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História Paixão entre Mundos ( MALEC - CLACE ) - Capítulo XVIII - Primeira Temporada - Epílogo


Escrita por: NearSCHW

Notas do Autor


Olá, tudo bem com vocês?!
Venho informar que após alguns muitos capítulos, a primeira temporada de "Paixão entre Mundos" será finalizada. Devem estar se perguntando o que isso significa?
Bem.
Significa que ela terá uma pausa mediano, como um [HIATUS]
Sei que muitos ficaram chateados por terem que esperar para ver alguns relacionamentos tão aguardados, mas tenho certeza de que não iram se arrepender. Poderá ser um mês de pausa, ou até mesmo dois, mas eu voltarei com uma Segunda Temporada novinha em folha.
Sentirei falta de todos nesse período da pausa, mas nos encontraremos daqui uns dias :]
Postarei em breve um aviso sobre à data especificá que a história era voltar.
Fiquem ligados ♥.♥
Espero encontrá-los na Segunda Temporada;
Bem, apenas deixo este capítulo gigantesco como uma despedida provisório.
Beijos, até à próxima temporada ♥

Capítulo 21 - Capítulo XVIII - Primeira Temporada - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Paixão entre Mundos ( MALEC - CLACE ) - Capítulo XVIII - Primeira Temporada - Epílogo

Capítulo XVIII - Primeira Temporada- Epílogo

“Acho que a única razão de sermos tão apegados em memórias, é que elas não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado”

— Pretty Little Liars

 

Lágrimas escorreram dos olhos azuis-celestes de Alec.

Suas mãos calejadas foram de encontro ao seu ombro, segurando à adaga que estava presa contra sua pele. Rastros de sangue percorriam seu corpo, banhando suas roupas com o liquor avermelhado tão radiante como as chamas de Edom. Sentia-se completamente dolorido e exausto enquanto se contorcia ao chão com à dor incessante de ser acertado por uma arma banhada em armas.

Nunca esteve tão perto de sua infância;

Lembrava-se dos cortes que eram feitos em sua pele pelas mãos de um ser que pregava ser maior que todos, Arcanjo. Cada adaga que rasgou sua pele derramando seu sangue. Cada lágrimas que escorria como um cristal prestes à se espatifar no chão, levando consigo as esperanças de uma vida diferente do inferno que vivenciava dia à dia.

Começou à fraquejar ao poucos.

Forá meros segundos passados, mas tudo parecia estar lento.

Como se algum Deus maior estivesse estalando o dedo e posto todo o mundo em câmera lenta. Bem, seria bom se continuasse dessa forma; entretanto todos os seus músculos se tornaram tensos e contraídos. Alec mordeu os próprios lábios tentando conter a vontade de gritar à plenos pulmões, mas acabou sendo impossível.

Alec gritou esplendorosamente, fazendo todas as paredes estremeceram.

Então seus olhos se fecharam, levando consigo seu brilho efêmero.

 

Comemorações foram feitas pelo exército do Arcanjo que continuava parado, brandindo sua espada contra uma barreira de lampejos azulados que começava à se esvair lentamente, em conjunto com alguns rosnados de exaustão de Magnus que movimentava suas mãos de uma forma completamente indescritível.

Magnus aparentava ter uns dezenove anos, mas apenas era mais um ilusão que o Mundo das Sombras pregava. Todos os feiticeiros são imortais. Mundanos morrerem com o tempo, mas eles sempre continuam vagando pelas ruas e vielas da terra. Perdendo cada uma das pessoas que pregaram amor incondicionalmente.

Forá uma vida repleta de amores, amantes, amizades e inimizades.

Magnus sentia que a dormência estava sendo espalhada por todo seu corpo. Suas mãos estavam trêmulas e não se mexiam mais com tanta agilidade. Algumas lágrimas escorriam de seus olhos em fendas, como se sua imortalidade não tivesse sido tão doloroso quanto esse momento. Seu amor estava desmaiado ao chão sangrando. Sua melhor amiga, quase filha, também estava desmaiada ao chão.

Suas lembranças eram repletas de perdas e dores.

Perdia amantes, amigos, até mesmo família, mas nada era tão cruel quanto esse momento. Não era igual à perder as pessoas com o passar dos anos, como forá com sua família que partiu aos poucos.

Lembrava-se de meros lampejos em sua lembranças deles.

Seu pai sentado sobre à varanda, sentado na cadeira de rodas.

Sempre que Mangus perguntava para ele o porquê de sempre ficar naquele mesmo lugar. Parado sobre à varanda, descansando suas pernas na cerca, mas sempre sentado naquela mesma cadeira de rodas. Simplesmente aquela brisa de verão vinha de encontro ao seu cabelos, esvaindo-os aos poucos. Eram tão grisalhos como fios de pratas que brilhavam aos olhos de Magnus.

Sua resposta sempre era a mesma;

“ Magnus, meu filho” respirava profundamente e tossia “ Você é especial, diferente de nós mundanos. Cada dia para você é mais uma tortura em terra. Não verá apenas eu morrer e continuará vivo, mas sim todos que você ama. Quando você é um mero mortal como os mundanos, cada flor que vemos desabrochar é uma experiência inesquecível” então algumas lágrimas escorriam de seus olhos “ Seu coração se despedaçará em milhares de pedaços ainda, mas sempre estarei aos céus, guiando-o e fornecendo para você uma cola repleta de paixão para colá-los novamente. Nunca desista, até porque, eu não desisti de você, nem mesmo sua mãe”

Simplesmente havia sido doloroso ouvir tais palavras;

Tão quanto forá no leito de morte de seu próprio pai.

