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História Pair of wings - Parte 4


Escrita por: Sunkrich

Capítulo 4 - Parte 4


Era quarta feira, quase uma semana depois da sessão de fotos. Eu estava trabalhando quando um cara chegou com um buquê de orquídeas.

 - Tessa Scott?- ele pergunta.

 - Sou eu- saio de trás do balcão.

 Ele me entrega as flores, faz um aceno com a cabeça e sai. Fico parada, no meio de todos, segurando as flores que eram maravilhosas! Corro até o banheiro feminino e deixo as flores ali, dentro de um vaso com água.

 Noto que há um cartão num envelope branco onde posso ler: “Para Tess”. Abro.

 “Será que você aceitaria ir ao desfile da coleção? Como modelo principal, você deveria ir… Dentro do envelope há dois convites, caso você queira levar alguém. Até breve, JT”.

P.S- Desculpe entregar as flores no seu trabalho, mas não consegui acha-la em casa durante o dia. Espero que não te cause problemas!

 Tirei os convites de dentro do envelope. O desfile estava marcado para sexta-feira, ás 21h, seguido de um coquetel para os convidados. Me escorei na pia não contendo o riso. Eu, recebendo flores e sendo convidada por um dos caras mais desejados do mundo? Isso não ia acabar bem. Com certeza era um tipo de peça que a vida estava prestes a me pregar…

 Depois do expediente, fui direto pra casa. Peguei um táxi so invés de ir á pé e levei as flores comigo. Cheguei e Am estava na cozinha preparando o jantar.

 - Não marque nada pra sexta á noite, temos compromisso- coloquei as flores no vaso em cima do balcão.

 - QUE LINDAS!- ela virou-se para olhá-las- Quem te deu? E que compromisso nós temos?

 - Desfile da coleção de roupas da qual sou modelo e o coquetel- me fiz de importante- Justin me mandou as flores e me convidou!- dei o cartão á ela pra que lesse.

 - NOSSA!- ela arregalou os olhos- To é morta, sério!

 Ri dela. Am era muito engraçada!

 - Precisamos de vestido, sapatos, unha, cabelo, maquiagem e folga do trabalho na sexta! - ela diz empolgada- Acho que dá pra conseguir tudo em dois dias, né?! Tess, você é o máximo!- se jogou em cima de mim.

 - Não sei, mas to achando estranha a atitude dele- respondi revelando minhas duvidas.

 - Estranha por que? Você é a modelo, provavelmente vão precisar de você lá e é isso!- ela simplificou- Ou vai ver ele tá a fim de você…

 - De mim?- Am, para vai!- revirei os olhos.

 - Nunca se sabe, amiga, nunca se sabe… – ela deu meia volta e foi olhar o forno.

 Fiquei absorta em meus pensamentos loucos enquanto ela terminava o jantar (…)

Passei os dois últimos dias trabalhando, ou melhor, tentando trabalhar em meio á empolgação e ansiedade pro desfile. Na sexta, tirei uma folga do trabalho após o almoço, dormi um pouco e ás 18h, fui começar a pensar em me arrumar. Amber e eu tínhamos comprado vestido, sapato e acessórios no dia anterior.

Eu achava que nada caía bem em mim, por isso acabei optando por um vestido azul marinho de cetim, curto, com manga na altura dos ombros e um pequeno laço na frente. Tomei um banho, me vesti, prendi a franja num moicano baixo, coloquei o peep toe dourando, máxi colar preto, maquiagem pra noite e pronto! Melhor não podia ficar!

- E aí, como é que tá?- digo entrando no quarto da Am.

- Como é que tá… TÁ LINDA, TÁ DIVA!- Ela sorriu e me fez dar uma volta completa.

- Diga isso por si mesma, a diva aqui é você!- sorri de volta. Am estava divinamente linda num tomara que caia vinho.

- Confiança te mandou lembranças!- ela revirou os olhos- Já chamei o táxi, melhor descermos, já são quase21h!

