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História Pain or Love? - 23-19


Escrita por: isanotbela

Notas do Autor


[23-19]

"Helena reúne Shin, Carla e Lyon para recolherem informações sobre o ministério e sobre o suposto experimento '23-19'. O cumulo de stress faz com que Carla se revolte com a ruiva, e Shu tem um encontro inesperado com a mesma... no banheiro?" -Pain.

Capítulo 32 - 23-19


Fanfic / Fanfiction Pain or Love? - 23-19

[13:43]

   Depois da aventura que tive com os Tsukinamis e Laito na boate na noite anterior, finalmente veríamos o que tinha dentro daquele pen drive. Lyon havia tirado o dia de folga só para nos ajudar, por mais que ele fosse contra.

    Então como combinado, ele veio até o apartamento depois do horário de almoço. Quando ouvimos o barulho da campainha tocando não hesitei em atender para recebe-lo em casa, como Reiji e Subaru não estavam presentes eu era a responsável até eles voltarem.

   Abrindo a porta de entrada eu me deparo com Lyon junto ao seu notebook e alguns papéis longos que carregava em seus braços. Ele sempre traz surpresas consigo, dessa vez não teria sido diferente. O moreno estava bastante determinado, o que deixou não só a mim como os Tsukinamis contentes.

-Chegou cedo –Eu disse guiando Lyon para a mesa de jantar, onde ele colocou suas coisas.

-Se for para esse plano dar certo tem que ser tudo preparado o mais rápido possível –Ele dizia de sentando na cadeira- Conseguiu o pen drive?

-Aqui está –Entreguei para o mesmo enquanto eu esboçava um sorriso vitorioso.

-Muito bem Helena –O demônio sorriu de volta ao ver o pequeno pedaço de metal em suas mãos.

-Tem certeza que vai estar tudo aí? –Questionou Carla que estava ao lado dele.

-Absoluta, Ren sempre carrega esse pen drive, até porque ele é um rato de informações... –Afirmou Lyon.

-Como é que ele consegue esse tipo de coisa? –Perguntou Shin.

-Pelo o que soube ele está usando pessoas subordinadas dentro do ministério, e assim ele consegue todo tipo de informação –Explicou o moreno.

-E porque ele estaria justo numa boate? –Falei confusa.

-Bastante demônios e vampiros vão para aquela boate, porque você acha que Laito trabalha lá? –Lyon ligava seu computador.

-Agora faz sentido... –Disse esclarecida da minha dúvida.

-Onde estão os Sakamakis? –O demônio falava mexendo em seu notebook.

-Reiji e Subaru foram no mercado comprar comida para mais tarde. Shu está trabalhando.

-Kanato saiu para trabalhar –Respondeu Carla.

-E Laito está dormindo enquanto Ayato saiu para sei lá aonde –Continuou Shin.

-Estranhei o fato de estar silencioso demais aqui –Comentou Lyon colocando o pen drive na entrada USB.

    De cara apareceu uma pequena janela na tela escrito: Digite a senha.

-Me diz por favor que você sabe a senha –Eu disse encarando o moreno que estava calmo.

-Não se preocupe, me preparei para isso –Então ele digitou a senha abrindo diversas pastas de arquivo.

-Como você conseguiu? –Falei surpresa.

-Já vi Ren digitar a senha e guardei os dígitos desde então, mas isso não importa agora... –Lyon guiou o cursor do mouse até a primeira pasta nomeada de “Registros” logo em seguida clicando em cima.

     O computador por sua vez abriu no atalho de notas onde estava escrito todas as informações cruciais para começarmos a agir. Haviam muitas e muitas notas para serem lidas, e disso que era só a primeira pasta, sendo que ainda tinham mais 10 para abrir e verificar.

-Como vamos ver tudo isso? –Eu dizia com uma gota de preocupação.

