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História Outlaws - New Town


Escrita por: Gabswise

Notas do Autor


Mais um crossover de AHS e skins e trazendo de novo o mozao Peters e a crush Cassie.
Essa Fanfic é completamente diferente das outras que já escrevi, por ser uma Deathfic também. Leiam as notas finais! Enjoy :)

Capítulo 1 - New Town


Fanfic / Fanfiction Outlaws - New Town

ᴇᴠᴀɴ

Bristol. É aqui meu ponto final. É aqui onde pretendo começar do zero. Aqui é onde torço para não ser encontrado. Não de novo. Não sei há quanto tempo tenho fugido. É sempre assim. Estou sempre fugindo. E não, eu nunca olho para trás. Eu abandonei tudo o que tinha para abandonar. Deixei todos que amava, mas eu precisava. Assim como precisei fazer de novo. Pego minhas coisas e saio andando. Por sorte, consegui um apartamento para morar. Não é no centro. Não é luxuoso. Fica mais numa área sossegada, perfeito para quem quer ficar longe de problema. Porém, graças a assistente social, fui obrigado a me matricular no Roundview College. É isso ou um internato. Claro, fiquei com a segunda opção. 

— Puta que pariu — murmuro.

Procuro pelas chaves em meu bolso e logo que as encontro, subo até meu andar. Destranco a porta do meu apartamento e para minha surpresa, ele já tem minhas coisas. Menos mal. Largo minha mala em qualquer canto e me jogo no sofá. Preciso aliviar minha tensão. Olho minhas coisas e logo encontro minha seda e minha erva. Bolo meu baseado e logo o tenho em meus lábios. Meu corpo começa a relaxar, a medida em que começo a tragar. Já estou chapado. A tensão do meu corpo simplesmente desaparece e eu me sinto melhor. 

Mas sei que o efeito é temporário e logo a tensão vai me dominar novamente. Estou tão nervoso que até o efeito da maconha não me atinge direito. Logo ouço meu estômago roncar. É a tão famosa larica. Levanto da minha confortável posição do sofá e vou até a cozinha. Faço qualquer coisa para comer e logo me pego lembrando dos motivos que me fizeram pular de cidade em cidade. De estado para estado. De país para país. Com certeza, é a última coisa do qual quero lembrar.

ᴄᴀssɪᴇ

— CASSIE — os gritos já começam cedo.

Respiro fundo antes de me levantar e me preparar para viver mais um dia. Depois de fazer minha rotineira higiene e me vestir, tomo um de meus remédios. Meu corpo é esquelético e pálido, assim como minha mente que é completamente destruída. Meus pais parecem ignorar isso. Parecem não notar que eu preciso de atenção. De carinho. Talvez seria melhor se eu não estivesse aqui. 

— CASSANDRA — minha mãe gritou novamente.

Respiro fundo mais algumas vezes, antes de pegar minhas coisas e finalmente deixar meu refúgio. Desço as escadas e logo dou de cara com meus pais. Quase nus e prontos para transarem na frente de meu irmãozinho, Reuben. Às vezes eu o invejo por ser apenas um bebê e não saber de nada. 

— Vai comer, querida? — papai me pergunta.

— Não.

Beijo rapidamente a pequena cabeça de Reuben e o desejo toda sorte possível. Saio andando de casa, já que meus pais estão ocupados demais para oferecerem uma carona. Vejo Sid e dou um jeito de passar reto. Eu o ignoro. É simples. Talvez meus sentimentos por ele tenham sumido. É difícil admitir isso, mas é necessário. Acelero meus passos afim de evitá-lo. 

— Cass! — seu tom é de surpresa.

Meu corpo congela quase que instantaneamente. Viro-me em sua direção e trato de sorrir. Meus sentimentos podem ter sumido, mas nossa amizade deve continuar. Eu acho. 

— Hey, Sid — sorrio 

— Quer uma carona? Minha mãe já está de saída — sugere, dando de ombro.

— Pode ser — respondo, simples. 

Seria estranho eu recusar? Talvez. Mas não consigo ser dura com Sid. Ele não merece isso. Sigo Sid e cumprimento sua mãe, entrando no carro em seguida. Ela nos leva para a escola e ao chegarmos, agradeço e saio do veículo. Assim que fecho a porta, vislumbro um garoto novo. Ele usa óculos escuros, camisa um pouco surrada acompanhados de um casaco flanela. Sua calça surrada e um pouco gasta cai bem com o all star preto que usa. Ele é simplesmente maravilhoso. Por uns segundos, esqueci da existência de Sid. Por alguns segundos, todo o sentimento que nutri por Sid, desapareceram assim que o garoto começou a me encarar. 