Pegamos nossas bolsas e saímos. O táxi logo veio e fomos direto pro local indicado no cartão. O lugar era muito bonito, muito bem decorado, pessoas finas, elegantes… Entramos e ficamos meio perdidas em meio á tudo. Era uma novidade e tanto pra mim e pra Amber também, mesmo ela se fazendo de confiante e super á vontade.

Perguntamos á uma moça aonde poderíamos nos sentar e ela nos indicou os lugares, quase ao fundo. O desfile logo começou e fiquei prestando atenção ao máximo. Era tudo muito bonito, descolado e jovem… Não havia duvidas de que a William Rast seria um sucesso!

Ao final, pude enfim vê-lo. Justin e Trace Ayala subiram na passarela e agradeceram. “Meu Deus, como ele tá lindo!”- me atrevi a pensar e rezei pra que não tivesse dito nada em voz alta.

- Quem é aquele ali, com o JT?- Amber me tirou dos meu devaneios.

- Trace Ayala, acabaram de dizer- respondi sem paciência alguma.

- Vem, levanta, acho melhor a gente ir, tá todo mundo saindo- ela me cutuca. Me levantei e seguimos o fluxo de pessoas que estavam  indo para o salão no andar de cima. Só então percebi que estávamos em uma boate!

Por mais que eu quisesse me enganar, meus olhos o procuravam entre aquelas pessoas. Uma ansiedade sem tamanho só de pensar em vê-lo novamente, em falar com ele…

- Olá Tess!- viro-me de costas e o vejo atrás de mim, sorrindo lindamente, elegante, charmoso e simpático como sempre.

- O-Oi!- tento não ficar nervosa, mas sem sucesso.

- Este aqui é meu amigo, Trace Ayala, meu sócio na William Rast.

Nos cumprimentamos e apresentei Amber á eles. Ela ria de orelha a orelha, jogando charme, mas não sabendo muito bem como agir, assim como eu. Notei que logo de cara tinha rolado um ‘clima’ entre Am e o tal Trace. Risinhos da parte dele e jogadas desnecessárias de cabelo da parte dela… Constrangida?! Sim, eu estava!

- Vamos até o bar?- Justin me convida, finalmente, me tirando dali e os deixando a sós.

Nos sentamos e pedimos dois Martinis. Eu não estava acostumada a beber, na verdade, nem curtia, mas aceitei pra não ser grosseira.

- Gostou do desfile?- me pergunta.

- Ah sim, muito!- respondi quase me afogando- Gostei de tudo, a coleção estava incrível!

- Obrigado!- ele sorriu e ergueu a taça pra que brindássemos- Que tal uma dança?!

- Não, não. Eu não… - tentei recusar educadamente.

- Vamos lá, Tess!- me encoraja- Por favor?!

Não sei o que acontecia comigo, mas quando ele me pedia “Por favor”, com aqueles olhos lindos me encarando insistentemente, eu não conseguia resistir, já tinha notado isso. Aceitei!

Nos levantamos, ele me pegou pela mão e fomos até a pista de dança. Foi tudo muito rápido, questão de segundos e eu só me lembro de estar ali, dançando com ele…

http://www.youtube.com/watch?v=5NV6Rdv1a3I

No começo eu estava sem graça, acho que até uma alface se mexia mais do que eu! Justin era tão seguro de si, tão animado e eu não era assim, muito pelo contrário.

- Vem Tess, deixa o ritmo contagiar você!- ele diz próximo ao meu ouvido. Minhas pernas amolecem.

Juro que não sei o que era, algum tipo de mágica talvez, mas quando eu estava com ele, eu tinha vontade de ser alguém melhor, de sair do meu ‘casulo’ e voar pra onde quer que ele me levasse… Não me importei com os olhares em nós, apenas senti a música me tocando e me deixei levar…

Me soltei completamente, dançando com ele como se não houvesse amanhã. Livre e acima de tudo, feliz!

