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História Outro Mundo - Survivor Part II


Escrita por: KateMoura

Notas do Autor


Oi amores, tudo bem com vocês?? Leiam este capítulo enorme e se liguem nas notas finais
Boa leitura : )

Capítulo 44 - Survivor Part II


Dimitri’s pov

Abe chegou no meio da madrugada, parecendo o próprio diabo com o seu batalhão de guardiões e vestido em um terno vermelho. Ele passou ignorando a presença de todos e foi falar direto com Tanaka, e eu os segui claro.

-Como que você deixa a minha filha ser pega? – Ele praticamente gritou quando viu David – Não é para isso que eu te pago!

-Isso não é hora, Abe – Ele disse andando de um lado para o outro – Você já viu o recado de Janine?

-É outra teimosa! – Ele disse batendo na mesa – Eu disse para ela voltar com os outros guardiões, mas ela preferiu ir atrás deles.

-Isso é uma armadilha! – Tanaka disse coçando o queixo – Para Janine.

-Sim, eu sei – Ele disse de um jeito que me lembrou Rose e depois murmurou algo em turco e Tanaka o respondeu na mesma língua. Parecia Rose quando queria xingar algo em turco ou reclamar.  

-Os guardiões da corte chegam que horas, Dimitri? – David perguntou olhando para mim.

-Em poucos minutos – Eu disse neutro – Eu vou busca-los e vamos fazer uma nova ronda pela cidade.

-Mande Phillip no seu lugar, você irá me acompanhar em um canto – Ele disse com a voz sombria e séria.

-Tudo bem.

Rose e Lissa já estavam desaparecidas há 17 horas e enquanto eu falava com Philip e passava as instruções, eu vi a casa se encher de alquimistas. Isso me aliviou um pouco pois eles eram eficientes. Nesse momento agradeci por Zmey ser tão influente.

Vesti meu sobretudo e segui Tanaka até seu carro sem fazer perguntas. Eu não sabia se ele tinha conhecimento sobre o meu relacionamento com Rose, mas acho que nós dois compartilhávamos da horrível sensação de impotência em saber que Rose pode estar por aí passando por qualquer coisa.

-Você a treinou direito, certo? – Ele perguntou mordendo seu dedo indicador enquanto o mesmo estava dobrado.

-Eu fiz isso todos os dias da minha vida desde que ela chegou, pois temia que esse pesadelo se tornasse realidade– Respondi de forma sincera apesar de tentar soar neutro.

-Então ela pode ter uma chance – Ele disse dando uma brusca volta e quase batendo em uma Ferrari.

-Sim – Eu disse lembrando de todas as incontáveis vezes em que eu a fiz socar e estacar bonecos de treinamentos, imobilizando o inimigo com qualquer coisa que tivesse à sua volta – Para onde estamos indo?

-Para o lugar mais sujo de toda Miami – Ele disse com nojo – Provavelmente elas não estão lá, mas o filho da puta que comanda o lugar sabe de tudo que entra e sai da cidade ilegalmente, e Strigois só vivem assim.

-Entendi – Eu disse ficando atento – Estávamos indo à um prostíbulo com meretrizes de sangue.

Quase reviro meus olhos ao pensar em Rose num lugar como este. Claro que ela não estaria lá, mas era triste ver o rumo que muitas mulheres dhampirs tomavam, ainda bem que nenhuma das minhas irmãs tomou esse rumo. Karolina e Sonia se envolveram com morois mas nenhum deles a usaram, pelo que eu fiquei sabendo de Karolina pelo menos. Sonia quando anunciou a gravidez há uns meses atrás foi mais reservada, mas todos a respeitamos afinal ela já é adulta.

Chegamos ao local, que parecia um galpão abandonado bem longe da cidade, e quando entramos nos deparamos com um dampiro do meu porte sentado em um banco velho, mas não havia som, não havia nada, só escuridão e um monte de materiais de construção.

-Tanaka – Ele disse com deboche – Por acas...

-Cale-se antes que eu resolva te matar e te cortar em pedacinhos – Ele disse com um tom de raiva e eu logo percebi que esse lugar o irritava profundamente – Apenas cale a sua maldita boca e diga para o Ben que eu estou aqui e quero falar com ele agora!

-E esse daí? – O dampiro apontou para mim – Ele parece um guardião oficial.

-Esse daí não é da sua conta – Ele disse com a voz sombria e começou a andar até os fundos do galpão – Diga pro inútil do seu chefe que eu estou aqui. Venha, Dimitri.

Eu o segui intrigado com o que acabara de acontecer. Eu sempre soube que Tanaka era mais que um simples guardião da filha de um mafioso. Se Abe confiou a segurança da filha dele, o seu bem mais precioso, por que não confiar outras coisas? Tanaka devia ser algum tipo de subchefe na hierarquia deles.

