História Over the moon - Alfa

 Carrie estranhamente estava eufórica essa manha, como se nao tivesse presenciado seu namorado/lobo dilacerar o ombro de um garoto. Mas a descoberta que fez de ser a alma gêmea de Brian a estava deixando feliz, como se completasse o que por anos ficou vazio e frio. Levantou-se da cama e logo se vestiu, desceu para a cozinha mas estava alegre demais para comer algo, seus pais nitidamente estranharam a garota estar tão radiante.

Em minutos estava na rua saltitando e cantarolando algumas músicas bobas, como uma criança que ia ao parquinho, tudo lhe parecia ter uma cor, uma nova vida. Estava ignorando o fato de ser um lobisomem.

Carrie parou logo quando a estrutura enorme da escola apareceu em seu campo de visão, e seu sorriso sumiu do rosto, seu olhou para a floresta que ficava logo ao outro lá da rua, apenas alguns metros da garota, e olhando para os lados ela correu para o meio do mato, não tinha medo pois sabia que Brian poderia farejar seu cheiro a kilometros de distância. Continuou seu caminho até que ouviu um grunhido atrás de si, quando virou-se achando que era Brian, levou um susto. Era um hispo, só que mais acinzentado e com olhos castanhos, a garota fez menção de correr mas o animal não fez nada que pudesse machuca-lá, apenas levantou-se e balançou a cabeça como se dissesse: vamos! A garota o seguiu até que chegou perto do riacho e seguiu para um lugar que era desprovido de vegetações altas e percebeu que era o acampamento. Um pouco mais a frente ele viu Brian, lutando contra um hispo do mesmo tamanho daquele que havia a guiado, era enorme! Suas patas dianteiras estavam no peito de Brian enquanto ele tentava empurra-lo, aquele hispo que parecia ser o mais sábio e mais experientes estava ali, Carrie já ouviu o garoto se referir a ele como: o hispo mais velho, talvez aquilo fosse uma forma de respeito.

- BRIAN! - A garota gritou e Brian desviou seu olhar para ela, no mesmo instante foi derrubado ficando invisível sobre a densa pelagem de seu adversário, todos ficaram tensos.

O grande lobo posicionado sobre o rapaz foi atirado para cima libertando o rapaz que veio correndo ao encontro de Carrie.

- Não sabia que viria tão cedo! - Ele disse contra a pele do pescoço dela

No canto, o sábio lobo refletia ela é a alma gêmea dele! Ela é o poder dele mas ao seu ver, era cedo demais para contar.

O treinamento voltou, Carrie assistia atenta, a cada arranhão que passava pelo ar arrancando um assobio do vento, a cada vez que Brian era testado, prestava atenção em cada músculo do garoto se tensionava do enquanto ele lutava. Aquele hispo que Brian admirava era mesmo sábio, a cada dica que dava, Brian melhora os ataques. O alfa não estava cansado, mas todos os lobos que havia lutado, estavam ofegantes e descansavam perto do riacho. Carrie correu até o garoto, e o hispo se aproximou deles.

- tenho uma lição para os dois, sempre irão questiona-los! Tentarão contradizer tudo o que sabem, mas lembrem-se, o poder não é a garra, o poder é a mente, não podemos deixar os outros verem as garras, o certo é agir como se fosse normal, e os outros acreditarão.

Quando o hispo os deixou a sós, Carrie deu o beijo que tanto esperou, as batidas dos corações acelerados davam ritmo a um amor proibido, cada vez mais convencida de que ele é o seu amor verdadeiro.

Após alguns momentos, a loira puxou o pesado e velho livro de couro da mochila, o garoto sentado à olhava folear o livro com a cabeça pendendo para o lado, confuso, um ato que Carrie atribuía a cães, e isso a preocupou. Achou a página e apontou o parágrafo sobre a alma gêmea para Brian, o rapaz demorou mais do que o esperado para ler, como se não soubesse. Logo ao final ergueu as sobrancelhas e disse.

- Eu já sabia!

E recebeu um abraço de sua amada em troca

De fato, ele sempre soube, agora, era uma confirmação, Carrie o completava, eram totalmente opostos, o sol e a lua, um não era completo sem o outro.

No hospital da cidade, Corey abria seus olhos, após uma noite em um sono profundo devido aos anestésicos, que foram usados para sua cirurgia, reparando os tecidos destroçados de seu ombro e coxa, ao lado estavam seus pais, com as feições preocupadas, o garoto não se lembrava de nada, e mal sentia o seu corpo, a luz o incomodava e imediatamente pediu para abaixarem, olhou para os lados e viu um ambiente parecido com um quarto de hospital, tomou força para perguntar .

- O que aconteceu? - Com a voz em um sussurro

- Filho, você foi atacado por um animal - A sra. Gibney respondeu com a voz chorosa.

- Como isso aconteceu? Por que não sinto nada?

- Não sente pois nos lhe demos alguns anestésicos, é bom descansar agora senhor Gibney. - Um homem de jaleco branco se pronunciou, Corey não tinha notado sua presença. - Agora descanse, depois, tudo irá se acertar.

O garoto se preparou para reclamar e dizer que queria saber o que aconteceu e queria agora, mas seus membros estavam fracos demais e ele cedeu, fechando os olhos e adormecendo novamente, não ia querer acordar para ver o que tinha sobrado no lugar das mordidas.

