1. Spirit Fanfics >
  2. Overseas >
  3. Voto de castidade

História Overseas - Voto de castidade


Escrita por: thejoy866

Notas do Autor


gente, eu nem sei o que falar aqui, então é nois

Boa leitura <3.

Capítulo 3 - Voto de castidade



FRANCESCA CONTINUAVA COM OS OLHOS ARREGALADOS, encarando Maryse e, às vezes, eu. Tratei de andar rápido e fechar a porta, para evitar que mais alguém visse aquela situação. Ou melhor, para evitar que Joana, que morava logo ao lado, visse. Ela, sim, era real preocupação.

– O que... É... Essa mulher?

Respirei fundo, sorrindo ainda mais tenso.

– Minha calda é bonita, não é?

Maryse, você tá de brincadeira?

– Olha, Francesca... É... Ela...

– Deixe que eu explico, Dean. – Ajeitou-se melhor, sentando-se naquelas típicas posições de “sereia de desenho animado”. Meu Deus do céu, o que eu estou pensando? – Garota, antes que grite ou esperneie, por favor, escute, está bem? Eu sou exatamente isso que está pensando, antes que, também, ache que é louca. Poderia guardar esse segredo até eu ir embora?

– C-Claro. – Ela continuou olhando a outra.

Francesca estava assustada.

– Eu volto ao normal assim que secar. – Afirmou, praticamente lendo meus pensamentos.

– É... Como... Como você...

– Já é a segunda pessoa que pergunta isso hoje. Sou obrigada a responder mesmo?

Eu revirei os olhos.

– Grande explicação essa sua.

– É o que sei, não tenho como falar mais.

– E qual é? – A garota perguntou, confusa.

– A explicação? Bom... “Água, calda, ela”. – Fiz aspas.

– Faz sentido.

Francesca riu baixo, colocando a mão na testa.

– Acho que é pouco demais pra assimilar agora, então... Eu prefiro conversar amanhã. Seu segredo está guardado. B-Boa noite. – Deixou as roupas em cima da mesa e praticamente correu para o lado de fora, trancando a porta e me fazendo dar um longo suspiro. Fiquei tanto tempo olhando para aquela direção que só parei quando duas mãos rodearam meu corpo.

– Está tenso, não é? – Riu perto do meu ouvido, massageando meus ombros. Nem me atrevi a virar, pois sabia exatamente com que roupas ela estaria. No caso, nenhuma. – Vamos... Eu quero ouvir. – Gemi quase imperceptivelmente quando Maryse tocou num ponto de tensão. – Por que não se rende, uh? Sabe que eu não vou desistir de você.

– Por quê...

– Sem perguntas. Eu quero respostas. Agora me diga. Fez o quê, voto de castidade?

Ela riu, ainda bem próxima a mim.

– Não, não fiz.

Obviamente que eu não tinha, mas, após a morte de Elise, não havia em mim o mínimo de vontade de ficar com nenhuma outra mulher. Depois de um tempo foi se tornando complicado, mas mesmo assim, eu amara demais minha mulher e sentia que era traição ficar com outra. 

Maryse queria tornar tudo muito difícil.

– Sabe, Dean... Já deveria ter se rendido.

– Por quê?

– Vou te contar uma coisa. Uma coisa que ninguém sabe. – Sussurrou, descendo as mãos que estavam nos meus ombros até minha barriga. – Quando os encaro, quando eles olham bem nos meus olhos, como você fez, eu sou o direcionamento para a perdição. Principalmente para caras como você.

– Caras como eu?

– Sim. Os que não dão o braço a torcer por uma mulher qualquer, visivelmente.

De repente, a luz da cozinha apagou e eu fui empurrado para sentar-me na cadeira que curiosamente estava atrás de mim. Maryse arrodeou e parou bem na minha frente, inclinando-se até encarar-me bem proximamente. Era golpe baixo, pois ainda havia um pouco de iluminação vindo de fora e dos outros cômodos. Ainda dava para ver seu corpo.

– Vou estabelecer uma coisa, Richards. Eu quero que as coisas aconteçam naturalmente, nada de poderes envolvidos. Quero ver, Dean, até quando você irá manter essas barreiras. Quando elas caírem, eu vou estar bem aqui. E vais saber do que estou falando.