Passamos por uma parte totalmente escura e David abriu com violência uma falsa parede e de longe pude ouvir uma música abafada.

-Ela é o show principal hoje – Ouvi o dampiro gritar e David automaticamente apertou o apoio das escadas velhas com tanta força que quebrou uma parte.

Ouvi uma risada e pigarreei enquanto descia as escadas em silêncio com David. Quando pisamos no chão e passamos por alguns seguranças que usavam ternos, eu finalmente tive a ousadia de falar algo.

-Quem é Ela? – Eu perguntei um pouco alto devido ao som e as luzes que se fizeram mais intensas.

-Minha irmã – Ele disse neutro – Ela...

-O que você está fazendo aqui?!! – Uma mulher com traços latinos, totalmente diferente do irmão, apareceu na nossa frente furiosa – Veio conferir se eu já levei minha primeira mordida? – Ela disse isso de um modo irônico, mas eu fiquei com uma certa ânsia.

Ela era bonita, parecia ter a idade da Sonia, tinha a pele parda e o cabelo loiro escuro, os traços do seu rosto eram angelicais mesmo ela brava. Ela estava enrolada em um hobby de seda preto e parecia que ia enforcar David a qualquer momento.

-Não, Sabrine – Ele disse mas eu percebi seus olhos percorrerem o pescoço da irmã – Eu vim falar com o inútil do seu chefe.

-O que você quer com o Ben? – Ela se encolheu e pareceu me notar – Quem é esse aí?

-Esse aí – Ele fez um gesto com a cabeça apontando para mim – Não importa, do mesmo jeito que os meus assuntos com o Bem não importam – Ele respirou fundo – Quando você vai voltar para casa?

-Nunca! – Ela disse com horror – Não aja como se a vida que você levasse fosse certa porque eu sei que é tão suja quanto a que eu levo. Não seja hipócrita.

-Eu não tenho tempo para isso – Ele revirou os olhos – Mas você pode sair dessa vida e eu posso te sustentar, apenas saia antes que você tome uma decisão errada, Sabrine.

-Eu não sou a nossa mãe – Ela revirou os olhos, mas depois fez um sinal da cruz – Que Deus a tenha.

-Preciso ir – David disse andando na direção oposta e eu o segui.

-Não se meta em problemas, Cabeçudo – Ouvi Sabrine gritar e olhei disfarçadamente para David que dava um pequeno sorriso triste e sussurrava algo.

Não chegamos a passar pela pista de dança ou algo assim, David conhecia caminhos por trás do prostíbulo improvisado e passava entre eles.

-Era a sua irmã? – Eu perguntei um pouco confuso enquanto ainda absorvia o diálogo deles.

-Sim – Ele disse neutro – Somos irmãos por parte de mãe, mas fomos criados pelo mesmo pai, ou seja, pelo pai dela. Ele, apesar de ser riquinho e nos colocar em boas escolas era um idiota, batia na nossa mãe. Sabrine não lembra porque era muito nova, ou lembra e finge não lembrar, mas quando eu fiz 13 anos e tinha idade o suficiente para bater no nosso pai, eu fiz isso e o enxotei para fora de casa. Ele deixou minha mãe viciada – Seu olhar ficou sombrio e eu vi ele abaixar a cabeça e fechar os olhos – Quando eu tinha 16 anos e Sabrine 10, recebemos a notícia que ela tinha sido morta por um Strigoi.

-Eu sinto muito – Eu disse quando ele terminou de contar parte da sua história e começamos a subir umas escadas – Meu pai também costumava bater na minha mãe – Eu disse um pouco desconfortável. A única pessoa para quem eu tinha falado isso era Rose e a reação dela foi ‘wow Camarada, me dê mais detalhes de como você chutou a bunda do seu próprio pai’ – E também quando eu tinha idade o suficiente e era mais alto que ele, eu o coloquei para fora de casa, aos chutes.

Ele parou de andar por um momento e me olhou, soltando um sorriso pequeno.

-Imagino que você tinha a mesma idade que a minha – Assenti com a cabeça – Rose iria adorar saber dessa história.

-Ela já sabe – Soltei sem pensar e na hora tratei de consertar – Ela é muito curiosa e no começo essa coisa de a maioria dos dampiros não terem pais a deixava confusa, então ela me perguntou pelo meu e eu fui sincero.

-Claro que foi – Ele disse assumindo um ar tenso e sério novamente ao chegar em frente à uma porta e bater somente duas vezes, para logo em seguida praticamente derrubá-la.

Entramos no que devia ser um escritório e dentro dele tinha um moroi sentado atrás de uma mesa com um sorriso nos lábios.

-Tanaka! – Ele gritou o nome de David em uma saudação – Finalmente resolveu fazer negócios comigo?

