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História Outro Mundo - Pov Dimitri - Sunshine


Escrita por: KateMoura

Notas do Autor


Oi mores, tô vindo mais cedo - sim pq eu só dou o ar da graça dia de terça - pq eu tenho que estudar pras provas e eu não se se vou sobreviver e acho que tô entrando em crise de ansiedade é isso aí aproveitem o capítulo bjs

Capítulo 39 - Pov Dimitri - Sunshine


O mês está chegando ao fim, e Rose foi liberada três dias antes dos alunos normais por ordens de Abe. Ela faria uma rota diferente para Miami e isso exigia mais alguns dias. Aproveitei esses três dias longe da morena e planejei comprar o seu presente de natal.

Rose tinha um brilho incrível, o tipo de brilho que é capaz de deixar o sol com inveja. Eu pensei muito sobre nossa relação desde quando estivemos juntos na corte, e por mais que minha cabeça diga uma coisa, meu coração diz outra.

Fiquei com ela. Não a perca.

Eu sou um homem, não um garoto. Não vou tomar decisões por impulso, mas com o ataque se aproximando, e se tudo der certo, ela voltará para LA. Eu não quero perder ela, mas também sei que não temos condições de ficar juntos de verdade. Por outro lado acho que posso tentar. Isso seria um risco que ambos correriam e se não desse certo, a pessoa que sairia mais machucada nessa estória seria Rose. Eu não quero isso.

Deixando meus problemas de lado e voltando a pensar como um guardião, botei minha cabeça no lugar e falei mais vezes do que o necessário com Tanaka. Ele disse para eu ficar tranquilo que tanto Rose quanto Lissa estariam seguras em uma casa na praia com wards, e que Abe fez questão de deixar alguns feitiços na terra para manter qualquer Strigoi longe. Abe era usuário da terra e ele podia fazer alguns feitiços. 

Todos estavam tensos e preocupados com o ataque, principalmente Abe que para proteger mais ainda a filha foi para a Turquia, mas não sem antes de deixar os dois guardiões de Rose rondando os limites da academia. Kirova quase tem um ataque de nervos quando descobriu isso, mas eu a convenci de que seria uma proteção extra para a escola também. Como Rose não poderia saber disso, eu disse para ela que teríamos que ser mais cuidadosos ao dormirmos juntos pois aumentaram a segurança da escola. No começo ela me olhou com aqueles olhos escuros semicerrados, tentando achar alguma mentira em mim, e bem, não era mentira. Ela bolou pela cama e passou a mão nos seus cabelos quando simplesmente soltou a ideia mais insana:

-Bem, então eu poderia ir para o seu quarto. Se eu for pega, provavelmente vou levar apenas uma advertência.

-Nem pensar – Eu disse sério enquanto saia do seu banheiro com uma calça de moletom.

-Ok... – Ela deu de ombros e se virou para o outro lado, supostamente indo dormir.

Eu balancei minha cabeça me perguntando o que eu tinha feito dessa vez. Me deitei ao seu lado com cuidado e a abracei. Ela colocou sua mão sobre a minha e logo adormecemos.

Eu gostava de dormir com ela, sentindo seu cheiro, sua pele contra a minha, e seu pequeno corpo que praticamente se fundia com o meu de tanto frio que ela sentia. Minha pequena se mostrava tão frágil nessas horas, e eu gostava de velar seu sono. Era nessas horas que meu senso de proteção aumentava em um nível que nunca imaginei chegar. Meu coração se apertava somente com a hipótese de perdê-la. Mas tenho que admitir, a garota é maluca e não liga de correr riscos.

Flashback on

Eu estava deitado na minha cama, lendo um livro de faroeste enquanto Bon Jovi tocava em uma estação de rádio. Não que eu achasse o ipod e as infinitas playlist prontas de Rose ruim, mas a expectativa em tocar uma música que você gosta no rádio é empolgante. Escutei batidas apressadas no meu quarto e levantei rápido colocando meu sobretudo por cima do meu pijama de flanela e fechando ele. Agarrei minha estaca de prata e coloquei dentro do bolso e abri a porta, só para me deparar com uma Rose que possuía um sorriso sapeca nos lábios. Essa garota vai ser a minha ruína.

-Camarada – Ela começou manhosa – Eu estou morrendo de frio porque por debaixo desse sobretudo tem somente o seu babydoll favorito. Não vai me deixar entrar?

