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História Outro Mundo - O resto é resto


Escrita por: KateMoura

Notas do Autor


Olá amores, aqui mais um capítulo para vocês e... tem hot.
Boa leitura

Capítulo 28 - O resto é resto


-Dimitri? - Eu perguntei baixo e com medo - Você não acreditou nisso, certo?

Ele demorou um pouco para me responder, mas foram poucos instantes tortuosos. Eu não me importava com o que os outros iriam pensar, mas me importava com o que ele ia, e um medo se apoderou de mim. Ia ser chato, e até humilhante, ser tachada de vadia de novo? Sim, mas ia ser pior se Dimitri acreditasse.

Dimitri se virou na minha direção e desfez suas postura tensa e falou:

-Não, Roza - Ele se aproximou e colocou suas mãos no meu rosto - Por que você acha que eu acreditaria nessas fofocas de escola quando você passou a noite comigo ontem? 

-Ainda bem! - Eu respirei aliviada e vi ele fazer uma cara confusa - O jeito como você tava... - Eu abaixei minha cabeça envergonhada - Não sei... Deu medo. 

-Eu fiz uma promessa para você ontem de que eu nunca ia te abandonar - Ele me abraçou e eu aceitei aquele carinho me apertando mais ainda contra o peito dele - Aceite isso. - Ele riu - Você não vai se livrar de mim tão fácil.

-E eu nem quero - Eu ri, mas depois lembrei do que eu ia ter que enfrentar lá fora e de repente ficar aqui no ginásio com Dimitri não me pareceu uma ideia ruim. 

-Você já almoçou? - Ele beijou o topo da minha cabeça e alisou o meu cabelo. 

-Não, e eu estou morrendo de fome - Eu suspirei - Eu só não quero ir lá para fora agora.

-Eu vou pegar o seu almoço. Tudo bem? - Ele me soltou e sorriu.

-Se tiver purê... - Eu sorri e tentei ignorar o nó na minha garganta que já estava incômodo - Não economize. Eu estou em fase de crescimento.

-Lamento lhe informar, Roza, mas você não vai crescer mais do que isso - Ele gargalhou e abriu a porta do ginásio, me deixando igual uma boba ao presenciar um dos raros momentos em que ele ria abertamente.

Quando eu voltei a mim, eu arrastei minha mochila até a arquibancada, torcendo para que Dimitri realmente não economizasse no purê, e me sentei. Aproveitei o silêncio durante alguns segundos e respirei fundo, tirando meu ipod da mochila e apertando o aleatório. 

Fofocas de escola realmente eram um saco, e bem, já que eu ia ter o meu castigo - sei bem que passar a maior parte do tempo com Dimitri e longe das fofocas não é castigo - eu vou voltar e terminar de quebrar a cara do Jesse. Kirova não poderia me expulsar mesmo. 

Fiz a minha mochila de travesseiro e deitei, deixando qualquer música tocar. Procurei relaxar mas a vontade de chorar veio instantaneamente. 

Por que as pessoas são tão maldosas? Uma meretriz de sangue? Isso é tão doentio! Eu nunca faria uma coisa dessas. Limpei algumas lágrimas e decidi que eu não ia chorar por causa disso. Eu era capaz de aguentar essas fofocas. Sempre fui. Eu só tinha que agir do meu jeito Mazur, ou Hathaway. 

Revirei meus olhos e coloquei na minha playlist de lapdance. Pelo menos música ia me distrair. Começou a tocar Do I Wanna Know do Arctic Monkeys, e eu imaginei como Dimitri reagiria se eu fizesse uma lapdance para ele. Eu gostei das reações que eu causei ontem, e eu sei que eu posso fazer muito mais, só preciso deixar uma certa timidez de lado e investir na beleza que eu sou dona. Talvez eu devesse começar a treinar e assistir algumas vídeo aulas no youtube, também tenho que entrar em alguns sites e pegar dicas sobre sexo.

E foi o que eu fiz.

