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História Página Vinte Seis - Capítulo II.


Escrita por: Gaby4Readers

Notas do Autor


Atenção!
Esta história contem linguagem imprópria, violência, sexo explicito, dentre outras restrições. Nada do que for exposto deve ser entendido como apologia ou tentativa de influencia, pois não é. Página Vinte Seis é apenas uma história fictícia e sem fins lucrativos.!

Capítulo 2 - Capítulo II.


Fanfic / Fanfiction Página Vinte Seis - Capítulo II.

não se ouvia uma voz sequer pelo casarão. Os alunos estavam em seus quartos e os supervisores e instrutores já dormiam há muito tempo. Caminhei pelo quarto escuro segurando o diário e uma lanterna pequena que George havia me dado. Puxei a porta e sai sem fazer barulho, acendi a lanterna no corredor e caminhei cuidadosamente até as escadas. Eu poderia ligar as luzes pelo caminho, mas não arriscaria chamar atenção de ninguém. Passei pela escadaria e fiz o caminho contrário da cozinha, passei por algumas portas até encontrar a biblioteca, a ultima porta no final do corredor. 

Arrastei a porta de correr fazendo o mínimo de barulho possível. A casa era velha então não se incomodariam com um pouco de barulho. Entrei, liguei o interruptor e fechei a porta. A biblioteca era tão grande quanto um salão de festas, deveria ter no mínimo umas vinte estantes de livros, sem contar as dezenas de mesas espalhadas cheias de exemplares, a volta ainda havia uma grande parede de livros que formava um circulo a volta de tudo. Caminhei em passos rápidos no corredor de prateleiras, dez de cada lado e virei a direita em meio a sétima. Havia uma mesa retangular com vários exemplares e cinco cadeiras a volta. Um vento gelado soprou sobre mim assim que sentei, o mais estranho era que ali não havia uma janela sequer e muito menos ar condicionado, o que contribuía pro cheiro de mofo. Sorte a minha não ser alérgica, caso contrário já teria morrido no meio daquela velharia. 

Abri o diário sobre a mesa na intenção de começar minha leitura, porém a luz na biblioteca era fraca pra toda aquela extensão. Voltei a ligar a lanterna e a usei pra iluminar. Abri em uma página qualquer, já havia me dado conta de que a garota não escrevia na ordem, mas sempre colocava a data.

 

Vinte e cinco de abril de 1865

Querido diário, ele prometeu que essa noite visitaria meu quarto novamente e dessa vez me mostraria algo novo. Nos nossos últimos encontros ele se limitava a toques a caricias que só serviam pra me deixar mais sedenta pelo toque real de nossos corpos. O abracei assim que passou por minha janela e adentrou meu quarto, ele perguntou se estava certa do que fazia e eu disse que sim. E aquilo foi tudo que bastou pra nossas promiscuidades tomassem força. Meus olhos se encheram de luxuria quando ele revelou o que escondia dentro das vestes, era extenso um pouco grosso e rosado. Só tinha visto um daqueles quando pequena, entre meus primos, mas nada se comparava aquilo, eu quis tocar e ele permitiu. Era duro como um músculo contraído e parecia tomar mais força e tamanho na medida em que eu tocava. Pedi que ele o usasse em mim, mas disse que não era hora, porem eu poderia sentir como seria. Me pôs de frente a cama e se posicionou atrás de mim enfiando...

 

Algo tocou minhas pernas impedindo que continuasse a leitura. Gelei olhando pra frente, o toque frio subiu pelo meu joelho dedilhando minhas coxas. Afastei a cadeira de uma vez a arrastando, segurei a lanterna pra baixo da mesa já com o coração disparado, mas não havia nada lá. De repente duas mãos fortes apertaram meus ombros me fazendo soltar um gritinho apavorado.

-Acalme-se milady! – a voz dele soou me acalmando e então tombei a cabeça pra trás tendo visão do seu rosto. 

