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História Outro Mundo - Extra - Dimitri POV


Escrita por: KateMoura

Notas do Autor


Hellou amigas, esse capítulo é enormeee
Boa leitura

Capítulo 22 - Extra - Dimitri POV


    Estava sentado descansando, e tomando um chocolate quente, ainda tentando absorver o que Christian disse quando viu Rose e Mason juntos arranje outro lugar para se agarrar com o seu namorado. Eu já tinha ouvido alguns guardiões comentando que viram eles dois muito próximos em algumas áreas afastadas mas não liguei muito. Mason sabe a verdadeira identidade de Rose e, desconfio eu, deve ser alguma espécie de espião de Abe, ou pelo menos ele arranja um meio de manter contato. Mas o que mais me deixou irritado foi que Rose não negou que eles eram namorados, mas também não confirmou, e eles estavam de mãos dadas. Não gostei disso. 

    Tanaka me disse que Rose tinha uma lista extensa de garotos com quem ela ficou, mas eu não esperava esse tipo de problema aqui depois que ela demonstrou um certo receio dos morois, mas infelizmente ainda existiam os damphirs. Não gosto de admitir isso, mas eu até achei bom ela ter esse medo dos morois, pelo menos evitava que ela se aproximasse dos garotos. Mas claro, ainda existiam os dhampirs, ainda existia o garoto Ashford. 

    Tasha Ozera, uma velha amiga, estava aqui para aproveitar o fim de semana com o seu sobrinho, Christian Ozera. Tasha era uma moroi da realeza mas era tratada como se não fosse por causa dos seus parentes, pais de Christian, que se transformaram em Strigois por conta própria. Na época do ocorrido ela defendeu seu sobrinho de ser levado pelos pais, o que lhe rendeu uma cicatriz na bochecha. Tasha era uma mulher guerreira e cheia de boas ideias, e eu a admirava bastante por isso. Fiquei feliz em vê-la novamente. Notei que Rose não gostou muito dela, e acho que o fato de Tasha ficar toda hora agarrada em mim, não ajudou muito. 

    Eu sabia que Rose se sentia atraída por mim, e talvez até nutrisse uma paixonite, mas não era certo. Ela é menor de idade e minha aluna, e claro, filha de um mafioso poderoso.

    Como Abe pode escondê-la por tanto tempo? Ela me confidenciou que descobriu que já foi compulsada para esquecer que já foi atacada por um Strigoi, e que por conta disso quase morreu afogada. Mas mais do que isso, Rose me confessou que tinha receio de que fizessem isso com ela de novo, quando tudo acabasse. Imediatamente lhe assegurei de que isso não iria acontecer, eu não ia deixar. Abe e Janine, e até mesmo David, não tinham esse direito. E hoje eu quase não me controlei, por pouco não sucumbi ao desejo de sentir os lábios dela contra os meus. 

    Os homens de Abe estavam progredindo bastante junto com os guardiões da corte. Eles tinha descoberto que o Strigoi por trás de tudo isso talvez residisse na Romênia, mas ainda não tinham descoberto a localização exata, por isso Tanaka e alguns guardiões oficiais foram investigar melhor na própria Romênia. 

    Eu as vezes ficava irritado por não poder participar diretamente de tudo. Eu sinto falta da ação. A princesa estaria protegida com as wards e os guardiões da escola, mas se eu fosse, eu deixaria Rose. E além dos meus sentimentos por ela, eu prometi para Janine que iria ser o seu instrutor. 

    Rose está se saindo ótima, talvez semana que vem eu já comece a introdução de luta com as estacas. Ela já era ótima nos padrões humanos, ela só precisa se adequar aos padrões dhampirs e conhecer mais um pouco como funciona o nosso sistema de proteção. Se ela realmente quisesse, ela seria uma ótima guardiã. Eu vejo potencial nela.

    Ouvi meu celular vibrar, e deixando meus pensamentos sobre Rose de lado, eu abri a mensagem que chegou e vi que era David. Ele queria avisar que até agora não encontraram nada de significativo na Romênia e quis saber notícias sobre Rose. Aproveitei e pedi para ele providenciar os remédios dela, já que ela anda tendo insônia e isso a prejudica nos treinos. 

    Abri uma mensagem de Tasha me convidando para ir jantar e eu prontamente aceitei. Seria ótimo conversar com ela em um local mais privado e onde eu não era o Guardião Belikov e sim o Dimitri, ou Dimka, como ela me chama. 

    Passei algum tempo conversando com os outros guardiões e combinando alguns últimos detalhes para a luta de amanhã que eles costumavam fazer duas vezes por ano aqui na St Vladimir, e era uma atividade que era liberada para os alunos dhampirs. Será que Rose estaria lá? O melhor a se fazer nessa altura do campeonato era tentar evitá-la. Eu não podia me aproveitar dela desse jeito. 

    E foi o que eu fiz, enquanto eu ia para a cabana da Tasha, eu repensei meu treino com Rose. Falei somente coisas a respeito da aula e ignorei as outras que ela falava que não tinham nada a ver com os nossos treinos. Era melhor assim. Logo Rose iria se concentrar em ficar com o Ashford e ia esquecer o que acontece, ou melhor, o que não acontece entre nós. 

    O jantar com Tasha foi uma boa distração para a avalanche de sentimentos que acontece dentro de mim. Jantamos sozinhos pois Tasha percebeu que Christian queria ficar um tempo com Lissa.

  -Pelo que ele me contou, Rose vem tomando muito o tempo da princesa. - Ela disse enquanto bebíamos um copo de vinho.

