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História Paixão entre Mundos ( MALEC - CLACE ) - Capítulo XII - Primeira Temporada


Escrita por: NearSCHW

Notas do Autor


Capítulo novo para vocês :]
Boa leitura.
Este capítulo está sendo postado hoje, pois fazia parte do de ontem, mas havia ficado muito grande, então resolvi dividi-los em dois.

Capítulo 14 - Capítulo XII - Primeira Temporada


Fanfic / Fanfiction Paixão entre Mundos ( MALEC - CLACE ) - Capítulo XII - Primeira Temporada

— Alexander, acorde. — murmuravam as vozes sem parar.

Alec estará perdido em seus pensamentos, envolto por uma breve escuridão que o cegava, lentamente, deixando-o sem sentidos. Apenas sentia seu corpo contra a lama, sujando-o por completo, enquanto breves fios de sangue escorriam de seus lábios.

Queria acordar, mas um milhão de lembranças o perseguiam.

O Anjo sobe o lago, quando o tocará havia sentido o fogo queimá-lo, lentamente, como se estivesse no próprio Edom, novamente.

O Reino infernal, território dos maiores demônios. Havia passado uma breve estadia lá, não por vontade própria, mas porque era parte de seu treinamento desumano, que o transformará no monstro que se considerava em diversas situações. Alexander tinha o sangue mais puro dos anjos, mas seus maus tratos o tornaram mais cruel do que os maiores demônios. Conseguia matar a sangue frio sem qualquer medo ou receio de sujar suas mãos —, mas para falar a verdade, ele até gostava de sujar suas mãos com o sangue alheio, isso o tornará vivo.

— Alec, acorde por favor. — entonou a voz feminina envolto pelo medo da perda — Por favor, irmão.

Irmãos. Tudo que havia queimado nele se esfriou, tornando-se banhado pelo sangue do anjo, que se fizera parte de si. Não havia muitos motivos em sua vida para manter-se vivo, apenas tinha duas razões para se matar com saúde e pronto para lutar a qualquer momento, Clary e Isabelle Lightwood.

Sentiu sua pele queimar, como se tivessem o incendiando novamente.

Rosnou com seus lábios cerrados, cerrou seus olhos, e começou a abri-los lentamente, mas tudo estava turvo. Apenas conseguia ver duas imagens em torno de seu corpo, uma feminina, e outra masculina.

Não havia dúvidas, seus tons de cabelos eram negros e encantadores, simplesmente eram Magnus e Isabelle. Alec sentiu algumas faíscas azuladas irromperam dentro de seu corpo, algo que surgirá das mãos delicadas do feiticeiro que tentará o curar, mas o que o surpreendeu era a garota que segurava em mãos uma estela — a sua estela, feita em pedra de marfim.

Para sua surpresa, ela estava desenhando em sua pele, lentamente, como se fosse uma profissional prestes a terminar uma obra de arte.

— Isabelle… — Alec murmurou cerrando ainda mais os lábios, enquanto tentava manter seus olhos abertos, mas parecia ser algo difícil — Magnus…

Isabelle secou suas lágrimas no mesmo instante, empurrou seus cabelos para rebeldes para trás de suas orelhas. Sua mão que segurará a estela foi de encontro ao cinto, guardando-a em um pequeno bolso, o mesmo em que guardará alguns pequenos frascos com veneno — sua arma favorita, matará lentamente e sem deixar vestígios.

— Irmão… — Ela murmurou avançando até o rosto de Alec, envolvendo-o com suas mãos, carinhosamente e com uma ternura que nem mesmo as estrelas poderiam proporcionar — Irmão, você está bem?

Alec queria levantar, mas ser acariciado desta forma por sua irmã, perdida há anos, era simplesmente mágico; mas não só ela fazia parte deste momento, Magnus também era importante para ele, e sentia sua mão sendo envolta pela do feiticeiro, enquanto suas milhares de jóias roçavam sobre sua pele pálida, como a neve mais branca de uma recente geada.

Nunca havia sentido isso, era calmo, era sereno, era amor.

— Isabelle, me desculpe… — Alec murmurou, ainda se engasgando com alguns poucos fios de sangue que estampavam sua garganta — Eu não devia ter te abandonado, irmã.