Aproveitei que Dimitri não tinha chegado e peguei o celular na minha mochila e entrei em um site que dava ótimas dicas. Até o meu camarada chegar com duas vasilhas de comidas e dois refrigerantes, e eu esconder meu celular que nem um louca, eu fiquei sabendo que minhas mãos eram as minhas maiores aliadas junto com a minha boca. Talvez eu devesse testar essa teoria agora. 

Ok, eu era capaz de seduzir um russo. Ainda faltava quase uma hora para a minha aula de arte eslava. 

-Tinha purê? - Eu perguntei sentando na arquibancada e cruzando as pernas. 

-Sim - Ele se sentou ao meu lado, um pouco longe, e me entregou a minha vasilha de comida - E tinha bolo também. 

-Perfeito! - Eu sorri e peguei meu refrigerante, deixando toda a nossa comida um degrau acima de nós dois - Mas eu não quero comer agora.

-Mas você disse que tava com fome - Ele me olhou confuso. 

-Minha fome pode esperar - Eu soltei um sorriso malicioso e fui engatinhando na direção dele.

-Não, vá comer - Ele fez sinal para que eu não me aproximasse mais - Daqui a pouco você tem aula.

-Eu nem presto atenção naquela aula mesmo... - Eu me aproximei mais ainda dele, deixando nossos rostos muito próximos um do outro. 

-Rose, é o meu local de trabalho! 

-Eu lembro que isso uma vez não nos impediu - Eu olhei rapidamente na direção da porta e verifiquei se ela estava bem fechada - Podíamos repetir... - Eu dei um beijinho nele e depois o olhei com a cara mais safada que eu consegui fazer - E acrescentarmos algumas coisas. O que você acha? 

-Eu acho que você está passando dos limites - Ele disse sério e se afastando, mas eu vi o desejo nos seus olhos - Espere até o toque de recolher.

-Mas você não acha que agora seria bem melhor? Eu estou com ideias maravilhosas na minha cabeça. - Eu disse engatinhando novamente na direção dele, e quando eu cheguei perto, eu sentei no seu colo colocando minhas pernas uma de cada lado do seu quadril.

-Roza... - Dimitri falou espalmando suas mãos no meu quadril e sorriu - Você não tem jeito. 

-Eu sei que você gosta de mim assim... - Eu pisquei para ele.

Dimitri não me respondeu, apenas sorriu malicioso e me beijou com completa luxúria. Eu correspondi o beijo na mesma intensidade e passei minha mão no seu cabelo, sentindo toda a maciez dos fios. Beijar Dimitri sempre me causava uma explosão de sensações, mas ali no ginásio, onde nós poderíamos ser flagrados por qualquer um que entrasse, aluno ou guardião, deixava tudo bem mais excitante, deixava o proibido bem mais proibido. Eu também não podia deixar de me sentir vitoriosa, pois eu sabia que Dimitri era um chato de galocha se tratando de regras, e bem, ali estava ele quebrando todas elas junto comigo. 

Ele desceu seus beijos pelo meu queixo e deu leves mordidinhas pela região, indo para o meu pescoço. Seus lábios finos e macios contra a minha pele era uma das melhores sensações do mundo. Suas mãos, agora alisando minhas coxas, foram para a minha bunda. Agradeci por naquele momento eu não estar usando meia calça por baixo da saia, optando por longas botas de camurça por conta do frio. Eu já podia sentir um volume se formando no meio das suas pernas, e seguindo as dicas daquele site, eu criei coragem e comecei a dar início ao meu plano pervertido:

-Dimitri... - Eu gemi ao sentir uma certa pressão no meu pescoço. Assim fica difícil me concentrar nos meus planos.

Deslizei minhas unhas pelo seu peito, por cima do tecido da blusa, e me senti decepcionada por não estarmos no meu quarto, onde eu poderia vê-lo sem roupas. Dimitri ainda depositava beijos molhados pelo meu pescoço, me incentivando a rebolar mais sobre a sua ereção. Foi quando ele se deixou levar por este gesto que eu dei início as minhas investidas, deslizando minha mão cada vez mais para o sul. 