  -Eles têm essa implicância um com o outro. - Eu ri. Era tão fácil rir com Tasha - Mas no fundo eu acho eles não se odeiam de verdade, apenas disputam a atenção de Lissa.  -Também acho. - Ela suspirou e pousou a taça de vinho na mesa - Dimka, Christian se forma ano que vem e depois vai para a faculdade. Eu me dediquei tanto à ele e agora estou com a sensação de dever cumprido.

  -Isso é ótimo. - Eu também deixei a minha taça de lado, já que antes de dormir eu ainda tinha um ronda de poucas horas - Você fez um ótimo trabalho com ele.

  -Agora eu vou ter tempo para mim de verdade - Ela sorriu sem esconder as presas - Arranjar alguém, ter meus próprios filhos.

  -Você merece - Eu sorri para ela e depois olhei para o meu relógio - Está ficando tarde, acho que já vou indo.

  -Você pode dormir aqui, se quiser. - Ela falou demonstrando uma certa malícia e eu achei aquilo estranho. 

  -Eu ainda trabalho daqui a pouco. - Eu levantei uma sobrancelha e concluí que era consequência do álcool. Ela bebeu mais do que deveria. 

  -Sempre o trabalho, Dimka... Sempre. - Ela suspirou e eu me levantei. 

  -Foi muito agradável o jantar. - Eu sorri e me dirigi à porta - É sempre bom ter você como companhia. Obrigada e até mais tarde. 

  -Até, Dimka. - Ela me abraçou e beijou a minha bochecha. 

   Passar um tempo com Tasha me fez ficar um tanto quanto nostálgico, me fez lembrar do meu antigo protegido e melhor amigo, Ivan Zeklos. Não faz tanto tempo assim que ele morreu, e isso piora tudo pois eu sinto tanta falta dele. Talvez se eu não tivesse tirado folga naquele dia, ele ainda estaria vivo. 

    Com pensamentos um tanto tristes, eu fui para a minha ronda e fiquei dando voltas e mais voltas perto do prédio dos morois, até que o meu plantão acabou e eu fui dormir. 

    Meu treino no outro dia com Rose não foi fácil, tentei permanecer distante e cumprindo apenas o meu papel de professor. Ela entendeu o recado e na outra aula focou no treino tanto quanto eu. Não que ela precisasse de foco, ela já era bastante dedicada. No final da aula ela apenas perguntou se eu ia participar da luta dos guardiões e eu disse que não sabia. Não queria Rose lá, se ela estivesse, estaria ao lado do garoto Ashford. 

    Dito e feito. 

    Depois de algumas horas, quando amanheceu e o risco de os Strigois atacarem foram reduzidos a zero, alguns guardiões se encontraram no ginásio para uma atividade de descontração. Alguns noviços iam e era um belo show para eles, afinal não era todo dia que eles viam os guardiões lutando sem ser nas aulas práticas. 

    Combinei de encontrar Tasha no ginásio, mesmo eu dizendo não ser uma boa ideia por causa do sol. Me atrasei alguns minutos pois estava falando com a minha mãe no celular, e quando eu cheguei Tasha estava em um papo animado com Yuri. 

  -Dimka! - Ela sorriu e veio na minha direção - Achei que não ia vir mais. 

  -Apenas me atrasei. - Eu sorri para ela e acenei para os outros. 

  -Celeste e Stan serão os primeiros e você o último junto com o Yuri. 

  -Está ótimo. - Eu disse e olhei para a arquibancada procurando por Rose. 

  -Dimka, o que você acha... 

    Não ouvi mais a voz de Tasha pois vi Rose e Mason conversando muito perto um do outro. Ele estava falando algo no ouvido dela e ela sorriu e falou algo de volta para ele também, depois eles se encararam por menos de dois segundos e ele roubou um selinho dela, a fazendo rir. Típico dos adolescente. Eu poderia fazer mais, muito mais do que só roubar selinhos dela, e tenho certeza que ela iria gostar, e muito. 

    Rose correu seus olhos por todo o ginásio, como se procurasse algo ou alguém, e quando ela me achou, quando ela percebeu que eu estava a encarando, ela não desviou o olhar e sustentou. Rose estava linda com uma calça jeans e uma blusa com um decote que vai perturbar os meus sonhos. A mínima exibição de pele que ela faz me deixa louco. Passei meu olhar entre ela e Mason e depois me fixei nela, e ela não desviou. Parecia que nós estávamos conectados por um linha invisível, mas não durou muito já que Tasha chamou a minha atenção, se virou na direção de Rose e acenou simpática. Rose retribuiu e dessa vez eu dediquei total atenção à Tasha. 

  -Rose é bem simpática. Você é o mentor dela, certo? - Tasha perguntou enquanto nós nos sentávamos. 

  -Sim, ela é uma ótima aluna. Ainda tem muito o que aprender, claro, mas ela é ótima.

  -Acho que vou requisitar ela para ser minha guardiã, ou você acha que a princesa já tem planos para ela? Você sabe... - Ela olhou para baixo e respirou fundo - Eu sempre soube me defender, mas eu nunca fui atacada por um Strigoi e é só questão de tempo até isso acontecer, e se isso acontecer eu tenho certeza que não vou estar preparada. Eu preciso de um guardião de verdade, e se eu brigar por um, eu consigo! É um direito meu.

  -Não tenho certeza se a princesa tem planos para Rose, mas não custa nada tentar. - Eu respondi neutro, sem tentar demonstrar que Rose não estava ali para ser guardiã, o que era uma pena - E eu acho que você já devia ter brigado por um guardião há muito tempo.

