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História Outra Dimensão - Shimura e a Reunião dos Kages


Escrita por: ACLFerreira

Notas do Autor


Vamos responder a questão que deixamos no ar: Onde está Shimura?

Capítulo 27 - Shimura e a Reunião dos Kages


Treze anos antes, subterrâneos de Konoha

Os dois guardas montavam guarda, atentos ao menor movimento. As máscaras brancas que encobriam suas feições permaneciam estáticas tal e qual haviam treinado desde bem jovens.

Mas nem todo o árduo treinamento os preparara para o que aconteceu. Seus cérebros só captaram um ruído e, em segundos, estavam no chão sobre uma poça de seu próprio sangue enquanto as sombras avançavam impiedosamente. Corredor após corredor, um a um os shinobis mal tiveram noção do que os atingia e, silenciosamente, os inimigos seguiam.

No ponto mais profundo do esconderijo, um grupo maior se reunia. Centenas de guerreiros trajando o mesmo uniforme e máscaras semelhantes estavam ajoelhados enquanto um homem de meia-idade observava-os atentamente, inconsciente ao que acontecia ao redor.

- Hoje foi um dia de vitória – anunciou, parecendo infinitamente satisfeito. – O Hokage está morto e o Conselho não terá escolha a não ser me nomear como seu sucessor. Em alguns dias, assumirei o posto e minha primeira providencia será ordenar a integração do novo jinchuuriki a nossas frentes. Vai ser minha arma mais valiosa.

Ele fitou um a um os guerreiros que permaneciam em silêncio atentos a suas palavras.

- Madara Uchiha fez o trabalho sujo por nós e ninguém jamais poderá nos ligar ao que aconteceu.

O som de palmas chamou a atenção de todos e eles se voltaram em posição de luta.

- Belo discurso – ironizou o Sandaime Hokage, um sorriso frio curvando-lhe o rosto. – Sinto dizer, Shimura, você jamais se tornará o Hokage.

- E quem vai me impedir? Você?

- Por que não? – perguntou, estalando os dedos e imediatamente vários guerreiros surgiram das sombras cercando Shimura e seus homens.

- O que está fazendo? – perguntou Shimura, vendo as espadas sujas de sangue.

- O que devia ter feito há muito tempo – disse o antigo companheiro, caminhando lentamente em direção a ele. – Todos os Clãs de Konoha e o Conselho acabam de destituir a Raiz como shinobis legítimos e vocês estão classificados como Renegados a contar a partir desse momento.

- Não pode fazer isso…

- Já fiz – disse, empunhando um bastão que Shimura imediatamente reconheceu e soube que Sarutobi não estava brincando. – Demos a você várias oportunidades para voltar do caminho da escuridão, queríamos acreditar de verdade que era um servo leal a Aldeia, e esse foi nosso maior erro. Que iremos reparar agora.

Shimura deu um passo atrás e seus shinobis começaram a atacar. Nunca haviam tido lealdade verdadeira a Aldeia, apenas ao seu Senhor, então para eles tanto fazia a nova designação.

Mas, em apenas meia hora, apenas alguns membros da Raiz continuavam de pé totalmente cercados.

- Acabou, Shimura – disse Sarutobi, ofegante, mas sem mostras de recuar.

- Ainda não – disse uma nova voz, surpreendendo todos.

Um homem mascarado saiu de dentro de um vórtice e colocou-se diante de Shimura e seus homens.

- Vão, eu os seguro – disse e a Raiz não demorou a obedecer. Ele também se foi pelo vórtice, não antes de anunciar: – Essa guerra está longe de acabar.

O vórtice se desfez antes que qualquer um deles pudesse segui-los.

 

Treze anos depois, País do Ferro

A segurança tinha sido reforçada e vários samurais cercavam a cidade fortificada, montando guarda. O Senhor Feudal mal dormira nas últimas semanas desde que fora anunciada a Reunião e lhe fora solicitado que fosse realizada em seus domínios.

