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História Owned - Evento de caridade


Escrita por: harIeyquinzel

Notas do Autor


Cap longos demoram pra serem adaptados :( desculpem a demora!

Capítulo 14 - Evento de caridade


 

Camila encarava o arquivo enquanto Perrie enrolava seu cabelo com a prancha. Ela nem se mexeu quando Perrie acidentalmente encostou a prancha quente em sua pele.

 

- Ah, merda! Desculpe. - Ela balançou a mão.

 

- Nada demais.

 

- Ok. Posso perguntar por que uma pele queimada não a incomoda? - Perrie disse enquanto pegava outra mecha. Camila abriu o arquivo.

 

- Esse é Alejandro. Ele é o meu pai. - Perrie abaixou-se e olhou a antiga foto.

 

- Ele é bonito. Agora vejo de quem você puxou a aparência. Por que isso está lhe incomodando?

 

- Isso faz parte do arquivo do predecessor de Lauren. Aparentemente, meu pai trabalhava para ela como um recrutador.

 

- Que merda. - Perrie abaixou a prancha e se encostou na penteadeira. - Você está bem?

 

 Camila colocou uma mecha de cabeço atrás da orelha.

 

- Ela queria que eu encontrasse isso. Lauren sabia que eu iria bisbilhotar pelos arquivos e encontraria isso. Que tipo de pessoa faz isso? Eu posso conhecer Alejandro por pouco tempo, mas ele é o meu pai. E ele tem tentado bastante ser meu pai. E Lauren deixou essa bomba para eu encontrar.

 

- Não foi muito elegante da parte dela. - Perrie franziu as sobrancelhas. - Olha, seu pai não faz mais parte da máfia. Poucas pessoas conseguem sair. Isso diz muito.

 

Camila balançou a cabeça e fechou o arquivo. Seu pai tinha segredos, e ele não precisava lhe contar. Ela não deveria julgá-lo por isso.

 

- Você está certa. - Sorrindo, ela encontrou os olhos de Perrie no espelho. - Cachos? Pra que diabos estou me arrumando toda?

 

- Bem-vinda de volta ao presente, Camila. - Perrie riu. - Lauren tem um evento de caridade ao qual precisa comparece todos os anos. Ela geralmente vai sozinha. Você deveria sentir-se honrada por ir com ela.

 

- Perrie, quando você vai entender que sou uma prisioneira. - Ela murmurou. - Não estou com Lauren por vontade própria. Estou algemada a ela.

 

- Então você não aproveitou a noite passada. - Imediatamente, memórias de como ela quase incendiara seu corpo passaram por sua mente. Seus dedos se curvaram ao pensamento do que a boca e dedos de Lauren tinham feito com ela. Deus, ela gemera. Ela sussurrara. Ela gritara. Ela derretera nos braços dela.

 

- Não quero falar sobre a noite passada. - Camila sussurrou. - Foi... humilhante.

 

 Perrie abaixou a prancha e passou os dedos pelo cabelo de Camila.

 

- Bom, essa noite você definitivamente não parecerá humilhada. Eu a transformei numa granada explosiva. Sou muito boa nisso. - Camila não conseguiu evitar rir enquanto se levantava. O vestido verde-escuro que ela estava usando deslizava por seu corpo como uma cascata. Tinha uma fenda nos dois lados para exibir suas longas pernas e uma gola baixa. Quando ela vestiu a sandália que combinava com o vestido, não conseguiu evitar se sentir da realeza. Mas ela não era da realeza. Ela era o brinquedo de Lauren, e precisava se lembrar disso.

 

- Obrigada, Perrie. - Camila disse com um sorriso forçado. - Tem alguma outra instrução de Lauren que eu preciso escutar antes de descer?

 

 Perrie olhou nervosamente para o chão, e Camila cruzou os braços.

 

- O que é? Você ir em frente e me falar logo.

