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História Our Strange Duet - Epílogo


Escrita por: ElvishSong

Capítulo 23 - Epílogo


A orgulhosa mãe recebeu sua filha com um abraço apertado:

– Você estava tão linda, tão perfeita! Ah, meu orgulho! – Erik e René se juntaram ao abraço, tão orgulhosos quanto Celine da moça de dezenove anos.

– Obrigada, mãe, pai; René, você também estava incrível, na orquestra! – Ela retribuiu o abraço, sorridente, antes de se afastar e receber o abraço de Phillip e dos De Chagny. A apresentação da jovem soprano fora absolutamente perfeita, como sempre; o bastante para levar seus orgulhosos pais e irmão à beira das lágrimas!

Conduzindo sua filha pela mão, Celine a fez se sentar ao seu lado na mesa de jantar que Phillip – atual administrador do teatro – pedira que fosse arrumada em seu camarote. Este se sentou entre a jovem cantora, sua noiva, e Gustave, que tinha Victoire à sua frente; René se sentava ao lado dela, segurando discretamente a mão da namorada. Raoul e Christine ocupavam a outra ponta da mesa, oposta a Erik e Celine. O ambiente era de alegria e comemoração: René entrara no curso superior de advocacia – pretendia trabalhar com Phillip na administração do teatro – Victoire, na Escola de Arte – era a primeira mulher a fazê-lo – e Melody, sempre desafiadora e à frente de seu tempo, na Universidade de Medicina. De acordo com a moça, ser médica do teatro permitiria que unisse o útil – a ópera não tinha médicos, o que fazia qualquer simples queda ser caso de hospital – ao agradável – poder se dividir entre suas duas paixões: a arte e a ciência. Como tudo o mais em Melody, um harmônico paradoxo.

Em meio à conversa que se desenrolava, Celine indagou:

– Posso saber por que você chegou atrasada, vestida de homem? Quase não consigo prepará-la a tempo para entrar no palco!

– Eu estava com Phillip. – respondeu a moça, dando de ombros.

– No clube de esgrima, mãe – esclareceu René – Ela disse que ia competir, disfarçada de homem. Foi como convidada, ou melhor, convidado de Phillip.

– E como se saiu na competição? – O Fantasma, em vez de zangado, parecia empolgado.

– Bem... Conquistei o primeiro lugar no torneio regional. Venho competindo há três dias. – ela ficou vermelha – quando tirei a proteção do rosto e soltei os cabelos, viram que eu era mulher. Ficaram furiosos, a princípio, mas... Acabei recebendo uma permissão especial para frequentar o clube de esgrima!

– Melody! – repreendeu Raoul – Isso não é nem um pouco adequado!

– É tão pouco adequado quanto ser a única mulher no curso de medicina, padrinho – rebateu a moça, sorrindo – Não estou muito preocupada com o que a sociedade pensa.

– Isso é... – O Visconde parecia indignado, mas Erik o interrompeu:

– Espetacular! Campeã regional de esgrima, aos dezenove anos?! Queria ter estado lá para ver o rosto dos presentes! – O orgulho estava estampado na voz do Fantasma.

– Acho que a ensinei bem demais! Já não posso competir com minha noiva, sem perder feio! Por que não quis participar, René? – perguntou Phillip – Você também é um bom esgrimista.

– Ser um bom esgrimista não significa que tenha as tendências assassinas de minha irmã – respondeu o moço de cabelos negros – acabaríamos nos enfrentando, em algum momento, e eu prefiro ter o meu corpo com todas as partes inteiras. Era mais seguro ensaiar com a orquestra. – O comentário provocou risos na mesa.

A conversa prosseguiu sem tensões; Victoire aproveitou a reunião para mostrar a seus “tios” – Erik e Celine – os últimos desenhos que fizera: de estudos da anatomia humana a retratos e paisagens. Eram, realmente, muito bons! A moça teria futuro como artista! Em meio ao novo assunto que surgira à mesa, Phillip aproveitou para, discretamente, presentear sua noiva com uma rosa vermelha. O olhar que ela lhe lançou era quente o bastante para ferver um oceano, e então seus lábios se colaram, silenciando a conversa ao redor.

– Melody! – repreendeu René – pode deixar as demonstrações de afeto para mais tarde? Quando eu não estiver presente?

– Ah, por favor! – interrompeu Christine – Eles estão noivos! Se não puderem se beijar quando quiserem, quem poderá? – mais risinhos. Afinal, foi Erik quem ergueu o brinde:

– Aos nossos jovens que, cada dia mais, nos enchem de alegria e orgulho por todos os dons que possuem, e por toda a coragem que têm em perseguir seus sonhos. Victoire, Melody, René: essa noite é para vocês.