  -Se a princesa requisitar ela, Rose não será sua aluna e sim sua colega de trabalho. - Tasha riu. 

    Comecei a imaginar Rose sendo uma guardiã de verdade. Eu não estava facilitando nos treinos e admitido que pegava pesado, e se continuássemos nesse ritmo, tenho certeza que Rose estaria preparada para as provas finais e ainda teria as melhores notas. Deve estar no sangue Hathaway, já que Janine é uma das guardiãs mais respeitadas. 

    A luta começou e os alunos fizeram algum tipo de aposta. Na primeira luta Rose parecia completamente atenta a todos os movimentos que Celeste e Stan faziam. Decidi que ia tomar isso como um dever de casa para ela, eu iria perguntar quais foram as falhas e os acertos de cada um e o que levou cada dupla a ter um lado perdedor. Comecei a observar também e Stan perdeu a luta por distração e por subestimar Celeste. Péssimo para um guardião, principalmente do nível dele. Espero que Rose tenha percebido isso. 

    As outras lutas foram tão empolgantes quanto a de Stan e Celeste, e quando chegou a minha vez eu tentei por em prática tudo o que eu vinha ensinando para Rose, e venci. De longe pude vê-la tão eufórica quanto os outros alunos e me olhando com um enorme sorriso no rosto. Fiquei feliz por ela ter gostado de algo que eu fiz, e espero que ela me passe um bom relatório dessa luta. 

    Os eventos que se sucederam depois disso me deixaram tão atordoado que eu passei as últimas 24 horas me perguntando onde tinha ido parar o meu autocontrole que eu tanto prezava. Eu tinha beijado Rose. Não aquele selinho idiota que o Ashford deu nela, mas sim um beijo de verdade que a fez ficar mole em meus braços, totalmente entregue à mim.     Como eu gostei daquele beijo! Dos seus lábios macios e carnudos contra o meu, da sua língua explorando a minha boca da mesma forma que eu fiz com ela. Rose era o meu desafio pessoal, um desafio que eu sentia que estava perdendo. 

    Por que ela tinha que ser tão atrevida? Por que me confrontar daquele modo quando tudo o que ela tinha que fazer era deixar essa paixão platônica que ela sente por mim sendo platônica. Por deus! Isso não é certo. Eu vou ser preso e demitido se essa história vier à tona. Sem contar que ela é só uma adolescente com hormônios incontroláveis, e no futuro ela vai olhar para trás e pensar que eu me aproveitei dela. Eu não sou esse tipo de homem. O que aconteceu no ginásio nunca mais vai se repetir. 

    Na segunda de manhã, quando eu cheguei no ginásio, eu encontrei Tasha e ela me acompanhou até um canto. Ela tinha adiado a viagem dela em um dia e iria embora assim que amanhecesse. 

  -Dimka, você lembra quando eu disse que agora eu teria mais tempo para mim e minha própria família? - Ela perguntou assim que entramos no ginásio. 

    Olhei ao redor procurando por Rose e estranhei a sua ausência. Na última aula ela chegou cedo por causa da sua insônia, tomara que ela não tenha passado a noite em claro e só conseguiu dormir agora. Voltei minha atenção para Tasha e acenei positivamente com a cabeça. 

  -Eu vou ficar mais alguns dias em Missoula, o que você acha de aproveitar alguma folga sua e sairmos? 

  -Não é uma ideia ruim. - Eu sorri e vi seus olhos azuis gelo brilharem. 

  -Dimka... - Ela respirou fundo e depois olhou para mim como se me analisasse - Nós sempre nos demos tão bem como amigos, poderíamos tentar algo mais. - Ela foi direta, como sempre. 

  -Quê? - Eu não consegui disfarçar a minha expressão de surpresa. Ela enlouqueceu? 

  -É... - Ela passou a mão pelos cabelos negros e abaixou a cabeça - Não precisa ser agora, eu não quero te assustar - Ela olhou para mim e sorriu sem graça - Poderíamos ver se funcionamos como um casal. Eu estou disposta a ter filhos dhampirs e eu sempre soube que você quis filhos. Você é ótimo com crianças - Ela sorriu expondo seus caninos - Não quero uma resposta agora, claro, mas poderíamos tentar nos próximos meses. 

    Eu não sabia o que responder. O que ela estava propondo era o sonho de vários homens dhampirs: Filhos. Uma família. Mas eu também não poderia responder de imediato, e no fundo eu sabia que jamais poderia aceitar essa proposta dela, não quando é Rose que ocupa meus sonhos e pensamentos.

  -Tasha... - Eu não sabia o que dizer - É... Eu... 

  -Dimka, não precisa me responder agora. Vamos sair e conversamos melhor sobre isso. Eu gosto de você - Ela respirou fundo - Sempre gostei. 

    Abri minha boca para falar algo mas não saiu nada. Tasha era minha amiga e eu sempre veria ela como uma, nunca poderia vê-la como mais que isso. Ela nunca demonstrou interesse em mim, ou eu que era tão focado na tarefa de guardião que nunca percebi. 

  -Tasha... - Eu procurei formular uma frase na minha cabeça, mas ela me interrompeu antes que eu desse voz aos meus pensamentos.

  -Não precisa me dar uma resposta agora, Dimka. Apenas pense e vemos como nos saímos nos próximos meses. Talvez isso te ajude a pensar melhor... 