“Como a lenda da Fênix

Todos os fins são começos

O que mantém o planeta girando

A força do começo

Nós fomos tão longe

Para deixar de ser quem éramos

Então vamos subir o nível

E levar nossos corpos para as estrelas

Ela fica acordada a noite toda, até o sol raiar

Eu fico acordado a noite toda para conseguir algo

Ela fica acordada a noite toda para se divertir bastante

Eu fico acordado a noite toda para me dar bem

Ficamos acordados a noite toda, até o sol raiar

Ficamos acordados a noite toda para conseguir algo

Ficamos acordados a noite toda para nos divertirmos

Ficamos acordados a noite toda para nos darmos bem

O presente não tem ritmo

Seu presente continua a ser dado

O que é isto que estou sentindo?

Se você quiser partir, estou pronto”

Quando dei por mim, estravávamos no meio da pista, dançando escandalosamente bem, nos divertindo e atraindo todos os olhares para nós!

 “Enfim a borboleta havia deixado o casulo e aberto as asas para o mundo”(…)

- Aonde será que eles se meteram? – falei nervosa já.

- Acho que tenho um palpite!- ele dá uma risada irônica.

Fazia mais de uma hora que estávamos procurando Amber e Trace. Circulamos pelo local todo e nada deles. Justin conversou com várias pessoas, tirou fotos e eu apenas observei, na minha. Aproveitei pra procurar a digníssima da Am  que havia se metido sabe Deus aonde!

- Olá amores!- escuto sua voz e olho pro lado. Ela estava com o braço no pescoço dele e ele com a mão em sua cintura.

- Estávamos procurando vocês- falei irritada- Há mais de uma hora!- olhei feio pra ela.

- Vim te avisar que to indo pra casa do Trace- ela cochicha em meu ouvido, me puxando de lado.

- O QUE? – grito sem perceber- Não, você não pode… Ficou louca?!

- É, vamos lá pra casa, tomar alguma coisa- O tal Trace se mete na conversa.

- Por mim, tudo bem!- me surpreendo ao ver que Justin aceitou, depressa até demais.

Troco alguns olhares com Am, aqueles que só as melhores amigas entendem, compreendendo uma á outra.

- Eu vou, mas você pode pegar um táxi de volta pra casa se quiser!- ela dá de ombros. INFERNO!

- Se eu for, sabe o que vai parecer?- sussurro de volta pra ela- Que to querendo transar com ele!

- Olha que não ia ser nada mal dar uns pegas nesse boy magia!- ela gargalha.

 E mais uma vez, pra não ser a ‘estraga prazeres’, acabei concordando. Saímos e fomos os quatro de carro com JT dirigindo. Amber e Trace se pegando já em level hard no banco traseiro. Ele me olha e sorri em sinal de cumplicidade do tipo: ‘relaxa, tá tudo bem’.

Não demorou e chegamos á casa do Trace. O lugar era no Upperr East Side, bairro nobre de NY. Eu não sabia o que fazer, estava morrendo de vergonha e com vontade de socar a cara da Amber.

Me sentei no imenso sofá da sala, colocando as mãos sobre meu colo. Ao que parecia, Justin não tinha ido embora, ainda, porque estava com pena de me deixar ali, totalmente esquecido por aqueles dois… INFERNO DE NOVO!

Mais do que depressa, os dois subiram pro quarto ou sei lá pra onde. Um clima estranho e ao mesmo tempo engraçado pairou no ar, eu e ele olhando um pro outro, nos perguntando o que deveríamos fazer…

- Quer beber alguma coisa? Água, suco, refrigerante…?

- Não, obrigada!- respondi sem jeito.

Foi então que o mundo caiu sobre a minha cabeça e a vergonha alheia desceu sobre mim: barulhos estranhos e gemidos nada católicos vinham do andar de cima! Eu queria que um buraco se abrisse na minha frente pra que eu me enterrasse! Justin ria descontroladamente e eu sentia meu rosto arder em fogo…

- Não ria!- pedi á ele me levantando depressa- Jesus Cristo, isso é tão… Nem sei o que dizer, me desculpa, Amber é uma doida, isso, uma doida…

- Tudo bem!- ele fala tentando engolir o riso- Pelo ou menos eles estão se divertindo!

