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História Outsiders - Capítulo XIV - Facing the truth


Escrita por: SUELLENDCS

Notas do Autor


Desculpem a demora pessoal. Vou tentar não demorar tanto a postar o próximo capítulo.

Capítulo 14 - Capítulo XIV - Facing the truth


Fanfic / Fanfiction Outsiders - Capítulo XIV - Facing the truth

Zayn

Acordei cedo e fui nadar. Estar naquela piscina me fazia pensar na Camila, já que era o único lugar da casa que sempre tinha sido só nosso. Eu tinha sonhado com ela, seus lábios carnudos a devorar os meus com volúpia, enquanto minhas mãos percorriam o seu corpo esguio e apertavam o seu traseiro. O sonho tinha me feito acordar com uma gloriosa ereção matinal e embora eu pudesse ter ido até o meu quarto e acordado Gigi para uma sessão de sexo que acalmasse a minha excitação, optei por fumar um cigarro e dar um mergulho na piscina. 

Eu parecia ter um talento natural para ferrar com a minha vida. Se eu tivesse sido honesto com Camila era certo que não estaria nesta situação. Eu provavelmente estaria na cama com ela neste momento ao invés de estar me escondendo do lado de fora da minha própria casa. Nadar de um lado a outro ajudava muito a clarear meus pensamentos. Eu não podia viver eternamente na corda bamba, se era Camila quem eu queria tinha que fazer isso dar certo, de um jeito ou de outro.

Quando parei de nadar, já ofegante percebi que Gigi estava sentada em uma espreguiçadeira me observando. Ele vestia apenas sua lingerie, como sempre fazia quando estava em minha casa e estávamos sozinhos. 

- Você acordou cedo. Nem sabia que você gostava de nadar de manhã. Você sempre me pareceu preferir outros exercícios matinais quando eu estava aqui. – Pelo menos ela não tinha percebido que eu nem sequer tinha dormido na mesma cama que ela.

- Faz pouco tempo que comecei a nadar de manhã. – Eu respondi já saindo da piscina e pegando uma toalha que estava sobre outra espreguiçadeira. Gigi admirou minha nudez com olhos apreciativos, no curto tempo em que eu levei para enrolar a toalha envolta do meu quadril. Ela se levantou e se aproximou de mim esfregando o seu corpo no meu, sem se importar se eu estava molhado ou não. 

A minha vontade era pedir que ela fosse embora e me deixasse sozinho, mas ela não tinha culpa por eu ter sido idiota na noite anterior, então não merecia que a tratasse mal. Ela começou a beijar meu pescoço, mas eu estava com a cabeça em outro lugar, ela reparou a minha indisposição, parando o que estava fazendo e começando a me encarar. Ela analisou a minha expressão. 

- Está tudo bem? Você está... diferente. – Ela disse enquanto avaliava a minha expressão.

- Que nada! Eu sou o mesmo de sempre. – Eu coloquei alguma distância entre nós.

- Não. Ontem você foi o Zayn de sempre, hoje parece estar fugindo de mim. Porra! Eu estou aqui me esfregando em você e parece que você está pensando na sua mãe. 

- Também não é assim.

- Ah, não é? - Ela puxou a minha toalha revelando minha nudez. Sua mão foi até o meu membro agora flácido e ela me apalpou. - Desde quando é isso que eu recebo quando eu te beijo?

Eu não podia contradizê-la, sempre tinha sido como um soldado a bater continência sempre que ela me tocava. Eu costumava achar o seu corpinho absolutamente irresistível, mas hoje, enquanto ela me beijava eu estava pensando no quanto eu gostaria que fosse Camila em seu lugar.

- Dá um tempo, ok? Eu não sou uma máquina que existe apenas para te satisfazer. 

- Mas costumava ser. Eu não posso acreditar que aquela sem sal da Camila seja a responsável por você ter se afastado de mim. O que ela pode ter que eu não tenha melhor? O que ela pode fazer que eu não faça melhor? Eu não entendo.