    Eu estava tão chocado com tal declaração que nem me dei conta que Tasha avançou para cima de mim e colou seus lábios nos meus. Eu simplesmente congelei, não sabia o que fazer. Ouvi um pigarreado e estreitei meus olhos na direção da pessoa. Rose. Tão rápido quanto eu olhei para ela, eu empurrei Tasha para frente. 

    Como que isso foi acontecer?

  -Rose... É... Eu... Eu vou indo. Vejo você depois, Dimka. - Tasha saiu completamente envergonhada e quando ela passou por Rose, a morena abaixou a cabeça. 

    Encarei Rose e vi seu semblante de raiva e decepção. 

  -Apenas uma amiga, né? - Ela disse de forma acusatória e eu não respondi, ainda continuava confuso com tudo o que aconteceu. 

    Tasha era só minha amiga, apenas isso, era Rose que eu realmente queria, e infelizmente não podia ter. 

    Como eu não respondi, Rose foi em direção a porta do ginásio e eu fui atrás dela para me explicar. Rose não me deu espaço para explicações e começou a falar várias coisas para mim. Só consegui calar ela com um beijo, e depois disso, fizemos uma coisa totalmente insana e inapropriada de se fazer dentro de um ginásio, ou como Rose enfatizou, meu local de trabalho. Novamente eu me pergunto: Cadê o meu autocontrole? Ele some quando estou perto dela! 

    Passei o resto do dia cumprindo minhas obrigações, mas meus pensamentos sempre voltavam para Rose. Não vi Tasha pelo resto do dia, mas eu teria que ir atrás dela e dizer que a minha resposta era não e que não havia o que se pensar. Eu não poderia fazer isso, não depois de avançar com Rose. 

    Eu ainda tinha muito o que conversar com a pequena. Ela deixou bem claro que gosta de mim, mas os meus sentimentos vão além de gostar, eu a amo. Queria que ela me correspondesse da mesma maneira, e não apenas me visse como um desafio ou uma paixonite que eu loucamente estou alimentando. Me sinto como se eu estivesse me jogando de um abismo e fazendo força para ir mais fundo. Eu mesmo estou me arruinando. 

    Na hora do treino com Rose, Tasha me mandou uma mensagem pedindo desculpas por mais cedo e dizendo que iria à cidade, mas que resolveu passar mais um dia na escola. Isso não é bom. 

    O treino com Rose foi totalmente profissional, diferente do que ocorrera de manhã. Eu procurei me manter distante e com a máscara de guardião, e fiz ela treinar o dobro. Rose era ótima e eu não iria desperdiçar isso, mas no final do treino, vendo o tanto que ela se dedicou e ficou no tom profissional, eu a recompensei com um rápido beijo. 

   Acho que eu poderia me acostumar com isso. 

    Já no meu quarto, depois de quase ter tido uma briga com Rose, eu estava sentado na minha cama, repassando as coisas e avaliando se ela realmente tinha consciência dos seus atos, até que o celular tocou e era Tanaka. Congelei na hora. Antes de ir embora, David conversou comigo e pediu para eu tomar conta da Rose. Eu não quero nem imaginar quando ele descobrir que eu ando fazendo esse serviço mais do que bem. 

  -Tanaka, descobriu algo importante? 

  -É, sim. - Ele disse com a voz cansada - Achei um não-prometido que faz alguns serviços e finalmente descobrimos o nome do Strigoi: É Rupert. Como já tínhamos algumas informações sobre ele, só não sabíamos seu nome e o seu paradeiro, talvez as coisas fiquem melhores agora. Já entraram em contato com você sobre a missão? 

  -Não, eles me falam apenas coisas vagas - Eu suspirei frustrado - Acho que eles jamais irão concordar com essa missão. 

  -Mas ela é necessária! Rose e a princesa não podem passar a vida toda escondidas. A situação fica pior a cada dia, temos indícios de que humanos trabalham para esse Strigoi. Temos que cortar o mal pela raíz. Se você pressionasse um pouco o conselho, talvez eles mudem de ideia, precisamos organizar esse ataque. 

  -Eu sei disso - Eu respirei fundo - Vou falar com eles, só não garanto nada. Eu não tenho muita influência nesse meio. 

  -Mas você é um bom guardião, e eles jamais te ignorariam. Janine também vai começar a pressionar, e talvez com vocês dois insistindo, o conselho aprove esse ataque, senão... Vai ser somente o meu pessoal mesmo. 

    Não era muito comum os guardiões atacarem os Strigois, mas avaliando a gravidade da situação, esse era o certo a se fazer. O conselho jamais iria aprovar uma coisa dessas, mas os homens de Abe não precisavam da autorização deles, eu e Janine sim. Era uma situação completamente delicada. 

  -Irei fazer o que estiver ao meu alcance. - Eu disse cansado. 

  -Obrigado, Belikov. Mas eu também quero saber notícias da Rose, como ela está? Já se meteu em encrenca? 

  -Mas ou menos. - Eu respondi e procurei controlar a minha respiração ao lembrar de Jesse - Um Moroi da realeza se aproximou dela e deixou bem claro que queria... Enfim... 

  -Como é? - Ele gritou totalmente surpreso - Ele encostou nela? Ele fez alguma coisa? Quem é ele, Dimitri? - A voz dele demonstrava bem que ele estava entre a raiva e o desespero. 

  -Ele não fez nada com ela, mas acho que todo o progresso que ela vinha fazendo em relação ao medo dos vampiros foi por água abaixo. Eu estava por perto fazendo uma ronda e ela estava a beira de um ataque de pânico, mas eu intervi. 