-Vamos dividir as tarefas –Pronunciou Carla- Sou bom em ver registros, fico com essa parte. Shin pode verificar os formulários das pessoas que trabalham lá, e você pode analisar a planta do ministério e encontrar um jeito invadir.

-Falando em planta eu consegui isso aqui... –Lyon pegou os papéis que ele havia trazido, aquilo na verdade era uma planta impressa.

-Nossa, estou impressionada como você consegue essas coisas –Vi o tamanho da planta analisando-a- Quanto coisa...

-Eu tenho os meus contatos, e além disso eu sou bom com esse tipo de coisa, já trabalhei no ministério.

    Era verdade. Lyon já trabalhou no ministério antes, isso explica a astucia dele com essas coisas, não sei porque ainda fico tão pasma com isso.

-Podem ficar com o computador, eu vou ajudar Helena com as plantas –Disse o demônio pulando uma cadeira e dando espaço para os Tsukinamis se sentarem.

   Eu nem questionei, só me sentei ao lado de Lyon abrindo as plantas por inteiro, e eu tenho que dizer... O ministério era maior do que eu me lembrava a 3 anos atrás.

-É impressão minha ou essas plantas estão grandes demais? –Falei confusa.

-Eu também percebi isso, não parece ser o ministério de 3 anos atrás... –O moreno analisava as outras plantas- Mas continua sendo no mesmo lugar de origem, o que só pode significar uma coisa –Ele me encarou.

-Eles reconstruíram? –Arregalei os olhos.

-Provavelmente, não tem como ser a planta antiga com esse tamanho –Então o mesmo suspirou- Parece que temos mais um obstáculo...

-Vamos ter que fazer um reconhecimento de todo o novo ministério se quisermos invadir –Eu disse mordendo os lábios tentando pensar em algo.

-Olha só, você sabe fazer boas analises –Disse Lyon brincando.

-Engraçadinho –Dei um sorriso de canto- Ao invés de ficar fazendo piada que tal me ajudar aqui?

-Ok Ok –Ele abriu uma das plantas- Vamos começar pelo mais simples: O número de andares.

-Bem, contando com essa que você está segurando são dois andares e um terraço, estou certa?

-Sim, agora conte o número de portas, sem exceções –Mandou o moreno anotando o que eu tinha falado antes.

-Hm... –Eu olhava a descrição no canto das folhas vendo o número de portas ao todo- São...  43. 43 portas.

-Ótimo –O mesmo anotava tudo o que eu falava- Quais são as possíveis saídas?

-Ahn... Tem três saídas no primeiro andar, o segundo tem apenas as janelas e por último o terraço –Lyon continuava escrevendo em um pequeno bloco de notas.

-Ok... –Ele parou de escrever com uma expressão séria, como se estivesse tentando pensar em algo.

-Lyon? –O chamei tentando tira-lo de seus devaneios.

-Espere, estou pensando... –O moreno olhava as plantas mais atentamente- Achei.

-Achou oque? –Perguntei confusa.

-Nossa entrada para o ministério –O demônio apontou no papel o lugar por qual iriamos invadir.

    Era por trás.

-Tem certeza disso? –O encarei apreensiva.

-Vou confirmar agora –Ele olhou para Carla- Carla, pode verificar quantas câmeras tem na parte de trás do ministério?

-Sim... –Então o albino entrou na pasta escrito “Segurança”- São 4, e tem 3 guardas –O mesmo respondeu.

-Obrigado –Lyon agradeceu- Sim, tenho certeza –Ele me encarou de volta com um sorrisinho no rosto.

-Como sabe que esse é lugar certo para invadir? –Questionei.

-Bem, começando pelo fato de que o número de guardas e de câmeras é relativamente menor do que na frente e em cima, ou seja, se conseguirmos detê-los temos chance de entrar –O demônio explicou.

-Está bem sabichão, mas enquanto as câmeras? Não irão nos ver? –Franzi o cenho.