Ela me olhava de maneira questionadora, como se desta forma pudesse me convencer a responder essa pergunta. Eu não era idiota de dizer a verdade a ela, que meus sentimentos por Camila eram diferentes e que ela me fazia sentir coisas que eu jamais havia sentido antes. Ia parecer como uma desculpa esfarrapada, embora fosse a verdade. Eu também não tinha gostado nada da forma como ela tinha depreciado Camila. 

- Tudo com você é muito bom, sempre foi. Eu nunca tive motivos para reclamar e não vou fazê-lo hoje, eu apenas segui em frente. Sinto muito.

- Eu duvido que aquela Maria Puritana deixe você fazer com ela o que fez comigo ontem, eu duvido que ela não vá sair correndo no momento em que sentir sua mão pesada no traseiro dela. Ou quando descobrir o quanto você gosta de sexo anal. – Ela disse de maneira venenosa.

- Esquece a Camila. Ela não tem nada a ver com isso. Nós nem estamos juntos. Ela não é o motivo de eu ter terminado com você. 

- Não é o caralho. Não sou idiota, Zayn. Não me trate como uma. – Ela estava exaltada, praticamente gritando. Os olhos com uma fúria explícita. E embora eu quisesse que ela acreditasse no que eu dizia. Era ela quem tinha toda razão. Camila tinha sido o motivo desde o princípio.

- Acalme-se, Gigi. Nós tivemos uma noite ótima. Nós dois nos divertimos. Eu nunca prometi que seria mais que isso. Não estou tentando reatar com você. 

- Eu sei que não, mas droga Zayn. Você sabe como eu me sinto. Eu preciso disso que nós temos. Nós somos perfeitos juntos. Você não vê? – Seus olhos me imploravam para confirmar o que ela dizia e parte de mim queria que isso fosse verdade, que eu pudesse voltar à situação confortável que tinha com Gigi, mas infelizmente, para nós dois, eu não podia fazer isso. 

- Sinto muito. – Eu disse e ela me olhou com um misto de raiva e decepção em sua expressão.

Ela se afastou de mim e tornou a entrar na casa. Eu voltei a mergulhar na piscina e continuei a nadar.  Dando tempo para que ela se arrumasse e fosse embora. Tinha sido um erro gigante ter convidado Gigi para vir a minha casa na noite anterior e mais uma vez eu a tinha magoado por não ser capaz de ser honesto comigo mesmo. Eu não entendia o porquê da minha resistência em admitir meus sentimentos por Camila, quando era mais que evidente que eles estavam lá. Só de pensar que ela pudesse estar dormindo com o Justin eu tinha vontade de matá-lo. 

Assim que ouvi o barulho do carro de Gigi, saí da piscina e fui ao meu quarto tomar um banho. Eu tinha que ir ao aeroporto, pois tinha um show esta noite em Las Vegas. Qualquer decisão que eu tivesse tomado teria que esperar até minha volta, mas algo me incomodava. Uma vozinha na minha cabeça me avisava que talvez Camila não estivesse disponível quando eu voltasse. 

Coloquei algumas peças de roupa em uma mala o mais rápido possível e pedi um táxi até a casa de Camila. Eu precisava vê-la antes de sair da cidade. 

Toquei o interfone de sua casa e sua mãe atendeu.

- Bom dia. A Camila está? É o Zayn. 

- Está sim. Vou liberar o portão para você. 

- Obrigada. 

Entrei na casa e fui recebido por sua mãe na porta, ela me cumprimentou com um abraço e um beijo no rosto. Eu não ficava muito a vontade com este tratamento, na Inglaterra não era comum abraçar e beijar as pessoas a troco de nada.

- Ela disse para você subir até o quarto dela. É a segunda porta à direita do corredor. 

- Ok. 

Subi as escadas e fui andando devagar até o seu quarto. A porta estava entreaberta. Dei duas batidinhas na porta e aguardei.

- Entra logo, Zayn. E fecha a porta. – Ouvi a voz suave de Camila dizer através da porta.

Era a primeira vez que eu entrava no quarto dela. Eu teria imaginado uma decoração que gritasse que uma garota habitava aquele cômodo, mas não foi o que eu encontrei. 