  -Ela tentou fazer alguma coisa com ele? Foi reportado isso? 

    Eu expliquei que não, mas eu deixei bem claro que se isso voltasse a se repetir, eu mesmo daria uma lição nele. Também falei sobre o ocorrido com a Srta Rinaldi, mas que esse foi reportado por mim e que a moroi cumpriu três dias de detenção, claro que eu ocultei o que quase fizemos no vestiário, e o que fizemos nessa manhã. 

  -Sim, você fez certo, Belikov! - Ele disse com a voz mais controlada e até sombria - Esse tipo de coisa não se resolve com castigo de escola. Qual o nome dele? - Percebi que ele não se referia ao acontecimento que quase levou Rose a ter uma hipotermia e sim do incidente com Jesse, e ele mesmo queria aplicar um castigo no moroi.  

  -Creio que não é necessário o nome dele ser revelado. Eu já lhe disse que se ele voltar a incomodar Rose, eu mesmo darei um jeito nele, e eu garanto que irá doer. - Logo me repreendi por ter dito a última frase. Eu jamais iria revelar o nome para David pois sabia que ele iria querer fazer algo, e mesmo dentro da academia, tenho certeza que Abe daria um jeito de machucar o Moroi. Mesmo Jesse sendo um idiota, era o meu dever proteger ele. Ele era Moroi. Era um Zeklos. 

    David passou um tempo calado e eu até associei o seu novo comportamento sombrio e calculista ao de Abe, que em nada se parecia com o homem descontraído que ele era ao lado de Rose, ou o guardião sério de quando nos vimos pela primeira vez. Eu estava lidando com o lado mafioso de Tanaka. 

  -Estou confiando em você, Belikov, mas se algo acontecer de novo a Rose, ou se esse Moroi ao menos conseguir chegar perto dela novamente, eu não vou poupar esforços em saber quem ele é. Seu dever pode ser com os morois, mas o meu é com a Rose. E caso você realmente venha dar uma lição nele, me chame também, pode ser bem divertido! - Eu identifiquei uma pitada de divertimento na voz dele. Quando ele queria, Tanaka sabia ser igual ao chefe - Eu mandei entregar os remédios dela para você, assim eles não passam pela vistoria dos alunos, apesar de a receita médica estar indo junto. Já chegou aí? - Ele voltou para o seu modo normal. 

  -Não, mas vou dar uma olhada mais tarde. - Eu disse com a voz neutra e agradecendo por Tanaka não ter percebido meus sentimentos por trás da ameaça à Jesse. 

  -Sei que é pedir demais, mas eu acho que Rosemarie pode não querer tomar eles, então você pode ver ela tomando os remédios? Só para garantir. 

  -Claro, não há problema. 

  -Obrigado, Dimitri. Falo com você depois. 

  -Tudo bem, até mais. 

    Saí do meu quarto, fui até a sala dos guardiões e peguei a encomenda que havia chegado para mim. Era uma sacola média, da cor branca e que estava lacrada. Respirei fundo e olhei para o relógio, ainda faltava uma hora para o toque de recolher. Botei a encomenda no meu armário e fui conversar com os outros guardiões. Eu não era muito de socializar, mas vez ou outra é necessário. Seguimos para o jantar e conversamos mais algumas coisas úteis.

    Olhando no relógio e vendo que já passava quase quarenta minutos depois do toque de recolher, eu me despedi dos meus colegas e fui para o meu armário pegar os remédio de Rose. 

    Antes de ir para a sua ala, eu passei na cozinha do meu prédio e preparei um chocolate quente, despejei todo o líquido em uma garrafa térmica e peguei duas canecas. Equilibrando a sacola em uma das mãos, e a pequena garrafa térmica e as duas canecas na outra, eu fui para a ala dos estudantes. Passei pela velha moroi recepcionista e ela pareceu não me dar muita atenção. Agradeci por isso, assim eu poderia demorar o tanto que eu quiser e não limitar minha visita apenas em alguns minutos.  

    Bati na porta do quarto e depois de um grito não muito bem humorado de Rose, ela abriu a porta e eu fiquei totalmente surpreso com o que eu vi. Sei que Rose é uma garota, mas ela não faz muito o estilo de gostar de coisas que podem ser classificadas fofas. Acho que me enganei. Rose estava vestida com um moletom da cor rosa, com um unicórnio vomitando arco íris estampado nele, olhei para os seus pés e ela usava pantufas de coelho e meias com corações na cor rosa estampado e iam até abaixo dos seus joelhos. Ela parecia constrangida por ter sido pega vestida naqueles trajes, mas ela estava linda do mesmo jeito. Fiquei com vontade de rir, mas acho que ela fecharia a porta na minha cara, então apenas sorri. Ela ia dizer algo, mas seu celular vibrou e ela voltou toda a atenção para ele. 

    Espera. Onde ela tinha arranjado esse celular? 

  -Onde você arranjou esse celular? - Eu disse dando voz aos meus pensamentos. 

  -Meu pai deixou comigo. Entra aí. - Ela disse sem tirar os olhos do celular e digitando tão rápido que eu franzi a testa e me perguntei se era possível alguém digitar naquela velocidade - Eu não vou tomar essas porcarias! - Ela cruzou os braços e se sentou na cama emburrada e murmurou algo em turco.