-Maluca... – Eu murmurei em russo e olhei para os lados, a puxando para dentro antes que um guardião nos visse – Como você conseguiu chegar até aqui?

-O moroi que fica na recepção estava dormindo, então eu apenas passei para a sua ala – Ela sorriu e tirou o sobretudo, revelando um lindo babydoll roxo com detalhes de renda no busto.

-Você não tem jeito, Roza – Eu sorri e me aproximei dela.

-Você sempre diz isso – Ela ficou na ponta dos pés para me beijar – E eu sei que você me adora assim.

-Eu amo – Eu disso erguendo a pequena e nos levando para a minha cama.

-Você realmente acha que eu fico bem de roxo? – Ela disse se aconchegando em mim após termos feito amor na minha cama – Aqui está tão quentinho. É injusto você ter uma lareira e eu não.

-Só eu não basta para te esquentar? – Eu ri e beijei sua testa – E você fica bem em qualquer cor, Roza. Preto. Vermelho. Branco – Eu disse e distribui beijos pelo seu pescoço – Mas roxo... O roxo combina perfeitamente bem com a sua pele – Eu espalmei minhas mãos no seu quadril e a trouxe para mais perto de mim, esfregando nossos sexos e arrancando um gemido da morena – A cor da sua pele... – Eu continuei e senti toda a minha excitação voltar – O modo como parece ter sido feita especialmente para você. Sim, Roza, eu realmente amo quando você usa roxo.

-Dimitri... – Meu nome saiu como um gemido entre seus lábios.

-Posso? – Eu perguntei segurando meu membro e passando ele pela sua entrada molhada.

-Porra, sim!

Flashback off

Três dias sem ver minha garota e eu já estava com saudades. Eu me acostumei com a sua presença na minha vida de um modo assustador. Imagina quando ela partir? Sentei na cama e passei minhas mãos pelo rosto.

-Você tá fodido, Dimitri – Eu disse em russo e novamente me lembrei de Ivan. Ele certamente diria a mesma coisa.

Deitei na cama e olhei para o meu celular. Por que não dei meu número para ela? Poderíamos estar trocando mensagens agora. Levantei no dia seguinte e aproveitei minha folga, e depois de me certificar que Lissa ficaria bem, eu fui até à cidade comprar o presente de Rose já que eu veria a morena em poucas horas e já seria natal.

Desci do carro e senti o inverno rigoroso de Montana. A Rússia não deve estar muito diferente. Entrei na loja pensando no que daria para a minha pequena: Uma joia. Eu tenho umas economias e sei que ela não se importa com coisas luxuosas, então eu posso comprar um presente elegante para ela. Comecei a entrar nas lojas e vi que nem as mais luxuosas tinha algo que me fazia pensar que ela iria gostar.

-O que o senhor procura? – Uma vendedora humana da pele escura como chocolate, mas com olhos verdes, me abordou.

-Um presente para uma pessoa – Eu disse tentando não parecer muito embaraçado com tal pergunta, embora isso seja normal dentro de uma loja. Eu estava completamente perdido! Não sabia o que iria dar para Rose.

-Essa pessoa é um homem ou uma mulher? – Ela perguntou com um sorriso tímido.

-Uma mulher – Suspirei – Não faço a mínima ideia do que estou procurando para ela... – Eu murmurei em russo.

-Então não está procurando um anel de casamento, está? – A atendente respondeu em russo e eu a olhei sem conseguir esconder meu espanto – Sou fluente em algumas línguas... – Ela disse tímida, como se soubesse que invadiu um espaço meu.

-Tudo bem – Olhei mais ao redor da loja – Não é um anel de casamento...

Será que um dia essa possibilidade vai existir?

-Ótimo – Ela sorriu educada – Por favor... Siga-me.

A garota era diferente de todas as atendentes das outras lojas. Ela não tentou se jogar em cima de mim ou me empurrou as joias mais caras. Ela me guiou até uma cadeira e disse para eu esperar um pouco e depois apareceu com cinco caixas que continha pulseiras, anéis, tornozeleiras, brincos e cordões.

-Trouxe algumas coisas para você ir tendo ideia – Ela disse com um ar profissional e abriu a primeira caixa de brincos para mim – Aqui eu tenho modelos que vão dos mais simples até os mais chamativos...

