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História Our Strange Duet - Discussão


Escrita por: ElvishSong

Notas do Autor


Oi, gente, tudo bem?
Fiquei muito na dúvida se devia continuar a postar essa história aqui, ou deletá-la. Afinal, convenhamos, não é a melhor história do mundo, mas pensei bem e... Foi a primeira que escrevi. De certa forma, marca meu começo. Então, mesmo sendo muito rudimentar e deixando a desejar, vou continuar postando. Espero que não me julgue por isso, please!

Capítulo 8 - Discussão



POV Celine


Já no meio do caminho para a Casa do Lago, Celine conseguira acalmar seu coração. Fora um susto, é claro, mas ela já tivera de afastar os homens de si antes. Agora, só o que importava era ver o único homem cuja companhia desejava: o encantador Fantasma da Ópera.
Ao chegar ao seu refúgio de música e arte, no entanto, não encontrou seu mentor e amigo. Foi até o quarto, mas ele não estava lá; a porta da sala de banhos estava aberta, mostrando que ele não estava lá. Tampouco estava no ateliê de pintura, ou nas salas onde ficavam guardadas as fantasias, instrumentos, maquetes e coisas já usadas em composições. Nada.
Voltando à Sala do Órgão, como Erik costumava chamar a sala principal da casa, a mulher hesitou: havia um único lugar em que ela não procurara... O Santuário. Mas Erik a proibira de entrar lá.
“Não vou entrar” – Pensou ela – “bater à porta não é crime algum”.
Descendo as escadas que conduziam ao aposento rente à água do lago, ela respirou fundo: não havia porta propriamente dita, mas um biombo de madeira maciça ricamente entrelaçado. Sem afastar a peça, Celine bateu na madeira com os nós dos dedos. Antes que o chamasse, porém, ouviu o barulho de coisas se quebrando, e um gemido alto de homem.
– Erik! – Ela exclamou, antes de entrar na sala proibida, preocupada com o Fantasma.
Parando no centro da sala, ela ficou paralisada; podia esperar por tudo, menos pela cena que se descortinou diante de seus olhos: papéis pelo chão, estátuas tombadas, algumas ainda em pé, desenhos rasgados e inteiros pelas paredes, peças de fino artesanato em madeira com a figura de personagens diversos, vestidos, trajes masculinos e máscaras... Tudo aquilo se espalhava pelo chão e pelas paredes, tendo Christine como seu tema central. No meio de tudo aquilo, Erik.
Sem máscara, os cabelos despenteados e o rosto manchado de lágrimas, o gênio da arte estava de joelhos, abraçado a uma gravura particularmente bela da atual Condessa de Chagny. Percebendo a entrada dela, ele ergueu os olhos e, naquele olhar, ela viu um misto de raiva, susto, confusão, decepção e vergonha. Erguendo-se velozmente, ele perguntou rispidamente:
– O que está fazendo aqui, Celine? – Havia nos olhos dele um fogo que ela nunca vira, mas ela não sentiu medo. Nunca seria capaz de ter medo de Erik.
– Eu procurei por você, e não o encontrei. Quando escutei coisas se quebrando... Achei que podia precisar de mim.
– Eu lhe dei ordem para jamais entrar aqui! Este é o meu santuário! Ninguém jamais poderia entrar aqui!
Ela recuou dois passos, magoada com a raiva do Fantasma:
– Erik, por que está tão bravo?
– Isto é um santuário, Celine! Entende isso? Um santuário! – Ele a segurou com firmeza pelo braço e a conduziu para fora – E você jamais deveria ter entrado!
– Eu sei que você não queria que vissem, Erik... Que era seu santuário para Christine... Mas sou eu!
– Naquele santuário, não quero ninguém além de mim. Especialmente você – o olhar dele era um misto de mágoa, decepção, culpa e vergonha. A fúria desaparecera de seu olhar.
Celine até tentou responder, mas as lágrimas estavam presas em sua garganta. Ela não as derramaria diante do Fantasma. Virando-se para ele, falou, a voz embargada:
– Foi ótimo saber disso. Fique com os farrapos de seu passado. – E saiu correndo. Só queria se afastar o máximo possível daquele olhar tão cheio de emoções que pareciam acusá-la.

POV Erik


Ver Celine sair correndo, contendo as lágrimas, e saber que fora ele quem provocara aquilo, partiu o coração do Fantasma. Sabia que tivera uma reação agressiva demais, com a única pessoa que confiava totalmente nele, mas saber que ela o vira daquele modo, perturbado, vulnerável, num estado completamente vergonhoso, fizera com que ele quisesse afastá-la. E pior: ela vira seu santuário a Christine, e o resultado de seu ataque de raiva. Ele nunca quisera que ela visse aquilo! Não era apenas por si, mas por ela. Não sabia o que ela sentiria, e tinha medo da reação da jovem.
Mas não perdeu muito tempo com pensamentos: Celine tomara uma passagem diferente das que lhe apresentara, e havia o perigo de cair em uma das armadilhas que pontilhavam os percursos. Parando apenas para vestir a máscara, ele correu ao encalço dela.
 



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