Todos os Kages das Cinco Aldeias shinobis confirmaram presença e a chegada de tantos desconhecidos só servia para exacerbar ainda mais os ânimos já tensos. Não era algo que desejaria nem mesmo para o seu pior inimigo.

Um a um, eles foram chegando, tal como combinado traziam alguns shinobis como guarda-costas e pareciam tanto ou até mais nervosos do que os anfitriões. Os últimos acontecimentos deixavam todos desconfiados de todos. Afinal, ter sobre seu poder todas as Bijuus era o sonho de qualquer um… mesmo que não admitissem abertamente.

Na hora marcada, todos se reuniram no enorme salão, acompanhados por aqueles escolhidos a dedo para protegê-los, suas expressões demonstrando sua impaciência. Os cinco retiraram seus chapéus, os depositaram sobre a mesa circular e se acomodaram quase ao mesmo tempo. Os shinobis se foram, mas se mantiveram em alerta.

- Declaro aberta a Reunião – anunciou o Senhor do País do Ferro, a voz séria e autoritária. – Lembro que não será autorizado qualquer ataque ou ameaça e meus samurais estão autorizados a usar força letal. Devo lembra-los que aqui estão em menor número e em nosso território.

Todos assentiram.

- Bem, acho que você deve tomar a palavra, Hokage-sama – disse Mei, recostando-se na poltrona. – Afinal, foi você que nos convocou.

Sarutobi analisou um a um por longos segundos antes de começar:

- Trinta e sete anos atrás, os Três Lendários voltavam de uma missão quando se depararam com quatro pessoas caídas diante dos portões da Aldeia: um homem de uns trinta e cinco anos e três jovens de quinze. Foram embora, no entanto, antes que pudessem questioná-los sobre o que faziam lá. Horas depois, o homem surgiu em minha sala e começou a contar a sua história – disse o Hokage, suspirando. – Para resumir, ele era um “viajante do tempo”.

- Viajante do tempo? – questionou A, irônico, mas recebeu um olhar reprovador dos outros. – Está de piada conosco? Nos chamou aqui para isso?

- Deixe-o continuar, Raikage – disse Raza, apoiando os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos.

- No final daquela primeira conversa, eu tive de lhe dar o beneficio da dúvida. Eu senti o tamanho de seu poder e posso dizer que, se ele tentasse me matar, nenhum de meus ninjas seria capaz de detê-lo… nem mesmo os Três Sanins. Ele era leal ao Nanadaime Hokage e tinha vindo atrás de um grupo de Renegados que queriam alterar o curso da história. Felizmente, ele teve sucesso em sua empreitada e partiu com seus companheiros nos deixando com pouquíssimas informações, mas com um aviso terrível: em alguns anos, haverá uma nova guerra e ela será muito maior do que qualquer outra que já enfrentamos.

O Raikage e o Tsuchikage o encararam em choque.

- Um a um os poucos fatos que ele nos revelou se mostraram uma assustadora verdade. Quando o Yondaime Hokage morreu, tal e como ele disse, tivemos de começar a nos mover e nos preparar para o que estava por vir. Por fim, há treze anos, aquele mesmo homem retornou na forma de um bebê e está sendo preparado em segredo sobre a guarda de nossos melhores instrutores. Ele e os outros dois sucessores dos Três Lendários.

Sarutobi tornou a encará-los percebendo que tinha total atenção deles.

- Pensamos que ainda teríamos alguns anos, mas parece que nossas providencias precipitaram tudo. E devo alertá-los que nada do que aconteceu até agora se compara ao que está por vir.

- E o que o faz acreditar nisso? – perguntou Raza, encarando-o.

- Nosso amigo disse que essa “ameaça” nos obrigaria a unir forças porque era um inimigo que nenhum de nós seria capaz de vencer sozinho.

Um olhou para o outro em duvida. E se fosse verdade?

- Digamos que esse homem realmente existiu e disse a verdade sobre essa suposta guerra – questionou A, com os braços cruzados. – Essa ameaça deve ser bem real e assustadora para nos fazer engolir o orgulho e forjar uma aliança.