Sinto uma indireta do tipo: ‘eles estão se divertindo e nós não’. Surto só de imaginar o que ele poderia estar pensando em relação á mim ou ao que queira fazer comigo. Um calor me invade.

- Não que você não seja divertida- ele tenta consertar- Vamos dar uma volta lá fora? Acho que não precisamos ficar aqui ouvindo eles…

O sigo e vamos até o jardim, Agradeço mentalmente por ter saído daquela sala.

- Você pode ir embora, se quiser… - falo sem mínima convicção de que era isso o que eu queria.

- Tá me mandando embora?- ele ergue as sobrancelhas (chateado?)

- Não, é só que… Você deve ter coisas melhores pra fazer do que ficar aqui comigo.

Ele pensa por um instante, olhando pra frente. Arrependo-me de ter dito. Com certeza ele estava achando que eu não queria sua companhia e não era isso.

- Por que você se menospreza tanto?- essa pergunta me acerta em cheio, me desconcertando completamente.

- Como?- finjo não entender.

- O que te faz pensar que eu não queira ficar aqui com você, que você não mereça que eu fique?- ele está sério, mas não fala de um modo rude, pelo contrário, sua voz é calma, terna e doce.

- Por que você é Justin Timberlake e eu não sou ninguém!- dou á ele a resposta mais plausível, que não deixaria duvidas.

- Talvez você seja aquela que eu venho tentando conquistar desde a primeira vez que nos vimos e o máximo que consegui foi uma dança e isso está longe de ser um beijo- diz sem rodeios, me olhando intensamente nos olhos.

- Isso é uma piada? – meu coração acelera.

- E por que seria?- rebate- Não, não é uma piada. Só estou dizendo que passei a ultima semana pensando em como seria te beijar, mas tudo bem, talvez você não sinta o mesmo, acontece… - ele sorri naturalmente e percebo o quanto ele é bonito pra caramba.

- Não, eu não… Aliás, sim, eu… - não consigo me expressar, meu cérebro dando nós- SIM!

- Sim o que?- Justin para em frente á mim, colocando uma pequena flor atrás da minha orelha. Confesso que achei a atitude mais fofa do mundo!

- Sim, eu quero te beijar- respondi com os olhos fechados.

Senti suas mãos grandes e fortes me pegando com delicadeza, mas ao mesmo tempo com urgência. Ele me beija calmamente, lentamente, aproveitando cada segundo daquele beijo que pra mim era único e delicioso… Impossível descrever o que senti enquanto nossas línguas se tocavam, as mãos dele passeando pelas minhas costas e indo até o meu rosto, me segurando com carinho…

- VOCÊ TÁ AÍ, É? TO TE PROCURANDO, VADIA!- Amber sai de dentro da casa, aos berros.

Minha vontade era socar a cara dela, dar uma voadora com os dois pés pra que ela não levantasse mais.

- Ain que lindo! Vocês estavam se beijando? Desculpa, desculpa, desculpa… - ela praticamente ajoelha.

Justin passa  polegar pelos lábios e tenta conter o riso,

- AMBER, TÁ NA HORA DE IR EMBORA, NÉ?- digo á ela. Não queria mais passar vergonha, não por hoje. Ela assentiu e caminhou de volta pra dentro.

Novamente o sinto meu puxar pra mais um beijo. Rápido, mas tão bom quanto o anterior! Sorrimos e entramos. Trace estava na sala nos esperando.

- Justin ‘Delicious’ Lake, Não acredito que vocês não… LERDOS!- Amber gargalha.

- PELO AMOR DE DEUS, CALA A BOCA!- falo morrendo de vergonha agora. Mais ainda!

Eles nos levaram em casa e dessa vez Trace foi dirigindo e eu e Justin ficamos no banco de trás. Vez ou outra ele me olhava de lado e sorria, pegando na minha mão. O carro para e eles descem, mas não sem antes se beijarem de novo.

- Boa noite, Tess!- ele acaricia meu rosto gentilmente.

- Boa noite!- sorrio e beijo seu rosto. Ele sorri de volta.

Escutamos o carro partir, acenamos e entramos. Fui dormir sem falar com Am. (…)

 



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