Isabelle cobriu a boca do garoto, impedindo-o de falar, mas não era algo agressivo, ou hostil. Não era a mesma garota que prendeu suas pernas com o chicote horas atrás, e que o segurou com toda aquela agressividade, sem medo de feri-lo; ela agora era adorável, e pela primeira vez, realmente parecia estar feliz e amando.

Amando seu irmão, que nunca achou que teria.

— Como um idiota como você pode ser meu irmão? — Ela perguntou em meio às lágrimas que escorriam por seu rosto, mas seguiu de uma breve risada — Pode ser um idiota, mas se você é meu irmão, eu tenho que cuidar de você e te amar.

Ela passou as mãos delicadas pela testa do garoto, e empurrou alguns dos cabelos emaranhados dele para trás de suas orelhas, algo que parecia não durar muito, apenas se revoltaram novamente após alguns segundos.

— Isabelle Lightwood, me desculpe por ser um idiota. — murmurou sorrindo, mas não sendo nada perfeito, pois ainda estava banhado por sangue.

Alec se levantou, e teve a garota se afastando alguns centímetros.

Ele bateu suas mãos contra as roupas, livrando-a em parte de poeira, mas não da lama que o envolveu de uma forma pegajosa e desconfortável. Percorreu sua mão por seu cinto, vasculhando se todas as armas estavam no lugar, apenas se deu falta de sua estela. Olhou em direção de Isabelle, e para sua surpresa ela estará com a mão estendida em sua direção, com a estela reluzindo sobre ela.

— É sua estela, eu peguei-a quando você desmaiou, mas não antes de me marcar com um símbolo desconhecido, enquanto conversava consigo mesmo. — Ela disse convicta de suas palavras, e sorriu, algo diferente dos demais, era radiante e perfeito — Pegue é sua.

Alec aproximou sua mão lentamente da garota, envolvendo-a com uma delicadeza sem igual — pensou em pegar a estela, mas pensou em algo ainda melhor. Ele fechou sua mão em torno da dela, fazendo sua estela reluzir entre os dedos cerrados da garota, em seguida sorriu para ela.

— Fique com você, irmã — Ele disse afastando-se lentamente, de novo — Agora não temos tempo a perder, vamos entrar.

Magnus bateu suas botas platinados e brilhosas contra o chão. Seu colete de seda conseguiu reluzir ainda mais, junto de suas calças de couro, avermelhado. Suas roupas simplesmente eram uma batalha de cores, algo belo e perfeito, como um arco-íris que seria esplendoroso aos céus. Ele fez um som de descontentamento, e levantou uma das mãos, pois a outra estará ocupado segurando o Presidente Miau.

— Erghh… acho que vocês esqueceram que não poderei entrar, não posso ser marcado com sua runas. — O Feiticeiro disse em um tom acusatório — Ficarei esperando-os aqui, ao pé da árvore acariciando este felino carinhoso — nesse instante o gato rosnou cravando as unhas no braço dele — Arghh… nem tão carinhoso.

Alec sorriu e pôs um braço em torno dos ombros de sua irmã, que estará ao seu lado, para sua surpresa, também sorrindo.

— Não precisa ficar aqui fora mais, Magnus. — Ele disse convicto de sua informação, como se fosse o maioral, algo que não deixava de ser verdade — Fiquei sabendo que eu posso ser forte, mas ao lado de uma das minhas irmãs, consigo ser ainda mais forte.

Isabelle olhou-o de relance, como se tentasse ler seus pensamentos mais sórdidos e obscuros.

— Do que você está falando, Alec? Estamos nos conhecendo não fazem nem dois dias, como pode ser forte ao meu lado? — Ela disse sem entender nada, apenas esboçava um olhar perdido na imensidão azul dos olhos do irmão — Eu não entendo nada desse seu mundo, não posso ser útil para você.

— Claro que pode.

— O que você pretende fazer, Alexander? — Magnus perguntou enquanto acariciava o gato ainda em seus braços, que finalmente havia se acalmado — Não à como eu entrar sem que o Arcanjo permita.

— Não precisamos ser o Arcanjo, apenas precisamos ser mais forte, ainda mais do que do que ele. — Alec retrucou descendo a mão pelo braço da garota, chegando até a mão dela ainda cerrada em torno da estela — Com uma runa proibida que foi a mim concebida em um sonho, eu posso levar todas as barreiras do instituto ao chão, apenas preciso da força da minha irmã;

Sozinhos são fortes, mas juntos são uma força da natureza, imbatíveis. Pensou Isabelle, lembrando-se das palavras ditas em em seu sonho.

