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História Painting Me - Um livro não deve ser julgado pela capa


Escrita por: Pancley

Notas do Autor


Assim como todo dia é dia de comer o pão de Jaehyun, todo dia é dia exaltar os OTPs. As duas coisas, claro, as pessoas fazem de diferentes formas. Muitos exaltam os OTPs admirando os moments novos, lendo fanfics, relembrando os moments antigos, fazendo fanarts. Assim como tem gente que come o pão de Jaehyun de maneiras bem únicas. Por exemplo, a família Track... Altos oferecimentos. Mas, enfim!!! Espero que todos se divirtam com o capitulo de hoje! Desejo uma ótima leitura.

Capítulo 5 - Um livro não deve ser julgado pela capa


Fanfic / Fanfiction Painting Me - Um livro não deve ser julgado pela capa

Pela enésima vez, Hansol verificava sua aparência no espelho. Respirou profundamente, pensando no quão bobo estava sendo ao agir daquele modo. Rolou os olhos, saindo da frente do reflexo. Não iria mais olhar, se recusava a checar tudo outra vez. 

Os dedos longos agarraram o celular que estava sobre a cama. A tela acendeu, revelando as horas. Não estava atrasado, constatou, mas também não estava tão adiantado para se dar ao luxo de continuar por muito mais tempo em casa, precisava sair logo.  

Antes que pudesse guardar o aparelho no bolso, contudo, ele começou a vibrar e o visor indicou que alguém telefonava para o Ji. Era a sua mãe, outra vez. Uma expressão cansada tomou o rosto de Hansol antes de recusar a chamada. Durante toda aquela semana, a senhora Ji telefonara para seu número, tentando entrar em contato consigo, mas ele não havia atendido nenhuma.  

Quanto mais tempo evitasse contato com sua mãe, melhor. Sabia que ela era insistente e que não conseguiria fugir para sempre, porém, enquanto ainda pudesse ficar sem falar com ela, ficaria. Já sabia bem sobre o que ela queria conversar e não estava muito inclinado a ouvir. 

Foi por causa de todos aqueles telefonemas da senhora Ji, nos últimos dias, que perdera algumas ligações de um certo japonês. De uma forma completamente inesperada, Yuta ligara para Hansol, chamando-o para sair naquela tarde. O coreano não queria nem saber como Nakamoto conseguira seu número, todavia estava bem feliz por ele ter feito isso. 

Lembrando-se de Yuta e de que precisava sair logo, involuntariamente, Hansol voltou ao espelho, verificando como estava o cabelo e se as roupas não estavam vestidas do avesso. Ao perceber o que fazia, quase bateu em si mesmo. Balançou a cabeça, tentando expulsar qualquer pensamento desinteressante, pegou as chaves do apartamento e saiu. 

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Yuta secava o suor das mãos na calça pela quinta vez desde que sentara no banquinho de madeira da praça, o que totalizava em um intervalo de pouco mais de meia hora. Não, Hansol não estava atrasado, fora a ansiedade de Yuta que o levara a sair de casa quase uma hora antes da que haviam combinado para se encontrarem. 

O japonês passara um bom tempo refletindo a respeito da última conversa que tivera com Ten. De fato, seu melhor amigo, desde o começo, sempre tivera muita afinidade com Johnny, tinha ciúmes até hoje do quão fácil era para os dois iniciarem uma conversa despojada. Era diferente do que acontecia entre Yuta e Hansol.  

Não conhecia os gostos do Ji, nem suas manias. Sabia que ele gostava de pintar, desenhava pessoas aleatórias nas ruas, não o via falar muito em público ou com pessoas desconhecidas, apesar de conseguir ser bastante agradável e gentil quando queria, e tinha um sorriso realmente bonito.  

Yuta sentiu as bochechas esquentarem ao ver que seus pensamentos estavam o levando à imagem de Hansol. Era estranha a forma como seu coração sempre acelerava ao pensar demais no coreano, começava a creditar que estava apaixonado de verdade pelo Ji. Talvez por isso o que Ten havia dito o perturbava tanto, não gostava de imaginar que não tinha afinidade com o outro. 

Com aquele encontro, provaria para o tailandês e o resto do mundo que ele e Hansol podiam sim ser muito próximos, que, apesar de ter pulado algumas etapas e estar indo um pouco mais rápido que o normal naquele relacionamento, eram um casal como qualquer outro. 