-Câmeras são fáceis de lidar se são em pequenas quantidades, eu posso raquear o sistema delas por um tempo para vocês poderem entrar.

-Por quanto tempo?

-Por um minuto, sem interrupções.

-Certo.... Temos que arrumar um jeito de abater esses três guardas em um minuto, ideias?

-Hm, você pode usar gás sonífero neles.

-E aonde vamos conseguir gás sonífero? –Falei receosa.

-Com isso você não precisa se preocupar, eu tenho meus contatos, consigo arranjar qualquer arma por um preço acessível e de modo rápido–O moreno me assegurou.

-Não vou nem perguntar onde você consegue essas coisas –Dizia eu desistindo de contestar Lyon com suas façanhas.

-Não fique surpresa –Lyon ria- Eu sou pago por esse tipo de serviço, então pode se dizer que faz parte eu ter acesso a esse tipo de informação.

-E porque diabos você trabalha numa boate?

-A boate é onde eu administro os meus negócios e os da boate, eu não sou de fato o dono daquele lugar, eu só trabalho para verdadeiro dono.

-Então onde está o verdadeiro dono?

-Vai saber, eu só estava procurando um lugar para conseguir trabalhar no mundo dos humanos e poder “recomeçar” depois de tudo que aconteceu.

-É mesmo.... Você ainda não me contou o que aconteceu depois do ataque do ministério.

-Bom, se sucederam muitas coisas desde que você foi embora, eu e os Sakamakis tivemos que voltar para o mundo dos humanos para tentar despistar os lacaios do Kino.

-Como conseguiram? –Eu disse curiosa.

-Nós fugimos aqui para Tóquio, onde segundo Reiji teria um apartamento para usarmos em caso de emergência. Conseguimos nos esconder dos lacaios depois de um tempo, mas não demorou muito.

-Os Mukamis que te resgataram? –Indaguei.

-Eu não me lembro muito bem da cena deles me resgatando, mas sim, eles me resgatam junto com Carla e Ruki –Respondeu o mesmo.

- Entendo.... Então quer dizer que você ficou com os Sakamakis durante esse tempo enquanto você tentava não arruinar seus negócios? –Falei recapitulando.

-Basicamente isso –Ele afirmou- Se eu não tivesse um serviço para fazer eu seria meio inútil sabe...

-Porque acha isso?

-Porque minha vida inteira foi assim, servindo os outros para o próprio bem deles, sem receber nada de valor em troca –Lyon dizia num tom melancólico.

-Como assim? –Senti uma gota de preocupação pelo mesmo.

-Sabe Helena, nem um alto cargo ou um reconhecimento vão te dar valores de verdade na vida –O moreno suspirou- Ou pelo menos é o que eu penso...

-Então o que realmente te dar valor?

-Pode parecer engraçado, mas.... Eu só queria ser amado...  –Dito isso Shin segurou a risada debochada que estava preste soltar.

-Sem brincadeirinhas Shin –Eu chutei o pé do vampiro.

-Chata... –Ele cochichou logo voltando ao que estava fazendo, então eu voltei minha atenção para Lyon que tinha um olhar triste.

-Lyon... –Levantei da cadeira me aproximando do mesmo- Eu sei que você passou por momentos difíceis, mas saiba que eu estou aqui com você...

-Helena... –O demônio me encarou nos olhos- Promete que vai ficar comigo?

-Sim, eu prometo –Assim que disse isso estendi meu dedinho formando uma promessa com Lyon, ou bem dizendo, meu melhor amigo.

-Que climinha vocês dois –Comentou Shin.

-Por favor Shin, não me faça eu ter que ir até aí calar sua boca –Falei irritada fazendo com que o demônio risse do meu argumento.

-Idiotas... –Eu ri junto.

   Naquela hora me lembrei que era a primeira vez que eu ria depois de anos. Eu ainda não sei se reencontrar essas pessoas foi uma boa escolha, mas isso de alguma forma.... Está me fazendo bem.

Muito bem...