— Então vamos, que o anjo esteja conosco. — Ela disse como se fosse um caçadora há anos, mas logo começou a rir — São assim que vocês falam né? Estou aprendendo.

Alec aproximou seu rosto dela, deixando seus lábios irem de encontro a sua bochecha, deixando um breve beijo.

— Sim está aprendendo, irmã.

— Por que você não foi tão carinhoso comigo quando nos conhecemos no bar?! — Ela perguntou cruzando os braços, e fazendo um bico intimidador, mas completamente adorável — Tirando a parte à qual tive que salvar sua vida, é lógico.

— Talvez porque você era uma loucura para mim?! Uma louca com um chicote, que fala com gatos. — Alec começou a falar, mas um grito o interrompeu. Olhou de encontro à alguns centímetros de si, era o feiticeiro, com o gato preso em seu rosto, com as unhas cravadas em seu cabelos. Ele seguiu seu olhar para sua irmã — Acho que seu gato enlouqueceu e quer arrancar uma casquinha do Magnus.

Isabelle deu uma gargalhada breve, e começou a descer sua pulseira por seu braço, tornando-a um grande e extenso chicote que bateu ferozmente contra o chão.

— Quem ele é para tirar uma casquinha do namorado do meu irmão?! — Ela perguntou dando alguns passos à frente, chegando frente à frente com os dois que travam uma batalha épica — Presidente Miau, ordeno que largue-o.

Isabelle bateu o chicote contra o chão, fazendo um som estridente entonar em toda a montanha. No mesmo instante o gato deu um salto apavorado, e desceu pelo corpo do feiticeiro, parando ao lado dela, sentado, como um cão treinado.

— Ah, obrigado pela parte que me toca, Izzy. — Magnus murmurou em meio a respiração completamente ofegante, apoiou suas mãos em seus joelhos e arqueou as costas — Quase não demoraram para me ajudar.

Isabelle se agachou e acariciou a cabeça do gato.

— Você é o alto feiticeiro do Brooklyn e consegue apanhar para meu gato?! Se bem que quando você viajou para o Peru com Ragnor Fell acabou sendo espancado por um gorila. — Ela disse em um tom de deboche, seguido de uma risada, acompanhada pela de Alec — Tenho tantas histórias suas, Magnus, que nem mesmo poderia descrever em palavras. Talvez daqui uns anos eu escreva um livro sobre você, “ As Crônicas de Bane”, um bom nome.

Magnus levou suas mãos de encontro aos cabelos, tentando arrepia-los — sem que os outros notassem ele largou pequenas faíscas azuladas que os deixaram em pés, em um belo topete reluzindo em Glitter.

— Isabelle Lightwood, você me paga. — O Feiticeiro disse caminhando em direção ao garoto ainda parando, enquanto gargalhava de história contada pela garota — Alexander, pode rir, você irá precisar do meu amor um dia.

— Eu sempre vou precisar.

Alec tomou à frente, e parou à alguns centímetros do feiticeiro. Levou suas duas mãos de encontro a cintura dele, segurando-o com firmeza, quase tocando sua pele por debaixo do fino tecido da camiseta.

— Que bom que você sempre se lembrará de mim, Alexander.

Eles encostaram suas testas, quase deixando seus lábios se tocarem. Magnus subiu suas mãos pelo peitoral do garoto, passou pelo pescoço, lábios e parou em suas bochechas, delicadamente, tocando-o como se fosse uma barra de ouro recém-esculpida.

— Diga que me ama, Alexander. — pediu encarando-o diretamente nos olhos, enquanto mordia seu lábio inferior, tentando o garoto a desejá-lo a cada segundo mais — Prometa que voltará para mim após essa batalha, não sou capaz de viver sem você.

Alec avançou à frente, seus lábios se encostaram.

Foi delicado, calmo e sereno. Cada parte da boca do feiticeiro transmitia um sabor delicioso, era algo como ferro, misturado com pitadas de maçãs-adormecidas. Simplesmente era algo que desejaria sentir para o resto de sua vida, sentir o toque do feiticeiro contra sua pele, era algo que o fazia desejá-lo ainda mais, a cada momento, a cada dia.

Afastaram-se lentamente, dando fim ao beijo quente e caloroso.