-Não vamos passar disso. - Dimitri segurou minha mão ao perceber o caminho que eu estava fazendo.

-E por que não? - Eu sorri maliciosa e lhe dei um beijo.

-Alguém pode chegar - Ele disse enquanto eu descia meus beijos pelo seu pescoço e ele explorava meu corpo com as suas mãos grandes e macias.

-Hum... - Eu sorri maldosa e desvencilhei minha mão da mão dele, alcançando o meu objetivo e roçando minha mão no seu membro, e mesmo com o tecido grosso da calça jeans, eu vi que eu estava conseguindo animar o russo. Subi meus beijos até a sua orelha, onde mordi o ponto sensível, e criando um pouco de coragem, eu apertei seu membro e o provoquei com palavras - Eu queria colocá-lo na boca. Você deixa? 

-Roza... - Dimitri tentou falar em tom de repreensão, mas só pelo modo como meu nome saiu dos seus lábios eu vi que ele gostou da ideia. 

-Você deixa? - Eu repeti a pergunta deslizando minha outra mão pelo seu braço esquerdo e indo direto para a sua calça jeans. Olhei para Dimitri e soltei um sorriso safado enquanto eu desfivelava seu cinto - Hum? 

-Aqui não - Ele segurou minha mão novamente e sorriu malicioso - Vem. 

Eu e Dimitri descemos as arquibancadas e quando pisamos no chão, ele me puxou para os seus braços e me beijou furiosamente. Entrelacei minhas pernas ao redor do seu quadril e ele nos guiou para o vestiário.

Isso vai ser melhor do que eu pensei.

Dimitri empurrou a porta de um dos box que tinha no banheiro e entrou comigo dentro do pequeno cubículo, me prensando na parede e atacando a minha boca como bem entendia, me incendiando por completo. Levei uma das minhas mãos até os seus cabelos e os agarrei, mas não com força o suficiente para lhe causar dor, e puxei seu lábio inferior com os meus dentes.

Me desvencilhei de Dimitri e o virei contra a parede, passei meus braços na nuca dele e trouxe sua boca de volta para a minha. Comecei a desenhar o contorno dos seus lábios com a minha língua e logo comecei a explorar sua boca, sorvendo todo o sabor do café que ele provavelmente tomara há pouco. Voltei minhas duas mãos para a sua calça jeans, e desfazendo o beijo, voltei a me concentrar em desabotoar a sua calça lentamente. Olhei para Dimitri e fiz questão de passar minha língua entre os lábios, só para ele imaginar mais ainda o que eu estaria fazendo daqui a poucos segundos. 

Me livrei da sua calça e cueca o suficiente apenas para ter o seu membro nas minhas mãos, que já estava rijo, e comecei a masturbá-lo enquanto eu distribuía beijos molhados e pequenas mordidinhas pelo seu pescoço.

-Você está gostando? - Eu sussurrei no seu ouvido e aumentei significativamente a velocidade do meu vai-e-vem.

-Sim... - Dimitri respondeu com dificuldade após soltar um gemido.

-E você quer que eu pare? - Eu perguntei diminuindo o ritmo.

-Roza... - Dimitri gemeu em protesto e eu soltei um sorrisinho malicioso ao ver que aquele homem estava tão entregue a mim.

Como eu amo quando ele me chama de Roza, principalmente em momentos como esse que meu nome soa tão sexy. 

-A minha boca seria bem melhor. O que você acha? - Eu sussurrei e mordi o lóbulo da sua orelha.

Dimitri murmurou algo em russo enquanto eu me ajoelhava e ficava na altura do seu membro. Levei minhas duas mãos para o meu cabelo, na intenção de fazer um coque, mas Dimitri segurou meus pulsos.

-Não. - Ele disse firme - Deixe-os soltos.

Eu apenas sorri e deixei meus fios soltos. Agarrei o membro de Dimitri com a minha mão direita e comecei com movimentos fracos, e uma pequena onda de nervosismo passou por mim. Será que eu vou saber fazer isso direito?

