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História Paixão entre Mundos ( MALEC - CLACE ) - Capítulo XI - Primeira Temporada


Escrita por: NearSCHW

Notas do Autor


Finalmente um novo capítulo, espero que gostem :]
Lembre-se de comentar e favoritar para me incentivar a continuá-la, mesmo após essa longa pausa.
Boa leitura ♥

Capítulo 13 - Capítulo XI - Primeira Temporada


Fanfic / Fanfiction Paixão entre Mundos ( MALEC - CLACE ) - Capítulo XI - Primeira Temporada

— Isabelle, não deixe a dor te vencer. — Alec disse, segurando-a com firmeza, enquanto seus olhos transmitiam um desespero que não poderia ser medido em palavras — Pense em todos que você ama, mas não ceda a dor.

Ela estará caída dentro dos braços do garoto. Seu corpo tremia quase em uma convulsão continua; seus olhos estavam semi abertos, parecendo estar travando uma grande batalha contra morte.

O Símbolo em sua pele estará reluzindo, como nunca antes.

Era como se o próprio Raziel o tivesse feito.

Suas lembranças vinham à tona em milhares de pensamentos sórdidos, sem qualquer saída do inevitável, a morte. Parecia estar prestes a fraquejar de uma vez, ceder ao cansaço e aos demônios que cercavam sua alma, prestes a matá-la, esmagando seus sonhos e sentimento, como um breve caco de vidro jogado ao chão.

— Magnus, venha cá. — Alec gritou ao ver o feiticeiro aproximar-se com passos ágeis, enquanto o pequeno gato corria ao seu lado — Ela está quase morrendo, precisa de você.

Ele desferiu um olhar envolto por medo até ela. Começou a tirá-la de seus braços e a deitou ao chão, enquanto segurava-a contra o mesmo, evitando que se machuca-se em suas ondas de convulsões. Não demorou nada para o feiticeiro estar ajoelhado ao seu lado, enquanto sua mãos percorriam o corpo da garota em uma chuva de luzes azuladas, que pareciam arrancar todo o mal de dentro dela.

— O que ela tem?! — O Garoto perguntou vendo Magnus estremecer, parecendo estar sendo contaminado com algo inevitável, que possivelmente acarretaria a morte de ambos — Se controle, tome cuidado.

Magnus fechou os olhos, e lutou para deixar suas mãos estendidas, mesmo que seus raios de luz estivessem fraquejando, tornando-se meras faíscas. Ele tornou-se rubro, enquanto suas veias saltavam de seus braços — demonstrando o esforço que estará fazendo no momento, tudo por Isabelle, tudo por sua garotinha.

— Ela está sobrecarregada de poder, Alec. — rosnou enquanto lutava contra a dor — Precisamos estabilizada ou será carbonizada, tornando-se apenas cinzas.

Naquele instante Alec se viu envolto por um medo diferente de todos, era como se fosse perder um membro da família que nem ao menos conhecia. Ele não pensou duas vezes, levou sua mão calejada de encontro ao seu ombro e puxou a manga de sua camiseta com força, rasgando-a por completo, deixando seu braço torneado exposto para Magnus e para a luminosidade da lua que fazia seus olhos azuis brilharem como pequenas estrelas.

— Tome minha força, Magnus. — Ele murmurou estendendo sua mão para frente do feiticeiro — Apenas use o que precisar, mas não deixa-a morrer.

Magnus olhou-o com indiferença, era como um sacrifício sem sentido. Se o poder da garota não pudesse ser contido ambos acabariam mortos, apenas restava isso como última escolha.

Ele apenas assentiu com dificuldade e agarrou a mão do garoto com firmeza em instante. 

No início pareceu não fazer qualquer diferença, mas passaram-se segundos e as luzes que remanesciam de seus dedos tornaram-se uma fusão de cores; azuis, amarelas e vermelhas; como se toda a energia celestial estivesse a ele sendo concedida. Como se um anjo o estivesse iluminando e o guiando — mas pensando bem, não deixava de ser.

— Isabelle, não me abandone. — disse Magnus arregalando seus olhos, que deixaram o feitiço de disfarce de lado, tornando-se amarelos-esverdeados, como fendas envoltas por um vazio, como olhos de um felino — Não sucumba a dor.

Parecia que nada surtiria efeito. 

Isabelle continuará a se contorcer ao chão, enquanto o símbolo em sua pele reluzia ainda mais. 

Alec estará dando todas as suas forças para o feiticeiro, em meio a salvar a garota, mas não aguentaria por muito tempo. Ambos estavam sendo consumidos pela dor e pelo cansaço, cada segundo daquela forma, era como se várias facas penetrassem em sua pele.

