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História Outras Estações - Prólogo


Escrita por: SrtaDaydream

Notas do Autor


Hey amorecos <3
Se você passou da sinopse e chegou até aqui: SEJA SUPER MEGA ULTRA BEM-VINDO!
Essa fanfic foi criada exclusivamente para uma aposta, então eu espero postar regularmente para não perdê-la.
Gente, se eu cometer algum errinho, me perdoem, essa é a minha primeira fanfic sobre um tema que eu desconheço totalmente. Eu nunca escrevi nada sobre o Mc Biel, mas espero capturar a personalidade dele e colocar tudo aqui, bonitinho e especialmente para vocês.
Fiquem à vontade para comentar e bater um papo legal comigo. Também sou muito aberta a MPs.
Nos vemos nas notas finais...

Capítulo 1 - Prólogo


Não era novidade eu chegar atrasada, mas pelo sorriso meio psicopata que Simone, a coordenadora da escola, me lançava, essa devia ser a terceira vez que eu chegava atrasada na semana. O que só podia significar uma coisa: Ela viera pessoalmente ligar para os meus pais.

Um amor.

— De novo? — O porteiro ao lado dela perguntou enquanto balançava o molho de chaves no dedo.

Me limitei a dar um sorrisinho seco como resposta.

Simone colocou suas mãos em meus ombros, me conduzindo até a entrada da secretaria, onde outros cinco alunos estavam sentados em um murinho, esperando ordens para poder ir para a sala.

— Hoje é quarta, não é mesmo? — Resmungou ela, depois deu batidinhas em minhas costas. — Três dias seguidos. Não é novidade, né?

— Eu avisei que chegaria atrasada — Retruquei em minha defesa. E isso era verdade, eu havia informado a vice-diretora que talvez chegasse um pouquinho depois do horário.

Simone deu de ombros.

— Ninguém me falou nada. Agora sente lá com seus colegas e espere até o segundo horário.

— Mas eu tenho trabalho para apresentar — Choraminguei.

Mas aquela vaca apenas sorriu, me deu as costas e antes de sumir secretaria à dentro, gritou:

— Vou ligar para sua mãe. Espero que ela já esteja acordada.

Grunhi em frustração. Aquela mulher era a encarnação da maldade.

Apertei a alça da mochila e me joguei no murinho ao lado de um garoto moreno com a cara enfiada num livro. Inclinei levemente a cabeça na tentativa de enxergar a capa.

— Dia ruim? — O garoto perguntou, fazendo-me dar um pulo para trás — Desculpa, não queria te assustar — Ele sorriu abertamente enquanto estendia o livro em minha direção.

— Você não tem ideia do quanto está ruim. Aquela mulher me odeia — Esbocei uma careta em resposta, agarrando o livro estendido.

Ele sorriu, deixando a mostra uma fileira de dentes incrivelmente brancos.

— Acho que ela odeia todo mundo.

— Ainda acho que tenho alguns porcentos a mais do ódio dela.

O garoto deu de ombros, tirando de dentro da mochila um pacotinho de jujubas.

— Aceita? — Perguntou, inclinando o pacote em minha direção.

Balancei a cabeça afirmativamente, ganhando três jujubas. Se eu ia ficar ali fora, melhor que seja comendo.

— Então você curte Jorge Amado? — Perguntei enquanto lhe estendia o livro de volta.

— Capitães da Areia é o primeiro livro que li dele. É uma leitura legal.

Balancei a cabeça afirmativamente.

— Você não é a garota do clube do livro?

— Não é clube do livro, é um projeto para incentivar a leitura dos adolescentes.

— Ah, que seja — Ele tornou a sorrir — clube do livro parece um nome menor, não acha?

Concordei com um aceno.

— E você é o garoto do clube de xadrez.

— Você já foi a um dos campeonatos da escola? — O garoto se aprumou no murinho, erguendo as costas enquanto me encarava todo orgulhoso.

— É uma presença quase obrigatória para a vice-presidente do grêmio estudantil — Soltei um gemido, mas o garoto pareceu não notar, porque continuou.

— Espera — Ele me fitou muito curioso — Você é a Ana?

— Acho que sim — Sorri amarelo.

Há dois anos minha única preocupação era com o que eu comeria no almoço. Tudo bem, eu nunca fui a garota nerd e invisível da escola — Não é à toa que eu ganhei a vice-presidência —, mas meus dias eram incrivelmente monótonos. Porém, depois de milagrosamente ganhar como vice-presidente do grêmio estudantil — O que só podia significar duas coisas: ou eu estava tomando vergonha na cara, ou a macumba que fiz para melhorar minha adolescência, finalmente estava surtindo efeito — minha rotina mudou drasticamente. Entre torneios de futebol e outros campeonatos em que a escola se inscrevia, meu principal objetivo de vida tinha sido deixado de lado: comer não era uma opção. E, vejam bem, eu havia emagrecido cinco quilos. CINCO!

Meu físico tinha sido reduzido de vara pau a “só não voa porque Deus é Pai”.

— Eu sou o Jorge, do 3°2.