-Você sabe que os negócios de Zmey não são esses – Ele disse firme e o sorriso do moroi se desfez – Estou aqui por que preciso de uma informação e você vai me dar.

-E quem te garante que eu vou fazer isso? – Um sorriso perigoso surgiu nos lábios do moroi pálido de olhos azuis.

Averiguei todo o local e não tinha câmeras, apenas dois guardiões dampiros encostados no canto da parede. A decoração era um tanto amadora para um cafetão, tinha um sofá do lado esquerdo e um quadro enorme da Marilyn Monroe posando para a capa da playboy do lado direito, e ao meio ficava a sua mesa de negócios.

Em um rápido movimento, que eu percebi tarde demais, Tanaka estranhamente veio para cima de mim e com toda a sua força me imobilizou deixando meu braço direito para trás e passando sua mão pelo meu pescoço.

Que porra tá acontecendo aqui?

Tentei me desprender e ele relaxou um pouco e me soltou, dando leves batidas no meu ombro e foi até a mesa do tal Ben e bateu com força.

-Acredite, seu pedaço de bosta, eu posso matar todos nessa maldita sala em segundos se você não me der a informação que eu quero. Sabe aquele cara ali? – Ele apontou a cabeça na minha direção -Ele é um guardião oficial, o melhor da corte que protege uma das melhores linhagens reais, e eu poderia ter quebrado o pescoço dele se eu quisesse ali mesmo, e acredite, eu tenho os meus motivos – Ele fez um breve silêncio e isso me fez ponderar a minha amizade com Tanaka – Eu sei que você sabe de tudo o que entra e sai nessa maldita Miami – Ele deu uma pausa e eu percebi que ele estava nervoso – Strigois – Ele disse e eu vi Ben arregalar o olhos – Eu quero saber onde estão todos os malditos Strigois dessa cidade juntos com humanos.

-Não sei do que você tá falando... – Ben disfarçou olhando para alguns papéis.

-Ou você fala agora ou ele realmente te mata e eu não faço nada para impedir – Eu disse me aproximando e olhando perigosamente para ele – Ou pior, eu ajudo ele a te matar.

Ben nos olhou assustado e ouvi passos que me fizeram dar uma risada. Se esse cara era a chave para encontrar Rose e Lissa, eu iria até o fim. Me virei para trás e fechei meu punho, acertando com força a cabeça do guardião do Ben que caiu desacordado. Tanaka percebeu o segundo e foi só quando eu vi uma faca enfiada na coxa do outro guardião e David dando murros nele, eu percebi que talvez nossas técnicas de incapacitar fossem diferentes.

-Vai falar ou não? – Eu disse erguendo ele pela sua camisa.

-Para o sul, nas partes periféricas – Ele disse aterrorizado – É tudo o que eu sei.

-Tem certeza?

-S-sim.

-Vamos, Dimitri – David disse e eu o soltei. Ben caiu na sua poltrona com os olhos arregalados.

Tanaka tinha um sorriso cínico nos lábios enquanto limpava o sangue da sua faca com um lenço e depois jogava em cima do guardião que estava com falta de ar.

-Isso não é nem metade do que eu posso fazer – Ele disse guardando a faca e olhando para Ben – Fique longe da minha irmã e não tente transformar ela em uma prostituta de sangue ou eu arranco a sua cabeça.

Saímos de lá e voltamos o caminho todo em silêncio. Tanaka estava puxando quase 200km/h no seu carro e eu estava dividido entre a pequena chance de encontrarmos as meninas e sobre ele saber sobre o meu relacionamento com Rose. Era uma coisa errada, principalmente da minha parte. Adolescente fazem besteiras o tempo todo e Rose vir atrás de mim poderia ser uma delas, mas o fato de eu me deixar levar pela pequena era errado. Nos apaixonamos e eu me deixei levar. Lutei minimamente contra ela e embarquei nessa loucura que eu sabia que podia me arruinar.

-Você está muito calado – Tanaka disse freando bruscamente – Chegamos.

-Apenas preocupado – Eu coloquei minha velha máscara de indiferença – Mais 24h e elas serão dadas como mortas oficialmente.

-Você não parecia preocupado com isso – Ele disse um pouco ríspido.

-Eu não sei do que você está falan...

Fui interrompido por uma voz que eu conhecia, mas não era íntimo. Ele estava andando de um lado para o outro e tinha três enormes malas ao seu lado.

-Eu já disse tudo o que eu sei – Adrian Ivashkov, sobrinho neto da rainha, tentava se explicar nervosamente enquanto Abe e Christian o olhavam com uma carranca enorme – Eu vi Rose uma vez na corte e dei meu número à ela – Ele parou de andar assim que percebeu a nossa presença, olhando para mim e Tanaka, depois ele sorriu e continuou – Ela pareceu se interessar em mim e disse que assim que tivesse a oportunidade iria entrar em contato comigo.