-Se eu fizer algo de errado, me deixe ficar sabendo.

Dimitri já estava bem lubrificado, e segundo o site que eu vi, isso era importante. Eu me aproximei mais ainda, abri minha boca e passei minha língua pela glande rosada e brilhante, recebendo um gemido em troca. Desci com a minha língua por toda a sua extensão até a base, e depois subi e abocanhei sua glande, fazendo uma leve sucção e sem nunca quebrar o contato visual com ele. Olhar nos seus olhos enquanto eu o chupava era excitante. Agarrei a sua base, e apertando um pouco, eu tentei relaxar a minha garganta para recebê-lo o máximo que eu podia. Sem encostar os dentes, eu comecei meu vai-e-vem, fazendo pressão com a minha língua e empurrando seu membro para o céu da minha boca.  

Prestei bastante atenção nas reações de Dimitri, e eu gostei delas. Sua boca entreaberta sussurrando meu nome em russo, seus olhos semicerrados e a sua cabeça que hora ele tombava para trás e segurava alguns gemidos altos eram apenas algumas das reações que o meu boquete estava causando. 

Parei de chupar ele e comecei a masturbá-lo enquanto eu fazia uma pausa para respirar. 

-Estou fazendo certo? - Eu perguntei com a voz sensual e fiz uma carinha inocente. 

-Com certeza. - Dimitri sorriu malicioso e agarrou meus cabelos com uma de suas mãos, fazendo um rabo de cavalo e puxando minha cabeça para trás.

Teve algo bruto nesse gesto dele, e eu gostei. Achei excitante.

-Abra a boca. - Ele disse firme, e eu, gostando de estar nesse posição, apenas obedeci. 

Apesar do gesto um tanto bruto de Dimitri, ele meio que foi gentil ao tomar o controle da situação, dando leves estocadas na minha boca e tendo o cuidado de não me deixar engasgar. 

-Sua boca é maravilhosa, Roza. - Ele disse entre gemidos e depois tombou sua cabeça para trás, encostando no azulejo do box e apertando seus olhos com força - Chega! Venha cá. - Dimitri rosnou tirando seu membro da minha boca e me puxando para cima.

-Eu posso fazer isso sempre, se você quiser. - Eu disse e soltei um sorriso safado enquanto me levantava.

-Roza, Roza... - Ele sorriu e me beijou, invertendo nossas posições e me encostando na parede fria do box.

Dimitri começou a abrir os botões da minha camisa e eu tive um déjà-vu do dia em que um punhado de neve caiu em cima de mim e ele me ajudou. Nessa época eu ainda estava me apaixonando por Dimitri e eu fiquei completamente confusa com os meus sentimentos recém descobertos. Quem diria que quase dois meses depois eu ia estar quase transando com ele no mesmo box. 

Ele pareceu um pouco decepcionado ao abrir todos os botões e encontrar uma outra blusa regata. Mas o que ele queria? Estava frio! 

-Eu sinto muito frio... - Eu ri e tirei minha regata, ficando apenas com um sutiã rosa bebê com renda. 

-Não se preocupe - Ele disse sem nem desviar os olhos dos meus seios que estavam sendo apertados pelo sutiã - Eu vou te esquentar agora, querida. 

Dimitri começou a distribuir beijos pelo meu colo e a apertar meu seio esquerdo, depois levou suas mãos para as minhas costas procurando pelo fecho do sutiã. 

-Eu amo as suas marquinhas... - Ele disse tirando meu sutiã e deixando em uma barra que tinha na parede - Você não sabe o quanto e as achei bonitas na primeira vez em que eu te vi. 

Eu não respondi, apenas arfei quando senti as mãos de Dimitri estimulando meus mamilos enrijecidos. Minhas marquinhas até que ainda estavam visíveis, mesmo com quase três meses sem pisar em uma praia ou pegar sol graças a melanina presente na minha pele. Senti sua língua quente rodeando um dos meus mamilos e gemi em deleite.

