Quando voltei a mim, estava tão dolorido que não consegui abrir os olhos, escutava um barulho ao fundo,mas estava abafado. Tentei abrir os olhos novamente e dessa vez, com muito esforço, consegui, me arrependi imediatamente disso pois assim que os abri uma luz cegante fez a minha cabeça latejar. Pisquei os olhos para me acostumar a claridade e olhei para os lados para tentar saber onde estava. Percebi que estava em uma maca num quarto branco de hospital ligado a uma maquina que era a fonte do barulho que eu tinha ouvido. Tentei me levantar e soltei um gemido sôfrego quando uma dor lacinante percorreu todo o meu corpo me obrigando a me deitar novamente. Mesmo sentindo muita dor tentei me levantar novamente, naquele momento uma enfermeira adentrou o quarto com ma bandeja de remédios e quando me viu fazendo força ela correu até mim me pedindo para não me esforçar. Eu perguntei o que havia acontecido e ela me disse que um caminhoneiro maluco e que havíamos batido nele. Depois de dizer isso ela me deu os remédios e um sedativo e pediu que eu descansasse, alguns momentos depois eu caí na inconsciência novamente.
Quando acordei vi a mesma enfermeira de antes e perguntei pela minha família, ela disse que meu pai estava na sala de espera e que ia mandá-lo entrar. Assim que meu pai entrou no quarto e me viu ele correu para me abraçar, mas parou no meio do caminho lembrando que eu estava de cama, ele se sentou no canto da maca e perguntou como eu me sentia.
- Bem, na medida do possível. - Respondi. - Eu quebrei algo? - Perguntei.
- Não, mas o para-brisa quebrou, e um pedaço perfurou seu pulmão e por pouco não atingiu o coração, você teve que fazer uma cirurgia imediatamente, sem contar os outros inúmeros cortes que levou.- Para outras pessoas aquilo teria sido uma bomba, mas meu pai me conhecia o suficiente para que soubesse que isso não me atingiria muito.
- E mamãe e Tereza? Elas estão bem? - Perguntei e ele respirou fundo, eu pude ver a tensão no seu corpo e seus olhos estavam brilhantes como se ele estivesse se segurando pra não chorar, eu fiquei preocupado e perguntei se havia acontecido algo com elas.
- Sua mãe está bem, só teve alguns cortes e arranhões. - Ele fez uma pausa e respirou fundo novamente. - Mas a sua irmã…
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