-Você perdeu a vontade de viver, garoto? – Abe disse indignado – Eu não quero saber como você conheceu minha filha, quero saber como você descobriu onde ela estava. Rose recebeu claras instruções para não dar esse endereço para ninguém.

-Ela deu para mim – Ele sorriu debochado – Eu preciso falar com ela e com a Dragomir.

-Deixa de ser imbecil – Christian gritou – Você não percebeu que elas estão desaparecidas?

Adrian pareceu perder aquele ar arrogante por um minuto e olhou para todos na sala, parando seu olhar em mim e depois em Tanaka.

-Isso explica o clima da casa – Ele disse olhando em volta – Todos vocês estão muitos... Hum... Vermelhos.

-Como é? – Tanaka deu um passo à frente.

-Não encontramos nada – Nesse momento uma alquimista nos interrompeu, olhando diretamente para Abe. Ela devia ter a idade da Rose mas era loira e bem mais magra que a minha garota – Vasculhamos tudo em um perímetro de 40km e nenhum sinal delas.

-Procurem agora no sul – Eu disse e ela se virou para mim. Percebi que ela tinha a típica tatuagem dos alquimistas – Nas partes periféricas.

-Se o dampiro disse, está dito. Procure minha filha e a princesa.

A alquimista olhou para mim com uma expressão raivosa e depois saiu andando com a típica postura dos alquimistas. Eles nos odiavam e faziam o mínimo de contato com a gente, mas eles seriam úteis para encontrar Rose e Lissa.

-A cor dela é amarela – Adrian disse prestes a rir e se virou para mim – Mas quando ela olhou para você ficou como todos na sala: Vermelha.

-Você está bêbado? – Eu disse perdendo a paciência. Eu já não gostava dele desde a aproximação dele com Rose na corte, agora ele aparece e fala besteiras em momentos como esse?

-Provavelmente – Ele sorriu debochado – Sogrinho – Ele se virou para Abe – Há quanto temp...

-Ele não é seu sogro, garoto – Tanaka disse sério e indo na indo na direção dele – Rose jamais se interessaria por um moroi, então ou você fala como você conseguiu chegar aqui ou eu te deixo amarrado na beira da estrada para um Strigoi te pegar, e eu não me importo se você é parente da rainha.

-E é para isso que eu te pago, David – Abe revirou os olhos – Lide com esse sujeito que eu vou falar com a Janie – Ele disse se levantando – Belikov, continue procurando nossas garotas.

-Dimitri – Christian veio na minha direção – Minha tia chega em 45 minutos e...

Eu já sabia o que ele queria e não tinha tempo para isso.

-Sim, eu vou sair para procurar as novas coordenadas onde me passaram – Eu passei as mãos no meu cabelo nervoso – Mande ela pegar um táxi.

Christian passou poucos segundos me avaliando com seus olhos azuis, do mesmo jeito que a sua tia fez quando descobriu sobre mim e Rose, e apenas assentiu antes de sair digitando algo no seu celular.

Peguei meu carro e fiz minha própria busca no sul de Miami Beach. Como era noite e eu estava sozinho, eu praticamente estava dirigindo com uma mão no volante e com a outra dentro do meu casaco, segurando minha estaca. Eu andava devagar pelas áreas residenciais e o mínimo movimento que vi foi de um cachorro atravessando a rua.

Olhei atentamente cada casa e até encontrei alguns alquimistas fazendo o mesmo, inclusive a garota loira que agora não parecia com raiva de mim, mas sim focada no seu trabalho... Tão focada que ela não me viu e saiu do carro, indo em direção à uma casa e eu sai do carro indo na direção dela. À medida que eu me aproximava eu via uma luz na frente dela, como se ela estivesse criando fogo, e quando a puxei pelo braço tudo se desfez.

-O que você está fazendo? – Eu disse baixo e a arrastando dali.

-N-nada, era química... uma mistura... nós fazemos isso o tempo todo – Ela disse assustada e depois ficou esfregando compulsivamente o lado do braço onde eu peguei ela.

-Eu não estava falando dos experimentos de vocês – eu liguei o carro e olhei uma última vez para a casa, constatando que era uma casa comum – O que você estava fazendo ali? Era uma casa comum. Elas não estão lá.

-Não é do seu interesse – Ela disse mecanicamente.

-Qual o seu nome?

-Sydney Sage – Ela respondeu seca.

-Certo, Sydney – Eu não ia perder tempo com os assuntos dela, então fui logo para os meus assuntos – O que descobriu?

-Tanto quanto você, guardião – Ela disse encolhida e agarrada à uma bolsa – Nada.

Voltamos para a mansão em silêncio e o dia já estava amanhecendo. Eu me sentia cansado e Sydney pediu para parar em uma loja de cafés. Ela saiu do carro como se estivesse presa com uma besta.