Me perdi no que a gentil vendedora estava falando e arrastei meus olhos para as outras caixas, não vendo nada que agradasse a mim ou a Rose. Passei meus olhos pela caixa de pulseiras mas lembrei que ela já tem muitas e segui para a caixa de cordões. Vi um colar que se diferenciava dos outros, ele era mais curto e tinha duas pequenas tiras do que devia ser couro verdadeiro, e isso não é legal, pequenas cordas de ouro que unia as tiras. O que mais me chamou a atenção era que o colar possuía um pingente de uma linda rosa que possuía uma pequeno brilhante bem no seu centro.

-Moço? – A mulher chamou minha atenção e eu tentei fazer uma expressão de quem a estava ouvindo. Ela sorriu compreensiva e abriu a caixa de colares – Acho que o senhor já encontrou...

-Talvez sim. – Eu disse neutro, sem querer dar esperanças para a vendedora que tanto se esforçava para fazer uma venda.

-É uma gargantilha – Ela me explicou – É modelo novo e as adolescentes ou mulheres mais jovens estão usando bastante. A pedra que vem no meio é opcional e as tiras de couro são sintéticas, mas por baixo temos tiras de ouro que não incomodam muito – Comecei a prestar atenção na tal gargantilha, pensar nela como uma boa opção de compra não era algo ruim – E se o senhor quiser nós gravamos alguma frase ou algo nessas tiras de ouro.

Passei alguns segundos em silêncio, observando a gargantilha e quase dei um pulo ao ver que essa pequena gargantilha tinha quatro dígitos. Acho que a moça percebeu o meu incômodo e tratou de falar que sairia esse preço se eu levasse o pingente de diamante e que me traria outras opções de pedras.

Passei meus olhos pelas pequenas pedras que ela me trouxe, todas prontas apenas para serem fincadas no colar por um profissional. Tinha todas as cores, e parei meus olhos em uma que era de um castanho escuro, quase preto, igual os olhos de Rose, se não fosse por um pedra de um forte roxo que me chamou a atenção. Peguei a pequena pedra nas mãos e a moça sorriu recolhendo as outras pedras.

-Ametista – Ela disse olhando para a pedra também – Significa equilíbrio.

Aquela pedra combinava perfeitamente com Rose, além de roxo ser a sua cor, aquilo ainda mostrava que ela era o meu ponto de equilíbrio, e que também ela tinha a capacidade de manter sua sanidade, como ela tanto duvidava.

-É a pedra dela – Eu sorri ao pensar em como ela ficaria linda com aquela gargantilha.

-Isso diminui um digito na compra também – A vendedora disse com expectativa.

-Vou levar – Eu disse sério.

-Ótimo – Pude ver seus olhos verdes brilharem. Ela realmente queria vender – Como brinde o senhor pode gravar qualquer coisa nas tiras de ouro. O senhor deseja?

-Sim – Eu disse neutro, mas por dentro eu já sorria ao imaginar o que eu iria gravar para a minha roza.

Voltei para a escola no começo da manhã moroi, me sentindo um pouco cansado mas feliz com uma sacola de presente nas mãos. Meu celular vibrou e vi que era uma ligação da Rússia, ou melhor, minha mãe.

-Mama – Atendi.

-Dimitri, se não é eu ligar para você, você nunca liga! – Ela reclamou em russo.

Eu ia rebater dizendo que falo com Karolina direto por mensagens, mas minha mãe agora que está aprendendo a usar o aplicativo que eu uso com as minhas irmãs.

-Desculpe, Mama – Eu disse soltando um sorriso e trancando a porta do meu quarto – Mas o grupo da família está bem ativo

-E eu gosto de ouvir a sua voz, falar com você, não trocar de  mensagens – Ela bufou – Como você está?

-Estou bem – Fiz um breve silencio refletindo verdadeiramente na resposta e bufei. Eu não estava bem – Vou para uma missão em Miami com a minha protegida.

-Miami? – Minha mãe se mostrou interessada, ou pelo menos eu pensava – Isso é bom! Mas você não me engana, Dimitri. Sua voz e seu silêncio te entregaram. O que está acontecendo?

Por que mães sempre tem que saber de tudo até quando não é para saberem?

-Nada que afete a minha função de guardião – Eu disse tentando tranquiliza-la.

-Então o que é? – Minha mãe falou com a voz baixa e logo depois ouvi o choro de uma bebê. Minha sobrinha.

-Não é nada, mama – Tentei soar honesto mas sem querer me abrir ainda – Só um pequeno problema pessoal.