    Respirei fundo e olhei ao redor examinando o quarto dela. Ela tinha uma cama de casal com um colcha branca que tinha detalhes verde musgo costurados com cuidado. Seus móveis eram iguais aos dos outros quartos, mas tinha algo na decoração do ambiente que deixava tudo mais a ver com ela. Seu iPod estava plugado em uma caixa de som que tinha o formato do pac man preto, e logo ao lado dele, tinha uma pilha de livros de biologia. Não sabia que Rose se interessava por isso. 

  -Tudo bem. - Eu respirei e me sentei em um puff vermelho que estava ao lado da cama. Percebi que se formou uma tensão no quarto e eu fiquei meio sem saber o que fazer, afinal nós fizemos coisas no ginásio, o que nos impediria de fazer algo no quarto dela? - Quer um chocolate quente?

  -Quero! - Ela se animou e sorriu. 

  -Não vai abrir? - Eu entreguei a sacola para ela. 

    Rose pareceu pensar durante alguns segundos, depois ela abriu a sacola ansiosa e tirou de lá três barras de chocolate e duas caixas de remédios junto com uma receita que tinha algumas coisas escritas e dois carimbos. Aproveitei e comecei a encher as canecas com o líquido quente enquanto ela se levantava e guardava as barras e a receita no seu guarda roupa.

    A segui com os olhos e senti uma pequena excitação ao ver como o short branco de elástico mal a cobria, me dando uma visão gloriosa das suas pernas e da sua bunda. Ela se curvou e abriu uma gaveta que tinha alguns papéis e guardou a receita, e nesse momento meu queixo caiu com a visão que ela me proporcionou. Como ela conseguia me enlouquecer mesmo estando vestida de forma tão infantil? Procurei me concentrar no seu moletom e nas suas pantufas de coelho antes que uma elevação no meio das minhas pernas surgisse e me deixasse em uma situação constrangedora. 

    Rose voltou para a cama e segurou as duas caixas de remédio e respirou fundo, ela olhou para mim e deu um sorriso triste. 

  -Eu não sou louca, mesmo o remédio de tarja preta mostrando o contrário. 

  -Você não é louca. - Eu disse sério e entregando uma caneca para ela - Me deixe ver esses remédios. 

    Ela pegou a caneca com uma mão e com a outra ela me entregou a caixa de remédio branca e que tinha uma linha preta e grossa passando no meio dela. Abri a caixa e tirei de lá um pequeno frasco que tinha no máximo cinco centímetros e examinei o conteúdo dentro dele. Era líquido. Abri a tampa e levei até o meu nariz e inalei, pelo menos o cheiro era doce. Tampei o remédio e entreguei de volta para ela. 

  -Não tome agora - Eu disse tentando arrumar outra solução para ela dormir. Realmente não me agradava a ideia dela tomar esses remédios - Vamos terminar o chocolate primeiro. 

  -Claro - Ela sorriu - E também eu estava estudando mesmo. Não quer sentar aqui? - Ela bateu a palma da mão na sua cama e eu pensei se aquilo não era um convite. Olhei para ela e tentei ver algum resquício de malícia na sua voz ou no seu rosto, mas ela apenas parecia triste. 

  -Tudo bem - Eu me levantei e tirei o meu sobretudo para ficar mais confortável e tirei meus sapatos. Subi na cama tendo o cuidado de não derramar meu chocolate quente e sentei bem ao seu lado. 

    Rose respirou bem fundo quando eu me sentei e apoiou sua cabeça no meu ombro e bocejou. 

  -É sempre assim... - Ela deu um gole na sua bebida e continuou - Eu passo a noite bocejando mas não desligo. É como se a minha mente continuasse funcionando mesmo meu corpo implorando por descanso. 

  -Não se preocupe - Eu levei minhas mãos para os seus cabelos quase pretos e senti uma sensação boa ao tocá-los - Isso vai passar. 

  -Eu espero - Ela falou e nos cobriu com um edredom e colocou um papel perto da sua escrivaninha - Você deveria estar aqui? 

  -Não, mas eu quero estar aqui - Eu disse baixo. Eu me senti estranho e feliz por estar com ela. 

  -Que bom. Não vai ser bom se você for pego, claro, mas você entendeu.

    Rose estava um pouco nervosa, e isso fez com que a tensão crescesse. Eu não sabia se ela estava nervosa por causa de mim ou se era por causa dos remédios. Sinceramente espero que seja por causa dos remédios, a última coisa que eu quero é que ela se sinta desconfortável com a minha presença. 

  -Eu tenho que tomar os remédios agora? 

  -Você quer tomá-los agora? - Eu perguntei. 

  -Odeio quando você responde minhas perguntas com outras perguntas - Ela saiu do meu lado e se deitou na cama bocejando - E não, não quero tomar eles agora, há coisas mais interessantes que eu quero fazer antes de dormir. - Ela sorriu maliciosa. 

  -Tipo o quê? - Eu me aproximei dela e entrei no seu joguinho. 

    Ela sorriu e me beijou. Um beijo calmo e leve, que nos permitia desfrutar um da boca do outro sem pressa, nós tínhamos todo o tempo do mundo, estávamos no seu quarto e ninguém iria nos incomodar. Fui para cima dela ao mesmo tempo em que pedia passagem para a minha língua e ela cedeu, me permitindo sentir o gosto de chocolate na sua boca. Ela levou suas mãos para a minha nuca e eu desci as minhas em direção as suas coxas, sentindo toda a maciez da sua pele exposta. Eu já sentia uma pequena elevação se formar no meio das minhas pernas e mentalmente me perguntei se já não estava na hora de parar tudo por ali, mas fica meio difícil pensar quando se tem uma boca deslizando pela sua pele. 