Chegamos na mansão e eu, como me recusei a tomar café, infelizmente já estava me entregando a derrota quando chego na sala e Tanaka está de frente para Adrian, mas o garoto estava estranho com os olhos desfocados e ombros caídos.

Sydney foi falar com alguma das empregadas e eu me aproximei lentamente de Tanaka. Ele percebeu minha presença e cruzou os braços tensos, ainda olhando para Adrian sem piscar. Notei que ele tinha trocado de roupa e estava usando um jeans e uma blusa preta de manga comprida.

-Quando ele começou a falar de cores – David começou a falar baixo para mim, quase inaudível – Eu achei que ele estivesse bêbado, mas o que lhe entregou foi o seu olhar – Do que ele estava falando? – Quando eu fui atrás de Mark e Oksana na Rússia, os dois me deram aquele mesmo olhar, o de Oksana foi mais intenso. Na hora descobri. Eles me falaram algumas coisas que o espírito pode fazer que nem Rose e nem a princesa têm conhecimento, mas esse Adrian tem e já desenvolveu – ele fez uma pausa e creio eu que foi pra ser dramática – E uma delas são ler auras e visitar as pessoas nos sonhos. No dia que ele conheceu Rose, ele a achou estranha por conta da escuridão, ele estava muito bêbado e ele bebe para afastar o efeito colateral do espírito – Então Adrian era apenas um usuário de espírito perdido e não um vagabundo como metade da corte pensava? – E quando viu a princesa, ele percebeu que a aura dela era dourada, igual a dele, e desde então vem tentando alcançar Lissa nos sonhos, mas nunca é fácil, é sempre mais fácil alcançar Rose.

-Como é? – Eu o interrompi por puro impulso do ciúme e depois limpei minha garganta. Eu não acredito que enquanto ela dormia de conchinha comigo ela estava sonhado com ele e nunca me falou – Desculpe. Continue.

-Mas também por algum motivo ele só conseguiu alcançar Rose uma única vez que foi quando ela estava na corte. Agora ele está tentando alcançar Rose.

 Eu arregalei meus olhos e olhei para Adrian com vontade soca-lo. Ele chamou a minha garota para um sonho de espírito depois de fazermos amor.

Se passou um ou dois minutos depois da minha conversa com Tanaka e nós não dissemos mais nada um para o outro. Provavelmente David obrigou o garoto a contar tudo. De repente Adrian piscou algumas vezes e ao me olhar entortou a cabeça e sorriu debochado por poucos segundos.

-Elas ainda estão vivas – Ele disse e eu soltei um ar que nem eu sabia que eu segurava – A informação de vocês estava certa. Elas estão no sul em uma área residencial, presas em um porão.

 

Rose’s pov

 

Senti braços e unhas, unhas bastantes afiadas que pareciam garras arranharem meus dois braços enquanto eu enfiava o vidro no pescoço de Daphine. Sangue começou a espirrar por toda a parte e eu não me assustei, nem me importei com o sangue da minha mão misturado com o dela, apenas fui mais fundo e ela parou de arranhar meus braços, e me olhou com os olhos arregalados enquanto tossia e passava suas mãos pelo próprio pescoço.

Saí de cima dela e me arrastei até sentir minha cabeça bater na perna da cama. Olhei a cena com horror, ao mesmo tempo que eu estranhamente não sentia minhas mãos doerem, e elas estavam sangrando e muito. Daphine se debatia no chão enquanto se sufocava no próprio sangue. Eu fiz isso? Eu... Eu a matei? Não, ela já estava morta e isso não iria mata-la. Ela era uma Strigoi e ela iria voltar em poucos minutos - se o que eu estudei sobre Strigois estava correto.

Respirei fundo, engolindo meu próprio medo e me virei para Lissa, tentando ignorar os gritos agonizantes que Daphine dava. Lissa estava encolhida com os joelhos abraçados e com a cabeça baixa.

Muito bem, Rose, você foi protegida a vida inteira e agiu como se tivesse de proteger alguém nesses últimos três meses. Tá no seu instinto. Apenas faça isso, você tem que fazer.

-Lissa... – Olhei para as minhas mãos e vi que eu não tinha condições de continuar a decapitar Daphine – Lissa, essa é a nossa chance. Vamos.

Lissa abriu seus olhos e me olhou, seus olhos me olharam com espanto e só então dei atenção para os meus braços que escorriam filetes de sangue por ele. Seu medo passou para mim e eu o empurrei para longe. Ela se levantou da cama e eu detectei um pequeno lampejo de coragem dentro dela, mas também algo escuro e negro que logo sumiu assim que eu alcancei.

-Merda... – Sussurrei. Isso não é hora da escuridão aparecer, não mesmo.

-O que foi? – Ela me olhou com medo.