Uma das paredes estava pintada em um tom azul intenso. A cama de casal tinha uma colcha branca simples. Na parede alguns pôsteres antigos emoldurados e alguns nichos com diversos livros. Havia uma estante repleta de animais de pelúcia, que imaginei serem presentes de fãs. Eu tinha um monte deles na casa dos meus pais na Inglaterra. 

Camila estava deitada na cama, ela vestia uma camiseta de mangas curtas e shorts de badydoll, os cabelos estavam presos em um coque frouxo no alto da cabeça. Não importa o que ela estivesse usando, para mim, sempre era atraente. A minha vontade era me deitar ao lado dela na cama e arrancar suas roupas e fazer amor com ela de uma maneira lenta e demorada. Eu não sei de onde vinham todos estes pensamentos românticos, romantismo nunca tinha sido muito a minha cara, mas ela despertava este desejo que era ao mesmo tempo avassalador e afetuoso. Ela colocou o celular sobre a mesa de cabeceira e me encarou, eu não deixei de me perguntar se ela estaria trocando mensagens com Justin no celular. 

- O que veio fazer aqui? – Ela disse soando um pouco impaciente, como se não pudesse esperar para se ver livre de mim. Mas ao invés de me intimidar com sua atitude, eu me aproximei mais e me sentei ao seu lado na cama.

- Eu vim visitar você. Saber se você está bem, se nós estamos bem. – Coloquei minha mão sobre a dela, fazendo um carinho leve com os dedos e ela não se afastou.

- Eu estou ótima, se desconsiderar o hematoma na minha barriga. 

- Posso ver?

Ela levantou sua camiseta revelando seu abdômen, que estava com um tom roxo esverdeado assustador. Eu queria bater em mim mesmo por ter feito isso com ela. Seria tão melhor se este hematoma estivesse no corpo de Justin. O idiota tinha saído completamente ileso, só de pensar nisso minha raiva queria se manifestar. Camila tornou a abaixar a camisa. – Eu sinto muito. 

- Não estou chateada com você por isso. Você não precisa me pedir desculpas. – Ela deu uma ênfase no “isso” e eu não deixei de me perguntar se haveria outro motivo pelo qual era estaria chateada comigo. 

- Porque você tentou defender o Bieber? – Ela pareceu surpresa com a minha pergunta, como se a ideia de defender o Justin fosse a coisa mais absurda do mundo. 

- Eu não estava tentando defendê-lo, não estava pensando direito, só queria que vocês não brigassem. Mas eu aprendi minha lição, pode ter certeza que nunca farei isso outra vez. – A ideia de que ela o tivesse escolhido estava me atormentando, era muito bom saber que eu estava enganado quanto a isso. 

- A culpa foi minha, eu nem devia estar lá.

- Porque você foi lá?

- Honestamente, eu não podia suportar a ideia de vocês dois juntos e quando cheguei lá e encontrei vocês dois tão próximos, rindo juntos, ele estava com as mãos em você... Eu perdi a cabeça. 

Fui totalmente sincero e pude notar que ela se surpreendeu. Acho que nunca tinha sido tão honesto com ela sobre meus sentimentos.

- Você ficou com ciúmes de mim? – Ela disse sorridente. Eu poderia negar, mas isso não me serviria de nada. A verdade parecia funcionar bem melhor com ela. 

- Sim. – Admiti. 

Seu sorriso aumentou ainda mais e tudo que eu queria era beijá-la naquele momento, porém antes que eu pudesse tomar a iniciativa ela partiu para cima de mim e uniu seus lábios aos meus. Eu tinha sentido tanta falta dos seus beijos que fiquei bastante excitado. A reação foi instantânea, bastou um beijo para eu estar pronto para possui-la. Deitamo-nos na cama e eu me movi sobre ela, beijando seu pescoço, mas quando minhas mãos apertaram sua cintura Camila deu um gemido de dor que me despertou. Eu saí de cima dela e me deitei ao seu lado. 

- Me desculpe. 

- Tudo bem. - Ela parecia tão frustrada quanto eu. 

Ficamos os dois em silêncio, deitados, mais uma vez coloquei minhas mão sobre a dela e segui com os carinhos. 

- Você está ficando com o Justin? – Eu não sei por que fiz essa pergunta e na mesma hora eu desejei ter me calado. 