O doutor Bill pediu licença e saiu do quarto e foi andando até o laboratório onde na entrada já colocou luvas e um óculos de proteção. Dentro, avistou sua amiga, Janette, que se mantinha focada em um microscópio.

- descobriu algo no caso de Corey Gibney?

A mulher levou um susto com a aproximação repentina do homem esquivou alguns passos sob as risadas de seu parceiro.

- Não. Nada. Continuo em um beco sem saída, não faço a mínima idéia do que atacou esse garoto.

- Um lobo ue! - O homem respondeu como se já tivesse decifrado o enigma que sua amiga demorou horas para entender.

- Ah é? Então me explica que tipo de lobo tem esse maxilar? - Ela rebateu mostrando-lhe um desenho do tamanho da mandíbula do animal

Bill arregalou os olhos e pegou a folha de papel.

- Mas isso aqui é a mordida de um leão! - exclamou sem tirar os olhos do desenho

- Maior que de um leão, eu poderia te dar a explicação idiota que "um leão com distúrbios de crescimento fugiu de um zoológico ou de uma base militar e atacou o menino" mas não existe um zoológico em Barrow. Um leão não aguentaria esse frio e o pelo encontrado grudado no sangue é preto, e não existem leões pretos. - Disse um tanto histérica, aquilo estava a deixando com seus níveis de ansiedade altíssimos.

Bill permaneceu sem palavras diante daquela situação, estava convencido que era um lobo, mas as mordidas eram tão grandes que poderiam ser associadas as de um leão? E os pelos são negros?

- Quantos metros aproximadamente? - perguntou com os olhos vidrados

- Talvez dois do lombar até o ombro.

O coração do médico palpitou, lobos tinham 80cm e leões no máximo 1 metro e meio, aquilo era loucura. - O animal tem raiva?

- Não! - Aquilo tranquilizou seu coração, mas não o suficiente. Ele saiu do laboratório e foi em direção aos corredores, correndo e ao pegar o elevador praguejo contra a maquina e sua demora. Ao sair, seguiu para a recepção e tomou o telefone em suas mãos, discando o telefone de seu grande amigo Scott White.

- Scott, desculpe te ligar assim mas, hoje eu tive um paciente, um garoto que foi atacado por um animal, u-uma besta ou sei lá o que, mas nos suspeitamos de ser um lobo mas ao analisar as mordidas, a mandíbula dessa criatura é maior do que a de um leão, você sabe o que é isso Scott, um animal maior que um leão está a solta por aí! - Sua voz ganhava a mesma histeria que a de sua companheira Janette.

- Acalme-se Bill, eu acho que já sei o que é. - Confiante, o tenente desligou o telefone.

Com certeza era aquele animal que havia massacrado a escola de sua filha, ele voltou-se aos seu general e disse.

- Senhor, um garoto foi atacado por um animal que dizem ter a mandíbula maior que a de um leão.

O general que era tão frio arregalou os olhos e em minutos, estava organizando tropas em busca daquele animal, todos bem armados, Scott sabia o que era, e carinhosamente o apelidou de, a besta do alaska.

Na floresta, a tropa de 15 homens escolhidos a dedo era liderada por Scott, procuravam resquícios da besta, o general fez algumas ligações ao hospital confirmando a história e não perdeu tempo, 5 tropas de 15 homens adentraram a floresta, equipados com rifles para matar o animal, não levavam tranquilizantes, a intenção era matar.

As orelhas de Brian captaram passos a distância, ele levantou-se acordando Carrie.

- São soldados! - O garoto afirmou - Eu tenho um plano, vá até eles, correndo e chorando, como se tivesse se perdido ou algo assim.

- Não - disse confusa

- Vai deixar seu pai descobrir que você matou aula? Ele vai achar que você está fumando maconha ou algo do tipo, diz que alguém quis te assaltar e você fugiu, inventa.

Antes que a garota questionasse ele iniciou a transformação, para o enorme lobo, o mesmo enorme lobo que havia atacado Scott. A garota permaneceu ali, confusa, e decidiu seguir o que Brian havia dito, e chorou, tentou chorar, e para ajudar, lembrou-se dos pesadelos onde ficava longe de seu amor, não foi difícil. Segundos depois o exército a achou, seu pai veio correndo ao seu encontro, e suspirou aliviado ao não notar nenhum arranhão.

- O que aconteceu Carrie?

Para reforçar a teoria a garota não respondeu e continuou soluçando em pânico. Das sombras de uma árvore Brian observava bela atriz, o pelo negro do animal se camuflada perfeitamente na escuridão. O pânico tomou conta quando viu sobre uma pedra alta um de seus hispos em posição de ataque para o grupo de soldados. Não tinha nada o que fazer, apenas assistir, o animal um pouco menor do que seu alfa saltou sobre Scott, mordendo seu ombro, Carrie berrou ao sentir o quente do sangue de seu pai espirrar em si, quando a pata do hispo arranhou a coxa de Carrie Brian surgiu das sombras rosnando, os soldados estremeceram diante da visão do animal de 2 metros surgindo da escuridão a atitude em seguida o impressionou ainda mais, a besta besta cuidadosamente arrastou Carrie para longe da briga e seguiu em direção ao outro animal, e nem precisou fazer nada, rosnou com a força que tremeu o chão e fez as pessoas ao redor taparem os ouvidos, o beta abaixou as orelhas e colocou o rabo entre as patas, e os dois correram com uma velocidade sobrenatural, sumido de vista.