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História Our Sin (EM PAUSA) - Prologue.


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Trago aqui mais uma história, dessa vez com o Zayn e Cystal - duas das pessoas que mais amo nesse mundo -, em um delicioso enredo que envolve motoqueiros. Vamos aos avisos:

➡ Obra de minha total autoria. Portanto, não tolero quaisquer tipos de cópias ou inspirações.
➡ Zayn Malik como Zayn Malik.
➡ Crystal Reed como Faith Lancaster.
➡ Os demais personagens que aparecerem são originais, ou terão suas aparências relatadas nas notas finais.
➡ Zayn é membro de um clube de motoqueiros, portanto, existirá um palavreado de baixo calão e machismo em certas situações e modos de pensar. Não faço apologia a nada disso, mas é a temática da história em si, espero que compreendam e não me julguem por isso.
➡ Locais, nomes e algumas outras coisas citadas aqui, são todas criadas por mim.
➡ Comentários são um grande incentivo para que eu continue mais depressa por saber que gostam da estória.
➡ Sempre antes de postar reviso os capítulos, então se tiver erros, avisem-me que irei corrigi-los.

Acho que é só isso. Deliciem-se, sem moderação, com esse universo dos motoqueiros. Espero, de coração, que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 1 - Prologue.


Fanfic / Fanfiction Our Sin (EM PAUSA) - Prologue.

 Liberdade.

Queria poder gritar aos quatro cantos o quão incrível era a sensação de estar livre das amarras que vivi por dezenove anos. Deixar Ames não foi tão fácil quanto pensei, no entanto, partir em busca dos meus sonhos foi, de longe, a melhor decisão que tive em toda a minha vida. Sim, minha vida. Finalmente era minha, e não do meu pai ou de sua igreja.

O homem que me criou, me educou, ensinando-me o que é certo e errado, eu o amava, sim. Sempre o tive como maior inspiração e jamais ousei contrariá-lo sobre suas regras, fosse com algo simples como afazeres domésticos ou com o que poderia me levar ao paraíso ou me condenaria ao inferno. Ele era o Reverendo da nossa cidade, ocupando este cargo desde que nasci. Com isso, tive toda a minha adolescência voltada a idas semanais na igreja e também cantava no coral e alguns eventos organizados por ele e sua comunidade.

Minha mãe, por outro lado, era diferente. A forma com que via o mundo não era tão restrita como meu pai, embora nunca ousasse discordar de suas falas ou contestar suas certezas sobre o mundo dos pecadores. Ela queria sempre tentou me mostrar que a vida era muito mais que apenas estudar, ir para casa e igreja, por isso, em segredo, sempre me comprava livros de romances históricos e alguns falando sobre as maiores belezas do mundo.

Entretanto, mesmo que a ansiedade para sair de casa me corroesse dia após dia, nunca me manifestei até chegar o momento certo. Uma vez que nossa casa era sempre tão tranquila e agradável, vivíamos em paz, na medida do possível, pois carregávamos conosco uma dor sem tamanho. Meu irmão mais velho, Owen, se envolveu com pessoas e assuntos errados, levando nossa família ao eterno luto.

Na época em que tudo começou, eu tinha apenas quatorze anos, estando a duas semanas do meu aniversário. Não conseguia entender as razões do meu irmão gritar com o nosso pai e lhe falar palavras tão pesadas, as mesmas que jamais se passou pela minha cabeça. As brigas aconteciam sempre que Owen chegava em casa cheirando a bebida e cigarro, e em muitas destas meu pai era chamado até a delegacia da cidade, e as razões eram sempre as mesmas, quebra de leis de transito, públicas ou brigas em bares. Uma vez ele foi preso por dirigir embriagado e outra por agredir um garoto em uma festa clandestina, algo como um racha, ou coisa do tipo. Minha mãe sempre chorava e pedia perdão ao Senhor por seu filho ser assim.

Apesar de tudo, eu defendia o meu único irmão. Ele era bom para mim, me protegia e sempre me dava doces escondido de nosso pai que dizia que devíamos ter uma alimentação sempre saudável e sem quaisquer desvios a cometer algum dos sete pecados capitais. Owen não concordava com nada disso, e por isso comprava doces e os colocava todas as noites debaixo do meu travesseiro para que eu pudesse comer antes de dormir ou levar para o colégio e comer no intervalo. Esse era o nosso segredo.

Contudo, em uma noite, tudo mudou. Ele queria sair de casa, mas o nosso pai havia tirado tudo o que lhe pertencia, cortou seus cartões e pediu para que o delegado aprendesse o seu carro, ao menos até que voltasse a ser como o jovem que era antes de começar a sair com algumas pessoas da cidade. Houveram gritos e mais brigas naquela noite, mas em algum momento, acabou e a casa ficou silenciosa, até ele bater em minha porta, pedindo minha ajuda.

Podia ter lhe dito não ou contado para nossos pais. Porém, me sentia em divida com meu irmão que cuidava tão bem de mim. Seus olhos escuros brilhavam como quando era mais novo e me levava para casa nas costas, sem se importar com o peso ou com todos olhando, apenas não queria que machucasse meus pés com os sapatos que apertavam meus dedos e nosso pai me obrigava a usar, ainda que eu gostasse de sapatos abertos. Sendo assim, pela primeira vez menti para os mais velhos da casa. Pedi para que Owen me levasse ao shopping para encontrar Kristen, minha melhor amiga, mas era mentira. Ela nem estava na cidade. Meu irmão me deixou no cinema, me deu alguns trocados para comer e assistir a pelo menos duas sessões, e partiu com o carro do nosso pai.