— PORRA, CHRIS — Maxxie gritou, rindo.

Perco o meu total contato com o menino, pois ele simplesmente desaparece. Vejo meus amigos se aproximarem e engatamos uma conversa animada. Fomos para a sala de aula e para minha surpresa, o garoto está sentado do lado do meu lugar. Meu coração dispara. Passo por ele e sinto seu perfume, assim como o cheiro de baseado. Agora entendo o motivo do óculos escuros. 

— Sr. Peters, pode retirar o óculos? — a professora Angie dispara.

Contra sua vontade e sem falar absolutamente nada, ele retira os óculos. Isso revela seus olhos um pouco vermelhos. Assim como sua aparência de cansaço. As olheiras profundas o acompanham, deve ser o efeito abusivo de drogas ou algo semelhante. 

— Hey — chamo por ele.

Nem sei o porquê dessa iniciativa. Porém, ele me encarou de soslaio e rolou os olhos logo em seguida, me ignorando por completo. Abaixo a cabeça, meio triste. Criei expectativas, mas acabou igual ao Sid. Um completo idiota. 

— Angie, não estou me sentindo bem. Posso sair? — pergunto, erguendo a mão.

— Ah, claro Cassie. Volte quando estiver melhor. 

E então saí o mais rápido possível, evitando contato com todos, incluindo contato com o garoto. Por mais bonito que seja, custava ter dito um 'oi'? Acho que não. 

ᴇᴠᴀɴ

Cassie. Esse é o nome dela. Da garota pálida e esquelética que me encarou no primeiro segundo em que pisei aqui. Não pude deixar de notar o quão 'aborrecida' ela ficou pela minha reação ao ignora-la. Mas eu preciso fazer isso. Não quero que ninguém aqui se machuque por minha causa. Minhas mãos começam a suar de nervoso. Nem pergunto se posso sair, apenas o faço. Vou para o lado de fora da escola e logo que sei que não há presença de ninguém, acendo um baseado. O nervoso simplesmente desaparece. Quando estou prestes a tragar, vejo Cassie. Ela me analisa de longe e parece tão bonita. Pena que não posso conhecê-la. Eu estaria a pondo em perigo. E não, não quero isso. Dou mais uma tragada em meu baseado e olho para Cassie, completamente curioso. E então ela cai. Meu corpo adquiriu movimentos e quando me vejo, estou do lado dela dizendo para que acorde. 

— Merda! Acorda, acorda — meu tom de voz é exasperado.

Saco meu celular do bolso e digito o número do hospital. Lembro de tê-lo salvo ainda ontem enquanto folheava uma lista telefônica. Assim que me atendem, explico o que ouve e tento permanecer calmo. Mas não consigo. A cena de anos atrás se repete em minha frente e logo quero ir embora. Mas não posso. Não posso abandonar Cassie aqui. Não agora que sou o único presente.

— Roundview College — dou o endereço, trêmulo.

Há uma ambulância ao caminho.

Desligo o telefone sem me importar com a mulher do outro lado. Seguro a mão de Cassie e encaro sua palidez. Merda. Ela é tão linda. Tão encantadora e tão misteriosa. Apesar de parecer tão gentil. Doce. Frágil. 

— Se afaste. 

Nem percebi a chegada da ambulância. Observo fazerem todo o processo. Então faço o que sempre fiz de melhor. Eu fujo. Pego minhas coisas, mas não sem antes de deixar um papel rabiscado escrito 'olá' nas mãos gélidas de Cassie. Ela não merece ser machucada. Então farei o favor de deixá-la. Saio andando antes que me obriguem a voltar. Gravo o nome do hospital, planejando o que farei. Então deixo tudo para trás e sigo meu caminho. Minha memória cansada de ver isso se repetir começa a ter leves flashbacks. E claro, os motivos que me fazem estar aqui também. Um cara fodido e uma garota doente. Essa merda não poderia ficar mais clichê?


Notas Finais


o título é baseado na música 'Outlaws' do Green Day, porém, com o desenvolver da Fanfic isso será explicado. Sid e Cassie não farão par romântico e o Chris não morre.


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