Oonoki suspirou, apoiando a cabeça sobre as mãos cruzadas. Como o mais velho de todos ali, sabia o quanto era arriscado tal união, mas será mesmo que o orgulho valeria a vida de todos sobre sua proteção?

- Se isso for verdade ou não, não é mais a questão. A questão é que temos um inimigo que ninguém faz ideia do poder de fogo ou as intenções reais – disse, subitamente encarando todos ao seu redor. – Porque eu não confio em Ninjas que se vendem para quem paga mais.

- Ninguém deveria confiar, Oonoki – disse Sarutobi, sério. – A única razão para eles terem atacado Konoha em meio a prova chunin seria para se apossar dos dois jinchuurikis que lá se encontravam aproveitando-se da distração proporcionada pelo ataque da Névoa. Agora, pensem: por que alguém quereria as Nove Bijuus?

Era claro uma pergunta desnecessária uma vez que a resposta era bem óbvia. Os cinco permaneceram em silêncio, analisando as implicações de tudo aquilo.

 

Os guardas permaneceram nas redondezas, cada um a uma distancia segura dos outros. Tinham consciência da presença dos outros, mas, por ordens, não fariam nenhum movimento se não fosse provocado.

O chefe dos shinobis de Konoha, Kakashi, observava com desconfiança ao redor, pensando em tudo o que acontecera nas ultimas semanas. Particularmente, achava que não era uma hora mais propicia para se afastar da Aldeia, mas o Conselho considerava importante tecer alianças antes que a coisa piorasse.

Ainda não compreendia o papel de seus três discípulos em tudo e ninguém parecia saber na realidade.

- Relaxa, Kakashi – disse Tenzou, chamando sua atenção. – Estamos cercados por guerreiros, todos com a mesma função, não há motivos para tanta tensão.

- Só não acho seguro todos estarem no mesmo lugar ao mesmo tempo.

- Você se preocupa demais – disse Ran Senju, olhando fixamente para a fogueira. – Eles não seriam idiotas para atacar assim.

- Minha preocupação não são as outras Aldeias.

Seus dois companheiros o encararam com ar ausente. Ran simplesmente suspirou, compreendendo.

- Nossas ordens é não agir se não houver uma ameaça real… e saberíamos se houvesse. Aqueles idiotas parecem mais nervosos do que você.

Kakashi também o sabia, mas isso não o deixava menos preocupado.

- O que seus pais disseram… sobre a Equipe 7?

- Não muita coisa. Meu pai disse apenas: Você vai se surpreender com esse garoto… você e todos aqui. Isso com relação ao Naruto.

- E Kenji protegia o Sasuke com unhas e dentes até morrer – comentou Tenzou, colocando-se ao seu lado. – Isso além de treiná-lo pessoalmente ou designar seus melhores instrutores quando estava muito ocupado.

- E você treinou Sakura, não é, Ran?

- Minha mãe insistiu – disse ela, juntando-se aos companheiros. – Ao saber que ninguém queria treiná-la, pediu que a analisasse e tirasse minhas próprias conclusões. Três dias depois, pedi para ser designada como sua instrutora particular. E não me arrependo. A menina tem potencial, basta que se acredite nisso.

- Acredita nisso?

- Minha mãe não a escolheria se não fosse – comentou, por fim, sorrindo, mas ficou séria ao ouvir uma explosão ao longe.

Eles se moveram em um piscar de olhos, pelo canto dos olhos perceberam que as demais equipes seguiam o mesmo caminho.

 

Os cinco Kages se encontravam em posição de ataque, armas em punho, contra um inimigo mascarado. Mei e A estavam com ferimentos visíveis, enquanto Oonoki, Raza e Hiruzen suavam e mantinham suas expressões tensas.

De repente, o mascarado lançou um ataque, mas ficou surpreso quando uma tora grossa de madeira surgiu, fazendo-o lembrar de uma outra pessoa com poder semelhante.


Notas Finais


O inimigo enfim mostra as garras...


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