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História Pais por Acaso - Vinte e Um.


Escrita por: yoongizzz

Notas do Autor


Boa leitura ❤️

Capítulo 21 - Vinte e Um.


 

— Você cuida de cinco crianças e não sabe como arrumar uma gravata? — Minha mãe comentou ajudando-me. — Tinha que ser você mesmo. 

— Eu sei, mas isso é impossível. — Respondi. 

— Ok, pronto. — Me abraçou. — Espero que eu só volte a arrumar sua gravata no seu casamento. 

— Eu também. — Suspirei fundo. 

Descemos as escadas encontrando Hyunwoo e Hyungwon, que se vestiam como eu, numa blusa social, calça jeans e sapato preto. E é esse o look de hoje, meninas, deixem seu like e se inscrevam no canal, beijos. 

Sem brincadeiras, estávamos indo para o julgamento. Eu estava mais nervoso que tudo, e com toda a certeza faria de tudo para ficar com os meninos. A viagem de carro não era longa, e em menos de meia hora estávamos na frente do local. Meu coração só faltou pular para fora de meu corpo quando vi os meninos vindo me abraçar, todos felizes e com ternos. Dá onde ela tirou ternos para esses pestes? 

— Aproveitem mesmo, porque depois desse julgamento, nos mudaremos dessa cidade. — A megera se aproximou. — Claramente eles ficarão comigo. 

— Eu prefiro morrer do que voltar para perto de você. — Jooheon disse a ela. 

— Olha o que fala, palavras tem poder. — Ela respondeu. 

— Nem ligo. — Jooheon deu de ombros. 

— Minhyuk, nós vamos ficar com vocês, né? — Kihyun me perguntou. 

— Vão, eu prometo que farei o meu possível, ok? — Eu sorri para ele. 

Assim entramos no prédio, sendo recepcionados por nossos respectivos advogados, e ali estava Luda, que havia decidido vir para nos ajudar. E a partir daí, Kihyun não desgrudou da garota. Fomos guiados até a sala onde seria a reunião com o juiz, e eu já havia perdido a conta de quantas orações havia feito. 

Hyunwoo me explicou que havia conseguido um advogado, e o mesmo ali estava, disposto a nos ajudar a qualquer custo. Sentamo-nos na mesa larga, ficamos do lado oposto a avó dos meninos, e o juiz logo entrou na sala, sentando na ponta da mesa. 

— Bom dia, podemos dar início? — Perguntou sério. — Sou Oh Sehun, juiz que cuidará do caso de vocês.  

 — Bom dia. — Respondemos todos em coro. 

— Iniciando, consta aqui que Lee Minhyuk e Son Hyunwoo foram os escolhidos para cuidar de todas as crianças, e da herança deixada para cada um dos meninos e até para os próprios, e isso foi prescrito pelos próprios responsáveis. — O juiz começou a falar. 

— Sim, mas eu, como avó das crianças, não acho que os dois tem responsabilidade suficiente para continuar com eles. — Ela disse. — Aliás, tenho até uma lista com motivos. 

— Mostre-me. — Sehun pegou os papéis da mão dela. — São acusações ou a senhora tem provas? 

— Ah bem... — Ela engasgou levemente. 

— Roupas espalhadas pela casa. Louça suja. Quarto desorganizado. — Disse pausadamente. — Não são acusações que a senhora pode fazer. 

— Mas eu... — Enfureceu. — Kihyun. Ele passou mal por ter ficado sem comer durante dias, semanas até. Foi parar no hospital por causa disso. 

— É verdade? — Indagou o juiz. 

— Sim. — Hyunwoo disse antes que eu pudesse abrir a boca. — Mas tenho as devidas explicações e inclusive o diagnóstico médico. 

— Tudo bem, explique. — O juiz disse calmo. 

— Kihyun tem um caso de depressão. — Comecei por Hyunwoo. — Ele simplesmente sentia muitas saudades dos pais, chorou por tantos dias que nem eu sei dizer, eu não sei se ela vai voltar com mais intensidade. 

— E ela... — Hyunwoo apontou a avó dos meninos. — Não acredita em nada. 

— Depressão é desculpa pra não fazer nada. — Ela disse. 

— Está no diagnóstico. — O juiz mostrou para ela. — E depressão existe sim, não negue isso, tudo o que as pessoas precisam é de apoio e não de julgamento. 

— Que seja. — Ela deu de ombros. — Não quero meus netos com eles. 

— Senhora, não há motivos, e se os próprios pais prescreveram que querem a guarda com Minhyuk e Hyunwoo não posso fazer muita coisa a não ser que a senhora me apresente acusações concretas. 

— Eu sou a avó de sangue desses garotos, eles têm de ficar comigo. Eu não quero que eles continuem cuidando das crianças. — Ela disse apontando para mim e Hyunwoo. 

— Por que vocês não deixam as crianças decidirem? — Nosso advogado se pronunciou. — Elas passaram um período de tempo com o Minhyuk e o Hyunwoo, e um outro período com os avôs, elas têm a opinião formada sobre cada um dos lados, seria mais fácil de resolverem. 

Olhei para Hyunwoo confirmando a ideia do nosso advogado, mas algo tem que atrapalhar. 

— Isso seria injusto, eles ficaram meses com vocês e apenas duas semanas comigo. — Ela protestou. 

— Sendo assim, as crianças ficarão com eles. — Sehun finalizou. 

— Não! — ela rebateu. — Então chamem as crianças. 

Assim saímos lá fora, chamando os garotos que entraram na sala assustados, provavelmente por não conhecerem várias pessoas que estavam aqui dentro. Chamei Hyungwon que veio correndo para meu colo, acompanhado de todos os meninos que se recusaram a ficar perto da avó. 

