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História Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - O universo conspirando ao meu favor


Escrita por: ItsTalitaEstrab

Capítulo 27 - O universo conspirando ao meu favor


Fanfic / Fanfiction Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - O universo conspirando ao meu favor

Pov. Lauren

Confesso que acreditei que jamais me veria tão abalada sentimentalmente por causa de uma mulher, e muito menos que iria chorar por ela.

Mas acabo de comprovar o contrário, Camila quebrou todas as minhas barreiras e deixou totalmente entregue à ela.

Já estávamos à bons minutos abraçadas, uma apertava a outra como se dependessemos desse contato pra viver.

O diretor disse que iria nos esperar na sala dele e saiu do banheiro, esse homem não me parece nem um pouco interessado em saber o que realmente aconteceu aqui.

- Me desculpa, Lo... Eu devia ter te escutado. _ Diz sentida enquanto eu afagava seus cabelos.

"Sim, você devia mesmo."

Era o que queria dizer, mas não posso, então beijei sua cabeça.

- Eu vou levar você daqui, tá bom? _ Me afasto dela apenas o suficiente pra olhar em seus olhos. Camila assentiu enquanto eu passava a mão em seu rosto molhado pelas lágrimas, secando-o. - Vem, pequena. _ Me separo dela para ajudá-la a se levantar.

- A minha mão... tá doendo, Lo. _ Reclama com a voz falha me deixando preocupada, olho cautelosa pra Vero e ela se aproxima da gente.

- A mão machucada? _ Pergunta e Camila à encara pela primeira vez, diria até que se surpreendeu quando à viu mas assentiu em seguida.

- Não aconteceu nada com o gesso, Camz, então sua mão está protegida de qualquer nova fratura. _ Falo observando o gesso aparentemente intacto.

- Licença, Camila. _ Vero segura a outra mão dela, comparando as duas. - Está um pouco vermelha. _ Ela diz em alerta.

- Um entorse, talvez? _ Pergunto sugestiva.

- Pode ser. _ Me olha balançando a cabeça em concordância. - Ela pode não ter fraturado um osso mas isso significa início de luxação então um entorse é uma possibilidade.

- Tenta movimentar os seus dedos, princesa. _ Peço atenciosa e ela faz, solta um gemido mas consegue movê-los quase que normalmente. - Onde dói?

- Só o pulso... Está dando fisgadas.

- Como fez isso? Bateu em algum lugar ou caiu encima da mão? _ Pergunto soltando a mão dela.

- Foi quando a Becky me puxou pra trás pela camiseta e eu cai, nem pensei e usei minha mão como apoio. _ Fala secando o rosto, travei o maxilar enquanto ouvia a explicação dela, minha vontade é de acabar com a raça da infeliz que machucou ela.

- Okay... Tá tudo bem. Vamos pro hospital e lá vamos cuidar disso tá? _ Falo disfarçando minha raiva e ela assente.

- Tá bem.

- Camz, você acha que aguenta alguns minutos? Tenho que falar com o diretor, mas se estiver doendo muito deixo essa conversa pra depois.

- Não... tudo bem. Eu posso esperar.

- Certo! Prometo que vai ser rápido. Vero, me ajuda aqui. Pega esse celular do chão, vou precisar dele como prova pra denúncia que vamos fazer. _ Ela balança a cabeça e vai fazer o que pedi.

- Denúncia? Não! _ Camila me olha com a expressão apavorada, sua voz demonstrava medo e desespero. - Não quero fazer denúncia não, Lo.

- Mas é claro que você quer! Ou acha que vou deixar barato o que te fizeram?_ Falo abraçando ela pela cintura e começo a caminhar pra fora do banheiro.

(...)

- O senhor é diretor desse colégio, então me diga se eu estiver errada. Entre as suas funções aqui dentro não está garantir a segurança dos alunos?

- Sim, senhorita mas...

- Então me explique por gentileza. _ Ele tenta falar mas é interrompido. - O quê o senhor estava fazendo quando um bando de abutres encurralaram a Camila dentro do banheiro, agrediram ela, rasgaram a camiseta e quebraram o celular dela?_ Olho pra ela que está sentada do meu lado na frente da mesa do homem rabugento.

Vero já foi embora porque alguém ligou pra ela do hospital e ela teve que ir mais cedo por conta de um paciente.

- Me perdoe mas eu não sou pago para passar o dia dentro de um banheiro feminino, verificando o que as alunas estão fazendo. _ Responde inquieto afrouxando a gravata.

- Mas com certeza também não é pago pra ficar sentado aqui o dia todo tomando café.

- A senhorita está passando dos limites.