Quase uma hora depois, Phillip se levantou:

– Eu sinto muito, mas preciso ir para minha casa. Tenho amanhã uma reunião com os novos patrocinadores. Tenho a permissão de minha família para me retirar?

– Sinta-se à vontade – disseram várias vozes.

– Espere, meu amor; eu vou com você – falou Melody, levantando-se e beijando o rosto dos pais e do irmão – com sua licença, mãe, pai, padrinhos...

– Acho que Phillip vai se atrasar para a reunião, amanhã. – comentou Victoire, maliciosa, fazendo uma careta ao levar um beliscão da mãe.

– Eu não deixarei que ele se atrase – respondeu a outra moça, corando e puxando seu noivo pela mão – boa noite!

Após a saída do casal, Raoul comentou:

– Vocês dão liberdade demais a essa garota. Ela faz o que tem vontade, quando tem vontade.

– E meus pais são diferentes? – perguntou René – Isso não seria condenável num homem. Por que o é, para minha irmã?

– Porque ela é uma dama – respondeu Christine – Também acho esse um argumento falho, especialmente quando sua irmã tem mais vontade e coragem do que dez homens juntos!

– Nossos filhos conquistam o próprio espaço – comentou Celine – amam a si mesmos como são, e sabem se proteger contra a maldade das pessoas. Enquanto souberem respeitar o limite do que é seguro, ou não, não serei eu a lhes dizer o que fazer. Têm dezenove anos! Já são adultos o bastante para fazerem as próprias vidas.

– É impossível convencer vocês três – falou o visconde, derrotado, para a esposa e os amigos – Não é à toa que esses jovens são tão teimosos e obstinados. O sangue chama!

Novamente a conversa mudou de rumo, abordando agora a instável política daquele final de século. Em seguida, voltou-se para filosofia, história... Assuntos não faltavam para o grupo de amigos – amigos, sim: o que se passara há mais de vinte anos ficara no passado; não havia, ali, qualquer resquício do antigo ressentimento ou medo. Foi só quando o relógio soou meia-noite que, afinal, o grupo se despediu: os Chagny convidaram René a dormir em sua casa, o que deixava o Fantasma e sua companheira a sós.

Já a caminho de casa, andando pelos escuros corredores secretos da ópera, o Anjo declarou:

– Detesto quando Melody dorme na casa de Phillip.

– Não seja tão ciumento! – Respondeu Celine, divertida – eu era mais nova do que ela, quando você me seduziu.

– Que eu me lembre – interpelou o músico, puxando sua esposa contra o próprio corpo – Foi o contrário. Você era um pequeno anjo diabolicamente adorável e sedutor.

Rindo, ela empurrou o Anjo da Música e correu pelo trecho que faltava para se ver em seu lar, sentindo-o em seu encalço. Quando parou, no meio da Sala do Órgão, sentiu os braços poderosos se fecharem ao seu redor; com um sorriso, virou-se e pousou as mãos em sua nuca puxando-o para um beijo intenso e apaixonado. Provocante, ela desceu os beijos pelo queixo e pescoço de seu homem, que sussurrou:

– Sabe, acho que mudei de idéia: é ótimo não termos as crianças em casa, às vezes – as mãos fortes arrancaram o espartilho do corpo esbelto e desataram os cordões do vestido, desnudando a mulher.

– Eu também acho – respondeu ela, rindo ao ser erguida pelos braços de seu marido – Erik, pare com isso! Você não é mais um jovenzinho, para ficar me carregando por aí!

– Está muito longe o dia em que não conseguirei carregar minha esposa – respondeu ele, colocando-a no leito e se livrando das próprias roupas.

Horas mais tarde, deitada contra o peito musculoso de seu homem, Celine sorriu e o beijou com todo o seu amor: nos olhos dele havia amor, alegria e adoração. Acariciando a face um do outro, trocaram beijos delicados e palavras de amor, como se fossem dois adolescentes apaixonados. Embora não fossem mais tão jovens, seu amor nunca fora tão intenso, nem a paixão, tão ardente.

Abraçados com força, imersos em satisfação e paz, compartilhavam a única sensação e pensamento que preenchia suas almas: a vida era, simplesmente, perfeita.


Notas Finais


E chegamos ao fim! Erik e Celine juntos, eternamente ligados por um amor que o tempo não consegue esmorecer! Seus filhos estão crescendo, e se mostram dignos dos pais que têm... É, um final feliz. Gostaram? Odiaram? Espero sinceramente que tenha sido bom!
beijos, amores!!!


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