1. Spirit Fanfics >
  2. Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) >
  3. Eu sei o que estou fazendo

História Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - Eu sei o que estou fazendo


Escrita por: ItsTalitaEstrab

Capítulo 26 - Eu sei o que estou fazendo


Fanfic / Fanfiction Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - Eu sei o que estou fazendo

ALGUNS DIAS DEPOIS ...

Pov. Lauren

- Aurora? _ Chamo enquanto adentro a cozinha e a mulher que estava de costas se vira.

- Sim, menina? _ Sorri pra mim vindo em minha direção. - Já preparei seu café da manhã.

- Obrigada mas hoje eu não vou poder ficar, Aurora. Tenho um compromisso importante. _ Respondo sutil.

- Ah, não! Pelo menos um café você vai tomar, sim. Vai sair de estômago vazio?

- Não se preocupe com isso. Olha, você pode preparar um almoço especial pra hoje? É meu dia de folga então vou trazer a Camila pra passar a tarde comigo.

- Que bom, menina Lauren. Eu já estava sentindo saudades dela. _ Dá um sorriso sincero. - Lógico que faço.

- Isso é ótimo! Você sabe que ela não gosta de nada sofisticado né? Então faça algo simples mas muito saboroso.

- Pode deixar. Sei muito bem como agradá-la._ Sorri tocando meu braço.

- Obrigada, Aurora. _ Dou um beijo no rosto dela e me afasto. - Bom dia!

- Bom dia!

(...)

Estou ligando pra Camila a manhã toda e ela não me atende. Ontem tivemos uma pequena discussão porque ela inventou de querer voltar à frequentar o colégio onde estuda.

É lógico que me opus, depois de tudo o que ela me disse passar naquele lugar, todas as ofensas e humilhações dos alunos da sala dela, nada mais justo que eu não queira vê-la voltar pra lá.

Me ofereci pra pagar a mensalidade de um colégio particular mas como esperado, ela negou dizendo não querer ser inconveniente e isso desencadeou nossa discussão.

Saí da casa dela sem ao menos me despedir direito e deve ser por isso que agora ela não me atende.

- Droga! _ Suspiro pesado e jogo meu celular de qualquer jeito sobre o sofá do apartamento de Vero e Lucy.

- Deixa a menina respirar, Lauren. _ Vero diz deixando sua xícara de café sobre o pires encima da mesa de centro.

- Algumas horinhas sem falar com ela não vão te matar. _ Completa e eu reviro os olhos fazendo ela rir. - Ela só deve ter ficado chateada por ontem.

- É, Laur. Depois você vai na casa dela e resolve tudo. _ Lucy fala chamando minha atenção. Ela está sentada ao lado de Vero, sendo abraçada pela mesma. Nego com a cabeça e me levanto.

- Depois? Depois uma merda! Eu vou lá agora saber o motivo pra ela estar agindo feito uma criança comigo. Me ignorar e fazer birrinha só porque eu não quero que ela volte praquele colégio... nojento e vulgar? Ah, faça o favor! _ Solto em plena irritação e descontentamento.

- É uma escolha dela, Lauren! E se você não conseguiu convencê-la de fazer o contrário você só precisa aceitar o que ela decidiu.

- Aceitar... Vou aceitar sim, Verônica. Pode deixar. _ Falo ironicamente.

- Laur, não seria mais fácil você conversar com ela e deixar claro quais são os seus verdadeiros sentimentos?

- Por quê diz isso? _ Franzo o cenho e Lucy se desencosta de Vero se sentando corretamente pra me encarar séria.

- Porque se a Camila souber de uma vez o que sente por ela e corresponder à isso, você vai poder se impor o quanto quiser e com razão na vida dela. Mas agora, agindo assim você fica parecendo uma louca obsessiva porque pra ela e pra mãe dela você é apenas a médica que acompanhou o caso dela e até onde eu saiba, isso não te dá o direito de se intrometer nas escolhas que sua paciente toma na vida pessoal dela. _ Ela tem razão. Mas não é como se eu deixasse minhas verdadeiras emoções à mostra para a mãe da Camz. Eu me controlo perto dela exatamente pra não correr esse risco.

Mas pra Camila eu não me escondo, eu só não falo, mas ela sabe o que sinto por ela. Eu sei que sabe.

- Pra tudo tem o seu tempo, Lucy. Ela vai saber oficialmente no momento certo.

- Oficialmente? _ Vero pergunta puxando Lucy pra ela novamente.

- A Camila sabe muito bem o que sinto por ela e também sabe que sente algo por mim. O que nós não falamos uma pra outra com palavras, falamos com nosso olhar, nossos toques. _ Minha mente foge instantaneamente me trazendo lembranças dos nossos momentos juntas, momentos em que trocamos carinhos e demonstraçãos do que sentimos. - Ela é tão apaixonada por mim quanto eu por ela.

- Parece que sim... _ Lucy diz me trazendo pra realidade, olho pras duas e elas me encaram sorrindo, mas era um sorriso diferente, como se me achassem a pessoa mais abobalhada do mundo.

