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História Pais por Acaso - Extra.


Escrita por: yoongizzz

Notas do Autor


Oi amores ❤️
Primeiro, obrigadaaaaaa pelos 865 favoritos, sério galera, eu amo vocês demais, nunca se esqueçam disso ❤️
Boa leitura ❤️

Capítulo 23 - Extra.


 

Minha mãe arrumava a gravata borboleta em minha camisa social como se fosse o detalhe mais importante de todo o meu vestuário. Eu tentava abotoar os botões no fim da manga longa, mas não obtinha sucesso. Eu sou um desastre. 

— Pronto. — Ela sorriu, ajudando-me com os botões. — Está maravilhoso. 

— De verdade? — Perguntei ansioso; não tinha me visto no espelho em nenhum momento desde que pisei no quarto. 

— Parece um príncipe. — Arrumou a gola da blusa. — Está nervoso? 

— Muito... — Sorri nervoso. — Mas estou mais feliz do que nunca. 

A porta foi aberta com um estrondo, e duas crianças entraram correndo, uma vestindo um terninho super fofo, e a outra um vestido. 

— Hyungwon! Changkyun! — chamei a atenção dos dois. — Não corram, vocês vão amassar a roupa. 

— Desculpa. — Changkyun disse, segurando a saia do vestido. — Minhyuk, não quer mesmo que eu use o terno? 

— Não, meu amor. — Me abaixei, tirando os cabelos do rosto dele. — Você está se sentindo bem assim? 

— Sim! — Ele sorriu animado. 

— Então eu quero que você fique com o vestido. — Sorri de volta. 

— Minuki! — Hyungwon me chamou. — Vovó disse que era pra eu pegar uma flor pro seu terno e eu trouxe essa aqui! 

Ele me entregou uma florzinha amarela. Sorri para o mesmo e agradeci, vendo-o sair correndo junto com Changkyun. Levantei-me e me aproximei de minha mãe, colocando o paletó branco com cuidado. A mesma arrumou a flor no bolso do tecido e então me olhou uma última vez com lágrimas nos olhos. 

— Eu nunca imaginei que isso aconteceria... — Ela sorriu. — O dia que você me disse que era gay, eu jurei que nunca teria netos, nem que te veria casando e olhe só, eu me enganei. 

— Sei que não era o que você esperava, mas... — Ri nasalado. 

— Foi até melhor! — Deixou as lágrimas caírem. — Eu sabia que o Hyunwoo era a sua alma gêmea, intuição de mãe nunca falha. Vocês se amam, dá pra ver isso até pelos seus olhinhos. 

— Ah omma... — Abracei-a. — Eu amo você. 

— Eu também te amo, Minhyuk. — Recebi um tapinha. — Pare de me fazer chorar, vou borrar a maquiagem. 

— Só você mesma... — Ri. 

— Bom, fique aqui, vou procurar pelos outros. — Ela caminhou até a porta, que foi aberta logo em seguida. — Hyunwoo? Não, não pode ver o noivo sem ser no altar. 

— Aish! — Ouvi a voz do mesmo. — Eu quero ver o Minhyuk, não o vejo desde ontem à tarde! 

— Aguente mais um pouco. — Ela empurrou-o e saiu do quarto. 

Sorri abobado, sentindo a vontade de vê-lo também. Mas a senhora Lee quer seguir a tradição, e provavelmente puxou-o para bem longe daqui. Olhei-me no espelho, realmente tinha escolhido o terno certo, todo branco como minha mãe havia pedido naquele dia em que “descobriu” nosso relacionamento. Faltavam poucos minutos para que eu estivesse em frente a porta da igreja, e eu já tremia em antecipação. 

Em poucos minutos minha mãe já estava de volta ao quarto, me puxando dizendo que estávamos atrasados e que eu tinha de estar lá em menos de cinco minutos, mas logo ela parou de me puxar feito doida, lembrando-se que podia amassar meu terno. Nos ajeitaram juntos, de braços dados, em frente a porta de madeira, e minha mãe já ameaçava cair no choro. 

— Eu quero que você seja a pessoa mais feliz desse mundo. — Virou meu rosto de encontro ao dela. — E é bom que o Hyunwoo cuide bem de você, ou eu te levo embora pra casa. — Ela sorriu. — Eu sinto sua falta naquele lugar. 

— Você sabe que sempre vai ter um lugarzinho lá na minha casa, e eu amo você. — Suspirei, abraçando-a bem forte. — Obrigado por tudo. 

