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História Out of Breath - Feelings


Escrita por: Savannah17

Capítulo 5 - Feelings


Fanfic / Fanfiction Out of Breath - Feelings

Dessa vez, não precisamos de jogo algum. A conversa fluiu naturalmente, mas quanto mais conversamos, mais dúvidas tenho. Estranhamente, ele estava feliz como nunca vi. Me contou sobre a suspensão de três dias mas não a tratou como inconveniente. Pelo contrário, acredito que tenha se sentido aliviado por ter um tempo para organizar os pensamentos. Me contou que sim, seu pai era governador, mas ele não tinha mais contato com ele. Sua mãe falecera quando ele tinha seis anos, e aquela ferida ainda estava aberta, pelas histórias que li em seus olhos. Admitiu, relutantemente, que Jimmy havia comentado algo sobre o pai de Quatro agredí-lo. Fiquei receosa sobre o assunto e não perguntei sobre a veracidade do que foi dito.

Pousei minha mão na sua, para confortá-lo. Não sabia se estava fazendo isso por seu pai ou por sua mãe, mas sabia que hoje ele era emancipado e parecia melhor longe da sua casa em Los Angeles. Lá, as notícias parecem correr soltas. Quando se mudou para Orlando, não esperava que seu pai tentaria encontrá-lo. Pelo que entendi, é por isso que não costuma se apresentar pelo próprio nome. 

Ele encarou minha mão sobre a dele por alguns segundos e virou a palma para cima, segurando meus dedos delicadamente e se levantando, me erguendo consigo. 

- Quero te mostrar algo. - Foram suas palavras antes de abrir um sorriso de canto e me puxar novamente pela sacada. As nuvens formavam fios finos pelo céu, sendo atacadas pelas tonalidades mais sutis de rosa e laranja. Fiquei perdida naquela imensidão que costumava ser azul e senti seus braços ao redor de minha cintura, enquanto me abraçava por trás. 

Eu poderia tê-lo empurrado ou apelar para meu juízo, mas não encontrei razões suficientes para não me sentir acolhida em seus braços quentes. Ele beijou meu pescoço, me fazendo estremecer, e me virei para ele, vidrada agora em outra paisagem: seu rosto. Seus olhos azuis me olhavam com intensidade, mas, como tudo que faz jus à ele, conseguiam ser doces e gentis ao mesmo tempo. Agora, estávamos frente a frente, mas seu abraço continuava me acalentando. Seu rosto se aproximava e prendi a respiração involuntariamente, ansiando por aquele momento. 

Quando nossas bocas se encontraram, fechei os olhos, abraçando seu pescoço. Minhas pernas estremeceram e agradeci mentalmente por ter suas mãos firmes me segurando. Ali, na sacada que já conhecíamos bem, com o sol nos olhando, eu passava as mãos por seus cabelos, enquanto tudo parecia pedir por urgência. 

Ele colou nossos corpos mais firmemente e soltei um suspiro quando fiquei sem ar. Ele pareceu perceber e encostou nossas testas, com nossos narizes se cruzando, e conseguíamos ouvir com clareza nossas respirações entrecortadas. 

- Quatro... - Murmurei, ainda de olhos fechados, não mais contraindo os lábios e deixando um sorriso escapar de minha boca.

Segundos se passaram enquanto minhas mãos trilhavam um caminho em sua nuca, e as dele brincavam com minha cintura e meu quadril, ainda em silêncio. Pela primeira vez em muito tempo, algo em minha vida parecia certo. E estava bem na minha frente.

Não tenho certeza de quanto tempo ficamos ali, nos estudando, nos olhando e rindo baixo, felizes, mas meu corpo ficou alerta de susto quando a porta bateu na parede e Zeke e Uriah entraram, como sempre falando alto, empolgados.

Corei, encarando Quatro, concluindo que estava na hora de ir. Ele me levou até a porta e acenei brevemente para os meninos, que perceberam que algo tinha acontecido. Caberia a Quatro tirar as dúvidas dele. Fechou a porta atrás de si, ficando no corredor comigo. 

- Meu nome é Tobias. Tobias Eaton. - Ele sussurrou em meu ouvido, e senti um arrepio passar pela minha espinha. Assenti e o beijei brevemente, ainda sem jeito e envergonhada.

- Te vejo amanhã, Tobias Eaton - Falei baixo e o lancei um sorriso antes de entrar no elevador.

Quando ele já estava fora de minha vista, pensei sobre seu nome, que me soava tão familiar, e assim fiquei, imersa em pensamentos, até chegar em casa. Dessa vez, me cedi e ouvi atenciosamente todos os desabafos de minha mãe, a abraçando sempre que necessário. Estávamos passando por isso juntas, e precisávamos uma da outra. Me lastimei mentalmente por estar sendo uma péssima filha e segurei sua mão. Estava tudo bem. Ia ficar. 



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