-Nada – Peguei sua mão e senti um ardor.

-Espere... Eu posso...

-Não temos tempo para isso – Eu disse rasgando os lençóis da cama e enrolando minhas mãos nos pequenos pedaços – Logo esse projeto de Morticia Addams vai voltar e eu pretendo estar bem longe quando isso acontecer.

Daphine já não emanava mais nenhum som, apenas seu sangue que escorria no chão e dava a impressão que eu realmente tinha matado alguém. Subimos as escadas e eu peguei a barra de ferro que Lissa tinha quebrado e usava ela como estaca, já que ela tinha uma ponta e se eu encontrasse um Strigoi eu poderia fazer o mesmo que fiz com Daphine, mas eu acho que ela era a única na casa.

Nos deparamos com uma casa normal de subúrbio e que tinha uma escada. Era dia e os humanos podiam estar lá fora, então, enquanto eu percorria meus olhos rapidamente atrás de alguma ameaça, eu falei para Lissa:

-Vamos subir.

Ela não falou nada e apenas me seguiu. Alguma coisa em mim tinha se despertado, eu só não sabia o que era. Acho que era o medo de morrer, e eu não queria morrer. Eu precisava tentar e não ficar esperando Dave e Dimitri aparecerem e salvarem eu e Lissa como se fôssemos donzelas indefesas, mesmo nós sendo exatamente isso.

Entramos em um quarto, e lembrei da humana ruiva e de todos os outros humanos, qualquer coisa eu iria incapacita-los e mandaria Lissa usar compulsão neles.

-Lissa... – Sussurrei enquanto dávamos passos lentos e seguíamos para uma porta – Eu incapacito e você usa compulsão.

-Tudo bem – Ela disse baixinho.

Mas não foi necessário quando abrimos a porta. Nos deparamos com um quarto completamente fechado, com um cortina preta e pesada cobrindo a janela, basicamente tudo era preto e um cheiro leve de Chanel n°5 invadia o quarto. Devia ser o quarto de Daphine. Pra piorar a situação uma música horrível, que eu uma vez ouvi Dimitri escutar, e que me trazia boas lembranças, agora me dava arrepios, tocava pelo quarto dando um cenário do quarto do Frankenstein .

-Esse é o quarto dela – Lissa disse horrorizada – É como um filme do Conde Drácula dos anos 50.

-Talvez ela pense que viva em um – Eu disse com a ponta de ironia que me restava, mas depois voltei a pensar rápido – Vamos nos cobrir com o cheiro dela, assim quando ela acordar ela não nos identificará pelo cheiro.

Fomos até o seu banheiro e nos enchemos com os seus cremes e perfumes em tempo record. Liss ia passando perfume pela sua roupa e se perguntava como íamos sair da casa. Daphine já deveria estar acordando, então só tinha uma opção.

-Vamos pular a janela – Eu disse para Lissa e ela apenas concordou.

Não era nada diferente do que fazíamos na academia para ir às festas clandestinas. Saímos do banheiro e arrastamos a grande e pesada cortina preta que cobria o quarto dela, iluminando tudo e até dando um pouco de vida para o cenário de filme de terror dos anos 50.

-Ashton ia amar essa porcaria... – Eu resmunguei olhando em volta.

-Seu amigo humano? – Lissa disse quieta e eu senti ela juntar uma quantidade significativa de espírito.

-Sim, aquele que gosta de filmes antigos – fui para a janela e olhei a altura, depois me voltei para ela séria – Lissa, primeiro como é dia e você está preparada para compulsar – Nesse momento ela me olhou e deu um sorriso malicioso mas eu não liguei – Você pula primeiro, não é nada diferente do que fazemos na St Vladimir. Depois você se esconde no canto ali – Apontei para a parede – E me espera pular.

-Tudo bem – Ela disse com a voz firme mas eu podia sentir o seu medo e sua insegurança.

Lissa apoiou seus braços na janela e eu a ajudei a pegar impulso, depois ela colocou uma perna pra fora e depois a outra. Ela esticou sua longa perna direita até uma pequena falha que tinha na parede da casa, e testou para ver se servia de apoio, depois disso a queda ainda iria machucar mas era algo suportável e que ela estava acostumada, então ela se soltou e olhou em volta, com medo e adrenalina percorrendo seu corpo.

-Lissa – Eu sussurrei e ela olhou para mim – Se esconda! – Eu disse subindo na janela.

Ela fez o que eu mandei e praticamente correu para o canto da parede, e se fosse possível se fundir à ela, eu tenho certeza que Lissa se fundiria.

Olhei para baixo e ponderei pular direto, mas eu não podia me dar ao luxo de ter um pé torcido então fiz o mesmo trajeto de Lissa, apenas tendo um pouco mais de dificuldades por causa da minha altura e minhas mãos machucadas que o sangue já começava a atravessar as camadas enroladas de lençóis.