-Quer me matar de susto? – perguntei com a voz pouco falha.

-Matar não é bem o que quero fazer com você. –ele se inclinou parando próxima ao meu rosto. – Posso? –perguntou me fazendo arquear a sobrancelha.

-Deve. 

Era diferente beija-lo. Seus lábios eram frios e tinha um gosto diferente, uma mistura de amargo e doce, expeço e cremoso no qual eu me derretia. 

-Você veio até aqui só pra me encontrar? –perguntou levantando o corpo e massageando meus ombros com certa força, gostava do peso de suas mãos.

-Sim, fiquei curiosa pra saber o que mais me mostraria. – ele riu fraco. –O que mais houve? – pergunto tocando o diário com a posta dos dedos por causa da distancia que estava da mesa.

- Eis aqui uma moça muito curiosa. – ri pela forma que ele falava. –Mas não lhe negarei a oportunidade de sentir o que tanto deseja. 

Sem delongas suas mãos fortes escorregaram até meus seios os agarrando com desejo. Arfei mordendo os lábios, ele os apertou novamente e então subiu as mãos logo os afundando novamente dessa vez por dentro do vestido tocando os bicos e fazendo movimentos circulares a volta. Apertei a lateral da cadeira momentaneamente resistindo a vontade de gemer aos seus toques. Ele afastou as mãos do meu decote e então segurou minha cintura indicando que eu levantasse, e assim fiz.

-Quero fazer uma pergunta. –falei quando ele começou a me empurrar contra a mesa.

-Deixe suas perguntas pra depois. –proferiu beijando meu pescoço e voltando a apertar meus seios.

-Mas.. –precisava falar, mas a pergunta me fugiu a boca quando seu membro duro se chocou contra a minha bunda. – Deixa pra lá... –murmurei escorregando a mão por seu quadril e a pousando sobre seu pau. Massageei por cima da calça tentando medir o tamanho, ele puxou minha mão soltando uma risada fraca.

-Apoia na mesa. –pediu num tom alto e viril fazendo a minha calcinha molhar mais ainda. 

Espalmei as mãos na mesa e virei o rosto vendo a feição dele de relance. Ele mordia os lábios e observava meu corpo. Sorri comigo mesma e esperei seus próximos movimentos. O engomadinho levantou meu vestido e fez um nó o prendendo no meio das costa, desceu minhas alças deixando meus seios a mostra e abaixou a atrás de mim tirando minha calcinha. Acabei me curvando quando entendi o que ele pretendia fazer. Suas mão fortes agarraram minha bunda em questão de segundos senti sua língua me invadiu fudendo e chupando minha intimidade sem cerimônias. Não me importei em soltar alguns gemidos naqueles instantes, cada vez que sua língua tocava da minha virilha a entrada eu me tremia toda.

-Você quer mais? –ele sussurrou em meu ouvido beliscando os bicos dos meus seios.

-Quero! – respondi certa do que queria.

Dobrei o joelho direto sobre a mesa e ergui o corpo chocando as costas neles. Ouvi o barulho da fivela do cinto sendo aberta e mordi os lábios com o corpo se ascendendo em tesão. Ele segurou forte na minha cintura e esfregou seu membro na minha bunda, duro e viril. De alguma forma se encaixou atrás de mim fazendo seu pau ficar no meio das minhas pernas. Guiou minha mão até lá e eu o toquei massageando a cabecinha, ele se moveu atrás de mim e pediu pra eu não tirar a mão. Pressionei seu membro contra a minha intimidade enquanto ele fazia movimentos de vai e vem calmos, depois de alguns instante entendi o que ele realmente queria com aquilo. Suas entocadas aumentaram a velocidade , seu corpo se chocava com o meu fazendo um barulho delicioso. A sensação de sarrar naquele membro era indescritível, o vai e vem frenético, sua mão brincando no meu clitóris. Soltei a cintura rebolando e ajudando nos movimentos, logo os espasmos vieram e junto a ele um urro de prazer. Tombei a cabeça pra trás apoiando no peito dele que parecia um pouco sem fôlego. Seu liquido escorria pela minha perna e melava a mesa da biblioteca. 