Magnus segurou sua mão enquanto tinha-o partido aos poucos. Aquele mesmo Senhor idoso que o abraçava de madrugada na infância e conversava com ele na calada da noite com milhares de conselhos tão inesquecíveis quanto suas palavras de adoráveis.

Então as máquinas pararam, e pela primeira vez às palavras deles fizeram sentido — “Seu coração se despedeçará em milhares de pedaços” — Bem, naquele momento tais palavra fizeram todo o sentido.

Não estava sendo diferente neste momento.

— Alexander… Não deixe que os verdadeiros vilões o vençam. — Magnus implorou enquanto movimentava suas mãos com ainda mais graciosidade, tentando esquecer à dor em partes que estava cegando-o aos poucos — Seu coração se despedaçará em milhares e pedaços ao longo de sua vida. Simplesmente não deixe que a cola para tê-lo unido novamente se perca no caminho. — pausou, com as lágrimas cintilando em suas pupilas — Não se esqueça. Isabelle e Clary, suas irmãs, são sua cola neste instante.

Tais palavras ecoaram até os pensamentos mais distantes de Isabelle.

Sentiu que todo seu corpo era feito de papelão e que à brisa mais agressiva do mundo estava assoprando-a para longe. Ela estava com as pernas completamente trêmulas, igualmente ao restante do corpo que implorava por um descanso antes que viesse à desmaiar como os demais.

Movimentou-se com dificuldade por todo o corredor com seus olhos tão negros, que contrastavam com os lampejos azuis que vinham em sua direção.

Sebastian estava encostado em uma das paredes. Ele tinha um ferimento certeiro no abdômen que acabaria matando-o dentro de alguns minutos, pois seu sangue escorria de uma forma completamente esplendorosa, criando um grande lago avermelhado sob seus pés, como algo tão doloroso e agoniante.

Seu corpo estava desmoronando em sintonia com seus pensamentos.

— Quanto tempo você aguenta manter à barreira ainda, Magnus? — Sebastian perguntou enfim, pressionando uma de suas mãos no ferimento em seu abdômen que deixava vários rastros de sangue escorrendo, lentamente — Precisamos que Alec acorde antes de pôr o plano em prática. — murmurou, tentando dar um passo em frente, mas tendo as pernas falhando.

Isabelle tentou correr rapidamente até ele para evitar à queda, mas acabou sendo inevitável. Sebastian caiu rapidamente de joelhos ao chão com um grito tão esplendoroso quanto o de Alec ao ter uma adaga lançada diretamente em seu ombro, cravando-a de uma forma tão intensa que nem mesmo à melhor das “Iratzes” poderia curá-lo.

Seus pensamentos torturavam-na. Sempre se considerou uma grande guerreira, mas nunca havia participado de uma guerra desta magnitude, aonde à única coisa que interessava era o derramamento incessante de sangue.

Todos os lampejos de luzes aumentavam constantemente.

Irmãos de Silêncio batiam com suas espadas, adagas, na barreira, fazendo-a fraquejar à cada instante mais enquanto Arcanjo apenas assistia à ruína de todos que o feriram. Isabelle pode notar nas mãos do Arcanjo — onde Alec havia cravado uma flecha há alguns minutos atrás — uma espada tão reluzente quanto às que Alec manejava de uma forma tão graciosa e sublime em meio às multidões de guerreiros.

— Sebastian, você está bem?! — Isabelle perguntou, agachando-se ao lado dele. Suas mãos repousaram em seus ombros, descendo em suas costas, acariciando-o delicadamente — Não tente se esforçar. — choramingou — Precisamos acordar Alec de uma vez. — resmungou, encarando de soslaio o corpo do irmão caído ao chão.

Sebastian rosnava com à dor completamente intensa que anestesiava seu corpo, tomando tudo dormente. Simplesmente estava travando uma batalha esplendorosa com os próprios olhos que se tentavam se fechar de uma vez por todas. Nao poderia ceder à dor, ou tudo estaria perdido.

Sentia sua ligação com Alec se afastando lentamente.

Encarou o símbolo em sua mão, desbotando, o mesmo que Alec.

Parabatais; unidos para todo sempre, apenas à morte os separariam.

— Cuide de… Alec. — Ele disse, levantando-se novamente, caminhando para perto da parede novamente enquanto levava suas mãos de encontro à bainha de sua espada — Vocês são irmãos… Deixe-me aqui. — respirou profundamente — Não… Posso deixá-lo morrer. Somos melhores amigos, parabatais, quase irmãos. — resmungou de exaustão novamente, encostando-se na parede — Deixe-me para trás. Vocês devem salvar Clary e fugirem o quanto antes. — puxou uma adaga de seu cinturão, tentando manejá-la nos dedos, mas deixando-a cair ao chão com um tilintar de metal.

Isabelle rompeu seus olhos em mais lágrimas, cintilando-o, tornando suas pupilas castanhas-escuras tão claras e intensas quanto uma estrela impressa nos céus na calada da noite. Suas mãos se cerraram ao lado de seu corpo.

— Não vou deixá-lo para trás, Sebastian.

Ele sorriu de uma forma não exausta, que nem mesmo aguentou por muito tempo. Novamente suas pernas fraquejaram e caiu de joelhos ao chão, mas mantendo-se encostado na parede enquanto suas expressões desbotavam, tornando-se meramente vazias; enfim murmurou;

— Vocês não tem escolhas. — pegou à adaga caída ao chão, prendendo-a entre seus dedos — Infelizmente serei praticamente um peso-morto. — pausou, contendo suas lágrimas — Alec não merece morrer, sempre me protegeu dos males da vida. Chegou à hora de as bençãos dele voltarem. Morrerei em nome de vocês.