Olhei em volta e vi se não tinha alguém se aproximando, e depois observei o sol e vi que faltava muito pouco para a noite chegar.

-Lissa – Me aproximei dela e me encostei na parede também – Isso aqui é uma área residencial, provavelmente eles só escolheram o local porque é o último lugar no mundo em que vão procurar a gente. De dia tem os humanos, mas com eles nós podemos lidar, mas não agora, agora estamos fracas – Admiti isso e ela olhou para mim concordando, mesmo ela puxando uma quantidade significativa de espírito – Pare de puxar espírito.

-Eu não consigo – Ela disse com a voz calma, mas mesmo assim eu vi raiva ali. Eu respirei fundo e me concentrei em Lissa de novo, e de novo detectei a escuridão, dessa vez um pouco maior que o de costume.

Olhei para ela e ficamos naquele impasse por bons segundos até eu revirar meus olhos e me concentrar nela de novo, atrás de sugar aquela coisa negra e horrível de dentro dela. De qualquer modo viria para mim mesmo. Eu só espero que não se manifeste agora.

-O plano é o seguinte – Eu disse enquanto sentia sua energia voltar ao normal – De dia ela têm os humanos, e a noite ela tem ela mesma e não sei mais quantos Strigois. Eu estava pensando em bater na porta de um desses humanos e ligar para o Dave, mas envolver humanos nessa merda toda é horrível – Respirei fundo – Vamos andar algumas quadras e quebrar o vidro de um porão, ou até mesmo ficar escondida no jardim de alguma casa, com o cheiro das flores cobrindo o nosso cheiro – Fiz uma pausa – Ou o da Strigoi, tanto faz – De manhã cedo quando vermos um humano você usa compulsão e pede um celular emprestado, depois pede pra ele esquecer de tudo. O que você acha? 

-Qualquer plano seu que nos tire daqui está de bom tamanho – Ela disse com um sorriso fraco e nós começamos a andar rápido – Tem que ser um humano com muita pouca força de vontade, eu estou fraca e...

E de repente, como um raio grande e assustador que corta o céu nublado, o primeiro humano apareceu, aquele que tinha o sorriso assustador e tentou mexer comigo enquanto ainda estávamos em cativeiro. Instintivamente joguei Lissa para trás de mim e começamos a lutar. Dessa vez eu não me sentia indefesa e ele não tinha Lissa para me chantagear. Acertei um murro na sua barriga e lembrei da barra de ferro que eu tinha no shorts do meu bolso.

Seria tão fácil eliminar um logo de cara...Ele é só um humano com a alma corrompida.

Uma voz na minha cabeça disse e eu automaticamente peguei a barra de ferro e passei pelo seu braço, o arranho da mesma forma que aquela Strigoi vadia fez comigo enquanto eu rasgava o seu pescoço.

-Espero que você pegue tétano e morra – Eu disse enquanto ele me olhava furioso e vinha pra cima de mim novamente.

Caímos no chão e ele me deu um belo murro, mas ele era tão descuidado que não percebeu que mesmo assim eu poderia facilmente enfiar e barra no seu pescoço.

Enfie! Essa é a sua chance! O que você está esperando? Ele vai te matar e vai matar a sua melhor amiga.

Deixei ele dar o último soco, e quando o olhei eu dei uma cotovelada nas suas costelas, e foi forte o impacto, como eu nunca imaginei, até ouvi o som de algo se quebrando. Nos virei ficando por cima dele e ele me olhou assustado e respirava forte, como se tivesse procurando por ar para respirar. Eu estava pronta, eu ia fazer isso.

Faça!

-Rose! – A voz de Lissa. A voz doce e assustada de Lissa me fez perceber que eu estava prestes a enfiar uma barra de ferro no coração de um humano.

Minhas mãos juntas na barra de ferro e que eu mantinha acima da minha cabeça agora estavam abaixo dos meus ombros caídos. Saí de cima do humano, vendo o que eu tinha feito à ele que colocava a mão desesperadamente no peito em busca de ar.

Ouvi um grito de Lissa ecoar alto e fazendo eu fechar meus olhos por causa da minha audição sensível. Senti seu desespero me inundar através do laço enquanto mãos fortes me rodeavam e eu começava a me debater.

-Lissa! – Gritei seu nome – Use compul...

Senti um forte baque contra a minha cabeça. Um único som seco e depois mais nada. Somente meus olhos pesando e os gritos de Lissa abafados ficando cada vez mais distantes. Eu não queria fechar meus olhos, mas eu já estava tão cansada que foi impossível lutar contra algo, e uma voz lá no fundo me dizia que eu tinha feito mais do que eu era capaz.

Rose, acorda! Por favor... Acorde!  Ouvi a voz distantes de Lissa na minha cabeça.