 

- Lauren apenas gostaria que eu a lembrasse que de haverá pessoas influentes na festa. Se você falar com alguém sobre o acordo ou agir de alguma forma diferente, haverão consequências.

 

- Pessoas influentes? Então não devo me preocupar em ter sangue voando no meu lindo vestido? - Camila perguntou de gozação.

 

- Aonde ela te achou e por que pensou que você se comportaria? - Perrie disse enquanto balançava a cabeça.

 

- Claro, eu gosto de você. - Camila riu.

 

- Eu sei. Caso eu decida que gosto de você do mesmo jeito, te aviso. Pelo jeito que minha vida está indo, serei sua antes do final do ano.

 

Perrie enrugou o nariz. - Duvido. Quando eu vejo as mulheres dela irem embora, me pergunto se talvez eu devesse lhe dar uma chance.

 

-  Sério?  

 

- Claro que não. Eu gosto das minhas meninas. - Perrie riu. - Ok. Você está gostosa. Vá para matar, aja como uma bobinha e se comporte. - Camila acreditava firmemente que não conseguiria se fazer de bobinha. Afinal de contas, ela estaria dividindo a cama com uma gangster durante um ano. Não tinha como ser pior do que isso. Olhando uma última vez o arquivo, ela tentou tirar o assunto de sua cabeça. A não ser que ela quisesse tentar algo perigoso naquela noite, ela precisava tirar sua cabeça de Alejandro. Segurando o corrimão da escada com umas das mãos, com a outra ela levantou o vestido para não arrastar no chão. Como num conto de fadas, Lauren estava esperando por ela no final da escadaria.

 

- Você está atrasada. - Lauren rugiu.

 

- Você também está bonita. -  Camila disse com um sorriso doce. Ela parou na frente de Lauren e lhe ofereceu a bochecha. A mais velha a olhou cansadamente e não lhe deu o beijo ridículo. Em vez disso, ela a olhou de cima a baixo e grunhiu.

 

- Vai servir. Vamos embora. - O motorista parou na porta da mansão e abriu a porta.

 

- Você está linda, senhorita. - Ele a elogiou com um grande sorriso. Inclinando a cabeça, Camila sorriu timidamente.

 

- Você é um doce. Poderia ensinar algumas coisas a sua chefa. - Ela disse enquanto deslizada para o banco de trás. Lauren revirou os olhos e se juntou a ela.

 

- Você não recebeu ordens para se comportar?

 

- Sim, por isso preciso colocar tudo para fora agora. - Camila disse com um encolher de ombros. - Para onde estamos indo, afinal?

 

- Evento de caridade para arrecadar dinheiro para os orfanatos russos. – Lauren disse brevemente enquanto olhava para fora da janela. Camila piscou.

 

- Espera. Sério? Você doa dinheiro para orfanatos? - Lauren se virou e a encarou.

 

- Fiz coisas ruins, Camila, mas possuo muitas camadas. Tento não ser uma pessoa ruim o tempo todo.

 

- Não é uma balança, Lauren. Você não pode anular as pessoas que machucou ao jogar o dinheiro delas em boas causas. - Ela soltou.

 

- As pessoas que vão ao meu cassino não são pessoas boas, Camila. Elas são jogadoras degeneradas. Para aqueles que eu acho que posso ajudar, aqueles que tem um vício e famílias que sofrem com esse problema, eu não vou atrás deles. Mas o resto sabe exatamente no que está se metendo. Você preferiria que eu fechasse meus cassinos e deixasse essas outras causas de lado por causa disso?

 

- Outras pessoas podem doar. - Camila apontou, mas não havia convicção em sua voz. Quando Lauren falava desse jeito, quase parecia fazer sentido.

 

- Cada pequena ajuda conta. - Lauren disse suavemente. - Você passou um bom tempo olhando os meus arquivos hoje. O que achou da minha operação?

 

Camila virou a cabeça para o outro lado. A verdade era que ela nem tinha chegado perto da superfície do que estava esperando encontrar. Estivera muito preocupada com as novidades sobre eu pai.

