligo o celular, sabia que eles iriam me perguntar o que iria fazer, mas não podia contar. Tae estava metido com algo perigoso e eu não seria capaz de incluir mais pessoas que eu amo nessa história. Levanto da cama, pretendia o espionar um pouco enquanto ele estava na cozinha, mas, por debaixo da porta, vejo uma sombra se mover. Deito na cama e cubro o corpo, fingindo dormir.

A porta se abre levemente, ouço passos e ela se fecha. Sinto o cheiro forte de sabonete, ele devia ter acabado de sair do banho, a cama afunda na altura de minha barriga. Mantenho uma respiração tranquila.

– Ninguém vai descobrir, não se preocupe– Ele murmura, sinto seus dedos tocarem minha cabeça, e um selar ser depositado em minha testa. Poderia ter esperado, para que ele falasse algo mais, deixasse escapar alguma pista do que estava acontecendo, mas, por um momento, tive medo de que aquilo fosse um beijo de adeus, talvez seja por isso que abri os olhos devagar e segurei em sua mão, não queria que ele fosse embora.

Ali estava ele, com uma blusa escura de gola frouxa pendendo levemente do seu tronco, mostrando sua clavícula bem destacada no corpo magro. Seus fios desarrumados  e seu pijama o fazia parecer uma criança, como aquela que eu sentia tanta falta. O meu Taehyung.

Pensei que ele se surpreenderia ou ficaria com raiva, mas ele sorri.

– Sabia que estava acordada. – Ele sussurra, como em resposta aos meus pensamentos.

– Como?

– Você ronca quando dorme. – Ele solta uma gargalhada e eu bato em seu braço, fraquinho, mas deixo uma risada escapar também.

Por esse motivo ele não deixaria nada de muito importante escapar, sabia que eu estava ouvindo.

Idiota.

– Bem, agora, vá dormir. Amanhã você tem escola e eu não posso me atrasar para deixá-la lá. – Ele se levanta, mas eu não solto sua mão, seu olhar é compreensível sobre o meu rosto.

Não havia motivos para mais perguntas, tinha entendido que aquela não era a forma de tirar respostas dele. Eu iria descobrir o que estava acontecendo. Tudo em seu tempo.

– Não saia, fique aqui, por favor. – Tinha medo que aquele beijo fosse mesmo de adeus. Minha voz soou sincera, mas me reprimi mentalmente, odiava parecer uma criança indefesa. Mais um motivo para descobrir o que estava acontecendo.

Ele respira fundo e assente.

– Tudo bem. – Volta a se sentar no colchão e acaricia os meus fios.

Eu não queria dormir, não queria fechar os olhos, mas Tae começou a cantar, exatamente como ele fazia quando eu era apenas uma criancinha com medo do escuro, era assim que ele me ajudava a dormir naquela época, antes de tudo mudar. Contudo, agora sua voz é grave e calma. Minha força de vontade parecia inútil, lentamente fui fechando os olhos, mas pelo menos tive a certeza de que o meu Taehyung, aquele garotinho gentil e carinhoso, ainda estava ali e não havia se perdido para sempre.


Notas Finais


Foi isso galerinhakk
Gostaram??? Comentem! Favoritem!
Isso me anima bastante, como puderam perceberkkk
Twitter:Confira Me manda Wings (@Biscoitadlife): https://twitter.com/Biscoitadlife?s=09
Me cobrem lákk ~
Se tiverem alguma ideia, ou alguém quiser fazer uma capa...hehe.

Byezinhonho


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