Não exatamente um casal. Ter dormido com Hansol não era o mesmo que dizer que estavam oficialmente juntos, porém era um fato que não podia ser ignorado. Havia algo ali, só não haviam definido o que era esse “algo” ainda. 

— Você está aqui há muito tempo? 

O corpo do japonês sobressaltou-se sobre o banco. Um Yuta pensativo foi tirado de rompante de suas reflexões quando a pergunta soou, naquela voz a qual já estava se familiarizando, próxima demais para que mente pudesse manter a calma. 

Hansol precisou conter a risada ao ver que havia assustado o outro. Não era sua intenção causar espanto quando chegou por trás do banco e proferiu a indagação, como o japonês fizera consigo uma vez, em uma tarde em que estava desenhando uma garota, na praça, todavia não pôde evitar divertir-se com aquela cena. 

Após alguns segundos encarando o rosto alheio, o colapso na mente de Yuta pareceu ser amenizado e ele se permitiu sorrir abertamente. Lembrou-se que o Ji havia feito uma pergunta e que precisava responder.  

— Não, eu cheguei agora. 

Assim que fitou o outro, o sorriso foi sumindo de seus lábios, até que eles formassem uma fina linha, e Yuta engoliu em seco. De forma inconsciente, seus olhos se prenderam na imagem a sua frente, admirando-a. Os segundos foram passando sem que ele percebesse que não movia nem mesmo um milímetro. 

— Então, para onde vamos? — perguntara Hansol, diante da necessidade de trazer atenção alheia de volta para a realidade. 

Nakamoto balançou a cabeça para os lados, em uma tentativa de voltar a si. O que estava fazendo? Ele havia chamado Hansol até ali, ele sabia para onde deveriam ir, estava perdendo tempo ao ficar ali sentado encarando o outro como um bobo. O japonês pôs-se de pé, porém de uma forma um tanto afobada que até o fez desequilibrar-se um pouco. 

— É aqui perto — apressou-se em dizer, tentando desviar a atenção de seu nervosismo. — Por aqui — disse seguindo o caminho. 

Yuta os guiara até um prédio que havia ali perto, só precisaram atravessar a rua para chegar lá. Ele tinha dois andares, no qual o de baixo acolhia uma livraria e, no de cima, funcionava uma cafeteria, esta que era o destino final dos dois.  

O estabelecimento, no geral, aparentava ser simples, mas a decoração bonita e os móveis bem selecionados traziam um ar mais sofisticado ao lugar. Havia apenas algumas poucas pessoas jogando conversa fora ou lendo livros enquanto bebericavam seus cafés naquela tarde. 

Havia uma mesa no fundo do estabelecimento, no canto do cômodo. Ela se localizava próxima à janela, mas, como era quase colada à parede, quem sentasse ali, teria pouca visão do lado de fora, talvez por isso aquela mesa e as ao redor estavam desocupadas.  

Yuta pegou a mão de Hansol e foi para aquele lugar que ele os guiou. Só quando já estava puxando a cadeira para sentar-se, o japonês percebeu que havia segurado a mão do outro e que praticamente o arrastara até ali. Como resultado, tão rápido quanto a agarraram, os dedos finos de Nakamoto soltaram aquela mão. 

Os dois ocuparam seus respectivos assentos, ainda em silêncio. Yuta começava a se arrepender de ter tido aquela ideia, não sabia que ter encontros era tão difícil. Ele pegou o cardápio que estava sobre a mesa procurando por algo que fosse de seu agrado. 

Seus pensamentos, no entanto, o traiam. Só conseguia imaginar que Hansol estava do outro lado da mesa, provavelmente achando tudo aquilo o pior encontro que já tivera na vida. O japonês praguejou mentalmente. Há séculos não saía em um encontro, o último que se lembrava havia sido com uma garota quando ainda estava em Osaka e ainda não havia se assumido para seus pais. 

O último namorado que tivera fora seu melhor amigo, ou seja, também nunca precisara sair em um encontro como aquele com Ten, as coisas foram muito mais simples com o tailandês. Não que nunca tivesse tido encontros com o ex-namorado, mas era diferente com ele, já eram amigos antes de iniciarem um relacionamento.  

