História Overcoming Prejudice - Merlya

Merlya

A semana passou sem grandes acontecimentos, exceto pele fato do meu cansaço não ter passado. Minha mãe já havia voltado de viajem, mas não quis contar nada sobre a fadiga, para que ela não fique preocupada.

Como o carro estava na oficina, teria que ir de a pé. Estranhei o fato de Castiel não ter vindo para me acompanhar, mas deixei pra lá e fui em direção ao colégio.

Quando estava dentro do prédio, guardei o guarda-chuva e tirei meus óculos e depois segui para a sala de aula. Mas ouvi um som vindo do laboratório. Vi que a porta estava parcialmente aberta, então me aproximei, mas me arrependi.

Castiel estava beijando Ambre, uma das garotas da sala. Pelo susto, derrubei meus óculos, chamando a atenção dos dois. Castiel olhou assustado para a porta e me viu ali.

- Lya... – ele sussurrou e tentou se aproximar, mas eu sai correndo, não me importando de me queimar por causa do sol.

Corri até uma pracinha e me sentei em baixo de uma árvore, me deixando chorar, tanto pelo ardor da minha pele quanto pela cena que eu havia visto.

Abri minha bolsa e peguei minha pomada de queimaduras, passando antes da minha pele começar a ficar vermelha.

Ouvi meu celular tocando e vi a foto de Castiel aparecendo na tela. Recusei a ligação e desliguei o celular, escorando minhas costas na arvore.

Quando o horário do encerramento das aulas, me levantei, abri meu guarda-chuva, coloquei meus óculos e segui para a minha casa.

Chegando em casa, vi um bilhete da minha mãe colado na geladeira, dizendo que ela havia ido ao supermercado e deixado meu almoço no micro-ondas.

Almocei, subi para o meu quarto, troquei de roupa e me deitei na cama, ligando o celular.

Havia 89 mensagens e 29 chamadas perdidas de Castiel. Apaguei tudo e coloquei o celular sobre o criado-mudo. Respirei fundo e fechei meus olhos, dormindo pouco tempo depois.

Acordei de repente com falta de ar. Ouvi barulho na cozinha e respirei fundo para tentar chamar minha mãe, mas ao fazer isso senti uma pontada no peito. Respirei novamente e consegui gritar.

- Mã... Mãe! – gritei e tossi. Minha mãe logo apareceu correndo no quarto.

- O que houve, querida? – perguntou preocupada.

- Estava com falta de ar – respirei fundo – Mas parece que já melhorou.

- Não quer ir ao médico? – perguntou.

- Não mãe, acho que não é nada de mais – disse a tranquilizando. Ela assentiu e saiu do quarto, mas vi que ainda estava preocupada. Me deitei na cama e olhei para o teto, me perguntando o que estava acontecendo comigo.