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História Our way of loving - Você a conhece ?


Escrita por: michelledias

Notas do Autor


Boa leitura :'D

Capítulo 40 - Você a conhece ?


Piper 

Abro os olhos com certa dificuldade, eles estão pesados, e sinto a sonolência ainda me abater, como se estivesse acabado de fechar os olhos. Aos poucos me acostumei com a luz solar, ainda com muita preguiça sento e elevo meus braços me espreguiçando. Um pedaço de papel sobre o travisseiro branco chama minha atenção. 

" Meu amor eu sei que possivelmente você deve estar brava por eu não está agora ao seu lado, sei que deve está querendo me bater nesse exato momento :p. Mas eu precisava vir no hospital hoje, o Jorge terá alta hoje e precisei vir aqui. É...Eu sei que hoje é nossa folga, mas prometo que vou te recompensar mais tarde, okay anjo ? Obs : Sei que está sorrindo agora, desse jeitinho que eu amo, sei que ao invés da carrinha emburrada de segundos atrás se transformou num sorriso sapeca. Obs 2 : Fiz seu café. Obs 3 : Eu te amo estrelinha <3. "

Acho graça de mim mesma quando percebo que realmente estou sorrindo feito boba. Consigo idealizar a cena dela escrevendo esse bilhete, de sair apressada como sempre. Mordo o canto dos lábios tentando reprimir o sorriso ainda permanente em meu rosto. 

Reuni toda a coragem e me levantei da cama indo até o banheiro cuidar da minha higiene matinal e em dez minutos depois saio de lá devidamente limpa. Coloco uma roupa leve e vou até a sala, reparo na mesa arrumada repleta de pequenos mimos que alargam ainda mais meu sorriso. "Impressionante como ela me faz bem mesmo não estando por perto " Não demoro muito até devorar uma boa quantidade de comida me sentindo totalmente satisfeita, bem não totalmente, já que tem algo faltando, não algo, alguém na verdade. Procuro pelo meu celular e o encontro jogado pela cama, disco seu número inquietante, tento duas vezes mas ela não me atende. Deixo o telefone de lado totalmente frustrada e decido ir até a varanda que me proporciona uma bela vista de uma das avenidas mais movimentadas de Boston. O sol bate no meu rosto e o vento fresco deixam o clima confortável, continuo lá olhando para um ponto qualquer ainda desfrutando do clima gostoso de hoje. 

Olho para todas aquelas pessoas andando apressadamente de um lado pra outro. O barulho predominante e ensurdecedor do trânsito misturado com os mais variados emitidos da calçada, me distraio vendo todo aquele cenário rotineiro. 

Penso nessas últimas três semanas que se passaram e no quanto as coisas andam mudadas, penso em Alex, que voltou para Boston logo seguida ter me pedido em casamento, penso em nosso casamento que está marcado para menos de dois meses e isso me deixa aflita, nós estamos fazendo o possível para que tudo saia nos eixos já que o tempo é curto. Já estamos praticamente casadas já que depois de muita insistência Alex me convenceu a morrar ao seu lado em seu apartamento onde me encontro nesse exato momento. 

A cada dia mais eu tenho a confirmação de que estou fazendo a coisa certa, que estou ao lado da pessoa certa e finalmente posso ter a esperança de que vamos conseguir ser feliz em paz sem nenhuma Addison ou Stella em nosso caminho. Nós estamos construindo algo tão lindo que o medo disso tudo acabar me perturba a cada instante mesmo sabendo que isso é normal quando se ama, se vive em uma constante aflição só com o pensamento de ver essa pessoa indo embora. 

Tomo um susto quando escuto meu celular tocando. Me levanto e vou pegar o aparelho, solto um suspiro frustrado já que não é bem a pessoa que eu esperava. 

Demoro basicamente cinco minutos até encerrar a ligação. E vou até o quarto me arrumar já que precisava dar uma passada em algumas lojas para terminar de acertar os últimos detalhes para o aniversário de Alex já que seria daqui a uma semana, estava planejando uma surpresa para a mesma. O telefonema só serviu para me lembrar que faltava algumas coisas ainda pendentes para de resolver. 

Em pouco tempo já estou saindo do elevador em seguida saindo do grandioso edifício de minha noiva que por mais que ela teimasse em dizer que ele também era meu não me sentia confortável com essa ideia então simplesmente ignorei isso. A caminhada por alguns estabelecimentos durou cerca de meia hora então como ainda estava relativamente cedo resolvi dar uma passada em um parque aqui perto, aquele mesmo parque que estivesse a tempos atrás. Sento sobre a grama como da última vez e observo atenciosamente as crianças ali presentes, correndo e brincando como se não houvesse amanhã. Me divirto com as carinhas sapecas saltitantes que lá estavam. 