Isabelle franziu o cenho.

— Não seja idiota. — rosnou — Alec não gostaria que ninguém aqui morresse. Praticamente somos um “Esquadrão Suicida”. Sabíamos que esse plano poderia dar errado, mas viemos da mesma forma. — secou as lágrimas com suas mãos — Todos saíremos daqui com vida. Nada nos impedirá de vivermos felizes após tantos desastres e tragédias.

Sebastian pensou em responder, mas alguns gritos e ameaças foram intensificados do outro lado da barreira. Chegavam mais Irmãos do Silêncio há cada minutos que passava enquanto o Arcanjo apenas repousava novamente à espada de encontro a bainha presa em seu cinturão dourado;

Então apenas assentiu, independente de seu estado.

Isabelle rastejou-se por alguns centímetros de encontro ao corpo do irmão caído ao chão. Suas mãos passaram lentamente pelo abdômen dele, peitoral, repousando-as sobre o ombro aonde uma adaga ainda estava cravada reluzindo em milhares de símbolos.

Nunca sentiu algo tão doloroso.

Sentia-se como um mero pássaro sobrevoando os ares, procurando novamente alguém que à amasse. Todas as pessoas importantes em sua vida estavam caídos ao chão, sangrando, ou até mesmo esgotando suas forças para mantê-los vivos por alguns minutos a mais.

Seu coração estava completamente acelerado, diferente do seu irmão que contorcia-se em alguns instantes, com seus batimentos ficando tão lentos quanto os segundos que passavam dentro dessa situação desastrosa.

— Alec?! — Isabelle gritava sem parar, chacoalhando-o ao chão — Irmão?! Acorde. Não conseguiremos aguentar as barreiras por muitos tempo. — resmungou, batendo os punhos de sua mão no abdômen dele em desespero enquanto várias lágrimas percorriam seu rosto, lentamente, borrando toda à maquiagem e assolando-as ao chão como um misto de medo e ressentimento.

Adagas eram lançadas, espadas brandidas, gritos exasperados.

Várias faíscas cintilavam no ar, azuis, tão celestes quanto o luar que estava reluziam em meio às vidraças aparentes pela porta de entrada repleta de Irmãos do Silêncio que brandiam armas e feitiços enquanto o Arcanjo apenas gargalhava em êxtase com a ruína eminente do seus agressores caídos no pequeno corredor.

Magnus estava parado em frente à uma barreira azulada. Suas mãos mexiam tão rápido como às de um atleta. Era eminente o medo em seus olhos parecidos com fendas, igualmente aos de um gato; aquelas belas pérolas alaranjadas, com um risco preto no centro, tal como as constelações mais distantes que nem mesmo um astrônomo poderia descrever. Maior parte das joias de suas mãos haviam ido ao chão com o agitamento constante que faziam milhares de faíscas se difundirem em micro-luminosidades que conseguiam dar brilho ao corredor sem vidraças.

Isabelle levou seus olhos de encontro á Sebastian que mantém-se caído ao chão, ajoelhado com o desastre se aproximando. Suas mãos calejadas e manchadas de sangue estavam na bainha da espada presa em sua cintura enquanto seus cabelos prateados reluziam com à morte eminente que cavalgava à passos vagarosos.

— Quanto tempo você aguenta à barreira ainda, Magnus? — Ele perguntou enfim, pressionando uma de suas mãos no ferimento em seu abdômen que deixava vários rastros de sangue escorrendo, lentamente — Precisamos que Alec acorde antes de pôr o plano em prática. — murmurou, tentando dar um passo em frente, mas tendo as pernas falhando, levando-o ao chão de joelhos com um rosnar esplendoroso vazando de seus lábios.

Magnus resmungava de exaustão enquanto várias rastros de suor escorriam por sua cabeça, mesclando-se em seus cabelos negros que haviam perdido parte do Glitter. Sabia consigo mesmo que se parecesse por um mero segundo o feitiço às barreiras iriam cair e suas mortes estavam assinadas praticamente em um contrato.

— Estaremos mortos em segundos caso as barreiras caiam… — murmurou, vagarosamente enquanto respirava ofegantemente — Não vou aguentar muito tempo. Minhas forças estão limitadas, gastei muito desde que cheguei. Curei Isabelle, tentei curar Alec, agora manter à barreira irá ser quase impossível…. — completou, revirando os olhos de exaustão.

Todo o corpo de Isabelle tremia de uma forma completamente abominável. Nunca havia sentido tanto medo em sua vida, até mesmo seus dentes estavam rangendo entre si enquanto os gritos e declarações de mortes eram feitas pelos Irmãos do Silêncio, com algumas palavras agressivas do Arcanjo que estava pronto para matar um à um, sem qualquer esforço. Isabelle tentou se conter enquanto alisava os cabelos de Alec, mas era impossível. Várias lágrimas começaram à se formar em seus olhos, ainda mais vagarosas e repletas de sentimentos. Seu medo era tanto que nem mesmo conseguia pensar na hipótese de lutar contra tantos capangas. Era uma morte declarada e impossível de ser evitada.

— Alec… — Isabelle murmurou, novamente — Por favor, acorda, irmão. — implorou. Suas mãos envolveram o pescoço de Alec, abraçando-o. Encostou seu rosto contra o abdômen dele enquanto suas lágrimas assolavam-se em sua pele pálida coberta apenas por um tecido manchado de sangue.

— Preparem… suas armas… — Sebastian murmurou, com à voz completamente trêmula enquanto seus olhos reviraram de exaustão por conta de seu sangue que não parava de escorrer, como um mar de lamentações avermelhado sob seus pés — Não poderemos parar de batalhar… — rosnou, tentando levantar-se — Alec contava conosco… Somos parabatais, minha morte será honrosa. Deixe-me para trás, peguem à Clary e saiam por algum portal. — completou, parando em meio ao corredor.