-Dimitri...

-Vamos ter que ser rápidos, Roza. Vira e empina essa bunda para mim. - Ele disse de forma autoritária no meu ouvido e eu soltei um gemido excitada.

Fiz exatamente o que ele mandou e apoiei minhas mãos na parede do box. Dimitri subiu minha saia, a deixando na minha cintura e começou a apalpar meus glúteos.

-Você é muito gostosa, Roza. - Ele sussurrou e deslizou sua mão pela minha barriga, chegando na calcinha e afastando delicadamente o pequeno tecido e passando o dedo em toda a minha extensão molhada - E se formos pegos, hum? - Dimitri começou a estimular meu clitóris ao mesmo tempo em que roçava seu membro na minha bunda - Tão molhada... 

-Oh meu deus... - Eu gemi e comecei a rebolar nos seus dedos e me empurrar mais ainda contra o seu membro duro. 

Realmente o fato de podermos ser pegos deixava tudo mais excitante e gostoso. 

- Até onde eu sei você não é religiosa, Rose.- Ele disse isso e começou a esfregar meu ponto sensível com mais força.

-Caramba, Dimitri! - Eu gritei e mordi meu lábio inferior com força.

-Shh... - Ele sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha - Seja silenciosa, pequena. Não podemos ser pegos. 

Dimitri seguiu a mesma linha da noite passada, me penetrando com um dedo delicadamente e depois com dois. Dessa vez não me incomodou muito, e quando ele percebeu isso, logo se preocupou em se livrar da minha calcinha. A única peça de roupa que tinha sob o meu corpo era a minha saia no meio da minha cintura e as minhas botas que iam até o meu joelho. 

-Eu queria tanto provar seu gosto, com você nesta exata posição - Dimitri disse passando seu membro por toda a minha extensão, me fazendo arfar e morder meus lábios - Mas não temos tempo - Ele disse isso e se empurrou lentamente para dentro de mim enquanto estimulava meus seios com as mãos - Mas hoje à noite, quando estivermos sozinhos no seu quarto, eu vou te chupar tanto que você vai perder as contas de quantas vezes vou te fazer gozar com a minha boca, Roza.

-Caralho... - Eu xinguei baixo e apoiei minha cabeça na parede, desejando que o tempo passasse voando só para ele cumprir logo tudo o que estava falando.

-Não xingue, Rose. É feio. - Ele disse disse com a voz fodidamente sexy e começou a se movimentar dentro de mim, tendo o mesmo cuidado da noite passada - Está doendo? 

-Continue, por favor! - Eu pedi entre gemidos e não falei a verdade. 

Estava doendo? Estava, mas não tanto quando a noite anterior, e o prazer que ele estava me proporcionando era maior que a dor quase inexistente. 

-Tão cheirosa... - Dimitri disse passando seu nariz pelo meu pescoço, me provocando deliciosos arrepios ao mesmo tempo em que ele rolava seus dedos pelo meu mamilo esquerdo, sem nunca deixar de estocar dentro de mim. 

O russo passou sua mão livre pela minha barriga e logo desceu para a minha intimidade, onde ele começou a estimular o meu clitóris em uma velocidade incrível e a aumentar as suas estocadas. 

-Oh céus! Dimitri - Eu soltei um gritinho e apoiei minha cabeça na curvatura do seu ombro. 

Eu realmente estava transando com o meu mentor no vestiário do ginásio? Isso é a coisa mais insana que eu já fiz na minha vida, e olha que eu tenho um longo currículo de coisas insanas. 

Senti Dimitri aumentar sua velocidade, provocando um barulho delicioso quando as nossas peles se chocavam, e ele começou a abafar os próprios gemidos me beijando. Eu senti algo dentro de mim se contrair e comecei a me controlar para não gemer muito alto, mas era praticamente impossível quando eu sentia que estava à beira de um orgasmo maravilhoso. 

-Você está pronta para gozar, Roza. Goza bem gostoso para mim, vai.

