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História Padre - 01


Escrita por: hellblazer

Notas do Autor


Esta nota contém informações, por favor, tenha paciência e leia com atenção:

É um enredo totalmente diferente do que eu já trabalhei até hoje, mas, certamente, um dos que eu mais admirei e até mesmo estudei.

Antes de tudo, leiam atenciosamente as taggeds da história, pode conter algo que particularmente não goste, e não é legal receber mensagens zombeteiras e negativas como já me aconteceu antes. Se não goste, não leia.

É um conteúdo singular, vai ter terror/horror sim. Palavras obscenas e factos verídicos. Meu intuito não é prejudicar ninguém, leia quem se sentir a vontade de o fazer.

Os capítulos não serão publicados com pressa, até mesmo porque, leva um tempo a mais para produzir, pois é tudo muito complexo e não pretendo prejudicar o plot. Então tenham paciência se haver uma demora, não é proposital, só preciso ter certeza que está realmente bom e que vale a pena postar.

Não é meu intuito zombar de qualquer religião, caso alguém sinta-se ofendido, minhas plenas e sinceras desculpas desde já.

Não é obrigatório acreditar em absolutamente nada, a leitura é pública e qualquer um pode ler se quiser, sendo crente ou cético.

Rituale Romanum vai ser explicado de acordo com enredo, são como etapas, mas vou tentar explicar (o que eu conheço) gradativamente. Sintam-se a vontade para falar comigo sobre, pode haver coisa em que vocês (leitores) saibam e eu não.

O relacionamento de Dean e Castiel vai obter um desenvolvimento complexo, peço por uma plena paciência novamente.

Enfim então, espero que gostem, do fundo do meu coração, essa fanfic está para ser uma de minhas favoritas, embora obtenha tantas outras.

Caros senhores e senhoritas, agradeço a todos inicialmente por uma possível leitura, e todos que estão do meu lado, um abraço bem apertado.

Aproveitem e viajem comigo nessa, espero que gostem tanto quanto a mim

atenciosamente,

Hellblazer.

Capítulo 1 - 01


01

Ele não se importa com a carne, mas sim com a alma.

Em mil seiscentos e quatorze, a igreja católica criou um manual para padres sobre como proceder em casos de exorcismos, chamado rituale romanum. Ainda segundo a igreja, o ritual de exorcismo rituale romanum só deve ocorrer quando for constatada a possessão demoníaca real, embora os religiosos admitem ser algo difícil e até mesmo raro de acontecer. Assim sendo, são necessárias quatro pessoas, no mínimo: padre, aprendiz, médico (para devidas intervenções físicas) e um parente da vítima, para participar de um ritual presente. 

Contamos então, com uma regra das centenas de milhares que o Vaticano possui. 

•••

— Eu sinto muito, senhora. 

A mulher de cabelos cor de fogo ouviu o médico rechonchudo e engravatado proferir. Não queira ter de aceitar mais uma resposta como aquela, não novamente. Abaixou a cabeça por um momento, fechou os olhos respirando profundamente após, sugando pelas narinas uma certa quantia de ar, junto de uma coragem e força mais que suficiente para conseguir mover suas pernas. Arrastou sutilmente a cadeira em que habitava, levantando-se e ficando rente a mesa do doutor, que a olhava com pesar e uma grande feição duvidosa. Nem mesmo o especialista possuía respostas plausíveis, e de certo modo, isto o atormentava. 

— Talvez devesse contatar outro neurologista. — revindicou com a sua voz grave. 

— Não é uma doença psicossomática, se é isso que quer dizer. — inevitavelmente a voz antes aveludada da mulher saia agora de forma temerosa, vacilante. — Sim sim, já fizemos todos os exames possíveis e impossíveis, inclusive a bateria desse. 

Ela tinha de repetir ao doutor, que assim como os outros, tentavam levar-te numa nova jornada de exames caros e sofisticados. No entanto, a bateria deste dera à família Novak a mesma impotência. Uma imensidão de um jogo frio e solitário de perguntas sem respostas. 

— Esquizofrenia? 

— Nego. Um outro Doutor já descartou a possibilidade deste.

