História Painting You With a Thousand Colors - Capítulo Único - My Work of Art, My Masterpiece

O líquido modelava as curvas e a complexão morena do japonês com perfeição, pintando conjuntos de constelações e galáxias abstratas. As fibras do pincel vibravam na sua pele à medida que compunha um movimento circular na sua barriga. Confusos e variados padrões ganham forma a cada pincelada. Hansol movia-se com gentileza dentro de Yuta, este que franqueava as pernas para acolher o artista que o embeleza em mil e uma cores, o fino pincel firmemente entre os seus dedos delgados enquanto elaboravam uma firme e imprevisível linha através do seu corpo. Os impulsos eram lentos mas organizados. Yuta tentou não arquejar mas a sensação gélida e molhada que sentia trouxe-o ao fracasso. Assim, observava o homem sobre si, que com os seus olhos seguia cada traço do seu pincel à medida que colorava o seu canvas com delicadeza. Yuta amava a sensação de ser um tema de arte, marcado por Hansol, como se de uma obra-prima se se tratasse.

Hansol mergulhou a ponta do pincel em água para remover a cor e cambiou-a por outra. Inclinou-se, Yuta ofegou quando o ângulo dos impulsos mudou tão de súbito. Tudo o que ele mais queria era juntar os seus lábios aos do loiro num beijo sedento, mas a ação do pincel continuava a provocar-lhe os mamilos. A pressão sentida era suficiente para que os seus dedos dos pés se curvassem, tamanho era o prazer que sentia naquele momento. As estocadas converteram-se em lances desesperados e apressados, gerando um ritmo sensual. Com a mão livre, Hansol colheu a coxa de Yuta e levantou-a ligeiramente, impulsionando-se de novo contra ele com força para que a próstata do outro fosse atingida diretamente. As costas de Yuta arquejaram num perfeito arco, como uma tela com pinturas etéreas sob a luz da lua. Hansol sorriu em satisfação.

- Vou tornar-te ainda mais bonito do que já és, meu amor.  

Hansol era um artista e não pararia até ter o que queria, até se sentir orgulhoso e saciado com a sua peça de arte.

Yuta transvaza-se em sémen e Hansol tomou esta oportunidade para criar uma nova mistura de cor. Com movimentos ternos, trilhou o pincel ao longo das veias do membro pulsante do japonês. Era uma tortura tão deliciosa que Yuta derramou lágrimas de regalo em silêncio. Deixou-se ser movido para a frente e para trás ao que Hansol continuava a mover-se dentro de si. Ele não queria pensar em quantos paradigmas aleatórios lhe adornavam o corpo, escolhendo simplesmente submergir-se completamente no prazer que lhe era proporcionado, a mais pura forma de devassidão.

O pincel foi deixado de lado. Hansol maculou as suas mãos na paleta de cores e carimbou a forma da sua palma na pele de Yuta, colorindo cada parcela que conseguisse alcançar no seu estado de bem-aventurança.

Yuta moveu os quadris como forma de acompanhar os avanços enquanto procurava conectar os seus lábios aos do loiro; e é então que sente a língua dele penetrar na sua boca e um acesso de euforia ataca-o. Atingiram o seu ápice quase simultaneamente. Hansol mirou-o em deleite, presenciava com afinco, ao abrigo da única luz que iluminava o quarto, os desenhos fortuitos e imprevisíveis que decoravam a pele do japonês, desenhos esses que formavam uma rota de cores que iam desde o vermelho ao laranja, do azul ao roxo, do amarelo ao verde e formas que tomavam proporções circulares ou de traços contínuos. Traçou os salpicos já secos com os dedos, perpassou a tintura com carinho e, por fim, beijou cada recanto da boca de Yuta, vindicando a sua obra de arte pintada com milhares de cores.