O jovem havia até mesmo vergonhosamente necessitado do auxílio de uma revista adolescente para decidir onde levar Hansol naquela tarde. Não que Yuta tivesse o costume de comprar revistas como aquela, apenas vira por acaso em uma loja de conveniência e, como precisava mesmo de ajuda, comprara o item. 

— O que vai querer? — perguntou. 

Não obtendo resposta abaixou a tabela que indicavam o que era servido naquele estabelecimento e seus devidos preços fitando a pessoa que deveria estar a sua frente, não encontrando-a ali. Virou-se para o lado, dando de cara com o Ji muito próximo a si. 

Por causa dos pensamentos, que vagavam longe, e da atenção voltada para o cardápio, o japonês não notara quando Hansol aproximou a cadeira de onde estava, ficando praticamente ao seu lado. Como se não pudesse mais controlar suas próprias ações, Yuta baixou o olhar para os lábios que estavam diante de si. 

— Só tem esse cardápio — explicou-se o Ji. — Posso ver?  

Nakamoto entregou ao outro o que ele pedia, tentando expulsar aquele sentimento que almejava por contato. Tinha o dia todo com Hansol, aquele era o primeiro encontro dos dois, precisava ir com calma, o objetivo daquilo era desenvolver uma conversa agradável com o outro, conhecer mais sobre ele, mostrar para Ten, para si mesmo e para o resto do mundo que ele e o Ji podiam ter afinidade como qualquer outro casal.  

"Mas não somos um casal", foi o que Yuta pensou. Ah, seus pensamentos estavam tão confusos! 

— Acho que vou querer um macchiato — disse o coreano, finalmente decidindo-se. Hansol voltou-se para Yuta, entregando o cardápio a ele. — E você, o que vai querer? 

Nakamoto tentava a todo custo desviar o olhar para os olhos de Hansol, mas aquilo se tornara uma tarefa extremamente difícil no momento, não conseguia ficar mais que segundos olhando para ele sem focar naquela região. Parecia que, só porque ele colocara na cabeça que aquilo era errado, seus sentidos o traíam. 

Queria tocar novamente a derme alheia, tão macia quanto veludo, sentir os lábios cheinhos contra os seus, mergulhar-se no beijo quente e saciar-se das sensações que só Hansol poderia proporcionar em si. Obviamente, àquela altura, o Ji já havia percebido o que estava acontecendo.  

— Acho que vou querer a mesma coisa — respondeu Yuta, baixinho. 

Desviou o olhar do coreano, certo de que não se perderia na visão dele outra vez, chamando uma das atendentes, que estavam próximas ao balcão, conversando descontraidamente, com um aceno de mão. 

Enquanto fazia os pedidos, Yuta tratou de colocar um sorriso simpático no rosto para dirigir-se à moça, recebendo um equivalente da parte dela em troca. Hansol desviou o olhar para a janela, a tempo de ver um carro bastante caro passar por aquela rua, o que imediatamente o causou estranhamento. O que fazia um automóvel como aquele num bairro de classe média? 

Quando Nakamoto olhou novamente para o Ji, encontrou-o distraído encarando o lado de fora da cafeteria. Não demorou mais que alguns segundos para que Hansol percebesse que os pedidos já haviam sido feitos e se voltasse para si. 

Outra vez, o olhar de Yuta desviou-se para os lábios alheios e o desejo involuntário de tocá-los o fizera impulsionar minimamente para frente. Cansado de ver o japonês buscando coragem para aquilo e ele mesmo desejando o ato, fora Hansol quem quebrara a distância entre eles. 

O fato de estarem em público, apenas desejando ter um encontro comum, não era mais um obstáculo para os dois. Hansol buscara pela língua alheia. Só pensava em beijar o outro, enquanto Yuta, por alguns instantes, nem pensara em coisa alguma. 

O japonês levou as mãos para a cintura do Ji, puxando o corpo dele para que ficasse mais perto de si. Hansol manteve os dígitos no maxilar bem marcado de Nakamoto, auxiliando nas investidas que fazia contra sua boca. 

Um pigarro se fez audível fazendo os dois se separarem bruscamente. A atendente serviu o pedido dos dois sobre a mesa, sem mais o tão simpático sorriso ou ao menos coragem para olhar para eles. 