— Neste caso eu, — Respirou fundo e massageou as têmporas, de alguma forma, tentava dizer algo que aqueceria o coração da moça, que mais uma vez sofria com o peso das palavras duvidosas. No entanto, estavam totalmente nulos. Presos num grande labirinto sem começo, meio e fim. — Eu poderia indicar alguns profissionais, mas há uma grande chance de não resultar em nada. Os equipamentos que usamos são de última geração; ótima qualidade e tecnologia reparável. 

— De toda forma, não obtiveram resultados. — disse com desdém. Estava mesmo exausta.

Ao menos o homem estava sendo sincero. O paciente da vez lhe dera um trabalho e tanto, mas fora tudo completamente falho. Sem respostas ele tentava driblar o poder da impotência que lhe acertava em cheio, assim como os golpes que a mulher recebia com cada frase penosa. Não queria que tivessem pena de seu menino, queria somente respostas para poder enfim dizer adeus a tudo aquilo que agora vem a atormentar a família. Desejava a sua cura. 

— Eu não sei como posso explicar, tampouco se é o certo a se dizer, mas Rowena, de acordo com os exames o seu filho é saudável. 

— Está fazendo algum tipo de piada, não é mesmo? — ela riu com o nervosismo notável. Inacreditável. O homem não deveria cogitar falar uma coisas dessas tão logo neste momento. Sem escrúpulos, ela decretou-o. 

— Você acredita em Deus? 

— O que? — disse franzino o cenho. 

— Temos uma pequenina capela no último andar do prédio. Não é coerente, entendo. — ele suspirou de forma cansada, passando a mão áspera por sua barba grossa e por fazer. Nunca em sua carreira imaginou indagar uma coisa como aquela, mas foi inevitável. — Uma enfermeira daqui... April, sim, este é o seu nome. — continuou ele — Ela costuma orientar parentes em casos críticos, talvez com um pouco de fé, as esperanças ressurgem. 

— E o que devo fazer, pedir para Deus livrar o meu filho de todas aquelas marcas? De tudo que tem passado? — ela elevou a voz de vacilante a um gutural num piscar de olhos. Era impressionante a força emocional da mulher. 

— Já não há nada que possamos fazer. Estamos todos à espera de um milagre. 

•••

Não era necessário quantificar os gastos que tiveram para outra visita do senhor médico, dinheiro não era o problema. No entanto, as respostas que recebera não agradava nada a matriarca, que mais uma vez rumava o quarto do filho para leva-lo para casa. O menino foi posto numa cadeira de rodas por um enfermeiro de porte alto, podendo sair daquele lugar e deixar para trás o cheiro metálico de mercúrio. O rapaz fez questão de levar o garoto até o estacionamento, poupando a mulher de esforços maiores. Por devastosas dores em ambas as pernas o jovem antes carregado não conseguia dar um passo sem vacilar. Seus músculos estavam doloridos e tremelicavam sempre que o tentava fazer. Ele entrou no carro sem dizer uma palavra sequer. O silêncio era incômodo, mas ele compreendia que se a mãe não comentara nada, ele deveria respeita-lá. Já não continha mais tantas esperanças. Uma vez que a ida ao hospital com mais uma resposta negativa já estava entrando em sua vida como uma verdadeira e trágica rotina. 

Rowena saiu da cidade com um peso imenso em suas costas. O filho estava no banco traseiro, de cabeça baixa, brincando com os dedos tentando passar o tempo e espantar o tédio. Não demoraram mais que vinte minutos para estarem a caminho de casa, na zona rural, afastada o suficiente da cidade de Lebanon. 

— Filho? — ela finalmente cortou o silêncio. 

— Sim? — ele não fez questão de levantar o seu olhar, deixando então a voz sair baixa e abafada. 

— Nós vamos resolver isso. — preferiu não entornar as palavras, dizendo o necessário de uma vez por todas. — Você vai sair dessa meu anjo. 

O restante da viagem foi no mais puro silêncio. Por mais que Castiel odiasse o sentimento que o corroía por dentro, ele não conseguia mais evitar. Simplesmente não acreditava nas palavras da progenitora, não quando aquela era a décima vez ou mais em que ele escutara aquilo. Estava exausto, e por muito pouco não se entregara ao sono novamente, com o embalo gentil de ninar do carro, que cortava dentre as árvores altas e escuras. Como a muitos não acontecia, agora ele observava a paisagem de uma maneira vaga. Por mais que gostasse tanto da natureza que os cercava, estava impossibilitado de sorrir prazeroso com o verdejante lugar. Uma lástima, realmente. 