Sebastian estava com as costas arqueadas enquanto o sangue e suor se misturavam em um misto de sua vida se esvaindo lentamente, como uma mera petúnia assoprada pelo vento. Suas mãos calejadas iam de encontro às poucas adagas presas em seu cinto. Seus dedos tentavam fixar-se no cabo da adaga, mas estavam tão trêmulos que nem mesmo conseguia manejá-las.

— Não seja tolo. — Isabelle murmurou, ainda grudada ao corpo do irmão — Não iremos deixar ninguém para trás. Morreremos batalhando. Meu irmão está desmaiado ao chão do Instituto, apenas porque queria salvar nossa irmã. — respirou profundamente e levantou-se com um salto ágil, correndo de encontro à uma porta metálica sem maçaneta, nem grades para ver quem estava lá — Clary está dentro desta cela?! Alguém sabe? — perguntou, percorrendo o corredor com olhos duvidosos.

Magnus olhou de soslaio para ela, sem deixar de mover suas mãos rapidamente enquanto alguns rosnados de dor vazavam de seus lábios cerrados, lentamente. Como um queixar-se continuou e inexpressivo.

— Ela estava na Cela de Número 05, desde a última vez que vim para cá reforçar as proteções. — Ele informou, enfim — Basta quebrá-la com agressividade. Todos os feitiços estão fracos. Minhas forças estão nas últimas, estou me concentrando apenas na barreira…. Apenas derrubem à porta de uma vez. — murmurou, virando-se de encontro à barreira que soltava lampejos azulados.

Isabelle olhou de encontro à parede.

Cela Número 05.

— Ela está perto de nós. — murmurou consigo mesma.

Não pensou duas vezes.

Afastou-se da porta com passos calculados. Isabelle fixou seus olhos na porta à frente. Estava na parede oposta do corredor enquanto os gritos incessantes e ameaçar surgiam com ainda mais frenesi de trás das barreiras. Espadas eram brandidas, lançadas e cânticos invocados.

Restavam poucos minutos antes de estarem mortos.

— Alec…. Estaremos unidos após tudo isso.

Isabelle avançou em frente com passos ágeis. Suas mãos cerraram ao lado de seu corpo e contraiu os músculos de seu ombro; firmou suas pernas ao chão antes de lançar-se na porta sem receio. Todo o som estridente ecoou pelo corredor. Trincas estourando com os pequenos parafusos tintilando ao chão, em conjunto com a porta metálica.

Seu corpo estremeceu por completo com à dor causada.

Remexeu-se sobre à porta de metal jogada ao chão.

Sentia-se completamente dormente, como se uma anestesia geral tivesse sido aplicada sob todo seu corpo. Tudo estava ganhando cores à sua frente, mas em instante tudo se apagou.

Como se nunca estivesse lá.

 

Sebastian arregalou seus olhos.

Simplesmente à gigantesca porta de metal que estava trancando à Cela número 5 estava caída ao chão. Alguns dos lampejos azulados da barreira invadiam o pequeno cubículo lentamente. Ele conseguia ver Isabelle desmaiada sobre à porta metálica, com as dobradiças arrebentadas tilintando ao chão.

Esperou que algum resposta fosse emitida, mas apenas o silêncio veio de encontro à o vazio que estava sentindo. Como se seu coração estivesse sido despedaçado em milhares de pedaços.

— Izzy? — Sebastian murmurou, exausto, tentando avançar até ela — Você está bem? — perguntou, levantando-se com dificuldade, contando com a ajuda da parede.

Ele tentou dar alguns passos à frente, mas seu corpo falhou de vez. Suas mãos foram de encontro ao ferimento no abdômen e caiu lentamente ao chão como um mero capacho sem utilidade. Suas expressões se franziram. Sebastian lembro-se apenas de ver os lampejos azulados falhando na barreira antes de tudo começar à se apagar.

Assim como uma estrela que se apaga no céu durante as manhãs.

 

Magnus estava completamente fora de si.

Queria poder salvá-los, mas se parasse de movimentar suas mãos a barreira iria se esvair em meros segundos. Não daria tempo para arrastar nenhum deles para dentro de um portal que tentasse criar.

Tudo parecia estar desmoronando aos seus pés.

Sempre foi acostumado à perder as pessoas que amou, mas vê-los dessa forma era completamente doloroso. Não só porque se não fugisse o Arcanjo acabaria torturando à todos. Pensou nas adagas do Irmãos do Silêncio sendo cravadas contra a pele pálida de Isabelle, tão quanto a neve mais esbranquiçada de um inverno distante. Alec choraria ao vê-las sendo mortas aos seus pés enquanto Magnus poderia apenas observar todos morrendo, esperando sua morte que se aproximava, lentamente, tão vagarosa quanto uma carruagem sendo puxada à cavalos pelo Central Park de Nova Iorque.

— Isabelle?! Não se deixe vencer. — Ele rosnou, levando todas às suas últimas forças para às palmas de suas mãos que criavam lampejos ainda mais azulados — Seu coração se despedaçará em milhares e pedaços ao longo de sua vida. Simplesmente não deixe que a cola para tê-lo unido novamente se perca no caminho. — pausou, com as lágrimas cintilando em suas pupilas — Não se esqueça. Alec e Clary são sua cola neste momento….

Encarou-a de soslaio ainda parada.

