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História Pães de Amora - Capítulo Único


Escrita por: viniescrevendo

Notas do Autor


Um conto de Vinícius Gomes, produzido em ‎28‎ de ‎agosto‎ de ‎2016.
Os comentários são livres para sugestões.

Em seguida virá a publicação de um outro conto, "Laços", a história de um estudante de direito (Domingos) que abandona a vida de aparências para viver ao lado do grande amor de sua vida, uma bióloga mochileira que não tem rumo na vida (Andreza), mas esse romance será altamente abalado por Lorena, uma vilã que usará das diversas maldades para arruinar esse amor! Lorena contará com o apoio da sua ex-sogra, "Lucy" e sua mãe "Rima" para reconquistar Domingos, porém as tentativas quase sempre serão falhas.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Pães de Amora - Capítulo Único

- [...]Qual era o objetivo de Eulália quando resolveu comprar um computador para escrever sobre suas aventuras durante a viagem à casa de sua avó? 
- Pães de Amora.
- Pães de Amora? 
- Sim, Eulália aprendeu a fazê-los no improviso, quase que por obrigação. Foi a partir da venda desses pães que ela conseguiu dar a volta por cima. Coitada, Eulália sofria, mas contaremos isso mais adiante.
E assim começa uma história de superação...
                       Pães de Amora
     Era uma vez uma menina que ia à escola todas as manhãs de mãos dadas com sua mãe, Eulália e Teresina. Eulália tinha acabado de completar oito anos no mês passado, era ingênua demais para entender os problemas por que sua mãe passava.
    Ambas moravam de favor em uma estalagem; desde que Jânio, pai de Eulália, morrera, seus destinos foram seriamente traçados pela pobreza; às vezes era preciso que a pobre menina dormisse com fome para que no outro dia houvesse refeição.
    Teresina já possuía uma idade avançada, e por conta das situações desfavoráveis, inclusive a fome, foi acometida por uma úlcera, e já estava entrando num caso mais sério da doença. Eulália nem sonhava que ficaria órfã pouco tempo depois dali.
    Como toda criança, Eulália brincava de manja, de correr, de pular, de dançar, de ser médica, de ser professora. Na escola, destacava-se em ciências, principalmente em biologia; Em casa, era prestigiada por seus vizinhos que a visitavam levando agrados quase todos os dias. 
    Era uma tarde amarelada, o sol parecia está em seu ciclo devagar, quase invadindo a noite. Vera, a professora, havia ido à casa de Eulália deixar uma cesta de pães fresquinhos, estavam cheirando a mel e coco. Teresina a recebeu feliz, convidou-a para entrar e conversaram sobre a menina. 
 - [...] Além de aluna, parece ser uma bela filha também! A casa tão organizada, fiquei surpreendida. Ela é uma surpresa constante, Teresina!
- Sim, professora! A minha filha é meu maior tesouro. Muito me dediquei a ela para que eu pudesse ver a colheita de bons frutos nela.
- E deu certo! Muito mesmo.
- Obrigada! 
- Eu vim aqui agradecer pelas colaborações que você mandou à escola para que pudéssemos fazer o dia dos pais. Obrigada! Eulália me contou que vocês gastaram o dinheiro da refeição.
- Eulália contou?
- Sim, parece-me que vocês estão passando por uma situação difícil. Olha, se eu puder ajudar em alguma coisa, eu ajudo. 
- Desculpe-me professora Vera, eu não queria que esses assuntos fossem parar na escola. A minha filha é super amável e também muito temperamental. 
- Ela é uma grande menina e deve se orgulhar disso.
- [...]. (Pensou reflexiva e suspirou). 
- [...]. Eu ajudarei vocês. 
- Sabe, professora. Eu preciso te contar [...]. Estou doente e parece que vou ter que fazer uma cirurgia. 
- Eu cuido de Eulália.
- Faz isso por nós?
- Sim, com todo o prazer. Não seria aceitável eu deixar vocês perante a uma dificuldade como essa e continuasse de braços cruzados. 
- Sou muito grata, Deus te mandou aqui, professora Vera!
    Nessa mesma tarde, Eulália resolveu fazer um desenho de sua mãe em um papel; pegou todas as suas tintas e os melhores pincéis; caprichou como se fosse uma obra de arte. No rodapé da imagem, escreveu "Se eu não te amasse tanto assim, não sei o que seria de mim sem você. Amo-te mamãe. Você é tudo para mim". Ao fim do desenho, descansou os pinceis e debruçou-se sobre a mesa; dormiu. 