— Não está dando certo, Alec. — Magnus rosnou olhando-o diretamente nos olhos, podia notar que o corpo dele também estará se contorcendo de dor — Você deve correr, largue minha mão e saía daqui. — implorou sentindo sua visão se tornando turva.

Alec fez um rosnar de desgosto e desviou seu olhar de encontro à sombra do instituto que dominava a montanha à sua frente.

— Podemos pedir ajuda ao meu Arcanjo. — informou entregando ao feiticeiro um olhar misericordioso — Não podemos deixá-las morrer.

— Se você soltar minha mão ela morrerá, minhas forças se esgotaram. — Magnus sibilou em resposta, enquanto sentia todo seu ar evaporando de seus pulmões, restando apenas resquícios de sangue — Você não precisa morrer para nos salvar, Alexander. 

Vários fios de suor escorriam do rosto do feiticeiro.

— Nunca vou deixá-los morrer. — Alec respondeu com um rosnar, entre seus lábios cerrados — Não posso deixar isso acontecer, vocês são as poucas pessoas que realmente me amaram. — completou com seus olhos repletos de lágrimas.

Era simplesmente um misto de pânico e desespero. 

Não teriam mais que poucos minutos, antes de sucumbirem.

— Caso acabemos mortos, tenho uma coisa para te contar. — Magnus murmurou olhando-o nos olhos, enquanto seu corpo cambaleava lentamente para os lados — Você não tem apenas uma irmã, sempre teve duas.

Aquelas palavras foram como várias flechas que cortaram o ar, que em segundos invadiram meu peito, derramando todo meu sangue ao chão. Milhões de emoções e sentimentos me percorreram em poucos instante, todos os meus sentidos foram cegados.

Olhei de relance para Magnus que independente da dor, estará sorrindo com seus olhos tornando-se rubros e infestados de lágrimas.

— O quê?! — Alec perguntou sem entender nada, apenas sentia-se vivo após tantos anos — Está falando do quê?!

Magnus deu uma breve risada.

— Você tem duas irmãs, Alexander.

Alec ficou sem resposta, apenas olhou aos arredores procurando-a, mas apenas conseguia ver o vazio que os cercava. Era simplesmente uma grande montanha, cercada de árvores com uma grande catedral, ou chamada por muitos de instituto.

— Ela está aos seus pés. — completou, desviando seu olhar diretamente para a garota deitada ao chão — Isabelle é sua segunda irmã, Alexander.

Tudo em mim tornou-se vazio. Senti minhas emoções e sentimento vazando em meio a todas as minhas lágrimas, não conseguia acreditar em tais palavras, mesmo vindo de alguém que tanto amará, como Magnus. Alec passou toda a sua vida achando que tinha apenas uma irmã, e agora descobriu que tinha duas, mas ambas estavam prestes a morrer.

Clary estava aprisionada dentro do instituto, enquanto Isabelle sucumbia à morte aos seus pés.

— Você tem que salvá-la, Magnus. — Alec gritou olhando-o nos olhos — Use toda minha força, por favor, mas salve-a.

Não houve qualquer resposta.

— Magnus, me responda. — insistiu em meio a suas milhares de lágrimas, que escorriam pelas maçãs de seu rosto, e se assolavam nos cabelos da garota — Salve-a. — choramingou.

Magnus olhou diretamente para ele, já com os olhos completamente marejados em lágrimas transparentes, como cristais preciosos.

— Não à salvação, Alec. 

Alec sentiu todo seu mundo desabar aos seus pés. 

Tudo se apagou, como se um blecaute houvesse ocorrido em seus pensamentos mais obscuro. Não poderia ser descrito em palavras, apenas começará a surgir diversas imagens em sua cabeça. Conseguia ver seu pai em frente a um orfanato, aonde um homem deixará uma pequena cesta decorada com panos delicados e rosas.

Eram diversas cenas que jamais viverá, mas, simplesmente traziam para ele recordações inexplicáveis. Principalmente a última lembrança que fez todo o seu corpo arrepiar, tornando-se gélido, em uma fusão de medo e desespero. 

 

Era um anjo, algo esplendoroso, sem descrições exatas.

O Anjo era um homem alto, com ombros largos, corpo torneado; Seus cabelos eram dourados, como fios de ouro; seus olhos azuis-claros, como as águas límpidas que circundavam o lago à sua frente; os traços delicados de seu rosto eram como os de um jovem, mesmo sabendo que sua idade seria muito maior do que a de vários feiticeiros somadas.

Tudo era perfeito, simplesmente, era um anjo.