— O garoto que ganhou o primeiro lugar no campeonato de xadrez de todas as escolas da cidade — Comentei e isso o fez se animar ainda mais.

Pelo visto Jorge não era só o cara bonitinho que gostava de ler, ele também era medalhista. Em xadrez.

— Não é um mérito só meu — Respondeu com um dar de ombros — Muita gente me ajudou.

Do outro lado do pátio a vice-diretora caminhava decidida, rumo a minha sala de aula. Do seu lado estava Arthur, o presidente do grêmio estudantil.

Estiquei o pescoço na tentativa de enxergá-los melhor.

Arthur era um cara bacana, sempre preocupado com tudo e com todos. Não era a toa que ele era um dos caras mais populares da escola.

— Acho que não é só a Simone que parece de mal-humor — Jorge comentou com um sorrisinho, após seguir meu olhar.

— A Simone sempre está de mal-humor — Resmunguei — Mas parece que hoje é o dia universal de se estressar com a Ana.

— Quais as chances de estarem procurando por você?

— Sabe quando o Arthur se junta com a Sílvia? — Indiquei a vice-diretora — Nunca. Ele sempre deixa esses assuntos comigo.  

— Bem, — Jorge coçou o queixo, depois abriu um pequeno sorriso travesso — Acho que te encontraram.

—*—

Sílvia parecia prestes a assassinar alguém. Logo após xingar Simone de todos os nomes possíveis — E eu tenho que admitir que esse foi o melhor momento do dia —, ela havia praticamente me arrastado até a porta da diretoria com Arthur calado em seu encalço. Jorge só teve tempo de acenar compadecidamente.

— Nós estamos atrasados, muito atrasados — A vice-diretora repetia incansavelmente.

Revirei os olhos. Tudo que eu precisava era sair das mãos de uma louca e vir parar nas mãos de outra.

— Arthur, o que raios está acontecendo? — Exigi saber, mas ele apenas sorriu envergonhado.

— Vocês dois esperem aqui fora, assim que eu chamar vocês entram, certo?

Concordamos com um aceno enquanto observavamos Sílvia se debruçar sobre a porta da diretoria, fechando-a rapidamente depois de entrar.

Eu hein, como se houvesse algo tão preciso dentro de um lugar cheio de fichas demoníacas de alunos. Tenho certeza que nenhuma alma sã perderia seu tempo espiando lá dentro.

— Arthur, você precisa me contar o que eu fiz dessa vez — Choraminguei, agarrando a manga da sua blusa de frio.

— Ana, eu acho melhor a diretora te explicar…

— A diretora? — Arregalei os olhos totalmente surpresa. Tudo bem, admito, nunca fui lá muito santa, mas a diretora nunca teve que me dar um puxão de orelha — Pelo amor de Deus — Pedi quase exasperada — Ou você me conta o que eu fiz ou me ajuda a dar o fora daqui.

Arthur abriu a boca para responder, quando Sílvia surgiu saltitante, nos puxando para dentro da sala.

A diretoria nunca foi meu local preferido da escola. Todas as janelas estavam com a cortininha de florzinhas puxada, impedindo que as pessoas do lado de fora enxergassem lá dentro. Do outro lado de uma mesa grande e azul, sentada em uma poltrona de couro marrom, estava Fátima, a diretora. Ela nos encarava sorridentemente, com o cabelo amarrado em um coque tão puxado, que seus olhos se encontravam para cima.

Estremeci. Aquela não era lá a melhor visão para uma quarta de manhã.

— Arthur, Ana — Fátima acenou — Que bom que vocês puderam reservar um pouco do tempo de vocês para vir me ver.

Reservar não era bem a palavra certa. Eu havia sido arrastada para aquele lugar.

— Como vocês sabem, nossa escola é uma das principais ajudadoras nos projetos sociais da cidade. Nossa querida Ana coordena muitos deles — O sorriso dela se alargou ainda mais e eu fiquei tentada a sair correndo, arrastando Arthur comigo.

Aquela conversa não estava só tomando um rumo estranho — Afinal, desde quando alguém da direção me elogia? Desde quando alguém me chama de querida? —, todas as pessoas ali pareciam muito estranhas. Para começar por Arthur, com cara de quem comeu e não gostou.

— É por causa desse trabalho maravilhoso que fomos agraciados com a tarefa de ajudar alguém muito importante.

Meus ouvidos se apuraram. Agora as coisas pareciam ter bem mais sentido. Era super a cara de Fátima puxar o saco de alguém importante. Um vereador, talvez. O prefeito, se tivermos muita sorte.

— Foi nos concedido o prazer de ajudar o famoso Mc Biel a entrar para os projetos sociais da cidade. E você, Ana, ficará encarregada de colocá-lo a par de tudo.

Fátima sorriu abertamente e Arthur prendeu um gemido.

Ali, no canto da sala, com a expressão mais inocente do mundo, estava a última pessoa do mundo que eu esperava ver hoje.

Droga!


Notas Finais


Espero de verdade que vocês tenham gostado <3
E, por favorzinho, comentem para eu saber ^^


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