- Estou?_ Digo ríspida. - O senhor ainda não me viu passar dos limites. Eu estou até contida aqui. Quando eu poderia facilmente chamar a polícia e deixar que eles resolvam o problema que o senhor não quer resolver.

- E o quê espera que eu faça? Já conversei com a aluna que iniciou toda essa confusão. _ Diz me encarando nervoso.

- Conversa não é suficiente aqui. Pra começar quero que chame todas as garotas que participaram disso. Quero elas aqui e agora! _ Bato minha mão na mesa sem muita força.

- Lo...

- É possível, diretor Jason? _ Pergunto depois de olhar rapidamente pra Camila e ver sua expressão amedrontada.

- Camila?

- Sim, senhor diretor.

- Por favor, me diga o nome das meninas que estavam com a Rebbeca. _ Olho novamente pra Camila e ela estava apreensiva.

- Lauren, eu não quero ficar perto delas, por favor não chama elas aqui. _ Me pede começando a ficar apavorada outra vez.

- Camila, é necessário.

- Por favor, Lo... _ Segura minha mão e aperta me deixando sentir a sua trêmula.

- Tudo bem. Mas não é por isso que vou esquecer o que aconteceu. _ Desvio meu olhar do dela para encarar o homem. - Nós vamos até a delegacia registrar um boletim de ocorrência e por isso preciso do nome completo dessas meninas.

- Eu não tenho permissão para dar essas informações. _ Impõe aparentemente irredutível, o que me fez sorrir fraco e rir internamente. - Não posso fazer isso.

- Pois eu garanto que pode sim. Porque se não eu posso ligar agora mesmo pros meus advogados e garanto que não será problema nenhum pra eles encontrar uma forma de conseguir uma ordem judicial pra que eu possa ter acesso à esses malditos nomes. Eu quero deixar bem claro que vou ir até o fim para que as pessoas que fizeram essa selvageria com ela paguem por isso. E não me importo de envolver quem for preciso no meio disso. Inclusive o senhor por não ter tomado uma medida à muito tempo atrás quando tudo isso começou... Porque o senhor sabe que Camila vem sofrendo bullyng desde que entrou nesse colégio. O senhor sabe que ela já veio aqui reclamar e nunca ouve melhoras. Muito pelo contrário.

- Lauren. _ Camila me repreende mas eu em momento algum tiro os olhos do homem possesso de raiva por eu estar o afrontando. Também, ter alguém que faça isso deve ser novidade pra ele.

- Olha só pra mim. Creio que saiba muito bem a diferença que tem da minha palavra contra a sua, creio que saiba que tenho poder suficiente pra acabar facilmente com o seu meio confortante de ganhar dinheiro e dar lugar à alguém que realmente queira trabalhar. Então...

- Está me ameaçando?

- Vai mesmo querer pagar pra saber? _ O encaro seriamente, fazendo com que ele visse que não estava brincando. E ele sabia... ele sabe que tem muito à perder se for denunciado por mim.

Nos encaramos por mais algum tempo até que ele puxa sem muita gentileza uma folha pra perto dele e pega uma caneta.

- Os nomes, Camila.

(...)

- Filha! Como você está? _ Sinuh pergunta abraçada com a filha, havíamos acabado de chegar na casa dela. - O que aconteceu?

- Nada do que eu não esteja acostumada, mama. _ Dá um sorriso sem vontade e se separa dela. Sinuh me olha apreensiva e dá espaço pra entrarmos, fechando a porta em seguida.

- Sobe pra tomar o seu banho e vem pra gente ir, tá bem? Eu vou explicar tudo pra sua mãe. _ Camila apenas assente pra mim e caminha até a escada.

Espero ela sair da minha vista pra pedir pra que Sinuh fosse comigo até o sofá.

- O quê aconteceu lá? Você não quis me contar pelo telefone. _ Fala preocupada depois de se sentar ao meu lado.

- Nós fomos até o hospital e depois fomos à delegacia registrar um boletim de ocorrência como disse pra senhora. _ Me viro pro seu lado pra poder encará-la melhor.

- Me conta o que aconteceu, Lauren... A minha filha está tão abatida, triste... O que fizeram com ela?

- Quatro meninas agrediram ela, dona Sinuh. Camila estava em estado de choque quando cheguei, estava completamente amedrontada, assustada. Quebraram o celular e pegaram o dinheiro dela pra comprar lanche pra turminha agressora toda. A camiseta dela está toda rasgada, tanto que eu emprestei a minha jaqueta pra ela como a senhora deve ter reparado agora à pouco. E depois de tudo isso ela nem queria dizer o nome das meninas que à agrediram por medo do que elas poderiam fazer com ela.

- Meu Deus... _ Os olhos dela estavam cheios de lágrimas, enquanto ela me olhava atônita, completamente desnorteada.