Quando chegou em sua residência, precisou do suporte da matriarca para conseguir locomover-se, indo direto ao seu quarto, dispensando então a saudação dos primos que agora morava com eles. Quando fechou os olhos pôde relaxar os músculos, permitindo o acolchoado macio o abraçar. Não tardou para estar sozinho no quarto, já que a seu pedido, não queria ver ninguém. Precisava digerir sozinho mais uma derrota para com um especialista, e era de grande importância terem de o respeitar. Quando já estava a entrar no mundo subconsciente dos sonhos, sua respiração tornou-se rarefeita e logo o rapazote entrou em sono profundo. 

Rowena vivia não mais sozinha com o filho pois agora possuía também a presença dos sobrinhos Ezequiel e Hannah. Uma vez que seus pais sofreram um acidente levando-os à óbito, a poderosa empresária ficara com a guarda dos adolescentes, jurando solenemente cuidar dos rapazes, prometendo à irmã que já não habita mais a Terra, que velaria os jovens e os tratariam como se fossem seus. 

A convivência da família era saudável, com direito à dias clichês em cafés da manhã, momentos em que visitavam a cidade e até mesmo nas viagens das férias de inverno, mas tudo tem o seu porém, no entanto. Por aproximadamente três semana subsequentes o único filho da ruiva passou a demonstrar comportamentos singulares, e para piorar a confusa situação, seu corpo vinha mostrando mudanças bruscas e até mesmo dolorosas marcas. A visita à hospitais e uma grande diversidade de doutores tornou-se recorrente à rotina da família, que não mais vivia um sonho, mas sim um verdadeiro pesadelo. 

Por muitas e incontáveis vezes Castiel acordara nas frias madrugadas de Lebanon, gritando, chorando, e até mesmo se retorcendo de dor, alegando então vozes em sua cabeça, sombrias e assustadoramente frias. O rapaz ganhava escoriações por diversos lugares do corpo. Certa vez, o moreno acordara com sua perna direita sagrando, no que em sua coxa encontrava-se uma ferida. 

— O que é isso, filho? — a mulher estava apavorada, suas olheiras entregavam-te às noites mal dormidas e sua voz vacilante, o seu pavor. 

Os arredores do quarto do garoto não possuía muitos objetos decorativos. Castiel sempre se mostrou um menino intelectual e não sentia tanto prazer em bens materiais. Alguns livros de seu interesse pousavam em uma de suas estantes. Os quadros de seus pintores favoritos davam uma vida mais alegre às paredes azuis-escuras do cômodo. Uma tevê que proporcionava a ele em alguns dias frios filmes bem produzidos e um notebook acima de sua escrivaninha branca, que fora de bom uso na época em que fazia faculdade. Visualmente, nada ali parecia ou pertencia à classe cortante. Não havia absolutamente nada pontiagudo no local propenso a ser uma arma, certamente. 

— Como fez isso meu amor? — a mulher habilmente pegou a fronha de seu travesseiro para usa-lo de maneira sensata. De uma maneira rude ela arrancou o tecido do amontoado fofo de plumas, quase o rasgando tamanha sua euforia. Ela apoiou sobre o doloroso machucado e ouviu o filho chiar de dor. Era necessário, e ao menos ela pensara em estancar o sangramento. 

— E-eu não sei. Estava d-dormindo. — lágrimas grossas invadiam o seu delicado rosto. — Eu sinto muito. E-eu sinto muito mãe. 

Sem saber ao certo como devia agir, a mulher aproximou-se do rapazote puxando-o para um abraço aconchegante, mas arrependeu-se quando o mesmo soltou um soluço involuntário, seguido de mais lagrimas pesadas. Afastando-se da mesma de uma maneira desesperada, o menino ergue uma de suas mãos para o ombro, massageando o local de forma exasperada, mesmo que sem intenção alguma de causar mais algum desconforto em si mesmo. 

— Castiel. — a matriarca indaga novamente aflita. 

— Ugh! — Murmurou com a voz embargada. — Eu só- 

— Venha aqui, deixe-me ver sim? 