Em suas costas duas grandes asas reluziam, douradas, com detalhes em prata. Era puro e simplesmente, angelical.

— Alexander Lightwood, salve-a. — murmurava graciosamente, como se a voz ecoasse apenas em seus pensamentos.

Alec estará jogado ao chão, aos pés de um lago cristalino, o mesmo em que a imagem do anjo sobrevoava delicadamente, como uma dádiva jamais vista. 

Ele esfregou os olhos, em seguida os arregalou sem acreditar.

— Quem você é?! — perguntou em pânico.

Olhará para os lados, mas estava só ele, em meio ao extenso bosque, decorado com diversas árvores, desde as mais grandes, até as mais pequenas. Tudo circulava o lago em que o anjo sobrevoava, como se fosse o centro de tudo.

O Centro do poder dos anjos.

Não tinha dúvidas, era Idris.

O Anjo sorriu graciosamente e apontou para si.

— Sou o criador do seu sangue, Nephilim. — informou pairando sobre as águas cristalinas, em direção ao garoto jogado ao chão — Sou um mensageiro, nada disso é um sonho garoto. — completou com graciosidade em cada movimento — Me chame de Raziel, o pai dos anjos.

— Para onde você levou os meus amigos?! Magnus e Isabelle? — perguntou enquanto rastejava para trás, tentando evitar a imagem que se aproximava lentamente — Saía de perto de mim.

Raziel parou à poucos centímetros de tocá-lo.

— Se deseja salvar sua irmã terá que dominar seus poderes, Alexander Lightwood. — informou fixando seus olhos no garoto, então cruzou seus braços — Estou aqui para te mostrar o caminho, mas se falhar, ela morrerá.

Alec devolveu um olhar frio ao anjo parado próximo de si.

— O que você quer que eu faça?! — perguntou 

Novamente a imagem angelical gargalhou, mas foi breve, como um simples arrepio que o percorria todo seu corpo em poucos segundos.

— Você é o detentor dos símbolos, Alexander. 

Realmente nada fazia em sua mente, mas desejou para de lutar contra o medo. Precisava salvar suas irmãs, e para isso precisava ouvir a mensagem de seus sonhos, ou o que fosse.

— Como você está falando comigo, Raziel? — perguntou sentando-se ao chão — Ninguém o invocou, como pode estar se comunicando comigo.

Raziel avançou à frente, descendo dos céus como uma perfeita imagem inesquecível. O bater de suas asas eram graciosas e completamente delicadas, como um guerreiro supremo, que vencerá até a mais sórdida batalha. Sentiu todo o chão estremecer, quando o mesmo tocou o chão com suas botas grandes, altas e revestidas em uma tonalidade dourado-esbranquiçado — o mesmo material que constituia nossas espadas.

— Isabelle está passando pela morte porque nunca fez os rituais de iniciação. Ela não tem a marca do anjo, mas o sangue Nephilim ainda corre em suas veias.  — informou parando há alguns centímetros dos seus pés, aonde ajoelhou-se e o encarou com as pérolas azuis-claras de seus olhos, que transmitiam toda sua glória e poder — Apenas os guardiões supremo dos anjos podem marcar os guerreiros com essa marca, mas apenas existe um desses representante aonde você vive, o Arcanjo.

— Ele nunca iria marcá-la. 

— Não estou falando para ele marcar, Alexander Lightwood.

Raziel abriu um sorriso lateral em seus lábios rosados e desenhados com perfeição. Simplesmente nunca havia visto uma imagem tão digna de poder à sua frente em todos seus anos, e nem seria capaz.

— Como você deseja que eu salve-a?! Sou apenas um guerreiros celestial. — rosnei me levantando com um salto ágil — Sou treinado para matar e derramar o sangue de demônios, sou corrompido, não posso salvar nem a mim mesmo.

— Garoto tolo, você não é apenas um guerreiro celestial. — Raziel retrucou levantando-se no mesmo instante e caminhando lentamente em minha direção — Você tem poderes surpreendentes, e apenas você deve marcar sua irmã.

Alec lembrava de seu ritual de marcação como se fosse ontem, como se toda aquela dor que sentirá viesse à tona. Era algo insuportável, sentia todos seus ossos serem queimados ao ser marcado com o símbolo do anjo, mal conseguiu se levantar durante horas, pois se sentia leve como uma pena.

Vazio de sentimentos e emoções.

Vazio de bondade.

— Eu posso matá-la com aquele símbolo. — choramingou desviando seu olhar de encontro ao chão argiloso sob seus pés — Ela é minha irmã, mas, apenas descobri agora, quando ela estará quase morta aos meus pés. Sou o pior irmão do mundo, consegui perder toda minha família com o passar dos anos.