-É mulher, não é? – Ela disse ainda baixo e depois escutei uma batida de porta – O que há? – Ela disse com a voz mais alta. Ela já estava longe da neta.

-Sim – Suspirei e me entreguei à derrota – A senhora sabe quem é Abe Mazur, não sabe?

Expliquei toda a situação para a minha mãe e falei pouco sobre o motivo que mantinha Rose na academia. Deixei bem claro que no começo eu tentei me manter distante mas que sucumbi à morena. Ocultei alguns detalhes, como o fato de eu ter tirado sua virgindade, e nossas aventuras malucas.

-Em nenhum momento eu me aproveitei dela, mama, mas a hora dela ir embora está chegando e... – Eu fiz uma pausa e passei a mão no meu cabelo angustiado – Eu não quero que ela vá. Perto dela me sinto feliz, vivo, sinto uma boa energia, e esses três dias longe dela estão me matando. Fico toda hora me perguntando se ela está bem, se está segura ou se está aprontando, me perguntando o que ela está fazendo ou pensando. Estou me sentindo inquieto longe dela.

-Filho... – Minha mãe balbuciou chocada – A filha de Abe Mazur? Zmey?

-De tudo o que eu falei a única coisa que a senhora registrou é que eu estou envolvido com a filha de um mafioso?

-Não – Ela assumiu um ar preocupado – Registrei também que ela é menor de idade, e a garota está correndo perigo. Sei que você jamais se aproveitaria dela, ainda mais sabendo de quem ela é filha, e eu não criei você para ser um sem vergonha. Mas você está assim porque já está sofrendo por antecipação e apaixonado – Ela disse em um tom maternal – Se você a ama, fique com ela. Pense bem e tome a decisão certa para a sua vida. Você pode ainda ser guardião e nos dias de folga ir ver ela. Não é como se ela morasse em outro continente. E claro, fale com Zmey. Seja homem e converse com ele, mas tenha cuidado. Não quero um filho morto.

-Não é tão simples assim...

-Você realmente prefere continuar voando com as asas quebradas?

Não respondi de imediato, fiquei pensando nos prós e contras e decidi que tinha que tomar uma decisão.

-Vou pensar, Mama – Eu disse sério.

-Assim espero – Ela suspirou – Tenho que fazer a janta.

Nos despedimos e eu suspirei e andei de um lado para o outro pelo quarto. Depois de alguns minutos, evitando pensar em Rose, eu chequei minhas malas e minhas estacas de reserva que eu tinha. Coloquei a minha estaca habitual no meu casaco e fui ver se já estava tudo pronto para a partida. Quando cheguei na pequena pista de pouso da academia, me surpreendi ao ver Lissa já do lado de fora do jatinho andando de um lado para o outro com Christian encostado nas malas.

-Por Vlad! – Lissa disse assim que me viu – Eu pensei que você não ia chegar nunca, Dimitri! – Ela disse empolgada e depois corou – Quer dizer... Hum... Você não está atrasado nem nada. Eu que estou empolgada. Desculpe.

-Não há com o que se desculpar, princesa – Disse compreensivo.

-Você tem falado com Rose? Sabe como ela está? Estou morrendo de saudades dela! – Lissa me perguntava enquanto eu pensava em ir falar com o capitão para decolarmos.

Eu acho estranho ela me fazer essas perguntas, até porque Rose tinha um celular e eu não era ingênuo e sabia que todos os alunos tinham um celular escondido, inclusive Lissa e Christian, que conversava direto com sua tia. Elas poderiam passar horas e horas se falando.

-Tenho conversado com o guardião dela – Eu disse neutro. Rose falaria algo para ela?

-Ah sim... – Ela pareceu decepcionada por um momento – A diferença de fuso é apenas de duas horas. Será que pegamos ela acordada?

-Provavelmente não – Eu disse pensando no quanto Rose era dorminhoca – Acho que ela está seguindo horário humano e até chegarmos ela estará dormindo.

-Droga... – Ela murmurou e de longe pude ver Christian se remexer.

-Não se preocupe, Liss – Ele se aproximou e pegou na sua mão. Era incrível o contraste que eles faziam um com o outro – Nós acordamos ela.

