História Over and out - Vingt-sept

*Point of View*: Jasmine

-Eu vou morrer Jasmine, você tá querendo me matar.- disse Louis em meio às lágrimas e aos soluços.

-Entra logo Louis, você precisa tomar um banho frio. - disse tentando o empurrar para  debaixo do chuveiro enquanto o mesmo ainda estava vestido.

-Eu vou me afogar Jasmine, me ajudaaaa...- falou manhoso.

-Entra logo nessa porra Louis!- ordenei já perdendo a paciência.  

-Só confio se você entrar junto. - revirei os olhos e entrei no chuveiro sendo vencida pelo cansaço. 

-Pronto,  agora troca essa roupa.- falei enquanto guiava o baixinho enrolado na toalha até o quarto.  - Pega essa roupa aqui do Niall.  - ofereci às peças a Louis mas foi a mesma coisa que nada: ele continuou encarando o chão com a mesma cara de criança derrotada que precisou ser empurrada no chuveiro ainda vestido.  E sim, eu tive que o vestir, um pouco constrangida mas  tentei pensar em outras coisas enquanto via seu corpo molhado e nu.

Após o vestir, dar uma xícara de café em sua boca e o colocar para dormir como um bebê recém nascido, me sequei, troquei minhas roupas e avistei Niall desmaiado de cansaço no sofá.  Sorri com a visão e me deitei ao seu lado o envolvendo com meus braços e me aconchegando próxima ao seu corpo, meu anjo apenas se mexeu balbuciando palavras inexprimíveis, a coisa mais fofa daquele loirinho era seu jeito infantil em alguns momentos, e vê-lo como um bebê encolhidinho me fez querer o apertar mais e o proteger das maldades do mundo.

(...)

-Jasmine? Jasmine?- fui chacoalhada brutalmente por meu amigo delicadíssimo Louis Tomlinson. 

-Que foi? - falei abaixando a voz ao me lembrar que Niall ainda dormia feito pedra ao meu lado.

-Nossa. Vocês tão juntos agora?- indagou espantado com a cena.

-Isso não vem ao caso... me chamou pra perguntar isso?

-Não... só queria dar uma volta, a gente podia ir na cafeteria.

-Ah...- falei um pouco bolada pela interrupção do meu sono.- tá,  vou só me trocar. 

-Você e Niall estão juntos? - perguntou com as mãos nos bolsos do casaco enquanto caminhávamos até a cafeteria.

-Acho que... sei lá... a gente ia transar se você não tivesse aparecido no quarto.

-Ponha a culpa no Harry. 

-Achei que já tivesse desistido dele.

-Só desisto quando ele morrer.- disse ao adentrarmos no lugar. 

(...)

-Sabe, se fosse pra imaginar você com alguém seria com o Nick. Vocês combinam mais, o Niall é muito quieto pra você.- Louis disse ao entrarmos no apartamento, levei um susto ao ver que Harry estava cabisbaixo sentado no sofá conversando com Brittany.  

-Harry?- me aproximei para nos abraçarmos como de costume, mas o mesmo se desvio me deixando em  dúvida.

-Não Jasmine, agora não.  - a frase caiu como um balde de gelo em minha cabeça,  apenas entrei puxei Louis para o quarto de Niall afim de fugir da situação, ao entrarmos no quarto vimos o loiro de calça de moletom e sem camisa assistindo televisão. 

-A gente... Pode ficar aqui com você?- perguntei tentando disfarçar o choro que se formava na minha garganta.

-Claro...- disse hesitante e confuso. 

-Eu vou pra casa Jasmine, valeu pela companhia.- Louis anunciou entendendo que eu precisava ficar sozinha com Niall,  logo se despedindo do loiro e saindo. 

Durante alguns segundos o encarei mas fui interrompida pelo choro que se formou em meu semblante a da minha voz emitindo um choro manhoso. Antes que pudesse perceber estava chorando desesperadamente deitada apertando meus braços fortemente em volta das suas costas. Depois de longos minutos de choro e carinho no topo da minha cabeça, consegui me recompor e explicar o motivo de ter desabado ali.

-Por que as pessoas me abandonam do nada? 

-Porque são otárias. 

-Não entendo Niall,  minha mãe me abandonou, meu pai me abandonou, meu padrasto, Michael,  meus amigos me abandonaram e agora Harry... O que tenho de errado Niall?

-Você não tem nada de errado, as pessoas que não sabem te valorizar. 

-É sempre assim:eu me apego, confio e a pessoa me abandona. Eu sou sozinha Niall...

-Prometo não te abandonar...- disse pegando em minhas bochechas e beijando a ponta do meu nariz. 

-Quem garante?

-Eu garanto.  Ao menos que eu morra primeiro,  sempre estarei com você,  nem que seja como seu inimigo, mas não vou te abandonar,  e se você quiser posso ser seu melhor amigo, amante e marido.  O que você quiser. - pronunciou as palavras me fazendo chorar de emoção e o apertar mais ainda no abraço. 

Foi inevitável o beijar considerando que seu rosto estava colado ao meu, dessa vez foi um beijo mais suave e terno, diferente de horas atrás quando estávamos no calor da emoção e tudo que queríamos era nossos corpos nus se tocando. Nos beijamos várias e várias vezes, estávamos próximos e numa cama porém não teve mão boba, chupão ou ereção,  apenas um carinhos que fizeram os pedacinhos do meu coração serem colados aos poucos.