— Me agradeça quando eu terminar de pagar esse casamento, e pare de chorar. — Disse limpando as próprias lágrimas. Ah dona Lee, orgulhosa como sempre. 

Quando a porta da igreja se abriu, eu sorri e a música começou a tocar, tudo parecia um sonho. Não havia ninguém presente além de minha mãe, Hyunwoo e seus pais e o padre. Não chamamos mais ninguém, queríamos tudo discreto e bonito, e a igreja nem protestou em fazer nosso casamento, até mesmo nos indicaram um fotógrafo. Entrei confiante ao lado da minha mãe, que sorria toda emocionada. 

Meus olhos se conectaram aos de Hyunwoo, e ali mesmo eu senti com toda a intensidade o nosso amor. Eu me senti a pessoa mais amada do mundo. Era como se tudo voltasse a passar na minha mente como um filme, desde o dia em que nos conhecemos no ônibus para a faculdade, até o dia passado, todos os “eu te amo” pronunciados com todo o amor incluso, os abraços mais gostosos e confortadores, as noites em que nos tornávamos um só. Tudo fora passado naquele olhar, algo simples visto aos olhos alheios, mas o algo mais especial para nós dois. Só para mim e Hyunwoo. 

A igreja não era tão grande, estava decorada com flores amarelas e azuis. Várias pétalas brancas se espalhavam pelo tapete azul claro que levava até o altar, onde Hyunwoo me esperava. E ele estava a coisa mais linda do mundo, o terno preto caindo super bem em seu corpo, a flor azul no bolso do casaco, o sorriso no rosto, a postura serena, os cabelos bem penteados. Beleza tem nome e sobrenome, Son Hyunwoo é a personificação da perfeição. Na minha frente estavam Jooheon e Hoseok andando lado a lado com os terninhos na cor preta, jogando algumas pétalas para que eu passasse. Logo mais a frente dos dois estavam Kihyun e Changkyun de mãos dadas, levando um buquê de flores brancas. E sim, Changkyun estava usando o vestido, todo feliz e sorridente, sentindo-se a pessoa mais linda do universo, e ele realmente era. Kihyun havia retocado a mecha cor de rosa em seus cabelos, e tinha um sorriso lindo no rosto. 

Jooheon olhava para mim e ria, eu provavelmente estava vermelho de vergonha, e Hoseok olhava toda hora para trás, procurando a pessoa “mais importante” da cerimônia. Sorri doce para ele, dizendo silenciosamente que estava tudo bem, e então chegamos ao altar. O fotógrafo tirava fotos, mas não pedia para que parássemos, fizéssemos poses ou coisa assim, apenas clicava, e eu tinha certeza que ele queria que fosse o mais expontaneo possível. Hyunwoo sussurrou um “Você está lindo” quando fiquei frente a frente com ele, sorrindo largo. E então o padre começou a cerimônia, disse que seria breve, já que não queríamos enrolar tanto com aquilo, além do mais, pagávamos pelo tempo que ficávamos utilizando a igreja para aquilo. 

— Eu posso fazer uma interrupção? — Hyunwoo pediu do nada, parando a cerimônia. 

E agora que ele me abandona no altar, já estou vendo. 

— Queria dizer algumas palavras. — Ele riu nervoso, puxando um papel do bolso. — Eu nunca conseguiria recitar isso aqui de cor, por isso eu escrevi em um papel. — Disse antes de respirar fundo e começar. — Minhyuk, primeiro eu quero agradecer por ter me cedido lugar no banco ao seu lado naquele ônibus lotado, também quero dizer que tinha um rasgo na sua bolsa, esse era o motivo de você sempre perder suas moedas. — Rimos e então ele continuou. — Eu nunca havia me apaixonado, até pensei que era fome, ou sei lá, azia, já que quando você chega perto eu sentia aquele friozinho na barriga, pensei em ir ao médico, mas eu me dei conta de que estava amando quando meu coração começou a acelerar quando eu te via. Quando eu ficava encarando você durante o intervalo, quando eu sentia vontade de pegar sua mão, ou quando eu queria te abraçar e não soltar mais. E eu me vi jogado no abismo da paixão quando começamos a ficar melhores amigos. — Ele respirou fundo. — Quando eu voltei pra casa nas primeiras férias, eu senti que queria passar a vida toda ao seu lado. Um mês me pareceu tão insignificante, passou lento, me machucou inteiro, tanto que eu voltei antes do tempo. — Olhou para mim. — Eu imaginava que um dia namoraríamos tranquilos, que tudo seria calmo, que teríamos filhos bem depois... Mas a vida sempre gostou de brincar conosco, certo? — Riu já sabendo que eu estava chorando. — Eu não trocaria nada por qualquer outra realidade. Eu quero continuar pelo resto da minha vida te amando, te protegendo e te apoiando em todas as suas decisões e nos seus sonhos, quero compartilhar todos os momentos felizes contigo, poder abraçar-te bem forte todos os dias e te dizer com sinceridade o quanto te amo. Quero te fazer a pessoa mais feliz do mundo, quero que se sinta a mais amada, e não quero que a morte nos separe, eu só aceito outra vida se você estiver nela. — Pegou em minha mão, deixando o papel ao lado do corpo. — Eu te amo, Minhyuk, e não há palavras, símbolos, formas ou desenho que explique o quão grande e forte é esse sentimento, eu só espero conseguir demonstrá-lo pelo resto de nossas vidas.  