Sobre o rosto de ambos os rapazes, havia certo rubor. O Ji, contudo, fora o único a continuar inerte, olhando para a mesa, mesmo quando a atendente já havia se afastado. Yuta riu diante do evidente desconcerto de Hansol, ainda que ele mesmo estivesse um pouco tímido também diante da situação. 

Os olhos de Yuta presos em si o desconcertavam de tal forma que o Ji, mesmo em um ato inconsciente, desviou os seus para a janela, buscando ali um refúgio para aquela onda de sentimentos confusos que o atingia sempre que fitava aquelas duas pedras lapidadas de turmalinas negras e era retribuído. 

Desviara a atenção apenas por impulso, não prendia olhar para o nada que havia do lado de fora por muito tempo, mas seus olhos, de forma inesperada, acabaram capturando uma imagem que provocou calafrios em seu corpo e que,  consequentemente, os prendeu à janela. Vira um carro que aparentava ser realmente caro parar na frente do prédio. Notando que o olhar do outro estava fixo ao lado de fora, Yuta esticou-se para ver o que tinha lá em baixo.  

Hansol sentiu seu celular vibrar no bolso do casaco, enfiou a mão ali para verificar quem estaria ligando para si, dando de cara com o nome de sua mãe na tela. O polegar foi ágil no gesto para recusar a chamada. Enquanto o Ji tremia em nervosismo, um sorriso surgia nos lábios do japonês. 

— Esse carro é realmente bonito — comentou o estrangeiro. — O que algo assim está fazendo por aqui? 

De fato, o que um carro como aquele estava fazendo naquele simples bairro de classe média? O Ji ficou tenso. Era pouco provável que alguém capaz de comprar um carro como aquele andasse por aquelas ruas, ainda mais que parasse em frente a uma cafeteria pequena como a que estavam. Algo dizia a Hansol que aquelas pessoas não estavam ali para tomar café. 

O japonês tomou um gole do macchiato, finalmente parando para observar a figura que estava ocupando a cadeira ao seu lado. Quando percebeu a postura tensa do outro, a expressão de Nakamoto tornou-se confusa, começava a deduzir que algo não estava certo por ali. 

— Aconteceu alguma coisa? — Indagara. 

Hansol ponderou um pouco. Deveria contar ou não? Viu homens altos, vestidos com roupa social, adentrando o andar de baixo, o que só o deixou mais apreensivo. 

— Acho que eles estão aqui por minha causa. 

As sobrancelhas de Yuta tornaram-se uma única linha. Ele esticou-se mais para ver o movimento do lado de fora, encontrando um homem que devia ser três vezes o seu tamanho, em altura e largura, encostado no carro. Se aquelas pessoas estavam atrás do Ji, certamente estavam muito ferrados. 

— O que foi que você fez, Hansol? Por que estão atrás de você?  

Nakamoto tentava conter o medo que o atingira ao descobrir aquilo. Até aquele momento, nunca passara pela cabeça do japonês que Hansol poderia ser do tipo que se metia em encrencas. 

Aquele detalhe chamou a atenção de Yuta para outro, mais antigo. Hansol era amigo íntimo dos donos do restaurante em que trabalhava, agora estava sendo perseguido por homens assustadores em carros caros. Afinal, quem era Hansol de fato? 

— É uma longa história... 

— Pena que não temos tempo para discutir sobre ela — murmurou Nakamoto, praguejando logo em seguida, carregando uma expressão realmente preocupada no rosto. — A gente tem que sair daqui — concluiu, falando mais para si mesmo, como se constatasse uma verdade consumada. 

Yuta levantou de onde estava, deixando os cafés sobre a mesa, puxando o Ji para que o acompanhasse. Por que de repente estava se sentindo em uma daquelas séries policiais? Em passos apressados, arrastara o coreano por entre as mesas, até a porta do banheiro, bem a tempo de ver os homens estranhos surgindo na escada. 

Os dois adentraram o cômodo e imediatamente os pés de Nakamoto os guiara até a última das três cabines que estavam dispostas ali. Os dois rapazes se espremeram naquele cubículo mesmo que a porta tivesse sido deixada aberta.  

O Ji os trancou ali dentro. Não era uma ideia muito boa esconder-se no banheiro, mas não é como se tivessem outras opções, a única saída era pela escada e, se fossem por ali, certamente iriam ser vistos.  