— Olá, garotos. — Sehun sorriu. — Eu sou Oh Sehun, o juiz que vai decidir o futuro de vocês, e preciso que me respondam algumas perguntas, se importam? 

— Perguntas? — Changkyun indagou. — Mas por quê? 

— São necessárias. — Nosso advogado respondeu. 

Olhei para cada um dos meninos tentando acalmá-los, enquanto Jooheon reclamava do terno, dizia ser desconfortável e que o incomodava, e eu deixei que ele tirasse o paletó, afinal, pra que colocar um terno numa criança? 

— Quero que me respondam somente a verdade. — Sehun disse. — Vocês gostam de morar com a avó de vocês ou com o Minhyuk e o Hyunwoo? 

— Minhyuk e Hyunwoo. — Eles responderam. 

— Vocês gostaram de ficar com a avó de vocês? — O juiz continuou a perguntar. 

— Não. — Responderam em coro. 

— Tem algo que vocês querem dizer? — Sehun perguntou. 

— Posso? — Changkyun perguntou baixinho após levantar a mão. — Eu gosto de morar com o Hyunwoo e o Minhyuk, eles são legais, e o Minhyuk me deixa usar o que eu gosto. O Hyunwoo sempre nos busca na escola, quando estávamos na casa dela um homem ia e nos buscava, e não deixava o Kihyun ligar o rádio. — Começou a brincar com os botões do terno. — E eles matam bichinhos feios no banheiro, e me deixam dormir na cama deles quando fico com medo. Eu não quero voltar pra casa dela. — Começou a chorar. — Eu quero ser filho do Minhyuk e do Hyunwoo, eles são meus appas e eu amo eles, eu não amo ela. 

— Changkyun... — Abracei-o, deixando-o chorar o tempo que precisasse. 

— Não acredito. — Ela disse sem reação. 

— Então. — Sehun prosseguiu. — A guarda definitiva é do Hyunwoo e do Minhyuk, todos de acordo? 

Ninguém ousou protestar, nem mesmo a avó das crianças. Assinamos os papéis e então saímos da sala, com um sorriso no rosto e carregando os paletós de todos os meninos, que saíram correndo felizes. A avó dos meninos nos parou no corredor e então eu resolvi ouvi-la. 

— Cuidem bem deles. — Ela disse suspirando. 

— Nós já cuidamos muito bem. — Hyunwoo rebateu. 

— Vou sumir da vida dos meninos, prometo. — Olhou para os lados. — Adeus. 

E então sumiu pelo corredor com o marido. Olhei para Hyunwoo e sorri, havíamos conseguido. Andamos de mãos dadas até o lado de fora, encontrando os meninos já com as mochilas nas costas, prontos para voltarem pra casa. Hyungwon olhava para um ponto específico, e quando eu me dei conta ele estava indo em direção a avó. 

Fiquei com medo dele xingá-la ou qualquer coisa do tipo, e quando Hoseok tentou ir atrás do irmão, eu o parei ao ver o que Hyungwon fez. Ele pediu um abraço a ela, e fora correspondido, também deu um abraço no avô e então voltou todo feliz para nós, acenando para eles até o carro sumir pela rua. 

Não perguntei o porquê, apenas sorri para Hyungwon. Ele não sabia o que era ódio. Quando nós nos viramos para entrar no carro, senti Hyunwoo segurar meu pulso, dizendo que tinha algo importante para me pedir. Olhei para os meninos confuso e então vi Hyungwon todo feliz, com certeza ele já sabia o que iria acontecer. 

Ri nervoso quando Hyunwoo se ajoelhou na minha frente, sorrindo envergonhado. Vasculhou os bolsos a procura de algo, parecendo não encontrar nada, enquanto olhava para os meninos parecendo pedir algo, e então Hyungwon se aproximou, apontando o bolso da calça do mesmo. Hyunwoo agradeceu e então se virou para mim. 

— Minhyuk. — Começou levantando as mãos juntas e abrindo a caixinha com as alianças. — Você quer se casar comigo? 

— Se eu responder que não, a gente vai ter de continuar morando na mesma casa para sempre. — Ri para ele. 

— Isso quer dizer o quê? — Ele perguntou confuso. 

— Isso quer dizer que eu aceito. — Eu sorri largo. 

Os meninos fizeram a maior festa, e assim Hyunwoo se levantou, colocando a aliança em meu dedo, logo depois eu fiz o mesmo e então nos beijamos, ouvindo alguns “ecas” e um “anw” perdido no meio disso tudo.

 

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Notas Finais


Casamento!!! Uhul!!! ❤️
Hyungwon não sabe o que é ódio, crianças são puras, não tem esse sentimento, por isso ele é educado com a avó.
Eu sei que é bem clichê eles terem ficado com a guarda, mas é assim, a fanfic teria um final feliz de qualquer maneira. Muita gente odeia clichês (eu sou uma delas), mas pensem comigo, os clichês existem para mostrar que nem tudo nessa vida é ruim. Não é verdade?

Gente somos 586!!! Eu amo vocês demais, uau! Sério, obrigada por acompanharem a fanfic e não se cansaram de mim, vocês são o maior motivo de eu escrever ❤️

Falem comigo no twitter: https://twitter.com/foolmonstax
Leiam minha shortfic, Kihyun, o gato cor de rosa: https://spiritfanfics.com/historia/kihyun-o-gato-cor-de-rosa-7651361
Leiam minha fanfic com a @Misun é uma kihyoongi (kihyun + yoongi), chama-se Polos Opostos, deem uma olhadinha: https://spiritfanfics.com/historia/polos-opostos-7743941
Aliás, hoje completamos quatro meses de fanfic ❤️❤️❤️ Pois é galera, fazem quatro meses desde que postei o primeiro capítulo.

É isso meus amores, um beijo e até ❤️


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