 

- Aquele homem no seu escritório. - Ela disse suavemente. - Quem era?

 

- Boris Netchky. Ele é um chefão da máfia que tem conduzido seus negócios desde antes de eu nascer. Ele controla duas vezes mais território do que eu, e é um homem sórdido. Queria que ele nunca tivesse posto os olhos em você. - Ela pôde sentir o olhar de Lauren em si, e virou a cabeça. Aquilo era preocupação nos olhos dela?

 

- Se ele é seu rival, o que estava fazendo aqui?

 

- Boris quer construir um cassino no território dele, mas fica a 10 km do meu. Não quero a clientela dele perto dos meus negócios. Eu disse para ele mover o cassino dele ou começaríamos uma guerra. - Os olhos dela se arregalaram.

 

- E ele concordou com isso? - Lauren deu de ombros.

 

- Boris é grande demais para suas calças, e digo isso figurativa e literalmente. Ele está sangrando dinheiro, e está sendo forçado a vender algumas propriedades. Eu ameacei comprá-las e, embora isso significasse alguns anos violentos, seria pior para ele a longo prazo. Quanto mais dinheiro ele gastasse para me tirar de lá, mais propriedade eu poderia comprar. No final, eu venceria.

 

- Então por que você não faz isso? - Lauren olhou atentamente para ela.

 

- Você tomou uma decisão rápido e que mandaria alguns homens à morte. Interessante. - Camila corou e olhou para baixo. Ela nem havia pensado nisso dessa forma. - O negócio da máfia não é tão simples quanto parece, Camila. - Ela disse calmamente enquanto esticava a mão e levantava o queixo da mais nova. - Tenho bastante gente trabalhando para mim, e preciso considerar a vida deles em relação a toda decisão que eu tomo. Há algumas maneiras fáceis de resolver as coisas, mas o sangue do meu povo correria nas ruas, e não aceito isso.

 

- Eu nem tinha pensado... - Camila murmurou. Lauren se inclinou e pressionou os lábios nos dela, e pela primeira vez desde que chegara ali, ela aceitou o beijo. Camila ficou agradecida por ela tê-la calado. Houve um estrondo suave no peito da gangster quando ela estendeu a mão e tocou sua coxa nua através da fenda do vestido. Camila abriu a boca num pequeno suspiro, fazendo-a tirar vantagem da situação e aprofundando o beijo, a língua de Lauren se enrolando na sua. Camila não conseguiu evitar virar o corpo na direção dela. Sem nem ao menos perceber, ela passou os dedos ao longo dos botões da camisa da morena. Na noite passada, ela ficara aterrorizada em tocá-la, mas agora a vontade era grande demais. Ela ainda podia se lembrar no corpo que se escondida embaixo das roupas dela, e estava a poucos movimentos de distância de seus dedos. Lauren interrompeu o beijo.

 

- Se você não parar, vamos dar um belo show para o meu motorista. - Lauren sussurrou em seu ouvido enquanto as mãos dela subiam cada vez mais. Foi realmente um banho de água gelada, e Camila resolveu tirar a mão. Com uma risada baixa, Lauren também se afastou. Ela puxou a saia de volta para o lugar e encarou o lado de fora da janela enquanto suas bochechas queimavam furiosamente. - Minha querida, você não precisa se sentir mal a respeito de sua reação a mim. Simplesmente porque você não gosta de mim, não significa que não possa me aproveitar. Acredite em mim quando digo que todos os seus sentimentos intensos, inclusive o ódio, são suficientes para acender uma chama. - Lauren sussurrou para ela.

 

- Não me sinto mal. -Camila disse quietamente. - Me odeio por isso.

 

Lauren não disse mais nada enquanto o carro continuava a andar, mas ela também não se afastou da mais nova. Camila não soube disse se a mulher do seu lado tinha ficado feliz em saber isso ou não, mas não deixava de ser verdade.

 


Notas Finais


X :)


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