- E o pior foi que quando uma delas à empurrou, Camila caiu e usou a mão machucada como apoio. Se não fosse o gesso teria quebrado novamente. O ortopedista que à atendeu disse que foi por pouco. Mas mesmo assim, ainda causou uma pequena lesão por conta do tombo.

- Eu... Eu não sei o que dizer. _ Diz secando a lágrima que acaba de descer. - Eu não acredito que minha filha passou por tudo isso e... ela não merecia.

- Mas é lógico que não! _ Ponho minha mão direita sobre a dela. - A Camila nunca fez nada pra merecer todas as humilhações que passa naquele lugar.

- Como? Isso... Como assim?

- Desculpe, a senhora não sabia?

- O quê?

- Dona Sinuh... Não é a primeira vez que isso acontece com a Camila. Essas meninas sempre pegam no pé dela, praticando bullyng de diversas maneiras diferentes. Desde de brincadeirinhas maldosas, insultos até agressão física como aconteceu hoje.

- Por quê ela nunca me contou nada, Lauren?

- Olha...

- Eu sabia que ela não tinha muitos amigos na escola por conta do comportamento dela, Camila nunca foi de ficar saindo pra festinhas até tarde da noite como essas meninas de hoje em dia fazem. Mas que ela sofria bullyng... Meu Deus.

- Eu entendo. Mas a verdade é que eu temo pela segurança dela. Depois da queixa que fizemos, se a Camila voltar a frequentar aquele colégio é capaz que sofra ainda mais nas mãos dessas garotas.

- Não. Ela não pode voltar. _ Diz segura e eu assinto. Isso é ótimo! - Vou transferir ela para outro colégio. Só não sei como vou fazer isso porque esse é o único colégio perto da nossa casa.

- Não se preocupe com isso, eu faço questão de ajudar. Conheço o dono do colégio onde estudei e tenho certeza que a Camila vai gostar de lá.

- Um colégio particular? _ Pergunta e eu concordo. - Não... eu não tenho condições de pagar a mensalidade. _ Completa passando as mãos em seu rosto.

- Mas eu não disse que vão precisar pagar nada. Eu vou pagar, não é problema nenhum pra mim.

- Por favor, Lauren, eu não quero que gaste mais com a gente.

- Dona Sinuh...

- Não, Lauren. Olha, eu sei que você faz tudo isso porque gosta da minha filha, sei que sente um carinho muito grande por ela mas entenda que me sinto mal em saber que você praticamente está sustentando a minha família. Eu me sinto impotente...

- Me perdoa por causar essa sensação, mas em momento algum pensei dessa forma. Eu faço tudo isso porque gosto muito da Camila sim, mas também gosto da senhora e da pequena Sofia. _ Sorrio de leve e ela corresponde. - É um prazer imenso ajudar vocês, me desculpa mas eu me sinto parte da família e se eu não fizer nada pra tirar a Camila daquela escola quando eu sei que posso fazer, sou eu quem vou ficar me sentindo mal.

- Nós também te consideramos parte da nossa família, Lauren. _ Fala sorrindo passando rapidamente a mão em meu braço. - Camila costuma dizer que você é um anjo na vida dela e eu concordo plenamente com isso. Mas entenda que é uma situação desconfortável. Se fosse só isso tudo bem, mas... você já fez inúmeras coisas pela gente. _ Que mania é essa que essas duas tem de querer me impedir de gastar meu dinheiro. Será que elas acham mesmo que vai me fazer falta? Por favor.

Respiro fundo e balanço a cabeça em concordância.

- Eu não concordo com essa preocupação toda da senhora mas eu respeito. Porém ainda assim faço questão de ajudar a Camila então me diz uma coisa... A senhora aceita que ela estude no mesmo colégio onde eu estudei se eu conseguir uma bolsa de estudos?

- Uma bolsa?

- Sim. Tenho certeza que com as notas que ela tem não vai ser difícil conseguir. E assim eu não vou participar financeiramente e nem a senhora, tudo vai depender apenas da Camila e do rendimento dela. _ Ela fica me olhando em apreensão, parecia pensar bem na minha proposta. É lógico que eu vou pagar a mensalidade do colégio, apesar de saber que Camila é capaz de conseguir uma bolsa não é assim tão fácil, é necessário alguns procedimentos e isso leva tempo. E se eu quero que ela inicie logo nesse colégio preciso ajudar pra que isso aconteça. Minha família tem bastante influência com o dono da instituição então não vai ser problema convencê-lo a me ajudar. - Pensa no bem-estar da sua filha.

- Tudo bem. Eu aceito se for assim. _ Diz me fazendo sorrir abertamente.

Um passo já está dado, o próximo será logo, logo.

(...)



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