Quando o vi parar o carro em frente ao cinema, se inclinar e dar um beijo em meu rosto e outro em minha testa, não imaginava que seria a última vez.

A notícia do acidente chegou para mim, assim que minha mãe ligou, gritando em desespero, me forçando a dizer que ele estava comigo e que o que estavam dizendo pela cidade era mentira.

Mas não era.

Culpo-me a cada dia em que acordo e em cada noite em que me deito. Meus pais, por mais que nunca toquem no assunto, e jamais tenham dito em palavras, sei que também me culpam por aquela mentira. Minha relação com meu pai não era a mesma desde que o acidente aconteceu e Owen faleceu. Quando lhe entreguei a carta de admissão na universidade, enfrentei a sua fúria e precisei ser forte para não me submeter a sua decisão de que eu não devia ir para tão longe. Contudo, havia prometido ao meu irmão que não iria desistir dos meus sonhos.

Tudo seria diferente agora.

Enfim, estava em Londres. A cidade pela qual me apaixonei através de livros, novelas e filmes.

No entanto, não estava mais me imaginando dentro de um livro de romance, era a realidade, e ela não parecia ser tão bonita quanto nos parágrafos que suspirava lendo. Ao colocar os pés na porta do aeroporto, tive minha bolsa com produtos de higiene e meu suéter preferido roubada por um homem que não me deu tempo nem de gritar para que parasse. Estava apenas distraída, tentando pedir informações de como conseguiria um ônibus que me levasse até o campus. Ainda não estava acostumada com o sotaque e falas um tanto quanto requintadas dos londrinos.

Precisei gastar todas as minhas economias em uma corrida de táxi, e o homem não parecia me entender muito bem, então me limitei em lhe mostrar apenas o papel com o endereço da universidade. Enquanto assistia a paisagem correr diante meus olhos, não pude evitar sorrisos e suspiros impressionados com tudo a minha volta. Era ainda mais bonito ali, pessoalmente. Todas as estruturas, os carros, a agitação da cidade grande. Era incrível.

Não percebi o tempo passar quando o carro parou em frente ao campus que, assim como nas fotos, era enorme e com muito verde por todo o gramado. Com uma única mala e mochila restantes após o roubo, caminhei um pouco acanhada. Me sentia intimidada por ter vários olhares em mim. Não estava acostumada a chamar tanta atenção, e acreditava que eu me parecia mesmo com uma turista.

Precisei pedir informações para algumas pessoas pelo caminho até conseguir encontrar o dormitório. Mas apenas uma pessoa me ajudou ou me compreendeu, uma senhora que trabalhava cuidando de algumas flores do canteiro na entrada apontou para onde ficava e voltou a cuidar de seus afazeres.

Subi alguns degraus e encontrei a porta do meu quarto. Quando o destranquei, tive uma grande surpresa, pois não se parecia em nada com o que havia deixado a quilômetros de distância para trás. A decoração, embora simples, parecia agradável, contendo duas camas de solteiro, uma de cada lado do quarto, um roupeiro de quatro portas e seis gavetas. Era o suficiente para mim. Poderia colocar algumas fotografias na parede e alguns papeis com anotações de estudos também. Escolhi minha cama e sorri ao imaginar que poderia ter uma boa amiga com minha colega de quarto. Estava ansiosa para conhecê-la.

Após me acomodar da maneira que foi possível, fechei a porta do quarto e tranquei, imaginando que a pessoa que iria chegar também teria a chave. Olhando para o papel em minha mão, segui o endereço que minha mãe havia escrito para mim, e precisei usar meu dinheiro reserva para pegar outro táxi, com destino a uma lanchonete que ficava em algum lugar não tão distante do centro da cidade e nem da universidade. Estava animada para começar a trabalhar, isso me ajudaria a conhecer novas pessoas e me adaptar a cidade também.

Ao sair do táxi, cerca de vinte minutos mais tarde, olhei para frente e avistei de imediato a lanchonete, exatamente como minha mãe tinha a descrito. Suspirando e pisando na calçada com o pé direito, torcendo para ter sorte, quando minha mão tocou a porta, a mesma foi aberta no mesmo instante. Um par de ombros largos cobertos por uma jaqueta de couro preta, camisa branca e pernas vestidas por um par de jeans escuros e rasgados, nos pés parecia calçar algo como botas com couro desgastado. Nem mesmo percebi que estava analisando-o tanto em tão pouco tempo, mas corri meus olhos por seu corpo até encontrar seu rosto. Suas sobrancelhas escuras, assim como o seu cabelo curto e barba cheia se destacavam tanto quanto os brincos em suas orelhas, mas não da mesma forma que seus olhos castanhos pareciam brilhar mais que raios solares em dias de verão.

Não sabia quanto tempo havia se passado, nem se estávamos ali, parados, um encarando o outro a segundos, minutos ou horas. Era como se não houvesse mais ninguém além de nós dois.

Jamais havia visto alguém como ele em toda minha vida.  

Daquele momento em diante, eu que conhecia apenas a pureza, não imaginava que estava prestes a conhecer o pecado.  a lidar com o meu próprio pecado


Notas Finais




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