Sua voz era a única coisa que faltava. E como se estivesse apenas esperando a sua autorização, eu senti todo o meu corpo tremer e ser tomado por uma sensação única e os meus olhos ficarem levemente marejados. Céus! Será que cada transa com Dimitri seria um orgasmo melhor do que o outro? 

Eu fiquei tão perdida durante alguns segundos, que nem assimilei que Dimitri gozou logo depois de mim e agora estava descansando seu lindo rosto na curvatura do meu pescoço, enquanto agarrava a minha cintura com os seus braços fortemente. 

-Rosemarie Mazur, o que você fez comigo? - Ele perguntou ainda ofegante e sem mostrar nenhum sinal de que iria me soltar. 

-Hum... - Eu ri e virei meu rosto para beijá-lo - Estou te ensinando a viver no limite, Camarada. O que você acha de fugirmos um fim de semana durante o dia? 

-Você está imaginando demais, Roza. - Dimitri riu e saiu delicadamente de dentro de mim. 

Quando eu me virei, o russo já estava acomodando seu membro de volta para a cueca e levantando o zíper da calça jeans. Olhei para a barra procurando minha calcinha mas não a encontrei, olhei ao redor do banheiro e nenhum sinal. 

-Cadê a minha calcinha? - Eu perguntei confusa e abaixando minha saia. 

-Aqui - Dimitri tirou o pequeno tecido rosa do bolso do seu sobretudo e me entregou. 

-Quer ficar com ela? - Eu pisquei para ele e peguei meu sutiã. 

-Me deixe te ajudar - Ele disse abotoando o fecho do sutiã e depois colocou a minha calcinha nas minhas mãos - Vista. Eu não quero ver você andando sem calcinha por aí. 

-E você por acaso virou meu dono agora? - Eu provoquei rindo e vestindo minha peça de baixo.

Quando eu voltei meu olhar para cima na direção de Dimitri, ele me olhava com a sobrancelha erguida e com uma pequena faísca no olhar. Ele me pegou pelos braços e colou nossos corpos, me dando um beijo de tirar o fôlego. Sinceramente fiquei com vontade de tirar a roupa toda novamente. 

-Minha... - Ele disse ofegante e encostando a sua testa na minha - Você é somente minha, Roza. 

Sim, claro que eu era dele. Mesmo que nós não tenhamos estabelecido um status para o nosso relacionamento, até porque seria impossível, eu sabia que eu era de corpo e alma dele. Se não soubesse não teria me entregado da maneira como me entreguei ontem à noite e agora há pouco. 

-E você também, Camarada - Eu segurei seu queixo e lhe dei um beijinho - Somente meu. 

Voltamos a nos beijar, e com muita relutância, nós nos separamos e eu vesti minha regata e minha blusa. Demorei poucos segundos checando meu cabelo e vendo se minha roupa não estava amassada, depois saímos do box e nos beijamos carinhosamente e rimos da loucura que acabamos de fazer. 

-Sobre o meu castigo... - Eu olhei para baixo - Dimitri, eu não posso treinar tanto assim. Eu tenho que manter minhas notas altas para a faculdade, e eu tenho que tirar pelo menos dois dias da semana para aprender uma fórmula. - Eu vi ele me olhar com um leve assombro e eu revirei os olhos - Que foi? Eu não sou a pessoa mais inteligente do mundo, e eu tenho que estudar porque eu já percebi que a bruxa da minha professora de cálculo é boa em pegar alguém colando.

Dimitri quase gargalhou, mas se conteve e me olhou soltando um meio sorriso.

-Stan não quer mais te auxiliar com as aulas teóricas extras, então quem vai te auxiliar agora sou eu. Você vem direto para o ginásio quando terminar as aulas e eu deixo você ficar estudando uma hora antes de começarmos as nossas. - Ele disse passando as mãos nos meus cabelos e nos arrastou para fora do vestiário.

-Como assim o Stan não quer mais me ajudar? - eu perguntei indignada - Ele vive me infernizando e ainda se acha no direit...