Pensou que tudo realmente estaria perdido;

Até que um breve rosnar foi emitido, ecoando entre as quatro paredes daquele cubículo completamente escurecido. Pode notar Isabelle mexendo à cabeça com alguns movimentos tãos sórdidos que apenas seus cabelos negros se derramavam sobre seus ombros, se mexendo de encontro à respiração ofegante que estava dominando-a.

 

— Mag...nus… Magnus… Você está bem?! — Isabelle murmurou enfim, cerrando suas mãos alinhando-as em seu corpo — Arghh…. O que está acontecendo?!

Começou à tentar se sentar sobre à porta metálica completamente gélida sob seu corpo. Suas mãos se relaxaram sob suas pernas enquanto seus olhos tentavam se manter ainda abertos, enquanto toda à escuridão assolava-a com completo medo.

Isabelle percorreu os olhos por todo o cubículo escuro.

Notava as paredes que eram feitas com pedras empilhadas, com milhares de símbolos desenhados sob elas, queimando como meras chamas inesquecíveis. Algumas correntes eram presas nos cantos do quarto, com pequenos pratos de isopor vazios — tal como os alimentos nas prisões mundanas — Seus olhos se fixaram em um arsenal destacado em uma das paredes, com milhares de armas exposta; desde adagas, até mesmo à espadas.

Pensou em pegá-las, até que notou uma silhueta em um dos cantos da sala.

Notou que era uma pequena garota.

Simplesmente os cabelos delas se destacavam como meras chamas, tais como os símbolos desenhados nas paredes. Seu corpo parecia desnutrido e tão magro quanto um galho de árvore, mas seus seios pouco-avantajados se destacavam, deixando claro que era uma garota.

— Quem está aí?! — Izzy perguntou, levantando-se com dificuldade enquanto os gritos e rosnados furiosos eram intensificados no corredor — Você precisa de alguns cuidados?! Qual seu nome?! Garota?

Isabelle começou à avançar em frente de encontro à garota que parecia recuar ainda mais contra a parede. Conseguia vê-la de soslaio por conta dos lampejos fortes que reluziam do corredor. Seus olhos eram tão belos quanto às folhas mais florescida da primavera; um tom esverdeado completamente celeste que contrastavam com seus cabelos ruivos. Suas roupas estavam maltrapilhas, ensanguentadas, rasgadas e surradas.

— Precisa de alguma ajuda garota?! Pode me informar aonde posso encontrar à minha irmã? — continuou, parando enfim.

Simplesmente os olhos de Isabelle se incendiaram em lágrimas.

Nunca havia visto tantos maus tratos em anos de vida. A Garota estava jogada ao chão com os braços e pernas acorrentados, com algumas partes da pele em carne-viva, completamente ensanguentada — parecendo estar tentando fugir há vários meses. Seu rosto estava completamente imundo, manchado também com sangue seco, barro, lama e algumas substâncias que não eram possíveis de ser identificadas.

Isabelle não conteve-se e avançou ainda mais, ajoelhando-se à frente da garota. Levou suas mãos de encontro ao ombros dela, delicadamente, acariciando-o enquanto aqueles pequenos olhos se arregalaram em pânico com os lábios franzidos — como se nunca tivesse aprendido à falar.

— Clary Lightwood… Você conhece alguma garota chamada assim?! — Izzy murmurou, admirando à beleza dela mesmo por debaixo da sujeira que escondia o brilho reluzente de seu rosto delicado e tão radiante em cores com os cabelos ruivos e olhos esverdeados —  Ela é minha irmã. Alec Lightwood também está aqui em uma missão praticamente suicida para salvá-la. Não temos muitos tempo.

Não houveram respostas.

— Você conhece?! — Isabelle repetiu, chacoalhando de leve.

Sem respostas.

A Pequena garota contínuo em pânico com os olhos esverdeados arregalados, com suas sobrancelhas arqueadas. Toda à sintonia de seu rosto era belo. Ela apenas teve forças para assentir, sem deixar o desespero de lado.

— Você conhece então?! Onde ela está? Me diga, por favor. — Isabelle implorou — Estamos sem tempo. Todos iremos morrer se não sairmos daqui rápido.

Continuou à encará-la.

Queria uma resposta imediata, mas a garota apenas continuava parada enquanto o medo aflorava em suas expressões claras. Seus cabelos ruivos pendiam sobre seus olhos esverdeados. Suas mãos se juntaram, com o tilintar frenético das correntes, igualmente aos seus pés que recuaram ainda mais se espremendo no canto da sala.

O Barulho dos gritos e das ameaças aumentava constantemente.

Isabelle olhou de soslaio para à porta da cela, mas antes disso ouviu algumas palavras tão verdadeiras e doces; quanto o desabrochar de uma rosa na primavera. Era bela, como se tivesse guardado sua beleza completa por anos.

Simplesmente forá dito pela pequena garota;

— Eu… sou… Clary… Lightwood…

Não pode se conter.

Isabelle admirou-a com outros olhos. Suas mãos foram novamente de encontro ao ombros dela, mas dessa vez circularam seu pescoço e puxou-a de encontro ao seu corpo, abraçando-a de uma forma tão intensa quanto um sentimento que acabava de ser descoberto. Percorreu seus dedos pelos cabelos ruivos e levemente encaracolados da garota que estavam tão maltratados que pareciam ser de palha, por estarem secos de uma forma inexplicável.

— Você é minha irmã? Nossa irmã? — Isabelle perguntou, com algumas lágrima assolando-se nos cabelos ruivos da pequena — Nunca imaginei que poderiam tratá-la dessa forma. Temos que tirá-la daqui, viemos salvá-lo de uma vez por todas, Clary. — completou, afastando-se dela e encaixando suas mãos nos ombros dela.

Encarou-a diretamente nos olhos que também estavam marejados em lágrimas, com o tom celestes esverdeados que parecia estar ainda mais brilhante com o resplandecer de seus sentimentos e emoções.