Hansol começava a pensar que talvez tivesse sido melhor permanecer nas mesas e deixar que aqueles homens o levassem. Era bem provável que eles o encontrassem naquele banheiro e a cena sendo protagonizada dessa forma tinha grandes chances de ser ainda mais desastrosa.  

Pelo menos, daquele modo, ainda teria tempo de falar com Yuta, explicar para ele que não deveria se envolver naquilo, que poderia explicar tudo para ele mais tarde. Se ele saísse daquele banheiro de boa vontade, as consequências podiam ser menos impactantes. 

Hansol já estava se virando para o outro, para falar com ele, quando o encontrou com os dois pés sobre o aparelho sanitário, tentando abrir uma janela de vidro fosco que ficava logo em cima da cabine, na parede, permitindo a claridade entrar. 

— Consegui! — exclamou ele. 

— O que você está fazendo? — indagou espantado com aquela loucura, vendo a janela ser aberta. 

— Nos tirando daqui. 

A resposta simples indignara ainda mais o Ji. Aquilo era loucura. Ele estava propondo que saíssem por aquela janela? 

— Eu não passo por aí, Yuta! 

— É óbvio que passa! 

Hansol já abria a boca para protestar outra vez quando ouviu o som da porta do banheiro sendo aberta. Ele puxou Yuta pelo braço, fazendo-o quase cair da tampa do aparelho sanitário, tendo que apoiar uma perna no chão. Os dois se desequilibraram, Hansol bateu as costas na parede e o japonês espalmou as mãos contra o peitoral alheio, levando o Ji a envolver sua cintura com os braços, unindo mais os corpos. 

— Ele não está aqui também — disse uma voz soando do lado de fora.  

Ouviram o som do ranger de uma porta. O homem estava verificando se havia alguém dentro das cabines. Quando a segunda porta rangeu, Hansol mexeu-se desconfortavelmente, o que acabou levando seu corpo a roçar-se ao do outro de forma um tanto perigosa. 

Nakamoto não conseguiu evitar que um gemido escapasse de seus lábios quando uma parte sensível entre suas pernas foi levemente pressionada pelo Ji, devido à posição em que estavam. Ele arregalou os olhos levando as mãos à própria boca. Havia acabado de entregar que  estavam ali! E o pior, havia deixado escapar o gemido mais vergonhoso que já soltara na vida.  

O banheiro ficou em silêncio por um tempo e Yuta podia jurar que era capaz de os batimentos de seu coração serem escutados por todo o cômodo com clareza. O Ji não estava muito diferente disso.  

— É, ele não está aqui — disse a voz, para alívio dos dois. 

Puderam respirar, de fato, apenas quando escutaram a porta ser aberta e fechada, anunciando que só restara os dois naquele local. Yuta levara ainda uns bons instantes até ter a decência de corar diante da posição em que estavam.  

Nakamoto afastara-se de Hansol, com certa dificuldade, porque os braços dele o prendiam fortemente ali. Precisou ignorar as reações de seu corpo para focar-se em passar pela saída alternativa que encontrara, afinal, aqueles homens ainda podiam voltar. 

Com certa facilidade, o corpo esguio passou pela janela. Hansol viu que o outro pôde apoiar os pés sobre alguma superfície bem firme. Yuta estendeu uma das mãos magras para o Ji, que apenas a encarou, sem sair do lugar, ainda repensando se aquilo era uma boa ideia. 

— Você vem ou eu subi aqui a toa? 

Hansol encarou a porta da cabine, por fim balançou a cabeça para os lados tentando expulsar uma série de pensamentos conturbados. Poderia explicar tudo para Yuta depois. Depois. Por hora, se contentaria em pôr os pés na tampa do vaso, aceitar aquela mão e escapar com o japonês pelo teto do primeiro andar da construção que ficava ao fundo do prédio da cafeteria.  

Os dois arriscaram-se ao descer pela lateral de onde estavam e correram pelas ruas até estarem seguros na estação, sorrindo cúmplices um para o outro. Depois contaria tudo a Nakamoto, mas, enquanto isso não acontecia, iria aproveitar os momentos em que ainda podia ver aquele doce sorriso estampado em seu rosto. 


Notas Finais


Eles realmente pularam a janela? É isso mesmo, produção? Vamos adicionar o item "parkour" a lista de talentos desses meninos porque eles merecem!! Gente, eles estavam no segundo andar. Como pode? Vou tentar fazer isso um dia. Será que é saudável?


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