    Na calada da noite e depois do cochilo, Eulália despertou com um vazio amedrontador; procurou pela mãe pela casa, mas não a encontrou. Como eram meia noite e meia, Eulália vestiu-se adequadamente e procurou por sua mãe na casa da frente. A casa pertencia a uma senhora de aproximadamente setenta anos e que vivia tricotando em sua varanda de frente para a rua. Ao chegar lá, eis a surpresa:
    - Minha filha, ainda bem que você acordou! Fiquei a bordar meus tecidos aqui na varanda a fim de que você aparecesse e eu pudesse falar com você. Dona Teresina, sua mãe, passou mal e teve que ir ao hospital em uma ambulância.
    Deu um suspiro e continuou falando:
    - Sua professora ligou para sua casa e eu estava lá, foi um tremendo tumulto! Você estava dormindo e parecia em um profundo sono.  Vera avisou que viria imediatamente, mas parece que acompanhou sua mãe ao hospital.
    Em primeira mão, Eulália congelou-se por dentro; seu sangue parecia correr sem sentido; as mãos estavam trêmulas e a visão turvou-se. A primeira reação foi virar-se para sua casa e ir imediatamente correndo ao hospital para o qual sua mãe fora levada, porém Eulália não tinha nenhum tipo de condução. Entretanto, não esse empecilho não a impediu de ir.
    A casa de Eulália estava completamente impecável, não tinha o que reclamar da organização da estalagem onde moravam. Tudo ficou como estava; Eulália apagou as luzes, pegou o molho, trancou a porta e dirigiu-se para a rua. Ao sentir o vazio que tinha sentido ao acordar, lembrou-se do desenho que tinha feito. Voltou para casa correndo e pegou o desenho que havia feito para sua mãe.
    Após duas horas de caminhada em direção ao hospital, Eulália encontrou sua professora falando ao telefone próximo ao balcão da recepção. Desesperada, a menina correu para pedir informações a ela. Vera a surpreendeu com um profundo abraço e não poupou palavras ao dizer que Teresina havia sofrido um infarto. A menina Eulália desesperou-se ainda mais e logo tentou entrar sem permissão na área restrita de internação. 
    Um dos seguranças que estava na porta do corredor impediu que a menina ultrapassasse, repreendeu-a e segurou-a pelos braços de maneira bruta. A professa avistou a situação e logo anunciou um mal entendido; Eulália estava inconsolável e Vera reconhecia o desespero de sua aluna. No mesmo momento, um médico surgiu ao longo do corredor avisando a emergência que Teresina estava em estado terminal. 
    - "Deixe que apenas um acompanhante daquela pobre mulher que deu entrada logo cedo entre, pois ela morrerá logo logo!" 
    Vera estava desorientada, não sabia para onde olhar, sua visão havia turvado; seus braços seguravam fortemente a menina que derramava rios de lágrimas querendo ver a mãe. Eulália acabou sendo levada para um outro setor hospitalar, havia desmaiado. As enfermeiras a recolheram e a levaram para dentro para uma salinha verde com uma luz ofuscada, cheirando a álcool e a medicamentos, iria ser reanimada. 
    Enquanto isso, a professora havia entrado para a sala em que se encontra Teresina; estava praticamente morta, só podia escutar e mexer os dedos da mão esquerda. Vera chorou [...]. O doutor, em seguida, bateu à porta e entrou cuidadosamente, parecia abatido. Ele puxou do bolso o desenho que Eulália havia feito: 
    - Achei no bolso da menina. Fiquei no dever de mostrar-te! Ela a desenhou. Entregou o papel, verificou a paciente e saiu.
    - Meus pêsames.
    [...] 
    Quatro anos depois, Eulália havia sido adotada legalmente pela sua professora. Como forma de ajuda e retribuição, ela estudava, mas sentia a necessidade de ir trabalhar para ajudar nas despesas. Houve um tempo em que Vera havia sido operada e estava afastada da escola; foi a partir daí que surgiu a necessidade de vender pães. As vendas estouraram.
    Não se falava de outra coisa nas vizinhanças da casa da professora Vera - A padaria dos pães recheados estava em alta - e o principal recheio era o de Amora, pois a maior inspiração vinha da lembrança da cesta que Eulália havia ganhado de sua professora, pães cheirosos e fresquinhos. 
    Pouco tempo depois as coisas melhoraram, Vera voltou a dar aulas, presenteou Eulália com um lindo computador, ferramenta a qual serviu de pilar para as grandes aventuras que a nova escritora havia de viver. E era durante as viagens à casa de sua avó que Eulália se inspirava para escrever. 
    [...] Fim.

 


Notas Finais


Agradeço o carinho e a compreensão de vocês, caros leitores. Estarei trabalhando para futuros contos, romances e novelas escritas.


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