    Rose deu a entender hoje de manhã que era virgem, e eu não quero que ela se sinta obrigada a fazer nada que não queira, e também acho que já fomos longe demais. 

  -Roza, vamos dormir, por favor... - Eu falei com um pouco de dificuldade e saindo de cima dela. 

    Ela olhou para mim um pouco confusa e depois sorriu, mas não um sorriso doce, e sim um sorriso travesso. Ela se aproximou de mim e sorriu perversamente. 

  -Do que você tem medo, professor? - Ela sussurrou e deu ênfase no professor e eu engoli em seco. Tentar ser um cavalheiro com uma menina virgem não dá muito certo quando ela fica te provocando, nem quando você tá deitado na cama dela. 

  -Rose... 

    O celular dela começou a vibrar e ela olhou para a tela e arregalou os olhos. 

  -É o Dave! - Ela me olhou assustada e atendeu - Hey... Sim, tomei... Claro que não, por que ele ficaria? Eu só agradeci e fechei a porta na cara dele... Não tô nem aí... Sim... Três gotas... Sim, e adorei - Ela sorriu - Você sabe que eu te amo, né? - Ela soltou uma gargalhada e olhou para mim, mas depois desviou - Tenho que desligar, amanhã nos falamos. Ok... Não, não tem... Estou me saindo bem, por enquanto... Tudo bem. - Ela desligou e olhou para mim soltando um sorriso inocente. 

    Fui salvo pelo Tanaka, se não fosse por essa ligação eu não teria sido capaz de me controlar. 

  -Sabe, Camarada - Rose sorriu e se deitou - Eu não sei o que Dave faria se ele descobrisse que você está aqui na minha cama. 

  -Não me chame assim... - Eu levantei a sobrancelha - E ele não vai descobrir a menos que você conte. 

  -Hey, eu prezo pela sua vida, ok? - Ela bocejou e se aninhou no meu peito - Mas sei bem que você é um deus russo, talvez o Dave consiga só quebrar alguma parte do seu corpo e não te matar. Ele é muito bom. 

  -Por você vale a pena ter qualquer parte do meu corpo quebrado, Roza. - Eu disse carinhosamente e comecei a acariciar os cabelos dela. Eles são lindos. 

  -Que linda declaração, Camarada. - Ela riu e bocejou novamente. Talvez ela não precise dos remédio hoje. 

    Fiquei pensando no que ela disse e realmente seria um problema se alguém, principalmente o David, descobrisse. Mas pela minha Roza valeria apena qualquer coisa. Passei uns bons minutos pensando no que eu estava fazendo e a resposta era simples: Uma loucura. Era loucura me envolver com Rose, mas eu não conseguia me distanciar mais, e mesmo se eu fizesse, ela seria atrevida o bastante para me confrontar. 

    Olhei para a pequena que já dormia em cima do meu peito e senti um pequeno aperto no coração por causa de tudo. Seria impossível manter algo quando ela fosse embora, e aqui só poderíamos ficar juntos escondidos, correndo riscos e mais riscos. Era um envolvimento perigoso em todos os sentidos. 

    Depositei um beijo no topo da sua cabeça e bocejei, sentindo o sono me consumir aos poucos. Vi que Rose dormia profundamente e me perguntei se eu fui a cura para a sua insônia, e chegando a conclusão que sim, eu me deixei levar pelo cansaço. 


    Os últimos três dias foram tranquilos. Eu consegui enrolar Tasha para o tal encontro, nos falamos somente por mensagens e não tocamos mais no assunto do ginásio. Rose não se meteu em problemas e ela está indo muito bem nos treinos. Sempre mantemos o tom profissional nas aulas, são negócios, mas antes ou depois dos treinos ela sempre conseguia me roubar alguns beijos. Estou dormindo com ela esses dias, percebi que eu realmente fui a cura para a sua insônia, e ela melhorou muito o seu humor já que voltou a dormir bem. Eu só tinha dificuldades para acordá-la de manhã, acho que ela até já me xingou em turco uma vez. Quanto ao nosso contato físico, graças a deus não passamos dos beijos, o máximo que já chegamos foi o ocorrido no ginásio, embora Rose se esforçasse para conseguir me enlouquecer. 

    Saí do meu quarto e fui em direção a saída do prédio, onde eu dei meia volta e entrei pela porta dos fundos com uma cópia da chave que eu consegui ontem. Entrei na parte da ala dos noviços e subi um pequeno lance de escadas até chegar no corredor certo. Nós não tínhamos câmeras nos corredores e eu agradeço por essa imensa falta de atenção na segurança básica da escola. Passei rápido pelas portas, embora a maioria estivesse vazia já que o número de mulheres dhampirs que estudam para se formar vem caindo muito, o que possibilita Rose ter um quarto só dela. Bati na porta e escutei um "entre" animado. Abri a porta e quase engasgo com visão que eu tive. 

    Rose estava vestindo uma camisola de seda roxo escuro, quase vinho, combinando perfeitamente com a sua pele amendoada. Ela ia até a metade das suas coxas e era bem decotado, com uns detalhes de renda no busto. Seus cabelos estavam soltos em belas ondas e emoldurava seu rosto. Onde foi parar o moletom de unicórnio e a pantufa de coelho? 

  -Hey, Camarada! - Ela sorriu travessa. 

  -Rose, o que você... - Eu passei as mãos pelos meus cabelos. 

    Tudo bem, se era isso o que ela queria eu não iria negar mais, até porque só deus sabe o esforço que eu ando fazendo. 