– Isso é uma aposta?

– Hm... Sim. É uma aposta. Dou-te dez dias. Dez dias para aguentar firme e se conseguir, pode pedir algo. – Sorriu. Ela sabia que eu iria perder. – Se eu ganhar, decidirei meu prêmio.

Tentei manter meus olhos nos seus, apertando sua mão.

Eu sabia o quanto era loucura e no quanto poderia dar errado. Significava também que ela pretendia permanecer na ilha. Ao contrário do que ela dissera, não, não era preciso me olhar. Maryse estava me enlouquecendo em tempo recorde. Nunca, jamais, eu senti algo daquele jeito por alguma mulher. Ela parecia saber exatamente o que estava fazendo. E, bem, eu sabia que sim.

A morena abriu um sorriso ladino e sentou-se no meu colo. Estático do jeito que eu estava, não fui capaz de impedi-la, até por que seria idiotice. Maryse deixou levou uma mão até a minha nuca e a outra pegou uma minha, guiando até seus quadris.

Aquilo, para mim, estava sendo a perdição. De modo lento, a sereia me beijou, o que me levou a apertar o local onde minha mão estava pousada.

Eu não gosto de perder e farei de tudo para ganhar de você, Richards.

Eu estava perdido. Definitivamente. Literalmente.

...

Já era cedo da manhã e eu tentava cuidar do café da manhã e de Rosie ao mesmo tempo. O dia estava frio e eu decidi, após minha filha adoecer de madrugada, ficar em casa. Ela estava com febre, não muita, mas eu ficaria alerta. Ainda mais que em casa, Joana não precisaria vir, assim evitando situações como a de Francesca no dia anterior.

Eu ainda estava digerindo a aposta goela a baixo. Por que diabos eu aceitara tamanha loucura? Devia ser engraçado para Maryse, um jogo, conquistar um idiota como eu. Se ela ganhasse, eu entraria para sua lista. Mal a conhecia! Eu não sabia o porquê dela insistir tanto em mim, pois como eu mesmo já disse, não sou bonito. Ainda mais de manhã cedo. Maryse devia fazer esse tipo de coisa para se divertir. Tinha que ser, só podia ser. 

Era a única coisa que eu sabia sobre ela.

Sempre tive azar com garotas. De um modo quase estúpido. Não era como o meu primo – que era meu vizinho desde os cinco anos, após vir da Espanha – e exibia sua vida sexualmente ativa por aí. Ele insistia em dizer que eu era gay apenas pelo fato de não ser como ele e isso acabou resultando numa briga idiota, com consequências idiotas.

Onde está ele?

Exato. Ele mora na mesma vizinhança que eu e é “enrolado” com Celine, filha única de Marcus. Leon é um tremendo filho da mãe mas, mesmo assim, hoje é meu melhor amigo. Tirando, claro, o fato de que ele continua se exibindo. Aí não tem amizade, não.

– Dodói... – Repete Rosie, se encolhendo nos meus braços. Dei um beijo em sua testa.

Assim que olho para trás vejo, de roupas normais e folgadas, Maryse. Ela sorri para mim e se escora no balcão, a uma distância considerável.

– Bom dia, Dean. – Ajeita a postura, mordendo uma maçã.

– B... Bom dia, Maryse. – Estava completamente estranho olhá-la depois dos ocorridos. E principalmente, olhar para seu corpo. Ela não parecia ter nenhum problema com aquilo.

Assim que terminou de comer a fruta, jogou-a no lixo como bola de basquete, direto na cesta. Ela comemorou e virou-se para ir para a sala, passando por mim.

– Primeiro dia de dez. Agora que as coisas começarão a melhorar. – E então sorriu, indo para o seu destino. Eram só dez dias.

Só dez dias para me ver livre de Maryse. 


Notas Finais


hoje numa página do facebook tava perguntando tipo: quais roupas seu personagem costuma usar?
o q eu respondi?
pra começo de conversa, a maryse nem gosta de estar vestida
EU QUERO A MARYSE PRA MIM, SE O DEAN N QUER, TEM QUEM QUEIRA NE NON
quem vcs acham que vai ganhar a aposta? e qual seria o prêmio?

Obrigada por ler <3.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...