— Hyunwoo... — Foi a única coisa que eu consegui dizer em meio ao choro. 

— Bem. — o padre sorriu para nós, continuando o discurso. — Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uníeis as mãos direitas e manifes... 

— Minuki! Minuki! Minuki! — Hyungwon apareceu correndo. — Souiu, Minuki! 

— Hyungwon? — Olhei por cima dos ombros de Hyunwoo. 

— O Bolinha sumiu, e ele está com os anéis! — O baixinho disse todo desesperado. 

Deus, me puxa, por favor. 

 

E lá estávamos todos nós procurando pelo maldito gato. Eu sabia que não devia ter aceitado essa loucura da bola de pelos levar as alianças, quando eu sinto que não vai dar certo é bom me ouvir, eu estou certo na maioria das vezes. Que eu não encontre esse gato, ou eu vou estrangula-lo. Sentei-me no banco da igreja, suspirando fundo pela milésima vez, eu só queria que tudo fosse perfeito. 

— Minuki, me desculpa. — Hyungwon parou a minha frente, abaixando a cabeça. — Eu só fui beber água e ele sumiu, me desculpa. 

— Não foi culpa sua, meu amor. — Olhei para ele, acariciando suas bochechas. 

— Minhyuk! — Kihyun chegou correndo, junto com Changkyun. 

— Minhyuk, nós temos uma ideia! — Changkyun disse abrindo a mão, mostrando-me duas fitas, uma azul e uma amarela, iguais a que eu e Hyunwoo usávamos no pulso. — Vocês podem amarrar no dedo de vocês. 

— Não é uma má ideia. — Sussurrei. 

— Pronto. — Hoseok gritou se aproximando. — Vamos continuar o casamento! 

E então nos empurraram até o altar, tirando o padre de seu cochilo e atraindo a atenção de todo mundo. Hyungwon foi até o lado de fora da igreja, entrando como se estivesse encarregado de trazer os anéis, e então estendeu as duas fitinhas para nós, esperando calmamente o discurso do padre. 

— Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja. — O padre começou, e assim demos nossas mãos. 

— Eu, Son Hyunwoo, recebo-te por meu marido a ti, Lee Minhyuk, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. — Hyunwoo recitou depois do padre ter ditado. 

— Eu, Lee Minhyuk, recebo-te por meu marido a ti, Son Hyunwoo, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. — E eu repeti o mesmo. 

Sorri bobo para o mesmo, e então o mesmo pegou a fita azul. Estendi a mão esquerda e então o mesmo amarrou-a em meu dedo anelar, dando um selar rápido logo em seguida. Eu fiz o mesmo com a fita amarela, sentindo meu coração mais acelerado do que o normal. 

— E então. — O padre sorriu, fechando a bíblia. — Eu os declaro marido e... 

— Bolinha! — Hyungwon interrompeu-nos, saindo correndo para a porta da igreja. 

E todo mundo gritou comemorando. Hyunwoo fitou-me por alguns segundos, sussurrou um “eu te amo” silábico e então me beijou. Beijou-me como se não existisse o amanhã, como se aquele momento fosse único e nada além de nós existisse. Até me tirou do chão, apertando-me num abraço gostoso, e eu não queria soltá-lo de maneira nenhuma. E enfim estávamos declarados marido e Bolinha. 

 

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Notas Finais


Maldito gato! Espero que vocês tenham gostado ❤️

Nos vemos na segunda temporada ❤️ Um beijo e até ❤️


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