Após eu falar com o capitão e aguardar os outros guardiões que acompanhariam Lissa e Christian, decolamos depois de 45 minutos. O casal de morois se acomodaram nos fundos do jatinho, enquanto eu e mais dois guardiões nos acomodamos na frente em uma distância que dava privacidade para eles. Seguimos uma longa e cansativa rota de 10 horas, mas fizemos apenas uma parada. Descemos no estado do Arizona, quase na fronteira com o México e pegamos outro jatinho que nos levaria direto para a Flórida. A rota que Rose fez foi mais cansativa, tanto que ela ficou em um estado e seguiu um dia e meio de carro pelo que eu soube.

Chegamos em Miami pela manhã, e Lissa trocou de roupa colocando um vestido florido que resultou em uma pequena discussão entre ela e Christian. Isso me fez pensar em que tipo de roupa Rose estaria usando.

-Seu babaca! – Lissa xingou o namorado enquanto passava protetor e pegava seu óculos de sol.

-Eu já pedi desculpas! – O garoto realmente parecia arrependido por ter dito que o vestido da minha protegida estava curto demais – Mas ele realmente está curto, isso você não pode negar – Ele disse em um tom enciumado.

Garotos... Um dia eles aprendem.

-Está um palmo acima do meu joelho! – Ela disse exasperada e pegando sua mala de mão – Não fale comigo!

-Mas... – Ele se mostrou confuso e bufou. Ele olhou para mim, que me mantive quieto e invisível apenas pegando as malas de Lissa – Mulheres são loucas! – Ele coçou a cabeça e pegou sua mala.

-Um dia você aprende – Eu dei um raro sorriso antes de responder o garoto.

-O que eu faço? – Ele olhou para mim com os olhos azuis que tanto lembravam sua tia.

Desde quando eu virei conselheiro amoroso?

-Diga o que todas as mulheres gostam de ouvir: Você está linda nesse vestido – Eu disse enquanto saíamos do jatinho.

Seguimos um caminho de 18 km de carro, o que é um pouco longo, mas nada que a vista linda de Miami não ajude. Chegamos na casa de praia que Abe alugou por duas semanas, mas na verdade parecia mais uma mansão apenas com a vista de fora. Adentramos os portões e logo reconheci os guardiões de Rose. Com uma rápida olhada, pude ver que além das estacas eles estavam armados com armas de fogo, que não consegui identificar o modelo em apenas três segundos.

Assim que adentramos os portões, Tanaka e Rose estavam do lado de fora para nos receber. De longe pude ver a pequena inquieta, andando de um lado para o outro em um short jeans desbotado e uma blusa grande demais para ser dela. O carro parou e eu abri a porta, saindo do lado de Lissa que agora não estava mais emburrada, e sim com um sorriso no rosto.

-Camarada! – Rose abriu um lindo sorriso, com seus olhos brilhando e por um momento eu achei que ela fosse pular e me dar um abraço, mas depois que me cumprimentou ela passou por mim e deu um abraço em Lissa que ainda estava dentro do carro – Meu deus, amiga, que saudades! – Ouvi o começo da saudação das duas e logo fui cumprimentar Tanaka.

Apertamos as mãos e duas empregadas, que também seriam as alimentadoras dos morois, vieram pegar as bagagens.

-Vou te mostrar a casa e o nosso esquema de segurança – David disse me guiando para longe.

Enquanto ele ia me explicando tudo, e eu observando as cercas elétricas e o longo espaço que tinha no terreno, me deixei levar para a imagem de Rose há poucos segundos. Sua pele mais morena que o normal indicava que ela já havia pegado sol, e suas bochechas avermelhadas e olhos parcialmente vermelhos e pequenos indicavam que ela passou o dia na praia. Ela realmente sentia falta do mar visto que ela chegou apenas com um dia de diferença de nós.

-Como combinamos – David disse me trazendo de volta – Paul e Joe estão aqui apenas para garantir que nada entre. Você, eu e o outro guardião oficial que veio com você garantimos a segurança de perto, mas se você quiser fazer alguns plantões ao redor da casa, assim como eu, é só conversar com eles.

-Tudo bem – Falei tenso. Ver Tanaka pessoalmente era um tanto desconfortável por saber que ele protegia Rose – Posso assumir alguns plantões noturnos.

-Ótimo – Ele disse descontraído – As wards da casa vão até o limite dos muros, por isso temos câmeras – Ele me entregou um tablet e eu apenas assenti. Tínhamos o mesmo esquema na academia – Não precisa ficar toda hora fazendo rondas e mais rondas, basta olhar as câmeras e qualquer coisa suspeita ir averiguar. Venha, agora vou te mostrar a casa.