- Vamos lá comigo, Vero? _ Pergunto mudando completamente de assunto pra disfarçar meu constrangimento.

- Eu? Por quê?

- Porque sim, oras! Quero que ela pense que estou indo apenas profissionalmente então você vai ir pra me dar sua avaliação.

- Quer que ela pense que não se importa com a atitude dela?

- Não... Eu quero fazê-la enxergar que a errada não sou eu.

- E depois quem age feito uma criança é ela? _ Lucy sorri negando com a cabeça.

- Eu também sei fazer o meu jogo, Lu. _ Sorrio pra ela e olho pra Vero. - Anda, levanta daí e vem comigo.

- Eu mereço... _ Suspira frustrada antes de deixar um beijo na cabeça de Lucy e se levantar.

(...)

- Lauren?

- Bom dia, dona Sinuh. Camila está? _ Pergunto ansiosa e levo uma pequena cotovelada da minha amiga por ter sido tão direta.

- Bom dia, dona Sinuh. Se lembra de mim né?

- Claro! A senhorita é a doutora e amiga da Lauren, não é?

- Isso! Verônica Iglesias. _ Sorri gentilmente estendendo a mão para que a mulher segurasse.

- Vamos entrar, por favor. _ Fala finalmente ao soltar a mão de Vero. Nós caminhamos até a sala e nos sentamos no sofá. - Eu acabei de fazer café, vocês querem?

- Não, obrigada.

- Eu vou aceitar, senhora. _ Vero diz sorrindo gentilmente e a mulher assente.

- Eu vou buscar então. Já volto, fiquem à vontade.

- Dona, Sinuh? _ Chamo fazendo a mesma parar de andar e olhar pra mim. - Eu posso subir e falar com a Camila? Sei que ela ainda deve estar dormindo mas eu vim buscá-la pra ir até o hospital retirar o gesso da mão.

- Mas ela não está em casa, querida. Camila levou a Sofi na escolinha e depois disse que iria pro colégio dela.

- O QUÊ? _ Pergunto um pouco exaltada e Vero me encara disfarçadamente constrangida.

- Sinto muito por fazer você perder o seu tempo mas a Camila disse que você só viria buscá-la na parte da tarde. _ Me encara sem graça. - Ela deve ter se enganado.

- Ahn... Não tem problema, senhora. _ Vero fala por mim porque eu ao menos consigo abrir a boca por ainda estar processando o fato dela ter ignorado a minha opinião e vontade. - Na verdade ela não se enganou, Lauren veio agora porque eu me ofereci pra vir junto, queria ver de perto como Camila está se recuperando, o caso dela foi tão grave e ela superou tudo tão rapidamente e sem qualquer seqüela. Isso é surpreendente.

- É verdade... Minha filha é muito iluminada. Mas a ajuda que Lauren nos deu foi fundamental pra recuperação dela.

- Claro. _ Vero sorri retribuindo o gesto da mulher.

- Bom, eu vou buscar o seu café. _ Vero assente e a mulher sai da sala, nos deixando sozinhas.

- Lauren, se acalma, tá? Está dando muito na cara essa sua atitude.

- Não me peça pra me acalmar, tudo bem? Ela não deveria ter voltado a frequentar aquele colégio quando eu disse que a idéia não me agradava. _ Tento falar baixo mas mesmo assim minha indignação era evidente.

- Ok! Depois você resolve isso com ela. Mas agora pelo menos finja que não se importa ou a mãe dela vai acabar percebendo.

***

Minutos depois Sinuh voltou e eu comecei a agir "falsamente naturalmente" porque por dentro eu estava com vontade de ir buscar a Camila e dizer de uma forma bem clara que não quero nunca mais, em hipótese alguma, que ela fique perto daquelas pessoas que não gostam dela.

Camila é frágil demais e aqueles... abutres, podem machucá-la por pura maldade.

Ela me contou que uma vez, uma menina derramou propositalmente uma latinha de refrigerante na cabeça dela só por implicância.

Então como? Como eu posso ficar tranquila sabendo que ela está lá, sujeita à passar por essa e outras novamente?

Se Camila não fosse tão cabeça dura e me ouvisse... Sei perfeitamente bem o que estou fazendo.

Eu só quero o bem da minha princesa, e sei que ela não está protegida enquanto estiver naquele lugar.

Mas se eu quero que isso mude, eu vou ter que mexer os meus pauzinhos... Vou dar o meu próprio jeito de pôr ela em um colégio digno dela, onde estudem pessoas e não um bando de trogloditas selvagens sem educação.

- A senhora já fez os exames necessários pra saber se é preciso uma cirurgia?

- Sim, já fiz tudo. O médico disse que meus tendões e ligamentos do joelho foram danificados e então por isso tenho dificuldades pra fazer tarefas diárias. Mas mesmo assim ainda consigo fazer algumas coisas, mas leva mais tempo que o necessário.