***

[18:03]

-Eu não aguento mais... –Eu dizia bebendo mais uma xicara de café.

-Pense pelo lado bom, conseguimos bastante informação –Falou Lyon bebendo café igualmente a mim.

-O que vocês fizeram afinal? –Perguntou Reiji que estava na cozinha preparando a janta.

-Abrimos o pen drive para colher informações sobre o “novo” ministério –Respondi.

-E o que vocês descobriram? –Disse Subaru sentado na sala.

-Parece que estão construindo um novo ministério –Falou Lyon.

-E ficha de guardas daquele lugar aumentou, junto com as câmeras e a alta segurança, é como um cofre blindado... –Continuou Shin.

-Câmeras? Oque Kino está planejando? –Subaru dizia surpreso.

-Sim, agora está mais complicado de entrar, mas eu Lyon temos um plano –Falei terminando de beber meu café.

-Só que.... Tem uma coisa que ainda não está certo para mim –Pronunciou Carla que até então estava calado.

-Como assim? –Todos nós o encaramos receosos.

-Acontece que Kino abriu novas vagas –Disse o albino.

-Que tipo de vagas? –Eu questionei.

-Vagas para cientistas –O vampiro me encarou de volta.

-Cientistas? Porque diabos Kino abriria esse tipo de vaga? –Levantei da cadeira indo até o mesmo.

-Olhe bem –Carla abriu um arquivo no computador que continha as vagas de trabalhos a serem preenchidas. As de cientistas ainda estavam abertas, faltavam 7 interessados no serviço.

-Por acaso tem algum pretexto para esse tipo de vaga?

-Aqui diz que é para experiências, porém não descrevem que tipo de experiência... –Afirmou o vampiro.

-O que mais descobriu? –Eu falei preocupada.

-Partindo do fato dessas vagas de cientistas abertas, fui pesquisar a ficha dos envolvidos nessa suposta “experiência” –Carla abriu outro arquivo com as fichas dos cientistas- Esse aqui... Ele é Kim Yeong, sul coreano formado em ciências biológicas. Trabalha no ministério com a experiência 23-19.

-23-19? –Disse confusa e com receio.

-Isso mesmo, ao que aparenta ser é o nome da experiência.

-Mas o que é essa coisa no final das contas?! –Perguntei impaciente.

-Eu não sei Helena! –Gritou Carla se levantando e me olhando profundamente nos olhos, o que me fez ficar quieta de imediato.

    Com toda aquela gritaria fez todos nós ficarem calados, tanto que ninguém tinha percebido a presença dos trigêmeos na porta. Eles nos olhavam um pouco espantados, então Laito resolveu quebrar o gelo.

-Podemos entrar?

-Podem, eu já estava de saída –Então Carla me encarou uma última vez e foi embora do apartamento, deixando um clima estranho no ar. Eu apenas suspirei.

-O que foi aquilo? –Comentou Ayato que se aproximava de seus irmãos até a mesa de jantar se sentado.

-Nada, eu só fiquei estressada... –Eu massageava minhas têmporas- Desculpem...

-Tudo bem Helena, sem problema –Disse Kanato num tom calmo.

-O que estão fazendo aqui? –Perguntou Shin.

-Viemos jantar, acha mesmo que sabemos cozinhar alguma coisa? –Brincou Laito.

-Não é de se impressionar –Riu Lyon.

-Pois é, conseguiram acessar o pen drive? –Continuou o ruivo.

-Sim, passamos a tarde inteira vendo todos os arquivos, parece que teremos mais trabalho do que na última vez... –O demônio explicou.

-É de se esperar, Kino não iria deixar fácil para qualquer um –Concordou Kanato.

     Parecia que a conversa deles iria durar um bom tempo, então como eu estava cansada, decidi tomar um banho para me livrar de todo esse cansaço. E sem dizer uma palavra eu me retirei na mesa de jantar eu fui direto para o banheiro.