Estava tão distraída que só volto a realidade quando mais uma vez sinto meu celular vibrar e dessa vez meu coração também vibra junto ao ver sua foto na tela do aparelho. 

"Pipes ? Você me ligou, me desculpa eu estava meio ocupada" 

" Não tem problema meu amor...- suspirei pesado - Eu só queria ouvir sua voz. Então como foi com o Jorge ? " 

"Ele está terminando seus últimos exames para que eu possa libera-lo. Então o que faz ? " 

" Olhando crianças correndo de um lado para o outro " 

" Você o que ? " - Sorrio baixinho 

" Vim dar uma caminhada num parque aqui perto." 

" Ah... Pips eu preciso desligar agora estão me chamando no PS, assim que der eu saio correndo de volta pra casa okay ? Eu te amo. " 

- "Eu também... Você não sabe o quanto" 

E assim ela desliga a chamada me deixando carente de sua voz. Isso é tão patético o fato de eu sentir tanta saudade o tempo todo, de eu querer estar ao seu lado, mas eu não me importo, eu virei uma patética apaixonada por Alex Vause. 

Sorrio da minha própria constatação e me levanto fazendo o caminho para sair do parque quando me questiono se estou realmente vendo aquilo ou é algum tipo de engano. Me aproximo cada vez mais e assim que fico perto o suficiente para saber que sim era ele. 

- Chris ? - Encaro a criança a minha frente, ele está com os olhos vermelhos e restigios de lágrimas denunciam que estava chorando 

- Tia Piper - Quando ele finalmente se vira pra mim corre e me abraça o mais forte que consegue 

- Por que está chorando ? O que está acontecendo ? Onde está a sua mãe ? 

Ele abaixa a cabeça e não fala nada. Me abaixo até ficar na sua altura e seguro levemente seu queixo o fazendo me fitar 

- O que aconteceu ? Você pode me contar, anjo.

- A minha mãe... - Ele pareceu querer chorar de novo então coloquei minha mão sobre a sua, ele era tão pequeno, tão frágil e tão... Sozinho. - Ele gritou comigo e me mandou vir pra cá, disse que estava cansada de tudo é que não aguentava mais. 

- Ela te expulsou de casa ? - Eu estava perplexa, como alguém em sã consciência deixa um garoto de cinco anos sozinho. 

Timidamente ele acenou com a cabeça

- Ela estava gritando muito. E me mandou sumir 

Eu não sabia descrever o tamanho da minha pena por aquele garoto. Ainda tentava assimilar tudo e pensar em alguma forma de ajudá-lo

- Chris, será que pode me levar até sua casa ? 

- Tia Piper, a mamãe está muita brava. 

- Por favor Chris, confie em mim, ok pequeno ? 

Mais uma vez ele assentiu e sua mãozinha se entrelaçou a minha me puxando para a direção contrária de onde eu estava indo. 

Me surpreendi com o quanto a casa dele era próxima ao parque. E depois de alguns becos um tanto esquisitos chegamos a uma porta cinza que por sorte não estava trancada. Senti ele apertar minha mão quando fiz menção de entrar. O olhei nos olhos tentando passar o máximo de confiança. 

- Confie em mim -  Sussurrei e ele assentiu. 

Entramos no lugar, o pequeno lugar não parecia nem um pouco acolhedor, tinham garrafas de bebidas pelo chão sem falar num cheiro sufocante de cigarro. Ele soltou mina mão e foi a procura da mãe. Não se ouvia nenhum barulho que denunciasse que havia alguém no local. Chris já não estava mais em meu campo de visão até que o escuto gritar e sinto um arrepio na espinha ao perceber o desespero daquele grito.

Corro até onde vem o barulho e involuntariamente levo a mão até a boca. 

- MÃE MÃE, ELA NÃO ESTÁ RESPONDENDO TIA PIPER, POR QUE ELA NÃO ESTÁ RESPONDENDO ? - O garoto tremia e gritava, ele ainda era pequeno demais para entender a gravidade da situação mas acredito que ele sentia que sua mãe não estava nada bem. 

Me aproximei da mulher estirada no chão, sua pupila estava dilatada e ela suava, e não respondia a nenhum comando  

- Por que ela não fala ? 

- Chris preciso que se acalme ok ? Eu vou ligar para emergência e vamos cuidar da sua mãe ok ? 

Depois que a ambulância já estava a caminho conferi seu pulso que estava muito fraco, ela precisava de ajuda imediatamente. Me senti totalmente inútil por não poder fazer nada já que não tinha material em minhas mãospara que possa ajudá-la. Ela tinha um princípio de overdose e tudo estava começando a parar. 

Desperto de meus pensamentos quando escutamos o barulho da sirene alertando que já estavam lá fora. 

Alex POV 

- Vou sentir sua falta. 