-O que queria perguntar? 

Sentei na mesa abaixando o vestido e arrumando as alças, assisti por alguns instantes enquanto ele ajeitava seu membro na cueca e fechava a calça.

-Depois deixo você brincar com ele. –disse em tom malicioso e eu levantei o olhar encarando seu rosto. – Agora diga.

-Queria saber qual o seu nome. –ele deu aquele meio sorriso que eu estava passando a adorar e se posicionou entre as minhas pernas dedilhando do meu ombro até a minha boca. Não falou nada durantes alguns instantes e então mordi a ponta dos seus dedos chamando sua atenção.

-Justin, milady. –respondeu ainda encarando minha boca. –Meu nome é Justin. – repetiu. 

-Combina com você. –estiquei o braço tocando sua nuca e trazendo seus lábios pra mais próximos aos meus. Corria um serio risco de estar ficando viciada no beijo dele. 

...

-Por que ela nunca cita seu nome? –jogo o diário de volta na mesa e passo um dos braços no seu ombro me ajeitando seu colo.

-Ela cita, você ainda vai ver se continuar lendo. –deu um beijo leve no meu ombro.

-Eu irei, contanto que apareça em meus sonhos pra me mostrar todas as suas travessuras. – ele riu e abaixou o olhar até minhas pernas.

-Então teremos belos encontros pela frente, milady.

 

*

 

Meu corpo estava em um estado de descanso quase angelical. Sonhava com unicórnios, duendes e piscinas de churros de chocolate como qualquer outra pessoa normal. 

-Acorda... –uma voz rouca soava fazendo minha piscina de churros se transformando em água e escorrendo por um ralo gigante  -Porra Sabi, acorda! – a voz ficou mais alta e junto a ela veio um empurrão que me fez cair no chão de olhos arregalados. 

-George seu puto você podia ter me matado. –reclamei encarando a figura do garoto magrelo ruivo a minha frente. Ele esticou a mão e eu a agarrei levantando.

-Quem ia te matar é a supervisora, era pra você estar na cantina tomando café, já estão todos prontos pra sair. –rolei os olhos e estiquei o vestido pegando o diário e a lanterna em seguida.

-Perdi a hora – disse seguindo pra saída da biblioteca com ele as minhas costas.

-Perdeu mesmo, troca de roupa e me encontra no ônibus. – Parei na escada por alguns instantes olhando envolta até levar outro empurrão do George – Rápido garota!

Subi as escadas correndo, sem me importar com o barulho que os chinelos fariam, empurrei a porta do quarto vendo que não tinha mais ninguém ali. Deixei o diário e a lanterna sobre a cama e voltei a sair do quarto entrando no banheiro. 

O sonho da noite passada me vinha a cabeça dificultando minha respiração mais uma vez. Como eu queria ter nascido naquela época e ter tido a oportunidade de conhecer Justin, seria uma experiência única. Correr com eles por aquele casarão nos perder na floresta e ter noites quentes sempre e sempre. Mas infelizmente teria que me contentar com os sonhos eróticos.

Atravessei a saída da do casarão vendo um grupo subindo no ônibus, os acompanhei e sentei no fundo junto a George, os dois isolados.

-E ai como foi? –ele perguntou e eu ri sem saber o que falar. –Então vocês foderam? 

-Ahm. .. –estava prestes a responder quando a supervisora surgiu a nossa frente.

-Como é que é senhor George Kutchinsky? – George ficou da cor de seu cabelo pelo susto que ela havia nos dado e eu comecei a rir nervosa. –De que diabos estão falando? – continuou.