Acorde agora! Por favor!

Abri meus olhos devagar, que ainda estavam um pouco pesados, e percebi que minhas mãos estavam amarradas para trás e eu estava jogada de qualquer jeito no sofá daquela casa maldita. Me forcei a sentar e olhei para Lissa que estava sentada ao meu lado e seus olhos cor de jade emanavam pânico e até algumas lágrimas, e seu rosto pálido estava vermelho.

Ouvi uma risada gélida, assustadora e provavelmente masculina próxima a nós duas. Engoli em seco e olhei para frente. Era um Strigoi assustador, mas pelo menos ele não achava que vivia em um filme de terror dos anos 50 como Daphine achava.

-Finalmente a Mazur acordou – Ele disse olhando bem no fundo dos meus olhos e suas orbes vermelhas me deram medo – Primeiro você incapacita a minha mulher, depois quase mata um dos meus escravos – Ele riu de forma debochada e Lissa se encolheu perto de mim – Devo admitir – Ele me olhou de cima a baixo com nojo – Parece com o pai.

-Todos dizem isso – Eu esperava passar ironia mesmo estando com medo.

O Strigoi tinha a pele cor de giz, feições e sotaque que me lembrava a Itália. Seu modo de se vestir era simples, talvez por estarmos em uma parte periférica de Miami.

-Quem é você? – Eu perguntei e senti alguém descer as escadas. O Strigoi continuou me olhando e eu vi outra mão cor de giz repousar sobre o seu ombro, uma mão que possuía unhas grandes e afiadas.

-Puxe na memória da sua amiga e você vai descobrir que eu sou o pior pesadelo das duas – Ele disse isso e pegou a mão de Daphine.

-Só não matei a sua vadia por cansaço –Eu disse e vi Daphine me olhar com ódio e ele sorrir. Eu até podia morrer, mas ia morrer no meu estilo.

-E eu só não te matei porque estava esperando você acordar – Ele disse de modo frio enquanto analisava o pescoço liso da Strigoi.

Revirei meus olhos e puxei as memórias de Lissa. Quando me apagaram, colocaram uma venda nela a impedindo de usar compulsão e nos amarraram, depois nos colocaram sentadas neste maldito sofá onde ficamos até agora e o Strigoi chegou, conversou com Lissa apenas para assusta-la

“Vocês morois se preocupam muito apenas com nós, os strigois, e as vezes esquecem que o verdadeiro inimigo é alguém da própria raça de vocês. Não se preocupe, assim como todos os dragomirs que eu matei, a sua morte será bem rápida e você não irá senti nada.”

-Você não vai matar ela! – Eu gritei saindo da mente de Lissa. Eu sabia quem ele era. Ele era Rupert, o Strigoi que queria nos matar, que queria me matar primeiro por conta dos negócios do meu pai.

Recebi em troca risadas de deboche e depois ele me olhou bem sério, alternando o olhar entre o meu colar e o de Lissa.

-Esse laço uniu vocês mesmo. De tudo o que você viu na cabeça dela, você só prestou atenção na parte que eu disse que ia mata-la? – Ele riu – É uma tola mesmo – Ele se levantou da cadeira e mostrou suas presas, eu me coloquei na frente de Lissa e tentei me desfazer das cordas que amarravam meus pulsos desesperadamente.

Eu estava assustada, era uma caminho sem volta, mas eu precisava fazer isso, precisava ir até o fim, mesmo que isso significasse a minha morte.

Ouvi um forte estrondo de uma porta sendo arrombada e janelas sendo quebradas, isso tanto desviou a atenção de Rupert quanto a minha. Olhei para a porta e vi Dave e Dimitri passarem por ela e vindo na direção do Strigoi, ambos tão furiosos quanto as ondas do mar em uma noite de tempestade.


Notas Finais


Gostaram? já estamos na reta final. Como e decidi fazer povs duplo acho que teremos no máximo três capítulos contando com o epílogo. Meus amores, sei que prometi uma segunda temporada mas devido a certas coisas eu cancelei e vou publicar apenas uma coletânea de contos. Eu estou explicando tudo melhor aqui... acessem http://kate-moura.tumblr.com/post/163153772305/fanfic-outro-mundo-va-aviso
1- Se ainda tiverem alguma dúvida, vcs podem me perguntar por ask (ou como aparece 'perguntas??) ou pelo meu twitter @Mzurrr ou até mesmo por mensagem privada. Sei que o que houve não teve nada a ver com vcs leitoras desta plataforma, mas infelizmente atingiu vcs.
2- O QUE ACHARAM DO CAP??? FOCO NO CAP MINHA GENTE COMENTEM PQ EU MEREÇO E TO TITI EH ISSO AÍ BJS E ATÉ O PROX CAP CHEIO DE EMOÇÕES.


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