   Nenhum dos meninos notou que eu tinha sumido, o que seria melhor ainda, agora não teria ninguém para me incomodar.... Eu apenas me deixei afundar no banho quente.

[Helena off]

***

[Shu On]

[18: 34]

   Finalmente depois de um dia estressante eu havia chegado em casa, ou melhor dizendo, no apartamento partilhado de irmãos. Mas ignorando esse fato eu por fim estava em casa.

   Como sempre, todos viam de noite jantar, porém com a presença de mais pessoas na casa eu me sentia um pouco fora do meu próprio espaço. Me atrevo a dizer que sinto falta daquela maldita mansão silenciosa.

  E por mais que eu fosse um adulto “maduro’”, ainda queria implicar por coisas banais como essa. Só que sendo o irmão mais velho eu tenho que manter a pose, por isso eu tirei meus sapatos e andei em direção a mesa de jantar cumprimentando todos, inclusive Reiji que estava na cozinha.

-Chegou tarde –Retrucou a mamãe da casa.

-O trânsito está um caos hoje, não consegui chegar mais cedo –Expliquei.

-Que seja, tire esse cheiro de carcaça de perto de mim e venha jantar –Reiji tampava o nariz.

-Velho reclamão –Debochei indo direito par ao banheiro.

-Se você falar isso de novo eu juro que enfio sua cabeça na privada e faço você beber a água dela seu depravado! –Eu ouvia os gritos abafados do vampiro enquanto eu adentrava o banheiro.

   Enfim eu havia entrado no banheiro para tomar um banho, aliás ele era totalmente diferente do que eu estava acostumado com da mansão. Era estilo japonês, bem pequeno para ser sincero, e disso que era um dos melhores banheiros que se poderia encontrar em um apartamento.

    Críticas à parte, tirei minha roupa colocando no cesto que ficava ao lado da máquina de lavar. Peguei minha toalha e assim abri a porta de correr que dava para a parte da banheira e do chuveiro, só que diferente do de costume, Helena estava lá...

[Shu Off]

[Helena On]

Shu.

   Aquela preguiça loira estava me encarando. E como esperado, eu também o encarava, mas diferente do de costume ele estava ali dentro do banheiro, comigo, nu. Eu não esperava que ele fosse entrar tão repentinamente daquela forma, o que foi um espanto em tanto.

  Shu já havia entrado no banheiro sem aviso diversas vezes enquanto eu tomava banho, mas dessa vez foi ao contrário. Ele não estava ali querendo alguma coisa de mim, até porque o mesmo tinha uma expressão de surpresa como eu.

  Então, depois de uma troca de olhares intensa um para o outro eu decidi quebrar o gelo.

-Shu... Por favor me diz que você entrou aqui por engano –Falei desviando o olhar.

-Ficou doida?! Claro que foi! –Ele dizia um pouco alterado.

-Então se não for pedir muito, cobre essa coisa aí embaixo... –Eu apontei entre as pernas dele e rapidamente ele pegou sua tolha cobrindo.

-Eu digo o mesmo para você, ficando nua na minha frente desse jeito! –O vampiro tentava argumentar.

-Ah sim, até porque fui eu quem entrou no banheiro sem avisar! –Retruquei de volta.

-Que seja, já acabou? –O loiro perguntou.

-Sim, não se preocupe com isso, já estou de saída... –Disse saindo da banheira enquanto o mesmo me encarava- Ei...

-O que foi...? –O mesmo me encarava fixamente.

-Vai ficar mesmo me olhando desse jeito?

-Ah...! –Então Shu se virou ficando de costas para mim.

  Bobo...

-Pronto, pode se virar –Falei já com a toalha enrolada em meu corpo.

-Posso mesmo?

-Claro que pode idiota –Disse me aproximando do mesmo o qual se virou.

-Ainda bem... –Ele suspirou aliviado.

-Que foi? Nunca viu uma mulher nua na sua frente? –Debochei.