- Ah... Não me venha com sentimentalismo barato Vause. - Ele fala sério mas ao notar minha cara de espanto cai na gargalhada - Eu só estou brincando garota, sabe que também vou sentir sua falta. Você devolveu minha vida volta e eu sou totalmente grato por isso. 

- E você me deu a oportunidade de não errar outra vez. Talvez isso tenha sido coisa do destino. Viu ? Somos almas gêmeas - Falei entrando na brincadeira 

- Você não desiste de me cantar mesmo não é, garota ? - Ele fala rindo 

- Voltei -  Sua filha adentra o quarto com alguns papéis em suas mãos. Ele pega uma caneta e me entrega junto aos papéis.

Bastava uma assinatura e ele estaria livre para voltar a Londres, reconstruir sua vida, ou o quanto que lhe resta. Ao olhar para todas aquelas letras que pra mim estavam embaralhadas já que não estava concentrada em saber o que tinha escrito, já perdi as contas de quantos papéis daqueles eu já assinei, quantas histórias, todos os corações que passaram pelas minhas mãos. 

Sei que não estou nem na metade de minha carreira, ainda tenho muito a fazer, a aprender, mas tenho orgulho de cada vez que entrei naquela SO. Por alguns segundos me permito imaginar o quanto teria sido bom assinar aquele mesmo papel para Bob, meu coração aperta ao lembrar dele, de todas as novas conversas, toda aquela sua vontade de viver me inspirava. 

- Vause ? - Jorge chama minha atenção 

- Desculpe...Eu me distrai um pouco. - falo sorrindo fraco. 

Aqui está. Assino e entrego a moça a minha frente. 

                      XXX

- Não deixe que nada, mas nada atrapalhe sua felicidade, estamos entendidos moçinha ? 

Estamos do lado de fora do hospital, sua pequena bagagem já está no táxi que os levará​ até o aeroporto. Eu nunca fui fã de despedidas por isso já estou com o coração apertado, é impressionante o quanto eu me apeguei a ele. 

- Promete que vai cuidar bem desse coração ? 

- Não seja patética - Fala sorrindo daquele jeito típico. 

- Mantenha contato 

- Não vai se livrar de mim tão cedo, minha jovem, pode escrevrer. 

Ele fala e entra no táxi. 

Depois de me despedir de sua filha observo o carro se distanciando cada vez mais até o perder de vista. 

Entro novamente no hospital e vou encontrar Daya no refeitório. Antes que eu me desse contas já era hora de almoço. 

- Hellou Britney - Reviro os olhos. É ela realmente nunca vai esquecer isso 

- Oi 

- Que animação hein, estou me sentindo contagiada agora. 

- Não enche - Falo revirando os olhos e rindo 

- Falei com Piper ontem sobre o seu aniversário, meu amor pode se preparar para a melhor festa da sua vida, depois da nossa formatura claro...- Ela suspira nostálgica - Aquela noite foi... Louca

- Já disse que eu não quero festa 

- Eu eu já disse que eu nunca te escuto, não é nenhuma novidade. 

- Realmente 

- Qual é Alex, não seja assim... Você finalmente reencontrou a sua felicidade não estraga isso com besteiras. 

- Pressão psicológica ? 

- Jamais - Ela fala levantando as mãos como sinal de rendição - Apesar de que com o Bennett funciona. 

Sorrio da sua constatação, a vida de casada está fazendo bem a Daya, tomara que surta o mesmo efeito em mim e Piper. 

Estávamos acabando o almoço que meu aparelho de Bipp dispara. 

- Merda 

- O que ? 

- Estão me chamando no PS 

Levanto apressadamente deixando o prato de comida inacabado para trás. E praticamente voando até lá, o Bipp disparava cada vez mais. 

Meu coração estava disparadaro e eu não entendia o motivo, era como se eu sentisse que algo estava errado. Algo me aguardava, por mais estranho que isso possa parecer mas eu não conseguia manter a calma. 

Quando enfim cheguei até o PS e corri até o lugar onde estava sendo solicitadada. Eu vi Piper, ela estava perto a alguém que estava em uma maca, meu coração triplicou as batidas. 

- Pi..per o que faz aqui ? - Ela estava desorientada e tão nervosa nquanto eu. 

 - Tia essa é a médica que vai acordar minha mãe ? - Desviu minha atenção para um garotinho que está agarrado a Piper, seu rosto é de puro pânico. Eu continuo sem entender nada do que está acontecendo, eu nunca vi aquele garoto na minha vida, mesmo ele tento traços que não me eram estranhos. 

Quando finalmente me volto para pessoa na maca paro de respirar por alguns segundos, sinto que minhas pernas irão seder a qualquer momento. Eu não conseguia acreditar naquilo. 

- Sylvia ? 

Meu olhar é de puro horror, desvio rapidamente meu olhar para Piper que também me parece confusa. 

- Você a conhece ? 




Notas Finais


É gente... Tenso.
Vou tentar voltar logo


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