— Eu te amo, Magnus.

— Eu também te amo, Alexander.

Ouviram uma risada debochada ser entonada atrás deles, que estavam abraçados aos pés do instituto, como se nada mais importasse, a não ser o amor de ambos, um pelo outro.

— Vocês realmente são o casal que eu mais vou amar, pelo resto de meus dias, mesmo que seja um pouco nojento ver meu irmão beijando o homem que me adotou. — Isabelle disse batendo palmas, enquanto o gato ao seu lado ronronava, como se também estivesse rindo.

Eles olharam para trás e viram-a sentada ao chão, com o Presidente Miau sentado ao seu lado, como um cachorro realmente treinado — como ela havia feito isso.

— Você realmente é uma bela telespectadora, irmã.

— Obrigado, agora podemos começar com a ação?

Isabelle se levantou e caminhou com passos lentos em direção ao irmão. Sua mão estava envolta novamente por seu chicote, que se tornará em segundos uma pulseira reluzente em jóias, e ao seu lado, como de costume, o gato estará caminhando em passadas lentas e serenas.

— Podemos destruir essas barreiras de uma vez?! — Ela perguntou tendo os doi se afastando, em seguida agarrou a mão do irmão, enquanto a estela era pressionada com a palma de ambos — Vamos?!

— Tudo bem, vamos.

Alec olhou diretamente para o feiticeiro, com a mão livre tocou-a no rosto parecendo ser a última vez.

— Afaste-se um pouco, leve o gato consigo. — Ele disse dando as costas, levando consigo a irmã, segurando-a delicadamente na mão — Está pronta mesmo, Izzy?

Isabelle não disse nada apenas assentiu, enquanto caminhavam para perto das barreiras, parando à poucos centímetros. Apenas um passo em falso à frente e seriam destruídos, carbonizados, pela barreira.

— O que eu tenho que fazer? — Ela perguntou afastando sua mão da dele, e esticando-a de lado, com a estela reluzindo em sua mão — Não sei nenhum símbolo, a não ser o de cura, que te vi fazer enquanto estávamos no apartamento ainda.

— Apenas siga meus movimentos.

Alec agarrou a estela na mão dela, e mirou a ponta da mesma no ar, em direção a parede da barreira.

— Segure minha mão, e concentre toda sua força em seu toque. Pense em coisas boas, e o quanto precisamos entrar lá dentro para salvarmos nossa outra irmã. — Ele disse, esperando-a agir.

— Eu te amo, irmão. — Ela disse antes de levar sua mão de encontro a dele, pondo-a sobre, delicadamente, sem medo do que poderia acontecer.

— Faça de mim sua força, e de nós seu espírito. Cá estamos em meio ao brilho dos anjos, prestes a trair nossas leis, mas peço a Raziel que nos abençoe, como representantes de sua bondade e fé. — Alec recitou calmamente, de olhos fechados enquanto desenhava com a estela sobre as paredes da barreira — Agora peço-te que derrube toda as defesas e que nos permita fazer a verdadeira e sórdida lei, por você, por Raziel.

Alec abriu seus olhos e afastou-se para trás, junto da irmã.

O Símbolo reluzia sobre a parede da barreira, era completamente uniforme e perfeito. Parecia pegar fogo, lentamente, como uma grande chama do inferno.

Foram breves segundos para toda a luminosidade das barreiras se tornarem meras chamas, que explodiram no mesmo instante, tornando-se meras faíscas banhadas em cores que caíam sobre tudo e todos, como uma chuva de arco-íris.

Isabelle olhou para cima, junto de Alec, enquanto todas as faíscas coloridas os banhavam, lentamente, como luzes de uma discoteca.

Era lindo, perfeito, e indescritível.

— Conseguimos, irmã. — Alec disse sorrindo em meio as faíscas — Realmente conseguimos. — segurou ainda mais forte a mão dela.

— Sempre conseguiremos, porque somos mais fortes juntos, Alec. Como a força da natureza, somos simplesmente irmãos.

 

Fim do Capítulo XII

Lembre-se de comentar, por favor :]
Leiam as notas finais ♥

 


Notas Finais


Este capítulo está sendo postado hoje, pois fazia parte do de ontem, mas havia ficado muito grande, então resolvi dividi-los em dois.
Espero que tenham gostado.
Lembre-se de comentar e favoritar :]
Beijos, até o próximo ♥


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