Antes de entrarmos pela porta dos fundos pude ver a enorme piscina de pelo menos 15 metros que a casa tinha. Ela possuía o piso escuro e a água parecia descer naturalmente por um espécie de cachoeira artificial. De longe vi algumas cadeiras colocadas estrategicamente em partes rasas e umas espreguiçadeiras. O engraçado era que bem no canto tinha duas bóias de unicórnio e uma que imitava o rabo de uma sereia. Entramos pelos fundos e eu vi uma empregada preparando o que devia ser o almoço. A cozinha era extremamente luxuosa, e Abe ainda disse que iria alugar uma casa simples.

David me explicou que nos quartos de baixo ficariam as empregadas, Joe e Paul. No andar de cima era somente quartos e duas salas de descanso, como se não bastasse a ampla sala com uma TV maior que o necessário. Subimos as escadas e quando passamos por um dos quartos escutamos a voz de Rose, que já estava gritando com Christian e xingando ele.

-Pobre rapaz... – David murmurou – Rose ainda não deixou ele em paz?

-Na verdade acho que ela tomou as dores da princesa por um deslize que ele cometeu – Eu disse despreocupado. A atmosfera da casa, e acho que o espírito que irradiava de Lissa nesse momento, faziam as coisas parecerem tranquilas.

-Garotos... – David riu – Um dia eles aprendem que elas são quem estão certas mesmo quando não estão.

-Com certeza! – Eu soltei um sorriso fraco e uma risada ao lembrar de uma vez que eu tive que pedir desculpas para Rose porque ela teve uma briga com Stan, e a garota simplesmente falou para ele na frente de todos os alunos “Que inferno! Você está sempre de mau humor. Você por acaso transa?” Eu a repreendi no ginásio e no final ela disse que eu estava defendendo ele, depois ela começou a falar umas coisas sem sentido e eu tive que pedir desculpas. Totalmente insano, eu sei.

-Nem me fale... – Ele disse enquanto abria a porta do meu quarto e eu pegava minhas malas que estavam na porta – A minha namorada está estranha, antes eu pedia desculpas uma vez por dia, agora peço umas dez! – Ele disse balançando a cabeça – Nem pra Rose eu peço tantas desculpas! 

Imagino que para a Rose, quando ela está normal, você e eu pedimos desculpas duas vezes por dias, agora quando ela está na TPM pedimos umas cinco.

A srta. Geller andava estranha mesmo, e Rose mais ainda quando as duas se reuniam para conversar, mas eu não dava atenção. Elas estavam se tornando ótimas amigas.

-Bom, Cara... – Ele suspirou – Você está devidamente instalado. Descanse um pouco que daqui a pouco a Ali serve o almoço. Qualquer coisa me procure, ou me ligue. Quando todos estiverem dormindo ou distraídos o bastante, nós conversamos sobre Nebraska.

-Entendei, e obrigada, David.

Olhei em volta e vi que o meu quarto era até luxuoso. Uma cama de casal com uma colcha com detalhes pretos e quadriculados, uma cômoda branca, um pequenos sofá com dois assentos, duas portas que uma eu presumi ser o banheiro e a outro o closet, e uma TV de plasma grande acoplada à parede.

Suspirei e depois de devidamente instalado e tomado banho, eu ouvi algumas batidas na minha porta, que eu já conhecia de longe o ritmo dos pequenos baques. Abri a porta e minha garota praticamente pulou em cima de mim.

-Céus! – Ela disse se agarrando no meu pescoço e me cobrindo de beijos – Senti tanto, mas tanto a sua falta, Dimitri!

Fechei a porta do quarto e a abracei mais ainda.

-Também senti a sua falta, Roza – Eu sorri e apertei a pequena em volta de mim – Como você está?

-Um pouco cansada – Ela suspirou – Cheguei ontem e fui inventar de tomar banho na piscina e depois tive que comprar algumas coisas que Christian pediu. Dave pediu pra avisar que o almoço está pronto. Não podemos demorar.

-Entendi – Eu disse antes de dar alguns beijos nela.

Definitivamente esses dias serão difíceis. 


Notas Finais


Comentem, favoritem, xinguem, mas falem! Leitores fantasmas apareçam e me amem. Até terça que vem passando nessa na outra, eu acho, se eu sobreviver as provas, eu provavelmente vou ter que sobreviver a comemoração do fim delas também e dessa eu não passo.


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