Novamente os barulhos se intensificaram, até que algumas poucas vozes ecoaram de encontro ao buraco que restará agora na entrada do pequeno cômodo. Isabelle virou-se para trás, sem afastar as mãos da irmã. Seus olhos naquele momento cintilaram ainda mais.

Eram dois garotos;

Alec e Sebastian, ambos ofegantes e exaustão, apoiando-se um no outro.

Como verdadeiros parabatais.

— Alec… — Clary murmurou, completamente apavorada — Alec… — repetiu, tentando avançar em frente, mas às correntes estavam presa em seus braços, fazendo-a cair novamente ao chão com um solavanco potente — Alec… Socorro… — completou, ficando de joelhos ao chão, apoiando suas mãos no chão de pedras semi-pontiagudas que rasgavam sua pele ao rastejar-se no mesmo.

Sebastian afastou-se de Alec, apoiando-se no encosto da porta que mantinha-se preso à parede, diferente do restante que estava caído ao chão.

Bastou fazer isso para o moreno avançar à passos desastrosos, que o levaram ao chão, também caindo de joelhos em frente à Clary. Alec abriu seus braços e prendeu-a dentro de um abraço tão intenso que nem mesmo poderia ser descrito em palavras; nem mesmo muitos versos de um poema conseguiriam descrever tamanhos sentimentos e emoções tão sublimes e amorosos.

— Eu te amo, Clary… — Ele murmurou, com as milhares de lágrimas escorrendo de seus olhos, assolando-se nos cabelos maltratados da irmã — Estava com tanta saudade de você. Nunca mais quero ficar longe de você…. — completou, repousando seu rosto na clavícula suada da garota, mas completamente confortável e familiar.

— Eu… te amo… Irmão… — Clary murmurou com dificuldade, enquanto tossia sem parar de uma forma tão seca; quanto uma vegetação devastada pelo calor intenso de verão; como se não tivesse contato com água há meses — Estava também… com muita saudade… Nunca consegui esquecer você. Nunca… — completou, encostando seu rosto no peito de Alec, manchando à camiseta dele com sujeira e lágrimas.

— Passei várias noites em claro pensando em você, Clary…. — informou, alisando os cabelos da garota — Cada lágrima chorada por você era uma nova promessa de encontrá-la enfim. Aturei desaforo, torturas e muitas outras coisas, por apenas desejar você de volta. Nada poderia me impedir. Nem mesmo um plano insano que está em curso agora. — pausou, respirando profundamente — Magnus conseguirá tirar todos nós desse lugar com um portal. Tenha calma. Vou livrá-la dessas correntes.

Alec afastou-se um pouco dela.

Suas mãos foram de encontro ao seu cinturão, puxando sua estela em instantes. Aproximou-a das correntes presas nos pulsos da garota.

— Não!! — Clary disse, assustada, afastando-se repleta de pânico — Você irá me causar mais sofrimento. Não aguento mais sangrar. Não faça isso, Alec. — murmurou, com várias lágrimas cintilando em seu rosto, mesclando-se com as manchas de sujeira em sua bochecha.

— Não vou machucar você, Clary. — Alec murmurou, receoso — Apenas quero tirar suas algemas. Você precisa se livrar delas para podermos fugir de uma vez por todas. Não deseja morar em uma casa de campo comigo? Longe de tudo e todos? Hein? — perguntou, tentando sorrir, mesmo com os gritos se intensificando ainda mais.

Clary não respondeu, apenas assentiu.

Novamente aproximou à estela dos pulsos da garota. Seus dedos manejaram o Instrumentos com uma habilidade indescritível. Desenhos foram desenhados sobre as algemas nos braços de sua irmã, tendo-as se dissolvendo em meras cinzas após serem finalizadas.

Alec pode ver as marcas das várias fugas que sua irmã tentava fazer. Várias partes de seu pulso eram terminados em carne-viva, como se tentasse quebrar as algemas com frequência. Era doloroso e completamente inesquecível pensar o tamanho sofrimento que ela vivenciou em todos esses anos.

Passos incessantes ecoaram pelo corredor, com o barulho das espadas sendo eclodidas como nunca. Alec levantou-se rapidamente e mandou sua irmã para trás de todos. Todos correram até o arsenal de armas preso à uma parede. Quebram o vidro que protegia as armas e pegaram várias.

Alec; puxou um arco e outra aljava cheia de flechas.

Isabelle; pegou uma espada e várias adagas de lançamento.

Sebastian; pegou apenas uma espada enquanto rosnava de dor.

 

Clary apenas encarava-os em pânico enquanto espremia-se novamente no canto do cômodo, com os passos pesados se aproximando com ainda mais rapidez. Seus nervos afloraram quando um homem parou em frente ao burado da porta.

Simplesmente estava tão exausto quanto os demais, seus cabelos estavam caído sobre os olhos em tons azuladas sobre as fendas de seus olhos. Seu terno estava manchado de sangue e com alguns rasgos evidentes. Clary apenas encolheu-se ainda mais com medo de ser alguém que poderia feri-la.

Pensou em fechar seus olhos, mas mudou de ideia ao ver Alec correr em direção ao homem, prendendo-o em seus braços em um abraço tão intenso quanto o que receberá há segundos atrás. Cogitou que seria apenas uma amizade, até que seus rostos se aproximaram e selaram seus lábios de uma forma tão calma, serena e verdadeira.

Nunca virá um amor tão admirável quanto o de seu irmão com o desconhecido.

Mas se Alec estivesse feliz.

Clary seria à pessoa mais realizada do mundo.