Alec estará quase desistindo de todas as chances de salvá-la, até que algo tocou-o, algo diferente de tudo. Era energizante e arrepiante, o fogo celestial. Sentiu algo queimar dentro dele, um poder que jamais havia tido.

— Sinta, Alexander. — Raziel murmurou.

Alec olhou-o diretamente — era ele que o tocará daquela forma. Raziel era esguio e a perfeita imagem dos anjos, nunca achou que realmente acharia tal forma esplendorosa aos seus pés, e agora o tocando. Todo seu corpo estremeceu, era um arrepio estridente e completamente quente, como a chama do inferno que queimará na infância.

Apenas mais um dos castigos de seu pai.

Desde estadias no Edom, até aos diversos cortes em sua pele que o fizeram sangrar por dias, noites, incontáveis vezes.

Tudo parecia estar se queimando dentro dele, órgão por órgão; músculo por músculo. Ele olhou para suas mãos vendo suas veias marcarem em seus pulsos, em um tom dourado, como se o ouro recém-derretido corresse por elas, eletrizando-o com uma energia sem igual.

Raziel apertou ainda mais seu ombro, fazendo luzes douradas percorrerem-o ainda mais fortes, em uma frequência inigualável. 

— Acorde, Alexander. — murmurou encarando-o com firmeza com seus olhos estridentes, mas ao mesmo tempos delicados e tranquilizantes — Erga-se, Alexander Lightwood.

Encarei-o diretamente, enquanto todo meu corpo se tornará ainda mais claro, com todas as minhas veias reluzindo em um tom dourado. Notava também alguns fios de meus cabelos caindo sobre meus olhos, também estarão dourados — como se tivessem passado ouro recém-derretido sobre eles, fixando-os naquele tom esplendoroso e reluzente em meio ao luar.

— Como?!  — perguntou arregalando os olhos e sentindo-se fraco a cada segundo, como se o fogo consumisse suas forças vitais — Como posso acordar?! Você me trouxe para cá, preciso salvar minha irmã.

O Barulho cortante rompeu o ar. Foi apenas uma forte luz, seguindo de um flash de sentimentos e emoções que vazaram de seus olhos, como lágrimas douradas pingando ao chão, queimando-o, como se fossem corrosivas. 

— Desta forma, Alexander. — Raziel disse, enquanto segurava o cabo da espada em mãos, mas que já estará enterrada em algo, para ser mais exato, no abdômen de Alexander —  Você está cegado pelo medo, sinta a dor e acorde.

Alec sentia seu sangue escorrer de seus lábios, mas, para seu espanto, também era envolto em um dourado-escuro. Era como se estivesse sido banhado simplesmente em ouro, mas logo morreria, pois a dor que o envolvia era sem igual, apenas sentia-se morto por dentro, prestes a sucumbir de uma forma diferente das demais, morreria pelo próprio anjo.

O Mesmo que jurou proteger durante anos, agora estará em sua frente, com uma espada em mãos, consequentemente fincada em seus abdômen, sem qualquer receio de matá-lo.

Era o fim.

— Se você não acordar, Alexander, todos morreram. — Raziel aproximou seu rosto do garoto, encostando sua testa na dele — Suas irmãs, e o amor de sua vida, Magnus Bane, o filho do demônio.

— Não o chame assim… — rosnou engasgando-se com o liquor dourado — Não fale da minha família, desta forma. — sibilou, enquanto revirava os olhos, cegado pela dor e pelo ódio.

— Sinta a dor, Alexander. — entonou provocativo, enquanto firmava ainda mais a espada em mãos, quase girando-a dentro do abdômen do garoto — Entregue-se ao ódio e acorde, salve sua irmã, salve o mundo.

Bastava isso, e só restava isso.

Entregar-se a dor.

Fechou seus olhos já banhados pela dor, dando fim às milhares de lágrimas douradas; Cerrou seus punhos, quase cravando suas unhas em sua própria pele; e deixou a dor o vencer.

Sentiu o vento soprar seus cabelos e rosnou com a dor da espada sendo puxada para fora de si. Seu corpo não aguentou dois segundos de joelhos, simplesmente foi ao chão, como um fracassado sem escrúpulos.

Então tudo se tornou escuro, como em uma densa de noite de verão.

Alec, basta acordar, simplesmente acorde, Alec. 

 

Fim do Capítulo XI

Lembre-se de comentar :]


Notas Finais


Finalmente estou aqui para postar um novo capítulo, espero que tenham gostado :]
Lembre-se de comentar e favoritar para me incentivar a continuá-la, mesmo após essa longa pausa.
Beijos, até a próxima ♥


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