História Over the moon - Noite estrelada

O frio era cortante, a garota se encolhia na cama e puxava o fino lençol que não adiantava nada, a solidão era pesada, pelos seus cálculos já faziam 6 horas que ninguém vinham ver como ela estava, nem mesmo enfermeiros.

A preocupação era a pior, com certeza, não recebia notícias dos pais, pois os médicos não queriam "estressa-la" só diziam que vai ficar tudo bem mas ela sabia que era difícil.

Já faziam 3 dias da última visita de Brian, para se comunicar com ela, todas noite emitia um uivo apaixonado, sempre a meia noite Carrie juntava-se a janela pala ouvi-lo. Naquela mesma hora a cidade apagava suas luzes, ordem da prefeitura, diversas lendas foram atribuídas ao garoto, a maioria, ridícula, do tipo que o lobisomem era um cavaleiro medieval que sofreu uma maldição e será imortal até que ache o amor verdadeiro, Carrie acha tudo uma piada, como um conto de fadas sangrento. A cada uivo, seu machucado se cicatriza mais, os médicos estão impressionados com a capacidade de regeneração da garota.

Agora encarando a parede branca e exageradamente limpa do hospital, nela estava pendurado um quadro de Van Gogh, retratava-se uma noite e pontos amarelo,  por mais famoso que a pintura fosse, A garota não se recordava do nome. Batidas a porta.

- Pode entrar

Então a figura alta e fardada de Johnny aparece, com um sorriso no rosto, Carrie se levanta da cama e se joga nos braços do amigo.

- Senhora, não pode se levantar assim - a enfermeira diz empurrando a menina de volta para a cama e retirando-se depois em passos lentos.

- Como esta minha família - perguntou com os olhos brilhantes de esperança.

O rosto do rapaz esfriou, sua expressão tornou-se escura e sem vida

- Amber e Dylan estão bem, pelo que entendi, já já você poderá ve-los. Mas Scott... a ferida não dá nem indícios de cicatrizar, parece que piora cada vez mais, agora seu estado psicológico... - Ele abaixou a cabeça como se recusasse olhar nos olhos da menina - Parece que ele enlouqueceu, todos os dias tem flashes da besta e grita, são poucas as vezes que ele se encontra são.

Uma lágrima quente escorreu pelo rosto da menina, por que tem que ser tão difícil? 

Johnny a abraçou e pela primeira vez, ela o viu chorando. Por cima do ombro dele, Carrie viu o relógio, já era meia noite e o ouivo não Soou,  olhos pela janela por impulso e quase se assustou ao ver a figura de Brian pousada no parapeito como uma aguia a espreita. O garoto ouviu tudo é se sentiu atormentado.

Como majestosidade caminhou pelo quarto e saiu, sob protestos silenciosos de Carrie, ao se deparar com o imenso corredor, colocou o capuz. Os cheiros alcançavam sua narina deixando-o nauseado, a podridão das mortes, o cheiro ácido da insanidade, o salino das lágrimas e até a doce felicidade. Estranhamente tudo estava vazio,  o corredor com a luz  bruxuleante, caminhou sem fazer o mínimo barulho, ao chegar perto da porta onde Scott estava, deparou-se com seguranças a porta, imediatamente eles passaram a não por sua cintura mas não co seguiram nem move-lo, com os olhos brilhantes e hipnotizantes, o rapaz deixou os homens semi-catatonicos. Adentrou o quarto, O homem que várias vezes tentou mata-lo estava deitado, tubos ligados por todas as partes, hematomas e o cheiro ácido da loucura muito forte o rapaz colocou a mão em seu peito, sentindo batidas fortes e lentas de seu coração.

Concentrou-se lykan aners a ferida foi se fechando lykan aners as células sendo restauradas lykan aners os tecidos voltaram ao normal, agora a pele do ombro e a perna de Scott estavam como se nunca fossem tocados, o cheiro azedo da doença sumiu, mas a acidez não poderia ser limpa, nunca.

O homem abriu os olhos

- A BESTA! A BESTA! VEIO ME PEGARANTIU!  A BESTA DO ALASKA VOLTOU!

 Brian saltou pela janela do quarto, usando as unhas para prender-se ao concreto, talvez essas marcas nunca fossem descobertas. O guardas da porta recobraram a conciencia e entraram junto com médicos, mas tudo o que viram foi um homem louco se debatendo na cama.

Johnny foi chamado deixando Carrie sozinha, a garota correu para a janela assobiando, vou o garoto escalando a parede, ofegante, a primeira vez que o viu cansado em sua vida.

 - Meu amor o que houve? - Aflição em sua voz

- Eu curei seu pai, curei ele fisicamente, mas ele está louco, eu não posso curar a loucura, o fato de curar um humano me desgastou, a insanidade queria impedi-lo.

Ele disparou tudo, falando rápido demais e logo depois desabando ao chão 

- Eu não sei mais Carrie... não sei mais o que fazer.

O rapaz atormentando saiu pela janela novamente, e perdeu-se na noite estrelada.