— Temos que partir de uma vez. Deixei uma barreira provisória no corredor. Ela cairá dentro de alguns segundos. — Magnus informou, afastando-se de Alec, percorrendo à sala em instante, parando em frente à uma das paredes repletas de correntes.

Clary afastou-se ainda mais, até que sentiu as mãos calorosas do irmão sobre seus ombros, acalmando-a de uma forma tão intensa que conseguia respirar tranquilamente mesmo após tantos anos sem saber tal sensação.

Magnus começou à chacoalhar as mãos em movimento ensaiados e decorados, até que alguns raios foram surgindo esplendoroso nos ares. Com um soco em meio às luzes, um portal mediano se abriu na parede rochosa.

Nunca havia visto algo tão belo.

Praticamente era um buraco na parede cintilando em diversos tons celestes. Roxo, azul, vermelho, amarelo, ambos fundidos em uma só coisa.

— Vamos. — disse Magnus, apoiando-se na parede ao ter suas pernas tremerem e fraquejarem — Atravessem de uma vez. Temos menos de um minuto para fugirmos. — completou, arregalando os olhos e indicando com as mãos para avançarem.

— Isabelle. — Alec disse, avançando até ela com passos rápidos e pesados — Corra de uma vez com Sebastian. Entrem no portal e esperem até que Clary e Magnus atravessem. Lembre-se podemos não nos conhecer há muito tempo, mas você é minha irmã, tal como Clary e tenho certeza que vocês se darão muito bem. — murmurou, prendendo-a em um abraço intenso, deixando um beijo rápido em sua bochecha enrubescida.

Isabelle tentou falar algo, mas Alec repousou sua mão nos lábios dela.

— Não fale nada. — respirou profundamente — Não torne tudo isso ainda mais difícil. Seja feliz, apenas isso. — completou, afastando-se enfim com as lágrimas cintilando em seus olhos.

— Eu te amo, Alec. — Isabelle murmurou, indo contra as ordens do irmão e abraçou-o uma última vez.

Ela afastou-se dele e foi para o lado de Sebastian, dando-lhe apoio para caminhar até o portal. Ambos foram assim, calmamente até chegaram aos pés dos tons celestes da liberdade do grande inferno que estavam vivendo, até que Sebastian virou-se uma última vez para Alec e murmurou;

— Lembre-se…. Independente do que acontecer nesta noite… Nossa ligação parabatai continuará queimando e estarei esperando-o mesmo que demore anos. Podemos não ser irmãos de sangue, mas seremos uma família unida algum dia.

Então atravessaram o portal sem olhar para trás.

Alec conteve as emoções e seguiu para perto de Clary.

— É a sua vez de atravessar, Clary. — informou, ajoelhando-se em frente à ela — Isabelle estará esperando você do outro lado do portal em um lugar completamente diferente do que você viveu até hoje. Sinta-se livre após todos esses anos. Nada poderá mais mandar em você, suas vontades são incontroláveis. — pausou, tocando-a delicadamente no rosto — Quero que brinque com as borboletas, colecione rosas, apenas tente ser uma garota completamente alegre. Independente do que acontecer nessa Instituto após sua partida…. Saiba que sempre estarei bem aqui. — apontou para o peito dela — Seu coração estará me chamando mesmo nas noites mais difíceis de sua vida. Nada irá nos separar, somos irmãos. — completou, beijando-a no rosto.

— Eu te amo, Alec. — Ela murmurou, abraçando-o intensamente — Você irá me encontrar do outro lado, né?! Seremos felizes um do lado do outro… Eu tenho certeza. Conseguiria contar milhares de histórias para vocês, até mesmo montar um belo buquê para o casamento de vocês dois. — informou, encarando Magnus ao fundo — Vocês se amam, isso é completamente belo. — completou, beijando-o no rosto.

Clary caminhou lentamente até o portal, parando aos pés dele. Olhou-o uma última vez, assentiu com um sorriso e atravessou.

Restando apenas dois;

Magnus e Alec.

— Então acabamos dessa forma? — Alec perguntou, sorrindo em meio às lágrimas — Não podemos negar as evidências. Todos os contos de fadas precisam de algo completamente devastados antes dos melhores momento. — pausou, respirando profundamente enquanto o portal começavam à falhar restando meros lampejos fracos de luz — Entende?! Você pode não ser um homem dos sonhos, mas conseguiu ser alguém que me fez esquecer os problemas. Alguém que realmente pude amar incondicionalmente.

Alec caminhou em frente, parando aos pés do portal ao lado de Magnus.

— Magnus. — disse Alec em um tom completamente doce, como se estivesse recitando um poema — Lembre-se também. Se caso venha à sentir minha falta em algum momento… Eu estarei dentro de seu coração, chamando e implorando pelo seu amor, até que finalmente me encontre pelas vielas deste mundo. — respirou profundamente, repousando suas mãos na cintura de Magnus — Sabe?! Acho que nunca fui bom com despedidas. — completou, sorrindo com as lágrimas pingando ao chão como meros cristais envoltos em sentimentos.

— Eu te amo, Alexander. — pausou, com as mágoas aflorando em seus olhos — Não posso abandoná-lo. Morrerei ao seu lado, Alexander. Não posso deixar você aqui sozinho sem ninguém para protegê-lo.

— Não posso deixá-lo morrer por mim, Magnus. — murmurou, com algumas lágrimas escorrendo por seu rosto, assolando-as ao chão — Eu te amo incondicionalmente. Nunca achei que poderia me preocupar com alguém desta forma, além das minhas irmãs. — pausou, tocando-o delicadamente no rosto — Você é especial, Magnus… Pode ter certeza que sempre irei te amar.