- Estou. – A sensação foi pior do que quando Justin me socou e eu fiquei caído no chão. Eu tinha uma pequena esperança de que nada tivesse acontecido entre ela e Justin e era difícil encarar a realidade.

- Você dormiu com ele? – Acho que eu devia ser masoquista. 

- Bom... nós dormimos juntos, quer dizer, na mesma cama, mas não fizemos sexo. Se for isso que você está perguntando. – Eu não sei o que era maior minha raiva ou o sentimento de alívio. 

- Ele não é bom pra você, Camila. – Eu a adverti.

- E você é? – Ela disse de maneira debochada e eu não respondi. – Ele me trata bem melhor do que você, sabe. Ele não se importa em ser visto comigo, nem mente para mim. Ele disse com todas as letras que quer ficar comigo. Nada de enrolação, nem de drama. Você pode dizer a mesma coisa?

Camila não escondia nada, uma parte de mim desejava que ela tivesse mentido sobre tudo e tivesse me feito acreditar que ele não era uma ameaça. Justin era bem mais esperto do que eu tinha calculado, dava para ver que ela estava totalmente convencida de que ele era um cara legal. 

- Não. Eu não posso. Mas só porque eu não digo o que sinto, não quer dizer que eu não sinta nada. 

- E o que você sente? – Eu deveria ter me preparado para esta pergunta, pois era evidente que ela viria, contudo eu não era capaz me expressar. 

- Camila, eu...

- Você... – Ela me encorajou a continuar. 

- Eu gosto de você, de um jeito diferente de tudo que já senti. Eu ainda não sou capaz de ordenar meus sentimentos, por isso é difícil expressar em palavras. Entende? – Admiti.

- Eu entendo.  Só o que queria de você era isso, honestidade. Mesmo que nosso relacionamento não desse em nada, não ia ficar chateada com você se fosse sincero comigo. 

Ela estava falando como se nosso relacionamento tivesse ficado no passado e isso era no mínimo preocupante. Eu precisava de alguma definição, o que era curioso já que sempre tinha sido eu quem relutava em assumir um compromisso. Agora que a possibilidade de perdê-la era algo muito real, eu estava aterrorizado. Se ela assim desejasse, eu assumiria um namoro com ela agora mesmo. Só para garantir que Camila não se afastasse de mim.

- E o que nós faremos agora? – Perguntei. Eu queria saber o que ela sentia.  

- Eu não sei, Zayn. Se nós tivéssemos tido essa conversa na semana passada, eu certamente teria lhe dito que nós deveríamos ficar juntos e ver onde isso ia dar, mas já não tenho tanta certeza se isso é o melhor. – Seria possível que ela ia me dar um fora?

- É por causa do Justin?

- Também. Eu tenho estado obcecada com você por tanto tempo que me pergunto o quanto disso é real, eu achei que não tivesse opção e já tinha até me conformado, mas o Justin me mostrou que é possível me interessar por outra pessoa. E isso me faz questionar todo o resto. 

Eu não gostava do caminho que essa conversa estava seguindo. No princípio acreditei que estávamos perto de resolver as coisas, mas talvez eu estivesse enganado. Não podia deixar que ela se afastasse de mim, não havia essa opção. Demorei a decidir me arriscar e agora que estava pronto para tentar de verdade, não deixaria que ela fugisse de mim ou que ficasse com o Justin. 

Eu me sentei na cama e a encarei.  Ela ficava tão linda naquela posição, os cabelos negros contrastando com o branco da colcha, os lábios rosados e cheios. Eu queria esquecer todo o resto e apenas ficar ali com ela, beijando aqueles lábios. Segurei suas duas mãos entre as minhas, eu precisava fazer um último esforço, tinha que virar o jogo.

- Eu preciso que você me dê uma chance de provar que posso ser bom pra você. Só uma chance, eu prometo que você não vai se arrepender.

Seus olhos se fixaram nos meus e pude ver que várias coisas estavam passando por sua cabeça naquele momento. Esperei sua resposta prendendo a respiração, como se minha vida dependesse das palavras que sairiam de sua boca naquele momento. 



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