Não cheguei a terminar minha frase pois congelei ao ver Lissa sentada na arquibancada do ginásio, e Christian bebendo meu refrigerante e comendo um pouco do meu purê. Puta que pariu! Será que eles ouviram alguma coisa? Vampiros têm uma ótima audição. E por que esse laço idiota não me mostrou que ela estava aqui?

-Eu não acredito que essa porcaria só funciona na hora que quer... - Eu murmurei e olhei para Dimitri, que tinha adotado sua máscara de guardião e tinha se afastado um pouco de mim.

-Rose! - Lissa gritou ao me ver e veio correndo na minha direção - Onde você estava? Eu fiquei tão preocupada com você!

Eu expandi minha mente e procurei deixar as emoções dela me invadirem. Lissa realmente estava preocupada comigo, e o mais importante, ela não tinha desconfiado de mim e Dimitri.

-É... - Eu olhei para Chris e vi ele comendo minha comida tranquilamente - Eu passei mal no banheiro e Dimitri percebeu que eu estava demorando e foi ver se estava tudo bem.

-o que você tinha? - Ela perguntou preocupada - Eu posso curar você.

Christian está comendo o meu purê....

-Eu estou bem, Liss. - Eu sorri na direção dela e vi Dimitri se afastar e pegar a sua comida - Obrigada pela preocupação.

-Todas as pessoas estão comentando sobre a surra que você deu no Jesse. - Ela riu mostrando as presas, e por incrível que pareça, eu achei o seu sorriso bonito.

Lissa estava com a sua expressão leve, apesar de preocupada, e eu me sentia tranquila perto dela. Lissa tinha um carisma incrível. Ela parecia uma anjo com a sua pele pálida e o seu cabelo loiro platinado.

-Aquilo não foi uma surra - Eu revirei meus olhos e fui na direção de Christian - Ozera! - Eu gritei - Se você tem amor pela sua vida, larga o meu refrigerante e para de comer o meu purê agora!

-Mazur, eu não tenho culpa se você abandonou sua comida. - Ele sorriu irônico, mostrando seus caninos, e entregou o meu refrigerante.

-Puta que pariu, Chris! Eu já disse para não me chamar de Mazur! - Eu gritei - Você bebeu metade do meu refrigerante!

-Chris, por que você fez isso? - Lissa perguntou com uma expressão cansada - Você já almoçou.

-Sim, mas o purê realmente está ótimo!

-Você é um babaca, Ozera! - Eu revirei os olhos e peguei minha comida - Ele fez isso só para me irritar! - Eu olhei para Lissa que nem uma criança birrenta.

Por que ele tinha que comer o purê? 

Eu juro que só não chutei a bunda real do ladrão de purê porque Dimitri estava há poucos metros de nós, e eu não queria que ele pensasse que eu era uma selvagem que batia nas pessoas porque elas roubavam a minha comida. E bem, eu estava feliz porque eles não ouviram ou desconfiaram de nada. 

Sentei ao lado de Christian, e chequei Lissa e fui bem fundo nas suas emoções. Desde que eu fiquei sabendo da escuridão, eu procurava algo dentro dela que se assemelhava a isso mas até agora não encontrei, mas me senti incomodada ao ver um pouco de tristeza dentro dela. Um tipo de tristeza que a pegava em dias tranquilos e chegava do nada. Lembrei quando Oksana disse que ficar triste fazia parte da escuridão e senti um leve tremor. Eu quase não estava mais controlando o laço, mas ainda lutava para estabelecer certo controle, e naquele momento eu estava conseguindo. 

Olhei para Lissa e vi ela conversando animadamente com Dimitri. Ela estava perguntando se ele já resolveu alguma coisa sobre a nossa viagem de natal. 

-Você está bem? - Christian perguntou e eu percebi que ele estava roubando mais purê.

-Eu vou ficar se você parar de roubar minha comida! - Eu falei irritada e ele gargalhou. 

-Eles são um bando de babacas - Chris revirou os olhos - Apenas os ignore e você irá sobreviver. Aprenda com o mestre, Mazur. - Christian sorriu com amargura.