    Tranquei a porta e olhei para ela sem disfarçar em nada o quanto eu gostei de vê-la vestida naquela camisola, tirei meu sobretudo e fui na sua direção. Ataquei seus lábios liberando toda a minha fome que eu tinha dela e trouxe seu corpo mais para perto do meu, e logo comecei a explorar a sua boca como bem entendia. Nos guiei para a sua cama e a deitei ficando por cima dela e descendo meus beijos em direção ao seu pescoço. 

  -Pensei que eu nunca ia conseguir fazer você perder o seu tão precioso autocontrole. - Ela gemeu logo em seguida ao sentir que eu mordi o lóbulo da sua orelha. 

  -Isso você já fez assim que eu te conheci... - Eu sussurrei no seu ouvido e me levantei, ficando ajoelhado entre as pernas dela. Rose me olhava com desejo, ela me queria tanto quanto eu a queria, mas eu vi que ela estava nervosa também. Abandonei meu lado animal e olhei para ela com ternura - Não vamos fazer nada que você não queira. Eu vou respeitar o seus limites. 

  -Eu sei que vai - Ela me olhou e sorriu - Você é maravilhoso. 

  -Você é mais - Eu sorri para ela e a beijei com mais calma. 

    Seus lábios macios e carnudos eram uma perdição, puxei seu lábio inferior e a ouvi gemer assim que espalmei minha mão direita na sua bunda, mas não demorei por aquela região, continuei explorando a maciez da sua pele e fui para as suas coxas torneadas. Desci meus beijos para o seu queixo e pescoço, onde a provoquei com lambidas e chupões, mas dessa vez tendo o cuidado para não deixar nenhuma marca. Me aproximei mais dela roçando nossas intimidades e me esfreguei nela, recebendo um gemido em troca. Voltei a colar nossas bocas e Rose aproveitou para tirar minha camisa, e eu a ajudei no processo jogando a camisa para um canto do quarto que eu não me interessava em saber. 

    Rose me encarava com luxúria e mordendo o lábio. Se ela soubesse o canto me deixa louco com esse pequeno o gesto, ela não faria isso. Ela se sentou na cama e passou as mãos pelo meu peito e desceu até a minha barriga. Me encarando com um sorriso malicioso, ela começou a desfivelar meu cinto e abrir os botões da minha calça, mas antes que ela pudesse terminar eu comecei a subir a sua camisola, a deixando somente com uma calcinha preta de renda. 

    Magnífica. Essa era a única coisa que me vinha à mente enquanto eu olhava para Rose. Minha imaginação fértil em nada fez jus a realidade. Rose era dona de um corpo que eu nunca vi em mulher nenhuma. Sua cintura fina se contrastava com o quadril largo e suas coxas torneadas. Seus seios eram ainda mais lindos do que eu imaginei, grande e firmes, com uma marca de biquíni surpreendentemente forte e mamilos alguns tons mais escuros que a sua pele. 

  -Você é linda, Roza - Eu murmurei antes de deitar ela na cama novamente e começar a explorar aquele corpo - Tão linda que chega a doer. 

    Passei minhas mãos ao redor do seu corpo até chegar nos seus seios, onde eu comecei a estimular ambos os mamilos. Rose fechou os olhos e aceitou a carícia de bom grado, soltando fracos gemidos e murmurando o meu nome. Me abaixei na sua direção e a beijei com paixão, sentindo ela puxar meus cabelos e começar a se esfregar em mim. 

  -Me deixe tocar você também... - Ela pediu com a voz falha enquanto eu descia meus beijos pelo seu colo. 

  -Você vai - Eu disse com a voz rouca - Acredite, eu estou louco para sentir suas mãos ao redor de mim - Agarrei seus seios com ambas as minhas mãos e ela arfou - Mas primeiro eu quero tocar em você. Gostosa!

    Abocanhei seu seio esquerdo e ela soltou um gritinho. Agarrei o direito e rolei o mamilo entre os meus dedos enquanto eu passava minha língua no outro. 

  -Dimitri... - Rose gemeu meu nome de uma forma tão gostosa que eu empurrei minha ereção mais ainda contra ela, fazendo ela soltar um gemido um pouco alto.

  -Seja silenciosa. - Passei minha língua na ponta do seu mamilo e vi ela morder o lábio - As pessoas não podem nos ouvir. Ou você quer que eu pare, Roza? 

  -Não! - Ela logo tratou de dizer - Não pare! 

    Sorri com aquilo e continuei a estimular ela. Rose agarrou meus cabelos e começou a gemer baixo. Desci minha mão pela sua barriga e parei na barra da sua calcinha esperando a sua autorização. 

  -Tudo bem... - Ela sorriu e fez um sinal positivo com a cabeça. 

    Sua respiração ficou mais pesada e quando eu ia chegar perto dos seus grandes lábios, completamente louco ao sentir que Rose era lisinha, meu celular toca. Bufo em frustração e Rose também. 

  -Guardião Belikov - Eu atendo e nem me dou o trabalho de olhar para a tela. 

  -Sou eu, Abe Mazur - Eu congelo só de ouvir a voz dele - Traga a minha filha junto com a Dragomir. Estou na cabana do lado leste. Seja rápido. - Ele desligou. 

    Olhei para Rose que me encarava com preocupação e coberta pelo edredom. 

  -O que foi? 

  -Seu pai está aqui. - Eu digo com a voz neutra e levantando da cama. 


Notas Finais


Eu sou má, né? Eu sei muahahaha


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