-Não é isso idiota.

-Então o que é?

-Já somos adultos, você sabe o que aconteceria, não é?

-Claro que sei, mas se não vamos transar então para de me olhar como se quisesse me comer viva.... –Disse fazendo Shu ficar quieto instantaneamente e me dando passagem para sair do banheiro.

   E com Shu ainda de costas para mim decidi me trocar, foi quando ele decidiu se virar.

-Helena... –Ele me chamou.

-O que foi? –Perguntei sem encara-lo.

   E como resposta o loiro veio até mim me prensando na parede. A princípio fiquei surpresa com a ação dele, mas logo desmanchei a expressão assim que vi os olhos serrados do vampiro.

-Vai querer mesmo brincar comigo? –Ele apertou meus pulsos.

-Eu te pergunto o mesmo... –O desafiei.

-Desde que você voltou tem agido diferente, e eu me pergunto porquê...

-Talvez porque eu esteja farta de ser fraca diante de outras pessoas –Fui direta.

-Não digo nesse ponto, você agido como uma mulher.

-É de se esperar, eu já tenho 21 anos, nada mais obvio do que tomar uma atitude não acha?

-Pois é, e essa atitude, está realmente me intrigando Helena...

-O que quer dizer com isso?

-Você sabe o que eu quero dizer com isso... –O mesmo analisou meu corpo de cima a baixo- E se eu realmente fazer o que eu quero nesse momento, vou estar sendo um babaca... por isso, não me faça agir como um.

    Ali eu entendi o que Shu quis dizer. Ele não queria que eu o desafiasse como homem para não ter que agir feito um babaca, e acabar fazendo alguma coisa que eu não goste.

-Tudo bem.... Eu entendi.

-Ótimo –Shu me soltou.

-Desculpa.

-Sem problemas –O loiro se aproximou do meu ouvido- Mas a parte de que quero fazer alguma coisa com você continua sendo verdade.... –Então um sorrisinho malicioso se formou em seu rosto.

-Idiota –Eu ri de canto o empurrando- Vai logo tomar banho antes que a mamãe Reiji se irrite.

-Ok ok –Ele saiu logo de minha vista me deixando só.

    Realmente... Shu não mudou nada. E para encerrar minha aventura dentro do banheiro resolvi sair e comer junto com os meninos. Assim que sai me deparei com Reiji trazendo a comida na mesa, o mesmo me olhou com uma cara confusa.

-Helena? –O moreno franziu o cenho- O que estava fazendo no banheiro? Shu não est-! –Nesse momento eu lancei um olhar que dizia algo como: Quieto...

-Nossa Reiji, essa comida parece boa! –Falei mudando de assunto.

-Obrigado... –O vampiro me encarou com uma expressão de quem suspeitasse de mim.

-Vamos comer? –Sugeri para todos na mesa.

-Ótima ideia Akage-san! –Dizia Ayato atacando a comida que Reiji havia feito.

-Ei seu traste! Não coma igual um animal! –A mamãe reprendeu ele.

-Pare de reclamar e coma também! –Comentou o ruivo.

-Ninguém merece... –Suspirou o mais velho.

-Falando em jantar, posso ficar? –Perguntou Lyon.

-Pode, só certifique-se que vai lavar sua louça quando ir embora –Reiji falava com sarcasmo, mas com um sorriso no rosto.

-Certo –Lyon riu do sarcasmo do mesmo.

   Então todos nós fomos jantar. Um tempo depois Shu se juntou para comer também, a comida que Reiji tinha feito estava muito boa, na verdade aquilo me lembrou da época em que eu morava na mansão, o que me trouxe uma certa nostalgia.

   Lembrei das coisas que aconteceram lá, das boas e das ruins.... Mas o que me deixa com uma pulga atrás da orelha é: O que aconteceu com a mansão?

-Ei Laito... –Chamei o ruivo que estava do meu lado.

