História Ouroboros - Epilogo

A vida de um assassino nunca é fácil, somos caçados e nunca podemos nos apegar a ninguém. Somos vistos como marginais o pior tipo da raça humana, e sabe o que é pior? Eles estão certos. Eu já estive no seu lugar, eu já vi assassinos com esses mesmo olhar que você olha para mim: “ele não tem mais jeito”, “você já viu quantos pessoas esse desgraçado matou? ”, “Quantas famílias será que ele destruiu? ”  “Ele deveria morrer”. Sim esses já foram meus pensamentos.

Nem sempre fui um assassino, no passado se você olhasse para mim, você nunca diria que um dia eu estaria onde estou hoje.

Eu costumava ser um policial, tinha uma carreira promissora, e uma filha de 4 anos que era meu maior orgulho. Sempre que meu turno acabava eu corria para casa, para poder vê-la com aquele lindo sorriso que ela sempre direcionava a mim quando me via. Mais um dia tudo mudou.

Ela morreu.

Não, ela foi assassinada, morta por alguém como eu.

Isso me revolta, quantas famílias será que eu destruí?

Isso deveria me abala certo? Então porque eu não sinto nada?

De qualquer forma, meu mundo desabou, eu não pensava direito tudo o que eu queria era mata o desgraçado, me afastaram do caso, eu não tinha condições de leva a investigação adiante, isso foi o que o delegado disse. Mais eu continuei procurando, eu precisava acha-lo, eu já o tinha visto antes, ele era um louco que viajou pelo pais causando pânico onde quer que estava, eu já o tive na mira mais eu não estava preparado para isso.

Quando o encontrei, ele tinha sido algemado por um dos meus colegas de trabalho. Eu errei o primeiro tiro, mais acertei todos os outros, e mesmo quando eu sabia que ele não respirava mais eu continuava atirando até que as balas acabaram, e continuei, continuei, continuei...

Eu não me importei se eu estava rodeado por policiais, eles ficaram tão surpresos com o meu ato que quando reagiram já era tarde demais.

E sabe qual a ironia da situação? Eu fui preso e condenado.

Eu não falava e não esboçava nenhuma reação. Durante todo o julgamento eu fiquei em silencio, não falei nem quando eu fui ordenado, naquele momento em que puxei o gatilho eu sabia que não tinha mais volta.

Fiquei cinco meses preso, nesse período de tempo eu já havia chega ao topo daquele lugar, os detentos me respeitavam, eu era perigoso, o louco que havia torturado o antigo chefe, e eu nunca mais falei.

Meus antigos colegas de trabalho, me visitavam as vezes, mais eu nunca disse uma palavra, até quando eles vieram me ver. Eu não tinha mais nada a perder, eu já tinha perdido tudo, eu só esperava a morte, e eles me mataram.

Me mataram para o mundo e me reviveram para a organização.