Ouviram um estouro ensurdecedor vindo de encontro ao corredor.

Passos pesados começaram à avançar em êxtase.

O Portal estava terminando de se apagar, lentamente, como se nunca estivesse lá enquanto milhares de Irmãos do Silêncio paravam em frente à porta caída da Cela, em conjunto com o Arcanjo que parou em frente à eles.

— Matem-no. — Arcanjo ordenou, como um mandato breve sem rodeios — Cortem-na cabeça. Prendam-no nas masmorras. Façam o que quiser, não estará mais nas minhas jurisdições. — pausou — Alexander Lightwood, declaro-te o maior inimigo do povo dos céus. Traidor e corrompido por um paixão cega à demônios. — encarou Magnus, diretamente — Tragam o mestiço para minha sala, quero matar eu mesmo esse feiticeiro corrompido pelas forças maléficas com Edom.

Alec aproximou rapidamente seu rosto de encontro com o de Magnus, selando seus lábios intensamente. Suas mãos subiram pelo corpo do feiticeiro com rapidez e destreza, repousando-as em seu pescoço.

Forá um beijo completamente intenso enquanto as armas eram brandidas e as declarações de mortes gritadas sem rodeios enquanto aproximavam-se deles.

Morreriam daquela forma, se amando;

— Eu te amo, Magnus. — Alec informou, segurando os ombros de Magnus com toda sua força — Mas… Não posso deixar você morrer por conta de uma amor tolo por mim. Espero que você seja feliz. Alto Feiticeiro do Brooklyn. — completou, empurrando-o para dentro do portal, como um mero fragmento desaparecendo meio às poucas luzes celestes.

Magnus arregalou os olhos.

Conseguiu ver um sorriso no rosto de Alec antes de lançá-lo nas luzes.

Algo tão verdadeiro quanto às petúnias que floresciam com à chegada da primavera. Seu coração estava se partindo em pedaços incontáveis.

Magnus estava imerso em uma chuva de cores enquanto estendia sua mão para tentar alcançar Alec que parecia tão perto, mas tão distante ao mesmo tempo. Conseguia ver tudo que estava acontecendo naquele cômodo e seu coração estava sendo partido ainda mais, de formas tão sublimes e intensas que não poderiam descrevê-las em meras palavras. Sentiu um arrepio alastrando-se por seu corpo quando os Irmãos do Silêncio derrubaram Alec ao chão e começaram à perfurá-lo com lâminas, amarrando-o com cordas prateados, banhadas em símbolos que quemariam sua pele constantemente, fazendo-o conhecer à agonia de caminhar pelos terrenos chamuscado do Edom.

Foram diversos gritos de seu amado ecoando em seus pensamentos;

Também as risadas dos guerreiros que o feriam eram esplendorosas;

Conseguia enxergar alguns poucos rastros de sangue de Alec escorrendo ao chão, antes das luzes começarem à fraquejar em breves lampejos desiguais.

Queria voltar para salvá-lo.

Simplesmente queria amá-lo uma última vez, mas apenas teve tudo se apagando em um esplendor que jamais vivenciou. Seu corpo fraquejou tornando-se tão leve quanto uma pena e as lembranças de Alec começaram à serem esquecidas uma à uma. Tudo à sua volta começou à girar em extâse.

Cada beijo;

Cada carícia;

Cada toque em Alec começará  à aflorar em sua pele.

Seus lábios se cerraram, mas se romperam em um grito esplendoroso.
 

Fim do Capítulo XVIII
Primeira Temporada - Finalizada
Continua…

[ AVISO SOBRE O RUMO DA HISTÓRIA E AFINS ]
Olá, tudo bem com vocês?!
Venho informar que após alguns muitos capítulos, a primeira temporada de "Paixão entre Mundos" será finalizada. Devem estar se perguntando o que isso significa?
Bem. 
Significa que ela terá uma pausa mediano, como um [HIATUS]
Sei que muitos ficaram chateados por terem que esperar para ver alguns relacionamentos tão aguardados, mas tenho certeza de que não iram se arrepender. Poderá ser um mês de pausa, ou até mesmo dois, mas eu voltarei com uma Segunda Temporada novinha em folha.
Sentirei falta de todos nesse período da pausa, mas nos encontraremos daqui uns dias :]
Postarei em breve um aviso sobre à data especificá que a história era voltar.
Fiquem ligados ♥.♥
Espero encontrá-los na Segunda Temporada;
Bem, apenas deixo este capítulo gigantesco como uma despedida provisório.
Lembre-se de comentarem, até mesmo os fantasmas, chegou um dos últimos momentos para nos conhecermos antes da Segunda Temporada chegar :P [ Adoraria responder à todos nesse capítulos ^-^ ]
Beijos, até à próxima temporada ♥

 

 


Notas Finais


Olá, tudo bem com vocês?!
Venho informar que após alguns muitos capítulos, a primeira temporada de "Paixão entre Mundos" será finalizada. Devem estar se perguntando o que isso significa?
Bem.
Significa que ela terá uma pausa mediano, como um [HIATUS]
Sei que muitos ficaram chateados por terem que esperar para ver alguns relacionamentos tão aguardados, mas tenho certeza de que não iram se arrepender. Poderá ser um mês de pausa, ou até mesmo dois, mas eu voltarei com uma Segunda Temporada novinha em folha.
Sentirei falta de todos nesse período da pausa, mas nos encontraremos daqui uns dias :]
Postarei em breve um aviso sobre à data especificá que a história era voltar.
Fiquem ligados ♥.♥
Espero encontrá-los na Segunda Temporada;
Bem, apenas deixo este capítulo gigantesco como uma despedida provisório.
Beijos, até à próxima temporada ♥


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