-Perguntei a ela se comeram, afinal ela e outros alunos chegaram atrasados. – tive eu virar o rosto e observar a cara de inocente e confiável que George fazia enquanto mentia na cara da supervisora.

-Espero que seja isso mesmo. – ela espremeu os olhos nos encarando como se soubesse o que havíamos feitos no verão passado e deu as costas voltando ao seu acento perto do motorista.

-Essa foi por pouco. –fingi um tom aliviado e relaxei os ombros.

-Ah, fala sério. Não esta com medo de ir para a detenção né? – balancei a cabeça positivamente. Tinha medo sim de parar naquela detenção, ouvia boatos de como era e sinceramente não gostaria de ficar por lá. Uma das garotas que dividia quarto comigo uma vez mostrou uma cicatriz de sete centímetros que havia ganhado, nos primeiros instantes não acreditei, mas sua confissão foi tão detalhada que a cada vez que me lembrava ficava arrepiada. –Ainda não acredito que vão nos levar até aquela cidade velha pra ir ao museu cheio das suas velharias. – ele resmungou e puxou uma toca escondendo o cabelo e parte da testa.

Até onde sabia o passeio ao museu da pequena e nada simpática Sinevillage era tradição do internato. Toda a história da cidade e daquele casarão estava guardada e preservada ali. Dos primeiros moradores, as festividades e os marcos em sua história.

***

-A direita temos o quadro dos fundadores da cidade. –não me dei ao trabalho a prestar atenção no que o guia fazia, minhas unhas e as piadas de George pareciam mais interessantes.

-A minha direita temos uma safada que tem sonhos eróticos com um safado do século passado. –George sussurrou no meu ouvido e eu lhe dei uma cotovelada rindo.

-Idiota. – rolei os olhos e continuei o caminho ate ouvir algo que me interessava.

-Aqui estão os pertences dos antigos moradores do casarão onde vocês residem agora. – o guia começou a tagarelar, abri espaço entre os outros alunos e me aproximei ouvindo o que ele dizia. – O casarão foi erguido em 1825, pela família Chermont, por isso o internato ganhou este nome. – explicou adentrando uma sala e fazendo sinal pra que o seguíssemos. –Os Chermont viveram em harmonia naquele local durante décadas se passando duas gerações até a morte da sua filha Heloise em um trágico incêndio. –Havia uma longa bancada com alguns livros abertos e fotografias em porta retratos. Aproximei-me vendo o que tinha ali, o livro tinha alguns recortes de um celeiro queimado e rabiscos envolta. Na primeira fotografia era visível a imagem de uma família feliz. Pai, mãe e uma garota mais ou menos da minha idade, loira, magra e de olhos misteriosos. –Esses são os Chermont, em sua ultima geração – o guia pegou a fotografia da minha mão e mostrou aos outros. Começou a falar sobre os costumes da família e curiosidades sobre cada um. Continuei caminhando pela bancada ate passar os olhos por algo que fez meu coração palpitar.

-Justin... –sussurrei segundo o porta retrato em mãos e encarando a mesma figura que estava comigo ontem, só que amarelado, numa foto preta e branca tirada a décadas atrás.

-Justin foi o culpado pela morte de Heloise, segundo pesquisas ele era obcecado pela garota e quando ela disse que iria embora da cidade ele os trancou no celeiro e ateou fogo os matando.

A fotografia escorreu pela minha mão voltando ao seu lugar de origem. O ar me faltou e tudo começou a rodar. 

Eu nunca tinha o visto na minha vida, no entanto era o mesmo rosto com quem havia me encontrado ontem. 

Como isso era possível? Sabia seu nome mesmo sem nunca ter ouvido falar daquela história, pois ele havia me contado.

Mas ele estava morto. 

Morto.

Morto há décadas.

 

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Notas Finais


Mais um capítulo fresquinho de P26 para vocês, espero que gostem.
Boa leitura!

Trailer : https://youtu.be/uDEuzDMjB68


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