- Entendo... _ Vero fala parecendo realmente interessada no que Sinuh contava sobre o acidente onde machucou o joelho.

- Eu disse que no hospital temos ótimos ortopedistas que podem atendê-la perfeitamente mas ela não quer aceitar, Vero. _ Falo.

- Imagina, Lauren... Você já fez demais pela minha família, seria até abuso da minha parte aceitar mais.

- Dona, Sinuh... Eu já disse pra senhora que não é nem um pouco incomodativo pra mim ajudar vocês. Além disso não vai me fazer falta alguma.

- E sem contar que não se deve vacilar com essas coisas. _ Vero me olha e eu concordo com a cabeça. - Nós não somos especialistas nessa área mas quando se trata de tendões e ligamentos a coisa é séria. A situação do joelho da senhora pode se agravar, sabia?

- Sim, querida. Mas eu não... _ Ela para de falar quando um pequeno celular preto toca na poltrona ao nosso lado.

- Deixa que eu pego pra senhora. _ Vero se levanta pra pegá-lo e entrega pra ela.

- Obrigada... Me dêem um minutinho só. _ Sorri e nós duas assentimos. - É do colégio da Camila. _ Fala meio confusa antes de atender.

- Alô.......... Sim, eu sou mãe dela......... Como? _ Já olho receosa pra Vero e a mesma me pede calma em voz baixa.

- Mas como isso foi acontecer?.......... Tudo bem, eu estou indo agora mesmo......... Até mais.

- O quê aconteceu, dona Sinuh? _ Pergunto não contendo meu nervosismo e preocupação, ainda mais depois de ver os olhos da mulher tomar uma tonalidade vermelha e se encherem de lágrimas.

- Parece que uma turma de garotas agrediram a Camila dentro do banheiro do colégio e agora minha filha se recusa à sair de lá. _ Meus olhos se arregalaram, meu coração acelerou e minha boca secou no mesmo instante em que sentia a raiva tomar conta de mim. - Eu... Eu preciso ir até lá. O diretor disse que ela está chorando muito.

- Eu sei onde fica esse colégio, vou até lá buscar ela e a senhora fica aqui que eu já volto.

- Mas...

- É melhor, senhora. Também é preciso que evite caminhar muito. A Camila gosta muito da Lauren e com certeza vai se sentir bem quando vê-la. Além disso sabe que pode confiar na gente, não sabe? _ Ouço Vero falar quando eu já estava indo até a porta.

- Só traga a minha filha pra casa... _ Abro a porta e saio em passos rápidos.

Quando entro no carro e ligo o mesmo percebo a porta do carona ser fechada, olho pro lado e vejo Vero me encarar apreensiva.

- Não vou pedir pra ir devagar porque sei que não vai fazer isso. Então apenas tome cuidado porque sabe bem o que aconteceu da última vez.

***

Falei com o diretor do colégio e depois de me alterar com ele e fazer algumas ameaças ele resolveu nos levar até o maldito banheiro onde Camila estava. Isso porque o mesmo disse que eu não tenho parentesco com ela pra retirá-la do colégio.

Como se a porcaria de opinião dele fosse me impedir de fazer o que quero.

Eu estava decidida a ir por conta própria procurar por ela mas o imbecil ligou pra dona Sinuh e a mesma disse que tinha me dado total permissão pra responder por Camila.

- Esse lugar foge totalmente do meio onde ela pertence. E se antes eu estava decidida à tirá-la daqui, agora faço à qualquer custo. _ Falo para Vero sem nem me importar se o homem do meu lado estava ouvindo ou não.

- É aqui, senhorita. _ Ele aponta para uma porta que estava aberta e eu vou até ela enquanto alguns alunos nos olhavam curiosos.

Assim que adentro o mesmo meu coração se aperta quando vejo ela alí, sentada, encolhida no canto da parede ao lado da última pia.

Ela chorava de soluçar, sua cabeça estava abaixada e por isso ela nem notou minha presença. Quando chego perto o suficiente vejo o celular que dei pra ela no chão, a tela toda quebrada como se tivesse sido pisoteada. Me abaixo ligeiramente ao seu lado e toco seu braço.

- Camz? _ Ela se assusta mas levanta a cabeça de imediato pra me encarar.

- Lolo!!! _ Diz assustada e aliviada ao mesmo tempo antes de praticamente se jogar em meu colo, me abraçando apertado pelo pescoço.

- Hey... Calma, minha princesa, eu estou aqui com você. _ Afago seus cabelos e a aperto em um abraço possessivo ouvindo seus soluços e sentindo seu corpo tremer contra o meu. - Fica calma, pequena...

- E-eu nã-ão fiz na-ada! _ Sinto meus olhos arderem e quando os fecho as lágrimas descem.

Vê-la sofrer me machucava, é um tipo de dor que desconhecia. Mas que parecia com certeza ser maior que todos os outros.

"Quem fez isso com você vai pagar! Vai pagar caro."



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...