Hesitou, mas se entregou aos pedidos da mulher. Quando permitiu sua aproximação, Rowena ergueu a sua camisa, retirando-a quando o moreno ajudou-a no processo ao levantar os braços. Quando terminou a tarefa, levou ambas as mãos à boca, evitando passar por ali um grito agudo e deveras assustado. Castiel estava de olhos fechados, sentia em seu corpo, então tinha uma breve noção do que sua mãe estava vendo. Não queria olhar para a mesma, não gostava de ver um certo pavor nos olhos das pessoas, inclusive às que ama. 

A Novak por outro lado não sabia como reagir ao que avistava. Não sabia se pedia desculpas ao filho pelo abraço, mesmo tendo plena consciência de que em nenhum momento machuca-lo era a sua intenção, ou então, corria com o mesmo para o hospital mais próximo o mais rápido possível. Havia marcas de variados tipos no torso do rapaz, que fazia o máximo de esforço para não cair aos prantos uma vez mais. De certa forma, tais marcas roxeadas e até mesmo amareladas, não chegavam a ser quase nada, em comparação à tudo que sentira quando estava sendo supervisionado por um médico. 

Se uma possível visita de terceiros acontecesse, certamente tirariam conclusões precipitadas, tendo quase certeza de que o menino estava sendo violentamente maltratado. Ao menos era o que tudo indicava. Sua pele caucasiana ganhava cores como expressões, a obra de arte macabra e perturbadora, assim como muitas de Goya

Rowena sentiu náuseas. Aquilo não poderia ser real. Não, o seu menino não merecia, Castiel era o seu anjo e merecia somente coisas boas em sua respectiva vida. Flashes passavam a invadir a sua mente, bombardeando momentos antes vividos por ambos, como na infância, por exemplo. O moreno não possuía muitos amigos, certamente, mas aqueles que um dia conviveram com o rapazote puderam encantar-se com sua doçura. Mesmo miúdo e até mesmo tímido, conseguia sucedir com sua gentileza e sutileza, espalhando alegria por onde passava. 

Saiu do cômodo às pressas e pegou o telefone em mãos, tremendo ao discar os números, respirando fundo para conseguir proferir alguma coisa coerente. Seus lábios tremiam e ela temia gaguejar. Apavorada, tentava buscar por uma ajuda dessa vez mais exótica possível. 

— Alô? — Ela ouviu a voz rouca, fechando os olhos no mesmo instante. 

— Singer? Robert Singer? — forçou sua voz, sentindo a garganta arder tamanho sufoco. Sentia-se péssima. 

— Quem fala? — murmurou, no que tentava espantar o mal-humor matinal. Estava mesmo cedo, ao menos para o homem, que não costumava despertar tão já, quando estava de folga.

— Rowena Novak, recorda-se? Bem, eu liguei no começo da semana... 

— Sim sim. Novak, claro. — ouviu-o pigarrear. — O que deseja? 

— Queria fazer um pedido, na verdade — proferiu vacilante, à muitos não possuía uma voz tão embargada. — Poderia adiantar a viagem para este fim de semana, por favor? Eu compraria as passagens agora mesmo. 

— Olha dona, já lhe disse que um dos meus possui um certo receio à viagens aéreas. 

— Entendo... Sim, certo. — Encostou a cabeça na parede, não acreditando que estava a receber mais um não. — Bom, na segunda, então? 

A linha deu uma breve pausa por um momento. Ela não sabia se o homem estava a ignorando, pensando ou se havia somente desligado, mas se aliviou quando ouviu a respiração pesada do outro lado, pensando enfim em dar um tempo ao homem que poderia ajudar. 

— Aconteceu algo que ainda não tenho conhecimento? — Ela captou então o seu tom preocupado. 

— Meu filho... Ele- ele piorou. Desculpe. Eu só não sei mais o que fazer. 

Mais silêncio. Aquilo estava começando a corroer a matriarca por dentro, esperando ansiosamente por uma resposta que poderia demorar a ser pensada. No entanto, a preocupação e tamanho desespero para uma salvação do seu garoto ganhava a disputa em seu peito, ganhando por carência gritante. 

— Vou preparar o meu pessoal. Partimos hoje mesmo. Mas não mande as passagens, não vamos usar.