-Deixa eu te falar, Ozera. - Eu sorri e dei um gole no meu refrigerante - Eu já sou acostumada a estar envolvida em fofocas. 

-Fofocas desse tipo? 

-É a primeira vez que me chamam de Meretriz de sangue, mas no mundo humano já ocorreu um boato parecido, me rendendo a fama de vadia. - Eu dei de ombros e voltei a comer tranquilamente.

Essa situação podia ser desconfortável, mas o importante era que meus amigos, e Dimitri, não acreditavam nesses boatos. O resto era resto.

-Que bom! - Christian adotou sua postura sarcástica de sempre - Eu pensei que eu ia ter que lidar com uma Rose chorona que ia me obrigar a por fogo no Jesse.

-Eu não sou chorona. - Eu fiz uma careta e tentei ignorar que há menos de uma hora eu realmente estava chorando antes de Dimitri chegar.

-Sei que não - Christian deu de ombros e lançou um olhar estranho para o meu pescoço. Me encolhi confusa e ele me olhou malicioso. 

Não entendi a atitude de Christian até o final do dia, quando Lissa e ele estavam me acompanhado para a aula com Dimitri. 

-Rose, você e o Mason deviam ser mais cuidadosos. - Ele sorriu malicioso na minha direção e novamente olhou para o meu pescoço.

-O que você quer dizer com isso? - Eu perguntei confusa e logo arregalei meus olhos.

Droga! Dimitri deve ter me marcado hoje na nossa rapidinha. 

-Esse chupão aí! -Lissa riu e esticou seu braço - Vem cá. 

Lissa colocou as pontas do seus dedos gentilmente pelo meu pescoço e eu senti a magia passar tanto pelo laço quanto fisicamente. Senti a magia irradiar dela para mim, e era maravilhoso os sentimentos bons que Lissa trazia, e depois senti cócegas na região do meus pescoço.

-Prontinho! - Ela sorriu radiante - Sem marcas.

-Obrigada, Liss. - Eu sorri de volta ao ver o quanto ela ficou contente por usar tão pouca magia.

O fim do dia passou rápido e entediante depois disso. Treinei com Dimitri e, por incrível que pareça, conseguimos manter a nossa postura de aluno/professor e passamos a aula toda agindo como se não tivéssemos nada. Mesmo com a aula puxada, eu e Dimitri tivemos energia o suficiente para cumprir tudo o que ele disse que faria comigo no ginásio.

Fizemos amor tantas vezes que só paramos quando nenhum de nós dois tinha mais energia, e foi maravilhoso porque não se tratava apenas de sexo. Por mais que a nossa aventura no banheiro do ginásio tenha sido excitante, nada era melhor que fazermos amor no meu quarto, onde não éramos aluna e professor vivendo um romance proibido. Éramos apenas Rose e Dimitri.

As coisas começaram a ficar estranhas no meio da noite, quando as emoções de Lissa ficaram tão fortes que eu acabei acordando. Foi fácil distinguir as minhas emoções das dela. Eu de repente me senti angustiada e inquieta, para logo em seguida uma onda de tristeza e vazio tão grande me inundar que chegava a ser desesperador. Olhei para Dimitri e tentei buscar seu belo rosto no escuro e o abracei.

Rose, você tá aí? Eu acho que preciso de ajuda... 

Lissa me mandou pelo laço e eu me levantei, consequentemente acordando Dimitri, que se mostrou em alerta e deu um pulo da cama como se um bandido tivesse acabado de entrar no quarto, ou trazendo para a minha realidade, um Strigoi.

-Rose, o que aconteceu? - Ele perguntou acendendo a luzinha do abajur.

-Lissa... - Eu disse rápido enquanto vestia uma calça - Ela não está bem e precisa da minha ajuda - Eu passei minhas mãos pelo meu cabelo e senti toda a angustia de Lissa passando para mim - O laço está mostrando isso e ela acabou de me chamar.

-Tudo bem. Vamos.


Notas Finais


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