-O que foi Helena? –Ele me encarou.

-Sabe, eu fiquei curiosa sobre isso, mas pode me dizer o que aconteceu com a mansão? –Disse em forma de permissão, eu sabia que não era um assunto muito bom para se falar.

-Ah, a mansão... –Laito tirou o sorriso do rosto que estava á pouco- Bem, não vamos lá faz bastante tempo, até porque nem se tem motivo para voltar lá.

-Tudo bem se não quiser falar.

-Não, eu falo, aliás você também morou lá... –O vampiro deu uma pausa e logo continuou- A mansão hoje está morta, ela foi queimada pelos lacaios do ministério, e até onde eu sei todos os residentes que estavam no dia morrem junto.

-Ela foi queimada? –Falei um pouco espantada.

-Sim, agora só restam as ruínas daquele lugar.

-Vocês perderam tudo?

-Quase tudo, as únicas coisas que conseguimos salvar foi a escritura da mansão e nossas lembranças... –Era melancólico o jeito que Laito falava.

-Nossa... Eu sinto muito.

-Esqueça. Aquilo já é passado, estamos no presente e preferimos olhar para o futuro, certo? –O ruivo dissera num tom otimista.

-Tem razão –Concordei com ele.

-Mas ignorando isso.... Oque tem para a sobremesa Reiji? –Laito tinha voltado ao seu estado animado de sempre.

 -Pudim da loja de conveniência –A mamãe falou curta e grossa.

-Que chato, você mesmo deveria fazer o pudim –Reclamou o vampiro.

-Coma de uma vez antes que eu enfie na sua goela, animal... –Falou Reiji naquele tom ameaçador de sempre.

-Grosso... –Cochichou Laito- Bem, que seja, vamos comer Ayato-kun?

-Fica para próxima... –Ayato se levantou da mesa.

-Vai sair de novo? –Questionou Kanato.

-Sim, volto mais tarde –Então Ayato foi até a porta indo embora.

-Ele não tem jeito... –Suspirou Reiji.

-Para onde é que ele vai? –Perguntei.

-Nem a gente sabe –Respondeu Subaru- Ele só diz que vai sair e volta só mais tarde.

-Hm, estranho.... Nem você sabe Laito?

-Bem que eu queria, Ayato tem sido diferente desde que ele começou a sair para esse tal lugar.

-Verdade –Afirmou Kanato.

-Mas fazer o que, é o único jeito dele sair de casa... –Comentou Shu.

-Espero que não seja não ruim... –Falei preocupada com o cabelo de menstruação.

-Digo o mesmo... –Laito dizia terminando de comer seu pudim.

-Falando em coisa estranha, Carla não voltou até agora –Disse Shin.

-É mesmo –Lyon olhava para o relógio o qual marcava 21:20.

-Onde será que ele se meteu? –Perguntei receosa.

-Pois é né, porque você não vai procurar ele Helena? –Shin me encarou com um olhar ameaçador.

-Porque eu?

-Porque foi você quem fez isso para início de conversa –Respondeu o vampiro.

-Tá bom, já entendi... Ir atrás do Carla e pedir desculpas –Eu disse levantando da cadeira e um casaco por causa do frio.

-Quer que eu vá com você? –Sugeriu Lyon.

-Não, você é convidado hoje, e a culpa foi minha –Falei colocando meus sapatos- Então, eu volto logo...

-Até –Todos disseram em coro menos Shin. Acho que ele está com raiva de mim...

 Bem, de qualquer forma eu sai do apartamento à procura de Carla, mesmo sem nem saber onde ele estava. Mas afinal, onde é que ele se meteu?

[Continua...]


Notas Finais


Olá pessoas!
Eu sou a Sunny <3
E espero que tenham gostado desse capitulo :) Por mais que tenha demorado ;-;
Enfim... Obrigado pelos 100 favoritos! :3
Amo vocês <3
Beijos *3*
Bye Bye o/


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