E então o finalmente suspiro de alivio. Rowena não precisou quantificar quantos “obrigados” foi preciso usar para com o homem, que por muito tentar, conseguiu ser o educado à altura, não sendo grosseiro como estava acostumado. Certamente um velho ralhão não era o que a mulher desesperada precisava no momento.  

•••

O jovem desperta-se lentamente em sua cama, no que os seus tímpanos já não aguentam mais o estridente barulho de seu despertador. Mais do que nunca, tem em mente jogar o apetrecho na parede, até o mesmo estilhaçar-se completamente, mas se controla, por muito pouco. Rindo de sua própria desgraça, Dean então trava o pino do objeto de cor negra que pousa em seu criado-mudo, sentando-se na cama logo após. Ao descansar os pés no chão gélido, o rapaz de madeixas loiras sente um arrepio percorrer todo o seu corpo, tomando em mente de que deve colocar um carpete no cômodo o quanto antes, embora não gostasse da forma em que o tecido penicava sobre sua pele, seria melhor para às suas manhãs, de qualquer maneiras. 

— Urgh! 

Ele decide por fim levantar-se para cumprir devida higiene matinal, partindo para um longa e relaxante ducha, despertando-se finalmente. Ao se arrumar, o jovem parte para as escadas de sua casa, de uma forma lenta e preguiçosa, não se importando com a demora desnecessária para que cumprira com o exercício. Um bom e merecido sábado de folga era mesmo muito valorizado por este, que além de atuar como exorcista ao lado de sua família, provinha um emprego numa loja de automóveis para manter os custos diários, afinal de contas, exorcizar demônios não lhe dá o benefício de dois mil por mês em seu bolso. O loiro prepara um gorduroso café da manhã e depois ruma a sua sala, no intuito de assistir um pouco de tevê, já que à muitos ele não o fazia, no que se encontrava sempre muito ocupado com a dupla tarefa em que se encarregava. 

De uma maneira até mesmo impressionante, o Campbell conseguia dividir muito bem o trabalho na loja – não sendo necessário ir sempre ao estabelecimento, no que preferia atuar em casa com seu fiel laptop – e o trabalho de exorcista. Não era uma vida normal, contudo, mesmo envolto de tamanho estresse e cansaço ele se sentia bem, por conseguir atuar de maneira útil e salvar pessoas. Sobretudo, a ideia de passar o dia relaxando e aproveitando um momento sozinho com a sua respectiva residência vai para o espaço, quando o mesmo passa a ouvir o seu celular tocar. Não pestaneja para tomar o aparelho em mãos, já sabendo o qual assunto iria trar. 

— Bobby. — Ele cumprimentou sem nem mesmo olhar o identificador de chamada. 

— Bom dia, princesa! — O mais velho retruca com sarcasmo, pronto para atazanar o Campbell. — Dormiu bem? 

— Melhor do que imagina, velhote. 

Ele disse a verdade, afinal, como a muitos não acontecia, o de cabelos cor de areia conseguiu dormir uma noite inteira, sem interrupções regados de pesadelos desta vez. 

Ew. Filho, poupe-me os detalhes de sua noite. — Ele murmurou um palavrão, que saiu de uma forma baixa para o loiro que somente riu. — Diga ao menos que usou camisinha, sim? Sabe, filhos saem muito caro nos dias de hoje.

— Sempre tão direto — Revirou os olhos, mesmo tendo a certeza que de o outro não enxergaria o seu ato mal educado — Não me tornei pai... Ainda. 

— Bolls, Dean! Quanto custa uma camisinha para você? Uma fortuna? 

— Vamos lá Bobby, não vou discutir sobre minhas transas com você — iniciou — ainda mais sendo por celular. 

— Como quiser, idiota. — ficou em silêncio por um momento, certamente pedindo às forças superiores que trouxessem juízo ao rapaz — Agora chega de papo furado, o dever lhe chama. 

Dean já sabia o que aquilo significava, e somente por pensar na possibilidade de mais um caso em suas mãos, a adrenalina começava a percorrer entre suas veias, causando uma certa euforia. 

— Bem, sei que era a sua folga, mas sabe como nosso trabalho é imprevisível, não é mesmo?! 

— Sem problemas. Chego ai em minutos. 

— Sim sim. Ei, filho? 

— O que? 

— Compre whisky pelo caminho.


Notas Finais


Obrigada pela leitura e desculpe-me qualquer erro, até o próximo!


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